Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

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Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

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O respeito

O respeito é conquistado, adquirido e também pode ser resgatado

Um dos mais respeitados líderes cristãos fala sobre a importância do respeito nos relacionamentos

Doutor Russell Shedd. Teólogo, mestre e Phd em Teologia do Novo Testamento pela Wheaton Graduate School of Theology, Dr. Shedd é um dos fundadores da Edições Vida Nova e da Shedd Publicações sendo, também, autor com vários títulos publicados.

Doutor Shedd, com sua sabedoria, conhecimento, simplicidade e sensatez tem sido referencial de vida para algumas gerações de líderes, privilegiados por tê-lo como professor na Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Casado com Patrícia, há 48 anos, são pais de cinco filhos.

Lar Cristão agradece ao Doutor Shedd, um dos mais respeitados líderes cristãos da atualidade, a gentileza em nos conceder esta entrevista.

Lar Cristão: Dr. Shedd, como podemos conceituar a palavra “respeito” na Bíblia? Existe alguma recomendação específica quanto ao seu uso?

Dr. Russell Shedd: Respeito está ligado à reputação e podemos ver, no livro de Provérbios, a tremenda importância desse tema. Seu uso também está ligado à reverência e ao temor, idéias sinônimas, paralelas.

LC: Gostaríamos de adentrar um pouco na morfologia e sintaxe desta palavra que tem sido tão desrespeitada em sua essência. O senhor poderia nos falar um pouco sobre ela?

RS: Respeito vem do latim e significa olhar de novo, ou olhar para trás e mostrar atenção pela importância de uma pessoa.

LC: Como esse respeito é adquirido, em termos eclesiásticos?

RS Respeito é adquirido por meio do temor que a pessoa inspira. Quem teme a Deus o respeita, não blasfema. Temor é inspirado pelo medo de punição (como em Cingapura, no aeroporto, há uma placa que promete pena de morte a quem entrar com 15 ou mais gramas de tóxico no país!). Pessoas inspiram temor por sua importância e pelo poder de poderem mudar “a nossa sorte” para melhor ou para pior. Respeito também significa reconhecimento.

LC: Os padrões de respeito sofrem variação de época e de costumes?

RS: E como! Algumas culturas muito rígidas inspiravam muito respeito, como o caso dos puritanos nos séculos 16 e 17. Podemos imaginar Susana, mãe de John Wesley, não permitindo que seus filhos pedissem alguma coisa ou iniciassem uma conversa. Sabe-se que ao completarem 5 anos, sentavam-se à mesa e aprendiam o alfabeto. No dia seguinte começavam a ler a Bíblia naturalmente, contando com a ajuda de uma pessoa que poderia pronunciar, uma única vez, uma palavra na qual tivessem dúvida. Decorada a palavra, ela já seria considerada parte do vocabulário conhecido e a criança deveria continuar lendo.

Hoje há falta de respeito porque toda a nossa sociedade deixou de inspirar temor. Há liberdade quase total. A mãe de Wesley também se queixou da falta de respeito de seus filhos que foram enviados para outras famílias quando a casa em que moravam foi destruída pelo fogo (a biografia de Wesley pode ser vista, entre outros, nos seguintes sites: http://www.igreja-metodista.pt/origem.html; mb-soft.com/believe/ttc/wesley.htm).

LC: Como os pais podem se fazer respeitados por seus filhos? Há alguma indicação na Bíblia sobre isso?

RS:1. Organizando bem a casa. Colocando ordem na vida dos filhos, de modo que saibam que não há plena liberdade de fazer tudo o que querem na hora que desejam. Por exemplo: um filho se atrasou porque não estava pronto para pegar a perua que o levaria para a escola. Perdeu a aula, mas não teve permissão para fazer o que queria. Ficou em seu quarto o dia todo fazendo lição de casa e estudando. Há outra coisa muito importante que deve ser dita: os filhos aprendem a respeitar, ou não, vendo e imitando os pais.

2. A base teológica é sempre importante. Vejamos: Deus é soberano. Os filhos precisam saber que se alguém não respeitar as leis do Universo, como por exemplo gravidade e combustão poderão cair, e/ou se queimar. As conseqüências de uma desobediência resultam em sofrimento. E tudo o que doe ensina. Se ao desrespeitarem forem corrigidos deverão aprender, na próxima vez, a prestar o devido respeito.

3. Restringir e selecionar programas de televisão, vídeos e DVDs, também são fontes de ensino que raras vezes transmitem respeito. Comunicam, a maior parte do tempo, liberdade de escolha e os filhos, muitas vezes, pensam que devem ter os mesmos direitos que as crianças dos filmes têm. Conheço uma mãe que mora em São Luiz de Maranhão, que disse aos seus filhos pequenos:

– Vocês sabem que têm apenas uma hora para assistir televisão. Querem gastar essa hora agora? Como as crianças responderam que sim, a mãe interrompeu o que estava fazendo, se sentou elas, acompanhou os desenhos animados e depois dirigiu uma conversa sobre o que tinham visto e aprendido.

LC: O jovem possui um ímpeto, natural da idade, que o leva a sempre achar que tem solução para tudo. Com isso, muitas vezes, despreza os mais velhos, incluindo nessa categoria, os próprios pais. O que o senhor diria a um jovem cristão de forma a ele poder apaziguar seu interior e ao mesmo tempo continuar respeitando os pais?

RS: Respeitar os pais é uma ordem bíblica. Não há como burlar este mandamento (um dos dez de Êxodo 20) e ter a bênção de Deus na vida. Mesmo que um filho faça curso superior e o pai mal saiba ler, ele tem muita experiência de vida para transmitir a esse filho que, se for sábio deverá perceber, abraçar essas lições e continuar respeitando seu pai. Pode-se também dizer que um pai que não mostra respeito, que bebe demais ou que não tem algum outro tipo de autocontrole, logo verá que seu filho aprendeu “direitinho” com ele!

LC: Não deveria ser assim, principalmente entre os cristãos, mas a verdade é que existem situações nas quais temos dificuldades em respeitar uma pessoa devido a sua aparência ou comportamento. Como podemos trabalhar essa área?

RS: Mentorear e confrontar são os meios que abrem as portas para mudança de comportamento. Os líderes espirituais, além de dar exemplo, devem mostrar as diretrizes bíblicas para nortear a vida em todas as áreas, inclusive nesta de respeito ao próximo. Dessa forma há como mensurar uma melhora de comportamento. A Bíblia tem muitas passagens que orientam sobre isso (Por exemplo: 1 Pedro 3.7; Romanos 13.1-5; Efésios 6.2,3; 5.33; 1 Timóteo 5.17 entre outros)

LC: O que um casal poderia fazer na iminência de perceber que o respeito está acabando?

RS: Buscar a ajuda de um sábio conselheiro, Obedecer às ordens bíblicas que colocam perdão em lugar de vingança. A comunicação é fundamental entre os cônjuges. É necessário que ambos se abram, identifiquem e verbalizem o que os está incomodando e o motivo de a perda de respeito.

LC: Poderia nos falar um pouco de sua história? Houve alguém, em especial em sua vida, a quem o senhor respeitou profundamente tendo se tornado um referencial em sua vida?

RS: Fui criado na Bolívia, em uma família com duas irmãs e um irmão mais velho. Nosso estilo de vida era simples. Nossos pais eram missionários, muito piedosos e vivíamos em meio a muita oração e leitura da Bíblia. Recebíamos educação e disciplina rígidas. Havia uma correia de couro, atrás da porta da cozinha, que nos lembrava das “regras da casa”: nunca mentir, nunca desrespeitar a mamãe e nunca dizer um “palavrão”.
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As pessoas que mais inspiraram a minha vida (além de meus pais) foram professores e pastores que muito me impressionaram com sua piedade e amor pelo Senhor. Em especial, Joseph Macaulay, da Igreja da Bíblia de Wheaton, Illinois (EUA), onde fui estudante nos anos 40.

LC: Vemos morando nas ruas, pessoas que já foram cidadãs normais. Em algum ponto de suas vidas algo aconteceu que desencadeou a perda do respeito próprio e também de qualquer iniciativa para recuperá-lo. Há outras que não vão fisicamente para as ruas, mas internamente encontram-se na mesma situação. O quadro é muito complexo, mas em termos gerais, o senhor diria que há como resgatar alguém que se encontra nessas condições?

RS: Há sim. Veja o caso de pastor Wildo de Anápolis. Ele trabalha há anos na recuperação de alcoólatras. Tem havido, também, muitos casos de restauração de pessoas que dormiam nas ruas. O mesmo ocorre com drogados. Deus tem permitido muitos casos de vitória, de recuperação da saúde e dignidade humanas, para a glória do Pai.

LC: Os cristãos que procuram seguir os princípios bíblicos de comportamento para as diversas áreas da vida, como relacionamento familiar, padrões sociais de comportamento são, muitas vezes, desrespeitados neste mundo pós-moderno. O senhor poderia dizer alguma palavra de alento, estímulo ou esperança para eles?

RS: A minha palavra é simples. A nossa forma de viver neste mundo deve se inspirar no mundo vindouro. Se a revelação bíblica é verdadeira podemos ter segurança que os “Lázaros” estarão muito melhor, daqui a cem anos, do que os “ricos” bem-sucedidos que ganharam muito respeito neste mundo.

Somos, profundamente, afetados pelas pessoas que vivem ao nosso redor. A igreja, também, deve ser para nós o lar fora do lar. Pessoas sérias, de caráter devem moldar nossas vidas na comunhão da igreja. Devemos, cada vez mais, buscar conhecer os padrões de Deus para nossos relacionamentos, começando com a família, a fim de que possamos conviver enquanto aqui na Terra, com o respeito e dignidade, refletindo Aquele que nos criou.

Dr. Russell Shedd estará conosco entre 31/07 e 03/08 para a 1ª Semana Teológica Catedral da Família.


Iara Vasconcellos - Revista Lar Cristão
Publicado em: 4 / 4 / 2007

http://www.catedraldafamilia.com.br/ima ... alavra=150




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Lúcifer
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

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Tirando as partes teológicas, até que concordo com o que ele diz a respeito da educação dos filhos.

Se muitos pais fizessem o que ele sugere, não haveria tantos marginalzinhos por aí e então poderia se falar que dá pra se contruir um país de futuro.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

Lúcifer escreveu:Tirando as partes teológicas, até que concordo com o que ele diz a respeito da educação dos filhos.

Se muitos pais fizessem o que ele sugere, não haveria tantos marginalzinhos por aí e então poderia se falar que dá pra se contruir um país de futuro.


EIN? :emoticon28:
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Lúcifer
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Lúcifer »

Apo escreveu:
Lúcifer escreveu:Tirando as partes teológicas, até que concordo com o que ele diz a respeito da educação dos filhos.

Se muitos pais fizessem o que ele sugere, não haveria tantos marginalzinhos por aí e então poderia se falar que dá pra se contruir um país de futuro.


EIN? :emoticon28:


Sabe, tirando aquela parte que se aprende o respeito pela biblia e tomando-a como exemplo, eu até que concordo com o que ele disse.

Por exemplo, naquela parte que o filho perde a perua e não vai pra escola, em vez de ficar fazendo nada o dia inteiro, fica em casa estudando.
Não estou falando em bater na criança nem nada, se bem que, de vez em quando, uma palmadinha é bom quando se acabam os recursos, mas no exercício de disciplina nas crianças. Colocar uma rédea, saber dizer não, conversar com a criança, dar exemplos; etc.

Aquela parte de se ensinar as crianças a ler e na parte da televisão (uma hora pra assistir e a mãe acompanhando e depois discutir o que assistiram, é interessante isso.

Acredito que teríamos mais jovens responsáveis e menos vagabundos se os pais se comprometessem a serem PAIS em vez de pais só no nome. Está me entendendo?

Mas os pais também teriam que se dar ao respeito, senão estragariam a criança. Aquele exemplo do pai que bebe é um ótimo exemplo. Como quer que o filho não vire um alcoolatra se tem um péssimo exemplo em casa? Ser pais, é uma tremenda responsabilidade que não pode ser somente entregue ao Estado. lembre-se que a educação é de berço, não de chocadeira.

Pelo muito que você deu exemplo de você e sua filha, você foi um perfeito exemplo e se deu o respeito. E por isso, você tem orgulho de sua filha. Mas...e se você não se desse o respeito? O que aconteceria? Já pensou nisso. Bater nela depois da adolescencia não ajudaria em nada para consertar o estrago feito.
Felizmente você fez um serviço decente e vamos ter mais uma brasileira decente e com orgulho de sua educação. E quantos pais não dão esse tipo de exemplo? Quantos filhos sem ter um bom exemplo adulto se tornarão cidadão nada exemplares? Já pensou nisso? É por isso que, tirando a parte teológica, eu até concordo com esse cara.

Beijos.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

Lúcifer escreveu:
Apo escreveu:
Lúcifer escreveu:Tirando as partes teológicas, até que concordo com o que ele diz a respeito da educação dos filhos.

Se muitos pais fizessem o que ele sugere, não haveria tantos marginalzinhos por aí e então poderia se falar que dá pra se contruir um país de futuro.


EIN? :emoticon28:


Sabe, tirando aquela parte que se aprende o respeito pela biblia e tomando-a como exemplo, eu até que concordo com o que ele disse.

Por exemplo, naquela parte que o filho perde a perua e não vai pra escola, em vez de ficar fazendo nada o dia inteiro, fica em casa estudando.
Não estou falando em bater na criança nem nada, se bem que, de vez em quando, uma palmadinha é bom quando se acabam os recursos, mas no exercício de disciplina nas crianças. Colocar uma rédea, saber dizer não, conversar com a criança, dar exemplos; etc.

Aquela parte de se ensinar as crianças a ler e na parte da televisão (uma hora pra assistir e a mãe acompanhando e depois discutir o que assistiram, é interessante isso.

Acredito que teríamos mais jovens responsáveis e menos vagabundos se os pais se comprometessem a serem PAIS em vez de pais só no nome. Está me entendendo?

Mas os pais também teriam que se dar ao respeito, senão estragariam a criança. Aquele exemplo do pai que bebe é um ótimo exemplo. Como quer que o filho não vire um alcoolatra se tem um péssimo exemplo em casa? Ser pais, é uma tremenda responsabilidade que não pode ser somente entregue ao Estado. lembre-se que a educação é de berço, não de chocadeira.

Pelo muito que você deu exemplo de você e sua filha, você foi um perfeito exemplo e se deu o respeito. E por isso, você tem orgulho de sua filha. Mas...e se você não se desse o respeito? O que aconteceria? Já pensou nisso. Bater nela depois da adolescencia não ajudaria em nada para consertar o estrago feito.
Felizmente você fez um serviço decente e vamos ter mais uma brasileira decente e com orgulho de sua educação. E quantos pais não dão esse tipo de exemplo? Quantos filhos sem ter um bom exemplo adulto se tornarão cidadão nada exemplares? Já pensou nisso? É por isso que, tirando a parte teológica, eu até concordo com esse cara.

Beijos.


Querido, não seja ingênuo...veja o que está por trás deste lixo aí em cima. A tirania e a covardia infiltrados até a alma, a fim de dar uns "corretivos" desde a tenra idade e usar o medo como arma.
Leia tudo e veja que nada há de pedagógico e saudável ali.
Respeito é conquistado, não forçado mediante este tipo de jogo desigual.
Esta mulher é uma maluca.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

Lamentavelmente ainda acreditamos que bater ou ameaçar é educar. "Botar nos trilhos".

A maioria dos marginais foi abusado física ou moralmente em casa, na escola, nas ruas, por entes em quem deveriam confiar e se sentir protegidos. Ou por estranhos, endossados pelos pais. Isto sim é abandono.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

COMO TORTURAR SEU FILHO 30 MINUTOS POR DIA ( CASO CONTRÁRIO ELE VIRARÁ UM PERDIDO )


ORAÇÕES DA MANHÃ DAS CRIANÇAS


As crianças têm uma capacidade muito particular de unir-se a Deus pela contemplação. Porém, é necessário ensinar-lhes a rotina de gastar algum tempo com Deus, caso contrário elas se deixarão levar pela falta de concentração e pela dissipação. Quantos pais deixam as crianças passarem várias horas diante de uma TV! Mas acham um exagero que a criança perca 15 minutos ao levantar e ao deitar para dedicar-se à sua salvação eterna.É preciso ensinar as crianças a rezar, começando por lhes dar o bom exemplo.

O sinal da Cruz é o sinal do cristão. Devemos fazê-lo com atenção e piedade:
+ Pelo Sinal da Santa Cruz
+ Livrai-nos Deus Nosso Senhor
+ De todos os nossos inimigos
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Podemos começar rezando o Pai Nosso e 3 Ave-Marias. As crianças que souberem devem rezar o Angelus
Pai nosso que estais no céu - Santificado seja o Vosso nome
Venha a nós o Vosso reino - Seja feita a Vossa vontade - Assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje - Perdoai as nossas dívidas
Assim como nós perdoamos aos nossos devedores
E não nos deixeis cair em tentação - Mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Consagração à Nossa Senhora
Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós, e em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e todo o meu ser. E porque assim sou Vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade Vossa. Amém.
Oferecimento do dia
Eu Vos adoro, meu Deus, e Vos amo de todo o coração. Dou-Vos graças por me terdes criado, feito cristão pelo santo Batismo e me conservado nesta noite. Ofereço-Vos as ações deste dia; fazei que sejam todas segundo a Vossa santa vontade, para maior glória Vossa. Preservai-me do pecado e de todo o mal. A Vossa graça esteja sempre comigo e com todos os que me são queridos. Amém.
Ao Anjo da Guarda
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarde, governe e ilumine.
Quando a criança já souber, deve rezar todos os dias o Credo:
Creio em Deus Pai Todo Poderoso, Criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo um só seu Filho, Nosso Senhor: o qual foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos, subiu aos céus, está sentado à mão direita de Deus Pai Todo Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e mortos; creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
Outras orações que podem ser rezadas pela manhã:
Lembrai-Vos (São Bernardo)
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado Vossa assistência e reclamado Vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado, pois, de igual confiança, ó Virgem das virgens e minha Mãe, a Vós recorro, e gemendo sob o peso dos meus pecados me prostro a Vossos pés; não desprezeis, ó Mãe de Deus, a minha súplica mas ouvi-me e atendei-me favoravelmente. Amém.
Ato de Fé
Creio que há um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Creio em tudo o que nos ensina a Santa Igreja Católica.
Ato de Esperança
Senhor, eu espero, com o auxílio de Vossa graça, ser sempre bom e obediente, para merecer a felicidade eterna no céu.
Ato de Caridade
Meu Deus, eu Vos amo de todo o meu coração; e por Vosso amor, amo ao meu próximo como a mim mesmo.
Oração final
Dignai-Vos, Senhor Deus, Rei do céu e da terra, dirigir, santificar e governar, neste dia, os nossos corações e nossos corpos, nossos sentidos, palavras e obras, segundo a Vossa lei, a fim de que, aqui na terra e na eternidade, mereçamos, por Vosso auxílio, obter a salvação, ó Salvador do mundo, que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
Durante o dia, devemos elevar nossas almas a Deus diversas vezes, principalmente rezando o Terço, pedindo ajuda divina em todas as ocasiões: nas refeições, no estudo, nos perigos, etc. Não devemos esquecer que Ele está em toda parte e governa nossas vidas.

Volta para o índice de orações

QUE CRIANÇA NORMAL TOLERA ISTO DESDE QUE NASCE TODO SANTO AMANHECER E ANOITECER?
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

Como ensinar os filhos a rezar



Hoje, em muitas de nossas famílias, já não se reza. E começam as justificativas: nos dá pena propor à família; a oração parece algo forçado, artificial, não sai do coração; os filhos são muito pequenos ou muito crescidos... No entanto, a oração em família é possível hoje.

O primeiro passo tem que ser dado pelo casal, aprendendo eles mesmos a orar juntos. Uma oração em dupla, simples, normal, sem muitas complicações, faz bem ao casal crente e é a base para assegurar a oração com os filhos.

Provocar o ambiente apropriado

A oração em família pede um certo clima. Algumas famílias chegam a reservar na casa um lugar ou "cantinho de oração" especialmente destinado para orar, como expressão de que se dedica a Deus um lugar na casa. É um espaço preparado com alguma Bíblia, um Círio, alguma planta, que se pode enfeitar de maneira apropriado em alguns tempos litúrgicos.

Também se pode cuidar mais o que entra no lar (certo tipo de revistas, vídeos, livros, cassetes, programas de TV). Não é difícil hoje assinar alguma revista cristã, comprar livros sãos e educativos para os filhos, Evangelhos e Bíblia para as crianças, cassetes com gravações para orar, gravação do Terço.

Pode-se também introduzir algum símbolo, imagem ou sinal religioso de bom gosto. Os lugares mais apropriados são, sem dúvida, a sala de estar onde a família se reúne para descansar, falar ou ver a televisão, e os quartos dos filhos onde, entre outros pôsteres e objetos variados, pode haver alguns religiosos, alguma lembrança da primeira comunhão ou da confirmação, os Evangelhos, alguma imagem de Jesus.

Saber ensinar-lhes

Antes que mais nada, é necessário que a criança veja seus pais rezando. Se vê seus pais rezar sem pressa, ficar em silêncio, fechar os olhos, pôr-se de joelhos, debulhar as contas do Terço, pôr o Evangelho no centro da mesa depois de tê-lo lido devagar, a criança, que capta criticamente a importância destes momentos, percebe a presença de Deus no lar como algo bom, aprende uma linguagem religiosa, palavras e sinais que ficam gravados em sua experiência; aprende atitudes e vai despertando em si a sensibilidade religiosa.

Nada pode substituir esta experiência. Mas, além disso, é necessário orar com os filhos. As crianças aprendem a orar rezando com seus pais. Deve-se fazê-las participar na oração; que aprendam a fazer gestos, a repetir algumas fórmulas simples, algum canto, a estar em silêncio falando com Deus. A criança ora como vê orar. Chegará um momento em que ela mesma poderá abençoar a mesa, iniciar uma oração ou ler o Evangelho com a maior naturalidade. A oração fica gravada em sua experiência como algo bom, que pertence à vida da família, como a reunião, a conversa, o riso, a discussão ou a diversão.

José A. Pagola


http://www.radiorainhadapaz.com.br/noti ... 120036.htm
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Lúcifer »

Eu acho que não me fiz entender. Bem, vamos lá.
Eu não concordo com o exemplo de respeito que se dá na biblia.
Não concordo com a parte do respeito vir do temor. Isso se chama escravidão e não respeito.
A parte que eu disse que concordava é: para se ter respeito tem que se passar respeito. Acredito em uma boa conversa entre pais e filhos SEM meter religião no meio. Uma conversa franca, mas dependendo do conteúdo de acordo com a idade da criança.
Concordo que a criança tem que aprender a ter responsabilidades logo cedo. Aquela da perua escolar eu achei muito boa. Perdeu a perua, não foi pra escola, faz lição em casa. Brincar somente no horário que a criança normalmente volta da escola.

Na parte da televisão, é importante que os pais monitorem o que as crianças estão assistindo. Muitos programas não são adequados para determinadas idades. Mas em vez de somente proibir, tem que se dialogar do porquê não querer que a criança assista.

Eu acredito que seria de muito bom tamanho se as crianças tivessem horários para se fazer as suas obrigações. Recompensadas quando fazem algo certo e castigadas quando se faz algo errado. Não estou falando em bater, mas privar a criança de algo que ela goste por algum tempo. E sempre depois de uma boa CONVERSA, sem gritos ou ameaças.

Eu fui educado assim, com regras. Eu tinha os meus horários e não morri por causa disso. Sempre respeitei os meus pais pelo exemplo que eles me davam e não por ameaças físicas. Os meus pais nunca precisaram relar a mão em mim ou em minha irmã, mas eles sempre conversavam comigo quando nós nos desentedíamos. Como diz no texto, os meus pais não tiveram muita educação na escola, mas me ensinaram os valores da escola da vida e isso eu levo com muito carinho. E nunca me impuseram que eu seguisse alguma religião, antes que você me pergunte. Respeito a posição deles e eles respeitam a minha. ISSO é respeito.

É nisso que estou falando. Respeito com responsabilidade. Pra se ter respeito, tem que se ter e dar o respeito.

Espero ter sido mais claro agora.
Beijos.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

SOBRE PALMADINHAS ( QUE FOFO )....

Mamãe Dani, com dúvidas sobre como educar seu filhote André, de 2 anos...

Amigas...
Tenho medo de não saber educar bem o meu filho...

Tenho medo de achar por exemplo que ele tá com manha, mas na verdade ele estar sentindo algo... E ser corrigido sem necessidade...

Ou ao contrário, ser compreensiva demais e não corrigí-lo na hora certa...

Mas a pergunta é: Umas palmadinhas de vez em quando ajudam? Porque?

Nada que machuque a criança, claro, algo que possa sentir...


Que mimosa. Nada que machuque, mas que faça "sentir"...


Mamãe Lu28, sobre sua filhote Giovanna ( 3 anos ), que agora vai ganhar uma irmãzinha.

Amiga eu não gosto muito de ficar dando palmadinhas na Gigi mas as vezes isso é necessário...

Por exemplo a Giovana estava com uma mania de dar cabeçada em mim quando ela queria alguma coisa e eu não dava....

Pois bem um dia ela fez isso e eu na mesma hora dei uma palmadinha nela e falei brava com ela, na mesma hora ela parou fez biquinho e chorou um pouquinho, não voltei atraz coloquei ela no chão e não agradei...E ela entendeu viu pois nunca mais fez isso.....

É claro que precisamos saber identificar o porque da manha e do choro pois pode ser algum desconforto mesmo....

bjs


É. Ela não entende como a filha dá cabeçadas nela quando quer alguma coisa que ela não dá. Então...uma palmadinha resolve tudo viu...

E antes desta palmadinha, o que ela fez durante 3 anos para a menina começar a dar cabeçadas?
Quem disse que a palmadinha foi a salvação?
É...pode ser um "desconforto".... :emoticon13:
Editado pela última vez por Apo em 17 Set 2008, 19:33, em um total de 1 vez.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

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Lúcifer escreveu:Eu acho que não me fiz entender. Bem, vamos lá.
Eu não concordo com o exemplo de respeito que se dá na biblia.
Não concordo com a parte do respeito vir do temor. Isso se chama escravidão e não respeito.
A parte que eu disse que concordava é: para se ter respeito tem que se passar respeito. Acredito em uma boa conversa entre pais e filhos SEM meter religião no meio. Uma conversa franca, mas dependendo do conteúdo de acordo com a idade da criança.
Concordo que a criança tem que aprender a ter responsabilidades logo cedo. Aquela da perua escolar eu achei muito boa. Perdeu a perua, não foi pra escola, faz lição em casa. Brincar somente no horário que a criança normalmente volta da escola.

Na parte da televisão, é importante que os pais monitorem o que as crianças estão assistindo. Muitos programas não são adequados para determinadas idades. Mas em vez de somente proibir, tem que se dialogar do porquê não querer que a criança assista.

Eu acredito que seria de muito bom tamanho se as crianças tivessem horários para se fazer as suas obrigações. Recompensadas quando fazem algo certo e castigadas quando se faz algo errado. Não estou falando em bater, mas privar a criança de algo que ela goste por algum tempo. E sempre depois de uma boa CONVERSA, sem gritos ou ameaças.

Eu fui educado assim, com regras. Eu tinha os meus horários e não morri por causa disso. Sempre respeitei os meus pais pelo exemplo que eles me davam e não por ameaças físicas. Os meus pais nunca precisaram relar a mão em mim ou em minha irmã, mas eles sempre conversavam comigo quando nós nos desentedíamos. Como diz no texto, os meus pais não tiveram muita educação na escola, mas me ensinaram os valores da escola da vida e isso eu levo com muito carinho. E nunca me impuseram que eu seguisse alguma religião, antes que você me pergunte. Respeito a posição deles e eles respeitam a minha. ISSO é respeito.

É nisso que estou falando. Respeito com responsabilidade. Pra se ter respeito, tem que se ter e dar o respeito.

Espero ter sido mais claro agora.
Beijos.


Sim, mas isto nada tem a ver com aquelas barbaridades fundamentalistas ali. Com ou sem religião. A religião é só mais uma arma covarde.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

Ia eu começando a escrever umas palavras em resposta a pais assustados com filhos "manheiros" e "cabeceiros", quando dei de frente com este artigo. Como diz exatamente do que se trata a questão (ponderada -e não fanaticamente falando ), passo a endossá-lo.
Quem quiser que distribua suas incapacidades e frustrações aos filhos. Também há por aí aos montes espantalhos e demais falácias a respeito. Se der certo, deu. Se não der...

A senhora acha que dar palmada faz mal?
sábado, 24/maio/2008

Escrevi o artigo abaixo baseada em convicções pessoais, não necessariamente amparada pelo impulso científico costumeiro e sem pretensão de que sirva de guia para mães e pais. A pergunta que me foi enviada por e-mail por uma mãe é a mesma habitualmente feita em fóruns de discussão sobre o tema: palmadas podem prejudicar as crianças? Essa questão envolve múltiplos desdobramentos, provavelmente não existe confiabilidade no impacto populacional e nada mais parece que um de entrave acadêmico para o desfecho de uma questão para muitos - nos quais me incluo - absolutamente resolvida.

A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: alguém tem direito de bater em uma criança ? Se ninguém tem esse direito, a questão finda sem rodeios. Se alguém tem esse direito, quem é essa pessoa e como legislar a respeito da matéria seriam as questões seguintes. Ainda que a ‘hipótese’ de que palmadas não tragam danos emocionais à criança seja considerada, isso não retira o direito do pequeno de ser ouvido e ter sua integridade física e moral preservadas nem muito menos outorga às pessoas o direito de agredi-lo. Assim penso, e pelas crianças assim advogo; muito embora permaneça aberta e escancarada a quebrar paradigmas diversos e rever minhas posições em outras questões polêmicas como a legalização do aborto, eutanásia, pena de morte, drogas e regulamentação da prostituição, na questão ‘Palmadas’ a minha postura é, como diria Rogério Magri *, imexível.

Em julho de 2006 a primeira versão desse ensaio foi postada no Natalpress.com e em 2007 tive o prazer de vê-lo publicado - entre outros artigos meus - no livro ‘Pediatria Radical’, da Editora Senac do Distrito Federal. Resolvi revisá-lo novamente no mês das mães, mas em homenagem à menina Isabela, ao menino M, à menina S, ao menino B e a todos os meninos e meninas que ainda são agredidos física, sexual e moralmente por quem deveria protegê-los.

DAR PALMADAS OU NÃO DAR PALMADAS ?

“É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.”
Lei 8049/1990, Título II, Capítulo II, Art. 18

Fazendo um breve passeio histórico, descobrimos que segundo o Talmud ( livro sagrado escrito pelos antigos hebreus) o pai tinha direito sobre a vida e morte de seus filhos, até a criação de um conselho de anciãos para julgar cada caso individualmente. Após a influência egípcia e babilônica, os hebreus passaram a punir o infanticídio com pena de morte. Entre outros povos, como os fenícios e filisteus e mais recentemente entre tribos da África Central, crianças eram sacrificadas em rituais de purificação. Na civilização greco-romana o pai poderia sacrificar o filho recém-nascido caso julgasse que o bebê fosse um problema para a família. Os bebês assassinados com mais freqüência eram as meninas, os prematuros e as crianças com sinais de alguma deficiência física. Curiosamente, essa mesma civilização fez surgir as primeiras noções de puericultura, como as medidas de higiene e o estímulo ao aleitamento materno. Hoje isso nos parece absurdo, porém, à época, era visto como algo moralmente aceitável.

Em nosso país, sofrimentos físicos foram imputados aos escravos até há pouco mais de 100 anos, período em que vozes ativas surgiram ao seu favor, ainda que o fato fosse considerado normal por parte da sociedade da época.

Mulheres de alguns países do Islã são meros objetos de seus maridos e estão à mercê de decisões arbitrárias e penas hediondas como a morte por apedrejamento, apoiadas pela Sharia. O mundo acha injusto? Sim, mas no passado e para alguns países isso ainda é justo.

Aos poucos a sociedade evolui contra qualquer forma de abuso físico e a legislação brasileira prevê o direito a inviolabilidade física, psíquica e moral da criança e do adolescente. Abusos físicos contra a criança perpetrados por pais já deveriam ser inaceitáveis por toda a sociedade, mas ainda é um assunto controverso. Muitos pais se consideram no direito de punir fisicamente seus filhos como medida de repreensão ou de educação. Abro os questionamentos para um brain storm:

- Os pais podem bater na criança a partir de que idade ?
- Podem bater em bebês ?
- Podem dar palmadas no rosto ou não podem ?
- Até que idade os pais podem bater na criança? Em adolescente podem?
- Podem bater em público ou só em casa?
- Os avós, os tios e as babás também podem bater ?
- Qual o limite lícito de força para as pancadas ou palmadas?
- O professor pode bater?
- Podem jogar contra a parede?
- Podem bater com objetos?
- Podem empurrar ? Podem beliscar?
- Quantas palmadas seriam lícitas?
- Quantas vezes por dia podem bater?

Depois de mais de uma década lidando com saúde infantil, sinto-me confortável em responder a pergunta que gerou esse artigo:

- Doutora, a senhora acha que dar palmada faz mal?

Eu não acho. Eu sinto. A resposta só pode ser poética, musical, passional, não científica. Para mim não é controverso, é uma evolução. No passado os abusos eram normais e sua condenação veio a partir de pessoas que elevaram sua voz em nome das crianças, que são indefesas e reféns dos adultos. O filhote humano é o que nasce mais dependente e que precisa de proteção por mais tempo dentre todas as espécies animais. Somos seres frágeis com um grande cérebro, que recebe marcas desde tenra idade.

Coloco-me entre os que são contra palmadas e toda espécie de arbitrariedade contra os direitos humanos, tenha o homem qualquer idade, sexo, etnia, orientação sexual, condição sócio-econômica e que tais. A criança não é propriedade dos pais, não é objeto, nem merece receber qualquer tipo de violência sob quaisquer alegações ou justificativas, não importa se a palmada deixe marca emocional ou não. Antes que os apologistas me perguntem: você é mãe?, respondo: A mesma opinião é partilhada por muitos pais, da mesma forma que pessoas que são ou não são pais acham as palmadas lícitas. Não é o fato de ser ou não pai ou mãe que determina a opinião de serem aceitáveis ou não as palmadas. Esse é um argumento espantalho.

Nossas convicções não aparecem ao acaso, são geradas a partir de experiência de vida e de nosso pensamento crítico. Conforme evidências, pessoas que não sofreram palmadas ou outros abusos de seus pais têm menos chance de agredirem fisicamente seus filhos. Após algumas gerações de filhos sem palmadas, alguém vai escrever um artigo histórico relatando até quando foi aceito bater em crianças, e espero que este tempo esteja chegando. Nem trabalhadores, nem mulheres, nem crianças merecem ser submetidos a abusos físicos com finalidade educativa ou punitiva.

O mundo precisa de amor, isso é urgente. Não estamos mais na savana, desenvolvemos mecanismos emocionais complexos, nosso cérebro evoluiu muito e tem capacidade elevada de estabelecer relações interpessoais. Mais do que nunca precisamos difundir o altruísmo, a capacidade de diálogo e de negociação pacífica, e isso começa com os laços genéticos mais fortes: em casa. A vida corre cada vez mais rápido, a pressa determinada pelas demandas da vida moderna está eliminando a cumplicidade entre pais e filhos.

Nas escolas não se usam mais palmatórias. Há meios de se formar um indivíduo, na verdade devem existir vários, sem que agressões físicas sejam requeridas. Restam aos pais, dentro de suas convicções, escolherem através de tentativas, erros e acertos, o melhor “método” de participarem da formação de seus filhos.

.:.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

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Há sempre muita gente lendo este forum. Se for útil para alguns, já terá valido a pena.
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Sorrelfa
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Sorrelfa »

Eu sou totalmente favorável ao uso de palmadas e surras pra se educar crianças.

É por falta de surra que estamos vendo essa geração de jovens sem o minimo respeito para com as pessoas, com autoridades.
Tinha que ser que nem antigamente como relatado por alguns parentes meus:

Minha vó certa vez por volta de 1940 ousou não obedecer prontamente uma ordem do meu bisavô, e rebeu aquela pranxada de facão na cara pra aprender a ser gente.
Meu padrasto conta que certa vez começou com gracinha na sala de aula no auge de sua infancia e tomou um lapada na orelha do professor que nunca mais esquece, aprendeu a respeitar os professores.
Meu tio insanamente mandou meu avô ir "se catar", o resultado foi a surra de cinta nas costas seguidas de um banho de salmoura pra ficar esperto e respeitar seu pai.
Eu certa vez mandei minha vó ir tomar no cú, pra que... apanhei até me mijar nas calças na base de tabefes nas orelhas e ripadas na bunda despida.

É assim que se criam cidadãos. Esses famigerados metodos de educação infantil está só criando essas bestas que vemos se multiplicar na nossa sociedade.
Vendo a justificável insistência de todos, humildemente sou forçado à admitir que sou um cara incrível !

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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

Minha vó certa vez por volta de 1940 ousou não obedecer prontamente uma ordem do meu bisavô, e rebeu aquela pranxada de facão na cara pra aprender a ser gente.


:emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:

Meu pai pediu à minha avó pêssego em calda pela terceira vez, sem estar mais com vontade( era óbvio).
Minha avó explicou que não e explicou e explicou ( pelo menos é a versão dela :emoticon16: ). Meu pai abriu o berreiro e ela disse: se não comer tudo até o fim, vai comer de qualquer jeito.

Adivinha? :emoticon12:

Ele odeia Pêssego em Calda. :emoticon12:
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Lúcifer
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Lúcifer »

Apo escreveu:
Lúcifer escreveu:Eu acho que não me fiz entender. Bem, vamos lá.
Eu não concordo com o exemplo de respeito que se dá na biblia.
Não concordo com a parte do respeito vir do temor. Isso se chama escravidão e não respeito.
A parte que eu disse que concordava é: para se ter respeito tem que se passar respeito. Acredito em uma boa conversa entre pais e filhos SEM meter religião no meio. Uma conversa franca, mas dependendo do conteúdo de acordo com a idade da criança.
Concordo que a criança tem que aprender a ter responsabilidades logo cedo. Aquela da perua escolar eu achei muito boa. Perdeu a perua, não foi pra escola, faz lição em casa. Brincar somente no horário que a criança normalmente volta da escola.

Na parte da televisão, é importante que os pais monitorem o que as crianças estão assistindo. Muitos programas não são adequados para determinadas idades. Mas em vez de somente proibir, tem que se dialogar do porquê não querer que a criança assista.

Eu acredito que seria de muito bom tamanho se as crianças tivessem horários para se fazer as suas obrigações. Recompensadas quando fazem algo certo e castigadas quando se faz algo errado. Não estou falando em bater, mas privar a criança de algo que ela goste por algum tempo. E sempre depois de uma boa CONVERSA, sem gritos ou ameaças.

Eu fui educado assim, com regras. Eu tinha os meus horários e não morri por causa disso. Sempre respeitei os meus pais pelo exemplo que eles me davam e não por ameaças físicas. Os meus pais nunca precisaram relar a mão em mim ou em minha irmã, mas eles sempre conversavam comigo quando nós nos desentedíamos. Como diz no texto, os meus pais não tiveram muita educação na escola, mas me ensinaram os valores da escola da vida e isso eu levo com muito carinho. E nunca me impuseram que eu seguisse alguma religião, antes que você me pergunte. Respeito a posição deles e eles respeitam a minha. ISSO é respeito.

É nisso que estou falando. Respeito com responsabilidade. Pra se ter respeito, tem que se ter e dar o respeito.

Espero ter sido mais claro agora.
Beijos.


Sim, mas isto nada tem a ver com aquelas barbaridades fundamentalistas ali. Com ou sem religião. A religião é só mais uma arma covarde.


Sim. Foi por isso que eu coloquei que certas coisas eu concordava. Não com tudo.
Beijos.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Lúcifer »

Sorrelfa escreveu:Eu sou totalmente favorável ao uso de palmadas e surras pra se educar crianças.

É por falta de surra que estamos vendo essa geração de jovens sem o minimo respeito para com as pessoas, com autoridades.
Tinha que ser que nem antigamente como relatado por alguns parentes meus:

Minha vó certa vez por volta de 1940 ousou não obedecer prontamente uma ordem do meu bisavô, e rebeu aquela pranxada de facão na cara pra aprender a ser gente.
Meu padrasto conta que certa vez começou com gracinha na sala de aula no auge de sua infancia e tomou um lapada na orelha do professor que nunca mais esquece, aprendeu a respeitar os professores.
Meu tio insanamente mandou meu avô ir "se catar", o resultado foi a surra de cinta nas costas seguidas de um banho de salmoura pra ficar esperto e respeitar seu pai.
Eu certa vez mandei minha vó ir tomar no cú, pra que... apanhei até me mijar nas calças na base de tabefes nas orelhas e ripadas na bunda despida.

É assim que se criam cidadãos. Esses famigerados metodos de educação infantil está só criando essas bestas que vemos se multiplicar na nossa sociedade.


Eu concordo, em parte. Somente os pais DEVEM saber quando der umas palmadinhas nos filhos.
Eu sou fã da conversa, do diálogo, mas se for inevitável, sim umas palmadas, não daquele tipo de machucar e arrancar sangue, bem colocadas, junto com um bom castigo, pode sim, colocar a criança na linha.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Apo »

Não. Criança não precisa de palmada para "entrar na NOSSA linha". Quem bate já perdeu o respeito faz teeeempo.
Ponto para a criança, infelizmente....Este tipo de ponto em cima de erro dos pais não é nada bom.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por Lúcifer »

Apo escreveu:Não. Criança não precisa de palmada para "entrar na NOSSA linha". Quem bate já perdeu o respeito faz teeeempo.
Ponto para a criança, infelizmente....Este tipo de ponto em cima de erro dos pais não é nada bom.


Como tudo na vida, existem crianças E existem crianças.
Infelizmente algumas delas somente aprendem algo quando aparece um chinelo na mão.
Mas, antes que você venha me criticar, a palmada é somente em ULTIMO caso.
Beijos.
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Re: Educação "Tradicional": Prova de Amor pelos Filhos

Mensagem por NadaSei »

Bater não é necessário.

É possível ensinar sem nenhum tipo de agressão física, não tem essa de "crianças" e "crianças".
Criança é criança e pronto, está a mercê da autoridade e arbítrio do adulto, não fez o que devia ou fez o que não podia, fica de castigo, leva bronca, perde privilégios, etc... Funciona muito melhor que agressão.

Umas palmadinhas, apesar de desnecessárias, também não fazem sempre mal.
Eu levava uns tapinhas e nunca tive problemas, mas meus pais sempre souberam dar tapinhas muito mais pra assustar que pra doer. Desnecessário, mas não prejudicial.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Trancado