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Cegueira Suicida

Enviado: 20 Jan 2006, 18:25
por Liquid Snake
por José Nivaldo Cordeiro em 20 de janeiro de 2006

Resumo: Para a esquerda e para a direita envergonhada o simples fato de a “nova esquerda” que chegou ao poder cumprir em parte a cartilha de racionalidade econômica, mas sem reduzir o Estado ou a crescente carga tributária, é um mero continuísmo, quando se vê precisamente o contrário.

© 2006 MidiaSemMascara.org

Somando e diminuindo tudo, o que diferencia um esquerdista de um não esquerdista – em português claro, direitista – é a sua fé na ação estatal para combater os supostos males do livre mercado, em especial a concentração de renda, abstraindo do fato óbvio de que o esquerdista está sempre possuído de má fé, em busca de um outro mundo possível. É profundamente cômico ver a ginástica que os liberais do tipo Paulo Guedes e Rubem Novaes fazem para dizerem-se liberais não direitistas. Que raio de liberalismo é esse? Um conceito coluna-do-meio, que inexiste na realidade. O medo que essa palavra amaldiçoada – direita – dá nas pessoas é espantoso, bem refletindo a supremacia que os ideólogos da esquerda alcançaram por aqui. Homens de grande inteligência e saber, de grande coragem pessoal, tremem diante do nefasto poder anatematizante do vocábulo.

Direitista é a mãe! Não é socialmente aceitável nos salões dos bem pensantes ser chamado de direitista – Oh, Horror! – mas se não advogam em nome do Estado avantajado, é o que são de fato. Gostem ou não.

Digo isso porque li hoje os editoriais dos jornais Folha de São Paulo e “Estadão” sobre a vitória de Michelle Bachelet nas eleições chilenas do último domingo. O mosaico político do Continente Sul-Americano avermelhou para valer, tento sido o Chile a última peça a cair. A biografia da Sra. Bachelet é emblemática, lembrando muito o que ocorreu no Brasil. Em tudo e por tudo, ela é antípoda da estrutura de poder que governava aquele país e o Continente nos anos sessenta e setenta. Tudo dentro dos desejos e previsões dos comandantes do Foro de São Paulo, mas nossos grandes jornais não consideram assim. Aliás, o Foro de São Paulo nem é citado, é como se não existisse. Vivemos como se estivéssemos na Europa no início dos anos trinta e políticos semelhantes a Hitler apossando-se do poder – alguns mais radicais, alguns menos – são tomados como produto da normalidade. Há uma cegueira suicida tomando conta da nossa classe letrada.

As palavras do editorial do “Estadão” são enfáticas: “Nada mais fácil – e equivocado – do que vincular a uma suposta maré vermelha esquerdista na América Latina a vitória de Michelle Bachelet, a candidata da coligação socialista-democrata-cristã Consertación nas eleições presidenciais chilenas concluídas domingo. É um disparate sustentar que o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o argentino Néstor Kirchner, o uruguaio Tabaré Vázquez, o boliviano Evo Morales e o Venezuelano Hugo Chávez rezam em coro pela mesma cartilha ideológica”. O articulista esqueceu-se de listar os presidentes do Peru e do Equador, não vejo os motivos do por quê. Deveria dizer em homenagem à verdade: nada mais difícil enxergar o óbvio e dizê-lo em alto e bom som.

“Pouca Novidade no Chile”, é esse o título do editorial da Folha de São Paulo sobre o mesmo fato. No entanto, acrescenta que “A sucessora de Ricardo Lagos é filha de um militar que morreu no cárcere da ditadura de Augusto Pinochet, exilada na Austrália e na Alemanha socialista, divorciada, mãe fora de um casamento tradicional. Contemplada a distância, sua biografia conjuga traços que formam quase uma caricatura da típica militante de esquerda latino-americana”. Nenhuma novidade, exceto que o poder em um Estado importante da América do Sul será também governado no concerto interno do Foro de São Paulo, entidade que patrocina a restauração por estas plagas do “terreno perdido no leste europeu” após a queda do Muro de Berlim.

O editorialista da “Folha” arremata dizendo: “Mas a leitura política mais acertada sobre a vitória de Bachelet aponta para um até monótono continuísmo”. Para a esquerda e para a direita envergonhada, aquela que nega o próprio nome, o simples fato de a “nova esquerda” que chegou ao poder cumprir em parte a cartilha de racionalidade econômica, mas sem reduzir o Estado e sem afrouxar a crescente carga tributária, é um mero continuísmo, quando se vê precisamente o contrário. A tendência é clara em rumo do abismo. A política antiamericana, o apoio a insurgentes armados e a narcotraficantes revolucionários, o endeusamento de figuras nefandas como Fidel Castro e Chê Guevara, está tudo dentro da normalidade e do continuísmo? Ora, isso é burrice escrita em palavreado culto.

Aguardemos os acontecimentos. Essa acumulação de forças obtida pelas esquerdas latino-americanas não tem paralelo na história. O fim desse processo poderá ser bem trágico. O tempo dirá. Enquanto isso vamos todos ao baile da Ilha Fiscal, porque afinal o Império há de continuar.

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4505

Enviado: 20 Jan 2006, 18:28
por Aurelio Moraes
Black Night

(Blackmore/Gillan/Glover/Lord/Paice)

Black night is not right,
I don't feel so bright,
I don't care to sit tight.
Maybe I'll find on the way down the line
that I'm free, free to be me.
Black night is a long way from home.

I don't need a dark tree,
I don't want a rough sea,
I can't feel, I can't see.
Maybe I'll find on the way down the line
that I'm free, free to be me.
Black night is a long way from home.

Black night, black night,
I don't need black night,
I can't see dark night.
Maybe I'll find on the way down the line
that I'm free, free to be me.
Black night is a long way from home.

Highway Star

(Blackmore/Gillan/Glover/Lord/Paice)

Nobody gonna take my car
I'm gonna race it to the ground
Nobody gonna beat my car
It's gonna break the speed of sound
Oooh it's a killing machine
It's got everything
Like a driving power big fat tyres
and everything

I love it and I need it
I bleed it yeah it's a wild hurricane
Alright hold tight
I'm a highway star

Nobody gonna take my girl
I'm gonna keep her to the end
Nobody gonna have my girl
She stays close on every bend
Oooh she's a killing machine
She's got everything
Like a moving mouth body control
and everything

I love her I need her
I seed her
Yeah She turns me on
Alright hold on tight
I'm a highway star

Nobody gonna take my head
I got speed inside my brain
Nobody gonna steal my head
Now that I'm on the road again
Oooh I'm in heaven again I've got everything
Like a moving ground an open road
and everything

I love it and I need it
I seed it
Eight cylinders all mine
Alright hold on tight
I'm a highway star

Nobody gonna take my car
I'm gonna race it to the ground
Nobody gonna beat my car
It's gonna break the speed of sound
Oooh it's a killing machine
It's got everything
Like a driving power big
fat tyres and everything

I love it and I need it
I bleed it
Yeah it's a wild hurricane
Alright hold on tight
I'm a highway star
I'm a highway star
I'm a highway star


A Castle Full Of Rascals

(Gillan/Glover/Morse/Lord/Paice)

Nothing here for me today
Garbaggio from the men in grey
Don't do this
You can't do that
What's the point
What's the matter, anyway
Fat cat's licking cream
Dirty business
hard and mean
Narrow eyes and hungry days
There's got to be
a better way

Something here about my face
Somehing make you think
I got time to waste
What you doing
standing here
Why don't you call
someone who cares
Fat cats all the same
Easy answers just a game
Another day nothing changes
There's got to be a better way

A glistening of questioners
Prepared the inquisition
While jackals in the shadows
manoeuvre for position

A fundament of righteous men
A barrow ideals
The carriage of misjustice
Crushes all beneath it's wheels
Conspiracies of silence
Within the temple walls
Graveyards full of promises
Tha no one can recall

A castle full of rascals
A fortress full of thieves
A parliament of silver tongues
That latter to deceive

Oh my darling Carolina
If you get the chance
to walk behind here
She's so clean
you see no splash
Just the Texas chainsaw massacre
Fat cat's got to go
I'm Rockin' and rollin'
from my headache to my toes
She's trying to set the world on fire
Up there in her Ivory tower



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Re.: Cegueira Suicida

Enviado: 20 Jan 2006, 18:30
por Liquid Snake
Comprei um DVD do Deep Purple, um show no festival California Jam... muito bom.

Enviado: 20 Jan 2006, 18:32
por Aurelio Moraes
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Eu tenho.

Re.: Cegueira Suicida

Enviado: 20 Jan 2006, 18:33
por Liquid Snake
Esse mesmo!

Re.: Cegueira Suicida

Enviado: 20 Jan 2006, 18:40
por Aurelio Moraes
Recomendo que assista ao "Live at Copenhagen-1972".
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