10 coisas que o seu corretor de seguros não vai dizer para você
Por Roseli LoturcoEXAME
"Vamos deixar tudo registrado no contrato"
Nos planos de seguro de automóveis, quem faz a cobertura contra colisão, incêndio e roubo tem direito a indenização em caso de danos acarretados por enchente, queda de árvore ou de muro. Muitos corretores não deixam isso claro no contrato. Não se acanhe de exigir que esses itens sejam colocados no papel. Quanto mais clareza, menos dor de cabeça no futuro.
"Não minta na hora de descrever seu perfil"
Como o cálculo do valor do seguro de um automóvel leva em conta o perfil do segurado, muitas pessoas se vêem tentadas a mudar um pouquinho os fatos para tentar economizar. E muitos corretores, na ânsia de fechar o contrato, não avisam que pequenas mentiras podem custar caro se houver um sinistro. Se você disser que seu carro passa o dia no estacionamento (e ele ficar apenas um turno, por exemplo), corre o risco de perder o seguro em caso de roubo.
"Você pode tentar ampliar a cobertura de seu plano de saúde"
Neste ano, os planos foram obrigados a oferecer cerca de 100 novas coberturas, incluindo cirurgia de catarata a laser e vasectomia, além de novos exames laboratoriais. A cobertura vale para todos os contratos assinados a partir de 1o de janeiro de 1999, mas quem tem um plano mais velho deve negociar a inclusão das coberturas com a seguradora.
"Você vai pagar mais por seu seguro de saúde a partir dos 30 anos"
Uma parte das seguradoras faz poucos reajustes quando o segurado é jovem, mas quando ele passa dos 30 anos começa a aumentar o preço com mais freqüência. Embora essa prática não seja ilegal, ela precisa ficar clara para não provocar surpresas desagradáveis. Outro ponto importante para os segurados é que a lei proíbe reajustes após os 59 anos de idade.
"Aqui está meu registro"
São muitos os casos de pessoas que se passam por corretores, mas não têm registro no sindicato ou na Susep — órgão oficial que fiscaliza as seguradoras. Por isso, não custa lembrar: é sempre recomendável checar a qualificação de quem está tentando vender o seguro.
"O seguro de vida vai demorar a ser pago"
“Muitas vezes, uma indenização que deveria sair em uma semana só acontece em um mês ou mais”, diz Renata Reis, analista do Procon de São Paulo. É comum que a seguradora tente provar que o segurado usou de má-fé ao preencher a declaração do perfil, principalmente em relação a doenças preexistentes. A melhor maneira de se defender dessa prática é ter um laudo médico na mão atestando a condição de saúde do segurado. “Dessa forma, a seguradora é obrigada a pagar o benefício imediatamente”, diz Regina.
"Não vamos pagar o valor de um computador novo"
Nos seguros de residências, nem sempre a seguradora se compromete a pagar o valor de um computador ou eletrodoméstico novo em caso de perda total. Uma prática comum — e nem sempre mencionada pelos corretores — é pagar de acordo com o tempo de uso do aparelho. Parece bobagem, mas não é. Em muitos casos, o seguro deixa de valer a pena.
"Confira o nome da seguradora de sua TV de LCD"
Quando você compra um eletrodoméstico, é comum os vendedores de grandes cadeias de lojas oferecerem uma garantia estendida. O problema é que nem sempre o serviço é de responsabilidade da loja ou do fabricante, mas de uma companhia de seguros. Nesses casos, você deve exigir um comprovante com o nome da seguradora e as condições do contrato. Sem isso, ficará difícil argumentar na eventualidade de sua TV de LCD ou de sua adega estragar depois de pouco tempo de uso.
"A seguradora tem uns probleminhas"
O Brasil não tem histórico recente de quebradeira no setor de seguros, mas é sempre bom saber com quem você está falando. O Procon local e a Susep — órgão que fiscaliza as seguradoras — são duas boas referências.
"Contrate o seguro escolar que garanta o ensino médio"
Para a contratação do seguro escolar ficar mais atraente, vale a pena considerar uma cobertura que estabeleça o pagamento integral dos estudos de seus filhos até a conclusão do ensino médio. Nem sempre os corretores dão essa sugestão.
http://portalexame.abril.com.br/revista ... 66302.html