Não dá para votar em ex-seqüestrador
Não dá para votar em ex-seqüestrador
Não dá para votar em ex-seqüestrador (e, pelo visto, em mais ninguém)
Publicado em 11 de setembro de 2008 por Pedro Sette Câmara — Política
Até onde sei (quase nada), Fernando Gabeira é o menos abominável dos candidatos a prefeito do Rio – e isso sendo ex-seqüestrador. Mas simplesmente não dá para votar em quem participou de um seqüestro. Não dá nem para cogitar isso. Acredito que o seqüestrador tem o direito a um julgamento justo, a cumprir a sentença determinada pelo juiz, a estar quite com a sociedade, e a candidatar-se ao que quer que seja. Só acho uma pouca vergonha que seqüestre uma pessoa e depois venha querer ser prefeito. O fato de as pessoas acharem normal que um ex-seqüestrador possa ser deputado ou prefeito, ao mesmo tempo em que ostentam repulsa a criminosos do sistema financeiro, mostra o quanto o senso de proporções está perdido. Não digo que um criminoso de colarinho branco julgado e condenado deva virar prefeito – claro que não, nem ele. Mas se o ex-seqüestrador pode, por que não um banqueiro criminoso? Não sei se Salvatore Cacciola é culpado ou não, mas, se eu fosse ele, faria o experimento comportamental de lançar uma candidatura.
Como sempre, não vou votar em ninguém (mentira: votei no Dornelles exclusivamente para derrubar a abortista Jandira Feghali, após sua invasão da Arquidiocese do Rio, e votei “não” no glorioso referendo), e gosto de recordar que a multa para não votar é de apenas R$3,51. Você dá um tempo, vai na Zona Eleitoral, pega um papelzinho, paga na lotérica e volta para pegar o certificado de que está quite com a Justiça Eleitoral – esse documento é necessário para o passaporte.
Não vote. Leia um livro de ciência política. É melhor para você e para a sociedade.
http://oindividuo.com/2008/09/11/nao-da-para-votar-em-ex-sequestrador-e-pelo-visto-em-mais-ninguem/
Publicado em 11 de setembro de 2008 por Pedro Sette Câmara — Política
Até onde sei (quase nada), Fernando Gabeira é o menos abominável dos candidatos a prefeito do Rio – e isso sendo ex-seqüestrador. Mas simplesmente não dá para votar em quem participou de um seqüestro. Não dá nem para cogitar isso. Acredito que o seqüestrador tem o direito a um julgamento justo, a cumprir a sentença determinada pelo juiz, a estar quite com a sociedade, e a candidatar-se ao que quer que seja. Só acho uma pouca vergonha que seqüestre uma pessoa e depois venha querer ser prefeito. O fato de as pessoas acharem normal que um ex-seqüestrador possa ser deputado ou prefeito, ao mesmo tempo em que ostentam repulsa a criminosos do sistema financeiro, mostra o quanto o senso de proporções está perdido. Não digo que um criminoso de colarinho branco julgado e condenado deva virar prefeito – claro que não, nem ele. Mas se o ex-seqüestrador pode, por que não um banqueiro criminoso? Não sei se Salvatore Cacciola é culpado ou não, mas, se eu fosse ele, faria o experimento comportamental de lançar uma candidatura.
Como sempre, não vou votar em ninguém (mentira: votei no Dornelles exclusivamente para derrubar a abortista Jandira Feghali, após sua invasão da Arquidiocese do Rio, e votei “não” no glorioso referendo), e gosto de recordar que a multa para não votar é de apenas R$3,51. Você dá um tempo, vai na Zona Eleitoral, pega um papelzinho, paga na lotérica e volta para pegar o certificado de que está quite com a Justiça Eleitoral – esse documento é necessário para o passaporte.
Não vote. Leia um livro de ciência política. É melhor para você e para a sociedade.
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Re: Não dá para votar em ex-seqüestrador
Não voto mesmo. E não pago multa. Apenas anulo. Meu dinheiro é meu e não devo pagar por não querer colocar bandido, analfabeto e cara de pau em governo algum.
Não entrarei no mérito do Gabeira...
Não entrarei no mérito do Gabeira...
Re: Não dá para votar em ex-seqüestrador
bem, pra mim aquele sequestro foi "fruto do seu tempo", roubando a expressão do forista Let me think. Mas é um questionamento importante a ser feito ao candidato. E se ele hoje reconhece que isso foi um erro, nenhum problema em votar nele.
Curiosamente, um sujeito que vai pruma guerra pode fazer coisas tão abomináveis quanto essas, mas por estar do lado "oficial", da pátria, torna-se um herói.
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Re: Não dá para votar em ex-seqüestrador
SickBoy escreveu:bem, pra mim aquele sequestro foi "fruto do seu tempo", roubando a expressão do forista Let me think. Mas é um questionamento importante a ser feito ao candidato. E se ele hoje reconhece que isso foi um erro, nenhum problema em votar nele.
Curiosamente, um sujeito que vai pruma guerra pode fazer coisas tão abomináveis quanto essas, mas por estar do lado "oficial", da pátria, torna-se um herói.
Na atual conjuntura criminosa em que se encontra o país, o que Gabeira fez foi brincadeira de muleque. É até piada citar tais "operações" agora...
Re: Não dá para votar em ex-seqüestrador
Procedure escreveu:Não dá para votar em ex-seqüestrador (e, pelo visto, em mais ninguém)
Publicado em 11 de setembro de 2008 por Pedro Sette Câmara — Política
Até onde sei (quase nada), Fernando Gabeira é o menos abominável dos candidatos a prefeito do Rio – e isso sendo ex-seqüestrador. Mas simplesmente não dá para votar em quem participou de um seqüestro. Não dá nem para cogitar isso. Acredito que o seqüestrador tem o direito a um julgamento justo, a cumprir a sentença determinada pelo juiz, a estar quite com a sociedade, e a candidatar-se ao que quer que seja. Só acho uma pouca vergonha que seqüestre uma pessoa e depois venha querer ser prefeito. O fato de as pessoas acharem normal que um ex-seqüestrador possa ser deputado ou prefeito, ao mesmo tempo em que ostentam repulsa a criminosos do sistema financeiro, mostra o quanto o senso de proporções está perdido. Não digo que um criminoso de colarinho branco julgado e condenado deva virar prefeito – claro que não, nem ele. Mas se o ex-seqüestrador pode, por que não um banqueiro criminoso? Não sei se Salvatore Cacciola é culpado ou não, mas, se eu fosse ele, faria o experimento comportamental de lançar uma candidatura.
Como sempre, não vou votar em ninguém (mentira: votei no Dornelles exclusivamente para derrubar a abortista Jandira Feghali, após sua invasão da Arquidiocese do Rio, e votei “não” no glorioso referendo), e gosto de recordar que a multa para não votar é de apenas R$3,51. Você dá um tempo, vai na Zona Eleitoral, pega um papelzinho, paga na lotérica e volta para pegar o certificado de que está quite com a Justiça Eleitoral – esse documento é necessário para o passaporte.
Não vote. Leia um livro de ciência política. É melhor para você e para a sociedade.
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Sim tudo bem, mas veja o caso de MG:
Aécio(PSDB) e Pimentel(PT) apoiam Márcio Lacerda. Tudo bem o PT dar apoio a ele, mas o pessoal do PSDB SEMPRE gritou aos 4 ventos que:
"Marcio Lacerda é TERRORISTA BADERNEIRO ETC..."
Agora vejo o Aécio pedindo aos seus eleitores pra votar no TERRORISTA E BADERNEIRO (na opinião deles mesmos) para poder ajudar BH a crescer. Política é uma merda.
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.
- Fernando Silva
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Re: Não dá para votar em ex-seqüestrador
SickBoy escreveu:bem, pra mim aquele sequestro foi "fruto do seu tempo", roubando a expressão do forista Let me think. Mas é um questionamento importante a ser feito ao candidato. E se ele hoje reconhece que isso foi um erro, nenhum problema em votar nele.
Curiosamente, um sujeito que vai pruma guerra pode fazer coisas tão abomináveis quanto essas, mas por estar do lado "oficial", da pátria, torna-se um herói.
O Gabeira foi um terrorista, mas não é mais. Amadureceu. O resto do PT continua com a mesma ideologia idiota dos anos 60, e ainda são corruptos (os que não eram já saíram do partido faz tempo...).
Prefiro um ex-terrorista que mudou de idéia a um bando de criminosos declarados.