Religião e Jornada nas Estrelas

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André
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por André »

Apo escreveu::emoticon22: :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:

Perfeição demais...desconfie. :emoticon12:



Não é perfeita eu bem sei disso. Tem horas que fica de mau humor, sai de baixo. Fora isso, basicamente somente consegui convencer ela a jogar Fable 2. Anda bem difícil em termos de jogos. Filme é mais fácil.

Apo escreveu:
Também não exageremos na dose. Mulher de verdade curte estas coisas com moderação e mais na infância. Depois elas olham um pouco, fazem companhia um pouco, aceitam ver 1 ou 2 filmes e deu: vira o disco!

Não que eu esteja dizendo que a sua garota hardy não seja mulher de verdade...longe disto! :emoticon4:



Eu sei. Tudo isso começou pq o Acauan estranhou ela gostar de Star Trek. E na verdade somente esse ano, e por causa de mim, que ela assistiu os filmes.

user f.k.a. Cabeção escreveu:


Essa e uma queixa comum, mas amplamente exagerada.

O que falta nao e mulher geek. O que se observa e uma falta sao nocao de realidade e colhoes pra maioria desses nerds solitarios. Os caras tem tanto medo de ser rejeitados e ficam cada vez mais timidos e sem iniciativa. Possivelmente porque na pre-adolescencia eles fantasiavam com as meninas mais populares que certamente nao tinham nenhuma razao para nota-los, exceto pra pedir cola na prova.

Acontece que garotas populares querem caras populares. Se o cara tem nocao da liga e da divisao em que ele joga, ele tem muito mais chances de progredir. E existem varias nerdinhas gostosinhas por ai, muitas vezes num estado mais "potencial" do que "atual". E se ele tem colhoes pra nao ficar fazendo drama (antecipado ou nao) por ser rejeitado, ele pode ate ser feio igual a peste, mas alguma coisa ele vai garfar.


Concordo. Tenho um amigo assim, alias eu mesmo, embora não tenha dificuldade para falar com mulher, estou longe de ser um conquistador. Tive mais relacionamentos longos, ou como se diz "I am a one woman kind of Guy”. Mas eu sou menos problema, já tive relacionamento de 3 anos e meio, e o atual ta completando um ano, fora casos eventuais. Já alguns amigos, nerds, raramente vejo com mulher, e quase não tem experiência em relacionamento longo. O que é essencial, no meu modo de ver, pq somente assim vc conhece a pessoa, coisa que não é fácil.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Fernando Silva
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Fernando Silva »

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Fallen_Angel
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Fallen_Angel »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Essa e uma queixa comum, mas amplamente exagerada.

O que falta nao e mulher geek. O que se observa e uma falta sao nocao de realidade e colhoes pra maioria desses nerds solitarios. Os caras tem tanto medo de ser rejeitados e ficam cada vez mais timidos e sem iniciativa. Possivelmente porque na pre-adolescencia eles fantasiavam com as meninas mais populares que certamente nao tinham nenhuma razao para nota-los, exceto pra pedir cola na prova.

Acontece que garotas populares querem caras populares. Se o cara tem nocao da liga e da divisao em que ele joga, ele tem muito mais chances de progredir. E existem varias nerdinhas gostosinhas por ai, muitas vezes num estado mais "potencial" do que "atual". E se ele tem colhoes pra nao ficar fazendo drama (antecipado ou nao) por ser rejeitado, ele pode ate ser feio igual a peste, mas alguma coisa ele vai garfar.

Concordo plenamente!
Do que adianta vc gostar de ficção científica, não ser fresca, tomar cerveja, ir em show de rock/metal, se esses otários querem é namorar as meninas mais patis, gostosonas e frescas do mundo? E que NUNCA vão dar bola p eles se elas querem mesmo é namorar os playboys sarados. :emoticon21: (O inverso tb é verdadeiro, pq tem mta menina que só quer saber de playboy e depois reclama que só encontra cafajeste...)
E depois vc ainda tem que ouvir que: 'Ah, mas a gente gosta das mais bonitas e cheirosas!', como se só pati fosse bonita e cheirosa! ¬¬
Eu tb não posso reclamar, pq namoro há 04 anos e meu namorado me valoriza bastante e sempre fala: 'Se vc fosse fresca como as meninas do escritório, eu já tinha te largado' hehe

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Acauan
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Acauan »

André escreveu:Eu sei. Tudo isso começou pq o Acauan estranhou ela gostar de Star Trek. E na verdade somente esse ano, e por causa de mim, que ela assistiu os filmes.


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Apo
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Apo »

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Comédia.
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Chris Jackson
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Chris Jackson »

Acauan escreveu:Religião e Jornada nas Estrelas
Postado originalmente em 27/8/2003 14:37:54

Por Acauan

Na minha enorme lista de desavenças com o fundamentalismo cristão, uma é bastante pitoresca: aqueles chatos quase forçaram o cancelamento da série clássica Star Trek, nos anos sessenta.

O motivo? O de sempre, a obsessão fundamentalista em apontar o demônio em qualquer coisa com a qual não simpatizem.
No caso de Jornada nas Estrelas foi ainda mais fácil, já que as pontiagudas orelhas do primeiro oficial e oficial de ciências Spock compunham um visual perfeito, para os que vêem um Satã em cada esquina.

Não. O seu "chute" não tem nenhum fundamento. A causa primária era o ateismo ferrenho de Gene Roddenberry: "I condemn false prophets, I condemn the effort to take away the power of rational decision, to drain people of their free will -- and a hell of a lot of money in the bargain. Religions vary in their degree of idiocy, but I reject them all. For most people, religion is nothing more than a substitute for a malfunctioning brain."

Acauan escreveu:A caipirada carola americana não conseguiu tirar a Enterprise da programação, mas a oposição das igrejas influenciou alguns espisódios, particularmente aqueles onde os temas Deus e religião eram tratados, sempre de forma sutil e indireta, ficando claro que os roteiros foram revisados de modo a não cutucar com vara curta as onças cristãs.

Não foi isso não. Na verade no futuro existiria uma falta de preconceito total. Na série, imaginava-se o futuro sem guerras entre os planetas unidos, mas contra planetas e culturas rivais, onde se distinguia alguns traços do que era a sociedade dos anos 60 nos EUA: os klingons seriam os comunistas, etc.

Acauan escreveu:Esta situação é perfeitamente visível no episódio 33 “Who Mourns for Adonais”, do segundo ano da série, exibido pela primeira vez em 1967.

Na história, a NCC 1701 USS-Enterprise se depara com um ser poderoso, que se apresenta como o deus greco-romano Apolo. A auto-proclamada divindade aprisiona a nave e exige que a tripulação o adore, oferecendo em troca uma vida paradisíaca, onde todas as necessidades deles seriam supridas pelos poderes do deus.

O capitão James T. Kirk, claro, recusa a oferta e, claro, encontra um modo de vencer Apolo e libertar a nave e a tripulação.

O ponto alto do episódio é quando um dos tripulantes considera a possibilidade de aceitarem a oferta de Apolo, já que o mesmo estava disposto a fazer de tudo para agradar a seus adoradores. Kirk responde que a oferta do deus nada mais era do que a escravidão, uma escravidão cheia de benesses, mas que mesmo assim, ainda era a escravidão.

É fácil traçar um paralelo com o Deus e o paraíso cristão, no qual a vida eterna é oferecida em troca da servidão e submissão, também eternas.

O legal é que Kirk não tenta explicar porque uma escravidão paradisíaca seria ruim, a explicação é desnecessária, ser um escravo, mesmo um escravo de Deus, é ruim e ponto final. Um espírito livre, na terra ou no céu, jamais enxergará grandeza na servidão.

No final do episódio, o que poderia ter sido uma grande frase do capitão sofre uma indesejada emenda. Diante de um Apolo vencido e inconformado pela recusa à sua generosa oferta, Kirk diz: “Crescemos. A Humanidade não precisa mais de deuses.”
Era para terminar aí, só que alguém deve ter dado um toque ao roteirista, avisando do bafafá que a crentalhada faria se ouvisse isto na TV, e então foi acrescentada a fala “um só já é o suficiente.”

Eu ignoro a emenda e fico com o soneto.

Bem, esta é uma opinião parcial sua. Na verdade, duas biografias de Gene se referem a este episódio e em ambas notamos sobre o episódio "Um lamento por Adonis", que não foi escrito por Gene, mas por Gilbert Ralston, cristão.

A frase em questão estava assim: "Man has no need for gods. We find the one quite sufficient."
Está escrito assim no script original: "One" em maiúsculo.

O entendimento é que Kirk seria monoteista.Alem disso no mesmo capitulo, Kirk fala a respeito de Scott: "Scotty doesn't believe in gods." Uma frase construida deste modo leva a crer que o capitão acreditava.

Acauan escreveu:Detalhe: Em “Who Mourns for Adonais”, ao ser questionado sobre a possibilidade do ser alienígena ser o mesmo Apolo da mitologia clássica, Spock responde que, se viajantes do espaço, dotados de grandes poderes, visitassem a Terra naquela época, certamente seriam tidos como deuses.

Exatamente o tema central do livro “Eram os deuses astronautas”, que Erich Von Daniken publicaria no ano seguinte ao da exibição do episódio.

De novo você esquece que Spock acredita num paraiso após a morte. O nome deste paraiso idiliaco é Sha-ka-ree. Quem lembra do irmão de Spock no filme "Star trek: A fronteira final"? E o mosteiro vulcano de P'jem? E quando Spock volta no tempo e encontra a si mesmo na série animada e fala que está lá para Honrar aos deuses? Você precisa ser mais trekiie e menos crítico!

Acauan escreveu:Outro interessante é o episódio 43, “Bread and Circuses”, também do segundo ano, em que Enterprise e tripulação vão parar num planeta com uma civilização idêntica à da Terra dos anos sessenta, só que, ali, o Império Romano nunca caiu e tornou-se uma sociedade semelhante à americana, com algumas diferenças, como os jogos de gladiadores transmitidos pela TV.

A história é uma auto-sátira da televisão, já que em um dos combates mortais transmitidos ao vivo, o centurião ameaça matar os lutadores se os índices de audiência cairem.

Seguindo paralelo à sátira central, colocaram no enredo umas figurinhas meio ridículas, os “adoradores do sol”, que pregavam uma nova religião que se opunha à violência institucionalizada do Império.
Claro que os tais adoradores do sol representavam os cristãos primitivos, que no mais a mais, não tinham a menor graça quando comparados com os divertidos romanos futuristas.

Como não podia deixar de ser, no final vêem as concessões às sensibilidades religiosas, quando fica claro que os tais “adoradores do sol” vencerão o Império e a tenente Ohura diz que eles não adoravam a estrela, mas o “sol de Deus”... Depois que ela diz isto, toda a tripulação da ponte faz cara de bobo e o episódio acaba. Uma pena.

Não na verdade uma pena para você! Ao invés de critica da série, você faz uma critica a religiosidade embutida nela, isto é uma pena. O episódio "pão e circo" fala da liberade de adoração e não ao contrário. uma pena a sua ignorância... ri muito das gafes.

Acauan escreveu:Mas tem o episódio 38, “The Apple” que eu considero uma vingança dos produtores da série contra os fundamentalistas.

É quando Kirk encontra uma raça de alienígenas que adoram um deus chamado Vaal e vivem para alimenta-lo e obedece-lo. O capitão descobre que Vaal é uma máquina, que mantinha os humanos escravizados há gerações, obrigando-os a fornecer a ele os combustíveis de que precisava para continuar funcionando.
Kirk, é claro, destrói Vaal e liberta os aliens, que não tem a menor idéia do que fazer com a liberdade recém obtida.

Acho que todo mundo entendeu as outras interpretações que podem ser dadas ao deus Vaal.

No final de “The Apple” temos a cereja do sundae, numa daquelas conversas na ponte, que encerravam os episódios:

Kirk: - Há alguém a bordo desta nave, que lembre remotamente Satã?
Spock: - Não estou a par de ninguém que corresponda a esta descrição, capitão.
Kirk: - Sim, sr. Spock, eu imaginei que o senhor não estaria.

Sutil.

Vc não entendeu, né? Apesar de toda a série demonstrar a religiosidade de klingons, bajorianos, vulvanos, a mensagem principal era contra o fundamentalismo, contra a exploração dos seres inteligentes por elites religiosas ou computadores tiranos, seres superpoderosos. Nunca a extinção da fé, mas sim a fé como forma de transcender a própria finitude e fraqueza. Se analisarmos, a proposta de Star Wars foi mais além e muitos fãs desta outra realidade se dizem cavaleiros de Jedi...

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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Acauan »

Chris Jackson escreveu:
Acauan escreveu:Religião e Jornada nas Estrelas
Postado originalmente em 27/8/2003 14:37:54

Por Acauan

Na minha enorme lista de desavenças com o fundamentalismo cristão, uma é bastante pitoresca: aqueles chatos quase forçaram o cancelamento da série clássica Star Trek, nos anos sessenta.

O motivo? O de sempre, a obsessão fundamentalista em apontar o demônio em qualquer coisa com a qual não simpatizem.
No caso de Jornada nas Estrelas foi ainda mais fácil, já que as pontiagudas orelhas do primeiro oficial e oficial de ciências Spock compunham um visual perfeito, para os que vêem um Satã em cada esquina.


Não. O seu "chute" não tem nenhum fundamento. A causa primária era o ateismo ferrenho de Gene Roddenberry: "I condemn false prophets, I condemn the effort to take away the power of rational decision, to drain people of their free will -- and a hell of a lot of money in the bargain. Religions vary in their degree of idiocy, but I reject them all. For most people, religion is nothing more than a substitute for a malfunctioning brain."


"As the series began production, the use of Spock’s pointed ears was actually cause of great controversy between the Star Trek production team and the television network. “In 1965, the NBC Sales Department was concerned,” recalls Herb Solow, Desilu Executive in chrage of Star Trek at the time. “It was as if they believed that, after Satan had been cast out the the Garden of Eden, he was reincarnated as actor Leonard Nimoy and cast into Star Trek as Science Officer Spock, a pointed-eared, arched-eyebrowed “satanic” Vulcan alien. Though it was well before the rise of 1970s Christian fundamentalism, NBC feared its advertisers and local stations would be targets of a religious backlash protesting this “devil incarnate.”

Forgotten Trek


Chris Jackson escreveu:
Acauan escreveu:A caipirada carola americana não conseguiu tirar a Enterprise da programação, mas a oposição das igrejas influenciou alguns espisódios, particularmente aqueles onde os temas Deus e religião eram tratados, sempre de forma sutil e indireta, ficando claro que os roteiros foram revisados de modo a não cutucar com vara curta as onças cristãs.


Não foi isso não. Na verade no futuro existiria uma falta de preconceito total. Na série, imaginava-se o futuro sem guerras entre os planetas unidos, mas contra planetas e culturas rivais, onde se distinguia alguns traços do que era a sociedade dos anos 60 nos EUA: os klingons seriam os comunistas, etc.


Comentário sem nexo.

Chris Jackson escreveu:
Acauan escreveu:Esta situação é perfeitamente visível no episódio 33 “Who Mourns for Adonais”, do segundo ano da série, exibido pela primeira vez em 1967.

Na história, a NCC 1701 USS-Enterprise se depara com um ser poderoso, que se apresenta como o deus greco-romano Apolo. A auto-proclamada divindade aprisiona a nave e exige que a tripulação o adore, oferecendo em troca uma vida paradisíaca, onde todas as necessidades deles seriam supridas pelos poderes do deus.

O capitão James T. Kirk, claro, recusa a oferta e, claro, encontra um modo de vencer Apolo e libertar a nave e a tripulação.

O ponto alto do episódio é quando um dos tripulantes considera a possibilidade de aceitarem a oferta de Apolo, já que o mesmo estava disposto a fazer de tudo para agradar a seus adoradores. Kirk responde que a oferta do deus nada mais era do que a escravidão, uma escravidão cheia de benesses, mas que mesmo assim, ainda era a escravidão.

É fácil traçar um paralelo com o Deus e o paraíso cristão, no qual a vida eterna é oferecida em troca da servidão e submissão, também eternas.

O legal é que Kirk não tenta explicar porque uma escravidão paradisíaca seria ruim, a explicação é desnecessária, ser um escravo, mesmo um escravo de Deus, é ruim e ponto final. Um espírito livre, na terra ou no céu, jamais enxergará grandeza na servidão.
No final do episódio, o que poderia ter sido uma grande frase do capitão sofre uma indesejada emenda. Diante de um Apolo vencido e inconformado pela recusa à sua generosa oferta, Kirk diz: “Crescemos. A Humanidade não precisa mais de deuses.”
Era para terminar aí, só que alguém deve ter dado um toque ao roteirista, avisando do bafafá que a crentalhada faria se ouvisse isto na TV, e então foi acrescentada a fala “um só já é o suficiente.”

Eu ignoro a emenda e fico com o soneto.


Bem, esta é uma opinião parcial sua. Na verdade, duas biografias de Gene se referem a este episódio e em ambas notamos sobre o episódio "Um lamento por Adonis", que não foi escrito por Gene, mas por Gilbert Ralston, cristão.

A frase em questão estava assim: "Man has no need for gods. We find the one quite sufficient."
Está escrito assim no script original: "One" em maiúsculo.

O entendimento é que Kirk seria monoteista.Alem disso no mesmo capitulo, Kirk fala a respeito de Scott: "Scotty doesn't believe in gods." Uma frase construida deste modo leva a crer que o capitão acreditava.


Irrelevante.

Chris Jackson escreveu:
Acauan escreveu:Detalhe: Em “Who Mourns for Adonais”, ao ser questionado sobre a possibilidade do ser alienígena ser o mesmo Apolo da mitologia clássica, Spock responde que, se viajantes do espaço, dotados de grandes poderes, visitassem a Terra naquela época, certamente seriam tidos como deuses.

Exatamente o tema central do livro “Eram os deuses astronautas”, que Erich Von Daniken publicaria no ano seguinte ao da exibição do episódio.


De novo você esquece que Spock acredita num paraiso após a morte.


Esqueço?

Chris Jackson escreveu: O nome deste paraiso idiliaco é Sha-ka-ree. Quem lembra do irmão de Spock no filme "Star trek: A fronteira final"? E o mosteiro vulcano de P'jem? E quando Spock volta no tempo e encontra a si mesmo na série animada e fala que está lá para Honrar aos deuses?


O que isto tem a ver com a referência a "Eram os Deuses Astronautas? ", tema do parágrafo comentado?

Chris Jackson escreveu: Você precisa ser mais trekiie e menos crítico!


Preciso?

Chris Jackson escreveu:
Acauan escreveu:Outro interessante é o episódio 43, “Bread and Circuses”, também do segundo ano, em que Enterprise e tripulação vão parar num planeta com uma civilização idêntica à da Terra dos anos sessenta, só que, ali, o Império Romano nunca caiu e tornou-se uma sociedade semelhante à americana, com algumas diferenças, como os jogos de gladiadores transmitidos pela TV.

A história é uma auto-sátira da televisão, já que em um dos combates mortais transmitidos ao vivo, o centurião ameaça matar os lutadores se os índices de audiência cairem.

Seguindo paralelo à sátira central, colocaram no enredo umas figurinhas meio ridículas, os “adoradores do sol”, que pregavam uma nova religião que se opunha à violência institucionalizada do Império.
Claro que os tais adoradores do sol representavam os cristãos primitivos, que no mais a mais, não tinham a menor graça quando comparados com os divertidos romanos futuristas.

Como não podia deixar de ser, no final vêem as concessões às sensibilidades religiosas, quando fica claro que os tais “adoradores do sol” vencerão o Império e a tenente Ohura diz que eles não adoravam a estrela, mas o “sol de Deus”... Depois que ela diz isto, toda a tripulação da ponte faz cara de bobo e o episódio acaba. Uma pena.


Não na verdade uma pena para você! Ao invés de critica da série, você faz uma critica a religiosidade embutida nela, isto é uma pena.


Religião e Jornada nas Estrelas, Postado originalmente em 27/8/2003 14:37:54 no FÓRUM RELIGIÃO É VENENO.

Chris Jackson escreveu: O episódio "pão e circo" fala da liberade de adoração e não ao contrário.


Como dito no trecho comentado, o episódio é uma auto-sátira da televisão.

Chris Jackson escreveu: ... uma pena a sua ignorância... ri muito das gafes.


Há uma expressão popular que define bem quem ri assim.

Chris Jackson escreveu:
Acauan escreveu:Mas tem o episódio 38, “The Apple” que eu considero uma vingança dos produtores da série contra os fundamentalistas.

É quando Kirk encontra uma raça de alienígenas que adoram um deus chamado Vaal e vivem para alimenta-lo e obedece-lo. O capitão descobre que Vaal é uma máquina, que mantinha os humanos escravizados há gerações, obrigando-os a fornecer a ele os combustíveis de que precisava para continuar funcionando.
Kirk, é claro, destrói Vaal e liberta os aliens, que não tem a menor idéia do que fazer com a liberdade recém obtida.

Acho que todo mundo entendeu as outras interpretações que podem ser dadas ao deus Vaal.

No final de “The Apple” temos a cereja do sundae, numa daquelas conversas na ponte, que encerravam os episódios:

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Vejamos a seguir.

Chris Jackson escreveu: Apesar de toda a série demonstrar a religiosidade de klingons, bajorianos, vulvanos, a mensagem principal era contra o fundamentalismo, contra a exploração dos seres inteligentes por elites religiosas ou computadores tiranos, seres superpoderosos. Nunca a extinção da fé, mas sim a fé como forma de transcender a própria finitude e fraqueza.


Reli meu texto e não encontrei nenhuma referência à extinção da fé.

Chris Jackson escreveu: Se analisarmos, a proposta de Star Wars foi mais além e muitos fãs desta outra realidade se dizem cavaleiros de Jedi...


Pois é...
Nós, Índios.

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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Fernando Silva »

Chris Jackson escreveu:Vc não entendeu, né? Apesar de toda a série demonstrar a religiosidade de klingons, bajorianos, vulvanos, a mensagem principal era contra o fundamentalismo, contra a exploração dos seres inteligentes por elites religiosas ou computadores tiranos, seres superpoderosos.

Vulcanos não têm religião e um episódio da NG mostra bem isto.
A Enterprise chega a um planeta onde uma espécie semelhante aos vulcanos, mas ainda na pré-história, está sendo estudada. Eles já tinham abandonado os deuses e adotado a lógica.
Por acidente, os habitantes vêem os tripulantes e voltam a acreditar em deuses.
O resto do episódio mostra o esforço da tripulação para provar a eles que ninguém ali era deus e que eles eram apenas mais avançados tecnologicamente.

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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Johnny »

A propósito, alguém aqui já foi assistiro novo filme? Dizem ser muito bom...
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Acauan »

Johnny escreveu:A propósito, alguém aqui já foi assistiro novo filme? Dizem ser muito bom...



Breve spoiler inofensivo, que não dá maiores detalhes sobre o filme. Para ler, passe o mouse.

O filme é legal, com um roteiro que adotou um recurso extremado para prevenir que legiões de trekkies chatos façam comparação com a série e denunciem erros de continuidade com relação à cronologia original.

Os personagens são basicamente os mesmos, com algumas mudanças de personalidade e de relacionamento, o que também dá mais liberdade para o desenvolvimento dos roteiros dos próximos filmes, caso a nova franquia vingue.

Os atores são bons, seguram muito bem a onda de interpretar personagens consagrados e Kirk e Spock até lembram fisicamente versões jovens de Shatner e Nimoy.

A história, como sempre, tem seus altos e baixos, mas é melhor (ou muito melhor) que as dos filmes feitos com a tripulação original, alguns dos quais foram verdadeiros desastres.
Nós, Índios.

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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Fernando Silva »

Johnny escreveu:A propósito, alguém aqui já foi assistiro novo filme? Dizem ser muito bom...

Se você não for um trekker fundamentalista, o filme é bom, talvez um pouco mais "frenético" que o normal das séries e filmes com a tripulação clássica.
Basta aceitar a explicação que surge logo no início do filme.

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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Johnny »

Putz...falando em lixo mental...me veio à memória um episódio de ST em que um povo lá tinha assumido a Enterprise e não lembro por qual motivo, tiveram que "desidratar" a maioria da população transformando-os em prismas tipo hexa, octa ouo dodecaedro. Daí um deles foi esmagado por um dos aliens como punição. Lembrei disso porque na série infantil-idiotica de Batmam, certa vez também fizeram esta coisa. Os arquivilões na época, desidrataram todos os membros acho que da ONU ou sei lá e depois reidrataram...

Acho que vou vomitar...
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por André »

Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:A propósito, alguém aqui já foi assistiro novo filme? Dizem ser muito bom...

Se você não for um trekker fundamentalista, o filme é bom, talvez um pouco mais "frenético" que o normal das séries e filmes com a tripulação clássica.
Basta aceitar a explicação que surge logo no início do filme.



Minha opinião é análoga a do Fernando. O filme tem mais ação, sinal dos tempos, e logo no inicio, tem uma premissa, que muda muita coisa, porém se vc aceitar a questão de mudança temporal (que serie já explorou outras vezes) vc pode curtir o filme na boa.

Foi muito legal ver Kirk conhecendo Spock, mesmo que em um passado alternativo.
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Johnny »

Ontem tentei assistir Buck Rogers, sendo reexibido na TCM. Gente, não sei como eu assistia aquilo. Como pode uma série de ficção muito mais atual que Startrek ter tantos furos e tantos efeitos toscos?

Startrek (a original) realmente não tem igual para a época. E olha que praticamente não se tinha recursos, ha?
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Fernando Silva »

Johnny escreveu:Ontem tentei assistir Buck Rogers, sendo reexibido na TCM. Gente, não sei como eu assistia aquilo. Como pode uma série de ficção muito mais atual que Startrek ter tantos furos e tantos efeitos toscos?

Startrek (a original) realmente não tem igual para a época. E olha que praticamente não se tinha recursos, ha?

A Star Trek original tinha uma produção tosca e improvisada por falta de recursos, mas os temas eram tão interessantes que ninguém reparava.

Na verdade, a falta de recursos foi a origem de coisas com o transporte: por falta de dinheiro para mostrar a nave descendo em todos aqueles planetas, inventaram um meio mais simples de transportar as pessoas.

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Johnny
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Johnny »

Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Ontem tentei assistir Buck Rogers, sendo reexibido na TCM. Gente, não sei como eu assistia aquilo. Como pode uma série de ficção muito mais atual que Startrek ter tantos furos e tantos efeitos toscos?

Startrek (a original) realmente não tem igual para a época. E olha que praticamente não se tinha recursos, ha?

A Star Trek original tinha uma produção tosca e improvisada por falta de recursos, mas os temas eram tão interessantes que ninguém reparava.

Na verdade, a falta de recursos foi a origem de coisas com o transporte: por falta de dinheiro para mostrar a nave descendo em todos aqueles planetas, inventaram um meio mais simples de transportar as pessoas.

E que depis seria usado em séries ótimas como StarGate...
Se bem que acho que tanto a Enterprise quanto outras não seriam naves de aterrizagem. Imagine isso mecanicamente falando...O que apoiaria o setor disco no chão? Imagine equilibrar os extremos da nave que são os mais pesados...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Fernando Silva
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Fernando Silva »

Johnny escreveu:Se bem que acho que tanto a Enterprise quanto outras não seriam naves de aterrizagem. Imagine isso mecanicamente falando...O que apoiaria o setor disco no chão? Imagine equilibrar os extremos da nave que são os mais pesados...

Eles tinham aquelas naves menores, mas só aparecem em poucos episódios devido ao custo.

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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Lúcifer »

Até o presente momento, as unicas naves da Federação com capacidade de pouso é a "velha" USS Uffington NCC-1556 cruzador pesado estelar tipo 7 e a USS Voyager, cruzador leve de patrulha, Classe Intrepid
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por carlo »

O poder, o poder, e o poder, usaram esta série para esclarecer mentes, não deu. Não dará! Alguém, sempre não concordará que saquem a mensagem. Alguns concordam, outros não,( com os roteiristas), fico com os roteiristas. Tomara que não pediram a cabeça deles! Deve ter sido pedido ( a cabeça).
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por carlo »

Pois é! Estes roteiristas, geraram uma análise, feita por alguém, que leio, falo do forista Acauan, esta análise chegou a mim, explicar isto falando é o diabo... Tenho tentado, mas é óda!
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por Johnny »

Fernando, sabe aquele efeito bem simples de desmaterializar o pessoal e materializar em outro lugar (teletransporte)?
Pois é, não sei que raios de equipamentos eles faziam aquilo, mas nem a Globo até pouco tempo conseguia fazer, e olha que tantaram hein (isso claro até pouco antes da computação gráfica)
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Re: Religião e Jornada nas Estrelas

Mensagem por carlo »

Johnny escreveu:Fernando, sabe aquele efeito bem simples de desmaterializar o pessoal e materializar em outro lugar (teletransporte)?
Pois é, não sei que raios de equipamentos eles faziam aquilo, mas nem a Globo até pouco tempo conseguia fazer, e olha que tantaram hein (isso claro até pouco antes da computação gráfica)


Ou seja, esta série chocava a crentaiada dos USA, até por expor tanta ciência!
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