Diferenças...

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Avatar do usuário
Apo
Mensagens: 25468
Registrado em: 27 Jul 2007, 00:00
Gênero: Feminino
Localização: Capital do Sul do Sul

Diferenças...

Mensagem por Apo »

Mãe acusada de queimar filha no microondas pega prisão perpétua nos EUA

da Efe, em Washington

Uma mulher de Ohio, que foi acusada de matar a filha ao colocá-la no microondas em 2005, foi condenada nesta segunda-feira à prisão perpétua sem possibilidade de obter a liberdade condicional, informou a imprensa local.

A jovem mãe, China Arnold, 28, não estava presente na sala quando a juíza do condado de Montgomery, Mary Wiseman, leu a sentença, mas preferiu permanecer em uma sala contígua, segundo a rede de televisão NBC4i.

"Ato detestável"

Com esta sentença, a juíza rejeitou o pedido feito pela defesa da jovem para que ela fosse condenada à prisão perpétua, mas com possibilidade de sair em liberdade condicional após 25 anos presa, segundo as mesmas fontes.

A juíza assegurou, pouco antes de anunciar a sentença, que "não existe nenhum adjetivo que descreva adequadamente a horrível atrocidade deste crime. Foi um ato chocante e completamente detestável em uma sociedade civilizada".

Em comunicado lido por seu advogado, Arnold defendeu sua inocência na morte de Paris Talley, a bebê que tinha um mês quando foi queimada viva no microondas.

O advogado disse que ela "amava a filha com todo o coração", e assegurou que a acusada lamentava "ter bebido tanto na noite do fato, até o ponto de não lembrar o que tinha ocorrido".

A Promotoria afirma que Arnold colocou intencionalmente o bebê no microondas após uma discussão com o namorado sobre a paternidade da menina.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 2732.shtml




E...


Madrasta de garotos esquartejados é indiciada por homicídio

* Garotos foram mortos na sexta-feira (5) em Ribeirão Pires, na Grande SP.
* O pai das crianças ainda será interrogado oficialmente, mas segue preso.

Luísa Brito Do G1, em São Paulo


A madrasta dos garotos asfixiados e esquartejados em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, foi indiciada nesta segunda-feira (8) por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O pai das crianças ainda será interrogado oficialmente pela Polícia Civil. Os dois tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias.

A polícia descartou o envolvimento de uma terceira pessoa nas mortes. O pai dos meninos, um segurança de 32 anos, e a madrasta, de 36 anos, foram presos na madrugada de sábado (6) sob a suspeita de terem cometido o crime. A polícia pretende fazer a reconstituição ainda nesta semana e aguarda os laudos periciais ficarem prontos para concluir o inquérito.


* Família de pai de meninos esquartejados diz que madrasta os agredia
* Pai e madrasta são suspeitos de esquartejar dois garotos
* Desembargador não vê erro da Justiça no caso dos garotos esquartejados
* Vizinhos de garotos esquartejados dizem que eles não brincavam na rua

Em depoimento prestado nesta segunda, a madrasta, segundo a polícia, contou detalhes da morte dos garotos e continuou incriminando o pai das crianças. "Ela disse que ele sufocou as crianças às 15h de sexta-feira. O menino [mais velho] estava na sala, o pai levou para a cozinha e o sufocou com um saco plástico. Depois ele chamou o outro que estava no quarto e também o sufocou com um saco", afirmou o delegado.

De acordo com a polícia, a madrasta disse que em seguida o pai a chamou no quarto e ela o ajudou a pôr fogo em parte dos corpos e esquartejá-los. Depois, ainda segundo a polícia, o pai das crianças saiu para trabalhar e a madrasta ficou responsável por espalhar pelas ruas cinco sacos de plástico com os pedaços dos corpos. A polícia já localizou os cinco sacos.

As crianças estudavam à tarde, mas, segundo a polícia apurou com a diretoria da escola, os garotos não haviam ido para ao colégio nem na quinta (4) nem na sexta-feira (5).

O pai teria matado as crianças, segundo o delegado, em represália ao fato de os garotos terem saído de casa na quarta-feira (3) e procurado a polícia pedindo para voltar a um abrigo, onde já haviam passado um tempo por alegarem serem mal-tratados em casa.


Objetos

No depoimento, a madrasta também indicou a camisa que o pai vestia na hora do crime e qual a faca que foi usada no esquartejamento, além de uma foice já apreendida pela polícia. De acordo com o delegado Santos, a camisa apresenta manchas, mas só a perícia poderá apontar se são de sangue. A polícia já havia apreendido outras roupas que estavam sendo lavadas na máquina de lavar quando o casal foi preso.

O delegado disse que a madrasta demonstra arrependimento, mas não chega a chorar. Segundo ele, ela diz que não gostava das crianças porque elas tumultuavam o relacionamento do casal. A madrasta tem um filho mais velho que os garotos que também não conseguiu conviver com o casal e não morava com eles. "Eles tinham um relacionamento conturbado", afirmou Santos.

De acordo com o delegado, o depoimento da madrasta foi esclarecedor, pois ela aponta detalhes do crime, que indicam a participação do pai. Em uma conversa extra-oficial com os policiais, ele diz que estava trabalhando em São Bernardo do Campo, no ABC, e que não teve participação no assassinato.


A polícia afirma que o supervisor da empresa onde o pai é empregado confirma que ele se apresentou às 18h da sexta-feira para trabalhar, como fazia diariamente. Segundo o delegado, a informação não inviabiliza a participação dele no crime porque a madrasta diz que os garotos foram mortos às 15h.

Terceira pessoa

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a madrasta disse ter ajudado o pai dos meninos no crime. A família do pai afirma que ele nega o assassinato e diz que estava trabalhando quando os meninos foram mortos. A polêmica da possível participação de uma terceira pessoa no crime surgiu após ter sido encontrado um saco com pedaços dos corpos das crianças numa praça da cidade no domingo (7), após o casal ter sido preso.

De acordo com o delegado seccional de Santo André, Luiz Carlos do Santos, sem saber da localização desse saco, a madrasta descrevu os locais onde deixou os cinco sacos com as partes dos corpos dos meninos, e um dos pontos fica próximo à praça. "Alguém pode ter sentido um mal cheiro e colocou o saco na praça", afirmou o delegado, que disse ter descartado, em princípio, a participação de uma terceira pessoa no crime.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0 ... CIDIO.html
Imagem

Avatar do usuário
Fedidovisk
Mensagens: 3495
Registrado em: 02 Mar 2007, 17:46

Re: Diferenças...

Mensagem por Fedidovisk »

Abominável, mas se for assegurado que ela nunca fará isso novamente ou representar perigo para a sociedade, não vejo porque uma punição tão dura que chega beirar a "vingaça pessoal".

Aliás, acho que todo processo prisional tem como essa a finalidade, correção; certos casos não há meios de se fazer uma avaliação precisa de quando o indivíduo poderá se reintegrar a sociedade novamente, para esses 20 anos na cadeia devem ser suficientes para uma mudança no comportamento.

Mas o caso em questão insipira cuidados médicos, internação e acompanhamento contínuo.

Avatar do usuário
SickBoy
Mensagens: 2693
Registrado em: 17 Nov 2006, 20:27

Re: Diferenças...

Mensagem por SickBoy »

a diferença que eu vi foi..


processos em fases diferentes. o indiciamento é onde se inicia o processo. de indiciado passa a denunciado, acusado, condenado (ou absolvido).


Nos EUA uma pessoa antes de condenada não passa por essas mesmas etapas(ou equivalentes)? arrisco dizer que sim.

Avatar do usuário
Apo
Mensagens: 25468
Registrado em: 27 Jul 2007, 00:00
Gênero: Feminino
Localização: Capital do Sul do Sul

Re: Diferenças...

Mensagem por Apo »

SickBoy escreveu:a diferença que eu vi foi..


processos em fases diferentes. o indiciamento é onde se inicia o processo. de indiciado passa a denunciado, acusado, condenado (ou absolvido).


Nos EUA uma pessoa antes de condenada não passa por essas mesmas etapas(ou equivalentes)? arrisco dizer que sim.


Sim, em fases diferentes. Mas o final já se conhece...
Imagem

Avatar do usuário
Apo
Mensagens: 25468
Registrado em: 27 Jul 2007, 00:00
Gênero: Feminino
Localização: Capital do Sul do Sul

Re: Diferenças...

Mensagem por Apo »

Fedidovisk escreveu:Abominável, mas se for assegurado que ela nunca fará isso novamente ou representar perigo para a sociedade, não vejo porque uma punição tão dura que chega beirar a "vingaça pessoal".

Aliás, acho que todo processo prisional tem como essa a finalidade, correção; certos casos não há meios de se fazer uma avaliação precisa de quando o indivíduo poderá se reintegrar a sociedade novamente, para esses 20 anos na cadeia devem ser suficientes para uma mudança no comportamento.

Mas o caso em questão insipira cuidados médicos, internação e acompanhamento contínuo.


É este o problema por aqui. Encaramos prisões longas ou a pena de morte como "vingança pessoal".
Então é menos "pessoal" e mais "construtivo" para um criminoso brutal sair cumprindo 1/3 de penas que são de no máximo 30 anos, por bom comportamento, recebendo indultos em ocasiões religiosas ( portanto sagradas), quando não damos a eles o direito de comandar o crime organizado de dentro das cadeias.

Isso ou aquilo serve bem de exemplo ao restante da sociedade respectiva. Quem não tem muito a perder, não teme.
Imagem

Avatar do usuário
Fernando Silva
Administrador
Mensagens: 20080
Registrado em: 25 Out 2005, 11:21
Gênero: Masculino
Localização: Rio de Janeiro, RJ
Contato:

Re: Diferenças...

Mensagem por Fernando Silva »

Fedidovisk escreveu:Abominável, mas se for assegurado que ela nunca fará isso novamente ou representar perigo para a sociedade, não vejo porque uma punição tão dura que chega beirar a "vingaça pessoal".

Aliás, acho que todo processo prisional tem como essa a finalidade, correção; certos casos não há meios de se fazer uma avaliação precisa de quando o indivíduo poderá se reintegrar a sociedade novamente, para esses 20 anos na cadeia devem ser suficientes para uma mudança no comportamento.

Mas o caso em questão insipira cuidados médicos, internação e acompanhamento contínuo.

A prisão não tem a função de correção. Até tem, mas não é a principal. Sua função principal é proteger a sociedade. Em segundo lugar, assustar os candidatos a criminosos - e isto não acontece se os bandidos são soltos após 2 anos por "bom comportamento" (?!!!).

Recuperação? Se acontecer, ótimo, se não, não é a prioridade.

Trancado