Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

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André
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por André »

Apo escreveu:Daqui a pouco o Lula vira miguxo dele.
Já festejou um montão hoje!

Estes vermelhos são tudo farinha do mesmo saco: redistribuir a riqueza...entre eles. De preferência, aumentar consideravelmente.

Viva o Imperialismo!!!!



Eu não. Tanto que defendo a diminuição dos privilégios e dinheiro, disponíveis aos políticos. E defendo a democratização e o empoderamento dos cidadãos, justamente para evitar a apropriação indevida de recursos públicos.

E quem na direita defende que o Estado interceda em prol da iniciativa privada, uma direita hoje bem mais comum, que quer menos regulação para ganhar mais, e quer bailout dinheiro do Estado quando as coisas vão mal (cumulo da hipocrisia) E ela quer cada vez concentrar mais riqueza ignorando tudo e todos, que se colocarem em seu caminho.

Quando ao que disse que ele diz estar pelos outros, é o que sua trajetória informa, não apenas suas palavras. Mas temo pela vida dele, nos EUA é comum, pessoas assim, serem assassinados.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

ryu
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por ryu »

Prefiro Mcain como pessoa. Mas para presidente é sempre melhor ter alguém com uma boa esperança de vida. Imaginem se o velho fosse eleito e morresse durante o mandato. Teriamos á frente do mundo uma mulher boa (nada contra) mas fundamentalista. Uma mulher que certamente tentaria por a ciencia em cheque (vejam as declarações dela sobre investigação básica na mosca Drosophila)...

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André
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por André »

ryu escreveu:Prefiro Mcain como pessoa. Mas para presidente é sempre melhor ter alguém com uma boa esperança de vida. Imaginem se o velho fosse eleito e morresse durante o mandato. Teriamos á frente do mundo uma mulher boa (nada contra) mas fundamentalista. Uma mulher que certamente tentaria por a ciencia em cheque (vejam as declarações dela sobre investigação básica na mosca Drosophila)...


Detalhe vc sabe que Mccain se vendeu não sabe?

Ele dizia que lideranças fundamentalistas eram agentes da intolerancia, durante as eleições ele discursou na "faculdade" de uma dessas lideranças. E não apenas isso, ele mudou a opinião dele em relação a impostos, e uma serie de outras coisas, apenas para conseguir apoio do partido, ideais que ele defendeu a vida inteira, e abandonou apenas para tentar ganhar uma eleição. Esse é o carater, ou a falta dele, que Mccain exibiu.

Alias Hillary Clinton fez parecido e a mais tempo. Para não dizer que meu problema é com os republicanos, ela tb se vendeu.

Obama não fez nada disso, como Kerry tb não fez. A diferença é que Obama ganhou.
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ryu
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por ryu »

Eu acho Obama um retórico. Mas atrás de Mccain tinha a corja fundamentalista. Mccain que costuma ser tão frontal e que nem gosta dessa corja... realmente vendeu-se. Fu***-se :emoticon16:

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user f.k.a. Cabeção
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Discordo de voce, Andre.

Hussein Obama se fez de falso moderado nos seus discursos habilidosos, para ser aceito pela maioria, quando sua atuacao (bastante apagada por sinal) como senador consistiu sistematicamente em defender medidas de extrema-esquerda, que muito pouco ou nada agradariam o eleitor americano medio.

Um exemplo claro e a defesa da proposta de introduzir a educacao sexual no jardim de infancia, algo que ofenderia boa parte dos seus eleitores atuais.

Alem disso, ele mostrou-se consistemente desonesto durante a sua campanha, mas protegido pela blindagem racial mais torpe jamais erguida. Nao importa que ele tenha passado sua vida ao lado de pessoas do naipe de Bill Ayers ou Jeremiah Wright, financiando inclusive suas atividades anti-americanas, que tenha tido financiamento nos seus estudos em Harvard (cujos historicos ele nao permitiu que fossem divulgados) do lider da nacao do Islam, qualquer acusacao desferida contra ele rapidamente tomada como racismo reacionario.

Sua certidao de nascimento foi contestada, uma procuracao judicial emitida e ele nao apresentou provas de que teria nascido no Havai, contentando-se em oferecer uma versao eletronica controversa em seu site de campanha.

Hussein Obama e um demagogo habilidoso, mas seu discurso nao e novo nem apresenta qualquer mudanca. O momento era favoravel e os democratas souberam aproveita-lo, nao sem uma colaboracao expressiva dos republicanos, empenhados em fazer o jogo dos adversarios e rumar para a derrota.

Eu nao simpatizo com John McCain. Meu favorito entre os republicanos era o improvavel Ron Paul. Mas ainda assim John McCain, ideologias a parte, apenas em termos de carater e experiencia era largamente superior a Barack Hussein Obama. Mas perdeu por ter jogado o jogo dele.

Mas mesmo considerando o resultado lamentavel, nao credito importancia demasiada a lideres politicos, principalmente em paises com instituicoes solidas como os EUA. Ainda que o governo americano seja um grande peso nas costas do cidadao, e que os erros dos politicos custem bastante caro, nao sera o resultado dessa eleicao que afetara a supremacia moral e material da America, pois acredito que este resultado repousa sobretudo na hipnose subita que a imagem de um candidato negro produziu, auxiliada pelo apoio esmagador de toda a midia e toda a beautiful people, muito mais do que numa deterioracao dos valores americanos, que cedo ou tarde prevalecerao sobre eventuais mas escolhas eleitorais.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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André
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por André »

ryu escreveu:Eu acho Obama um retórico. Mas atrás de Mccain tinha a corja fundamentalista. Mccain que costuma ser tão frontal e que nem gosta dessa corja... realmente vendeu-se. Fu***-se :emoticon16:


Vamos ver como vai ser a administração Obama. Julgar antes não dá. Que Mccain se vendeu é claro. Basta conhecer a história dele, de independência no partido republicano, e como ele abandonou quase tudo que acreditava.

Obama oscila entre posições moderadas e mais a esquerda, Vitor, ele não é de extrema-esquerda.

Se tem coisa errada, descubram, minha posição, sempre, é sem evidencias, levantar dúvidas, é insuficiente para julgamento qualquer. Postura cética seja pro que for.

Se tem gente que se constrange em criticar Obama devido a cor de sua pele, a culpa não é dele. E ele foi sim, muito atacado, como se fosse um terrorista, e outros estereótipos que tentaram, em vão, colar nele. Campanha de difamação e assassinato de caráter. Falta nível e nisso, Obama teve uma atitude moralmente superior, foi generoso nas derrotas, para Hillary, e humilde e conciliador nas vitorias.

Sobre Ron Paul, uma coisa que concordo com ele(das poucas), é o problema que é o Fed. Esse sistema inflacionário , é algo, que esquerda e direita podem concordar, não serve aos interesses do povo.
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Tarcísio
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Tarcísio »

Cabeção, você também teve a impressão do partido ter optado por um candidato com as características de Obama não única e exclusivamente pela suas possibilidades de alcançar a presidência, mas pela possibilidade de se tornar um líder global que transbordará os interesses do partido em escala superior num futuro não muito distante?

Demagogo
Jovem
Detentor de uma imagem hipnótica, e ainda mais chocante quando eleito
Garantidor dos interesses interventores dos que não querem deixar o livre mercado levar suas fortunas

Tem mais?

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Apáte
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Apáte »

Usuário deletado escreveu:Mas como bem disse o Cabeção, não creio que o povo americano permitirá com que seu país seja destruído pelo retorno dos democratas, as instituições daquela nação são muito fortes e me fazem crer que a experiência obamística servirá para desmoralizar de vez o Partido Democrata por lá, de forma mais significativa que a desmoralização da época de Jimmy Carter.

Sim, semelhante ao que está acontecendo no Brasil, uma desmoralização demoníaca de Lula, comprovada por qualquer pesquisa de opinião, mesmo as encomendadas pela seus supostos opositores.
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Herf
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Herf »

Usuário deletado escreveu:O candidato do medo

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 24 de outubro de 2008


Chamado de “Messias” pelo líder radical muçulmano Louis Farrakhan e de “Meu Jesus” pela editora-chefe de um jornal universitário, Barack Hussein Obama informa: “Contrariamente ao que diz a opinião popular, não nasci numa manjedoura.” Já pensaram se ele não avisasse?

Qualquer que seja o caso, pelo menos um milagre confirmado ele já fez: é o primeiro candidato presidencial que obtém o aplauso de todos os inimigos dos EUA sem que isto desperte contra ele a menor desconfiança do establishment americano. Entre seus entusiastas, contam-se o Hamas, o presidente iraniano Ahmadinejad, Muammar Khadafi, Fidel Castro, Hugo Chávez e o canal de TV Al-Jazeera. Imagino o que aconteceria à candidatura de Franklin D. Roosevelt em 1932 se ele recebesse o apoio ostensivo de Josef Stalin, Adolf Hitler e Benito Mussolini.

É verdade que Obama promete desmantelar o sistema de defesa espacial dos EUA, desacelerar unilateralmente o programa americano de pesquisas nucleares, transformar em derrota a vitória no Iraque, vetar a abertura de poços de petróleo e oferecer carteiras de motorista e assistência médica gratuita aos imigrantes ilegais, aquele povinho patriota que quer transformar o Texas e a Califórnia em Estados mexicanos. Mas, se você insinua que qualquer dessas coisas é um bom motivo para os comunistas e radicais islâmicos gostarem dele, a mídia em peso diz que você “passou dos limites” e é virtualmente culpado de “crime de ódio”. Ahmadinejad declarou que a vitória do candidato democrata nas eleições dará o sinal verde para a islamização do mundo, Khadafi proclamou que Obama é um muçulmano fiel apoiado por milionários islamitas e Louis Farrakhan, aproveitando a onda de entusiasmo obamista, anunciou que a “Nation of Islam”, a sociedade secreta de radicais islâmicos que ele preside, há décadas funcionando em marcha lenta, está tendo “um novo começo” e logo estará operando de novo com força total. O sentido desses fatos é claro, mas notar isso é imoral: todo cidadão de respeito tem de jurar que o apoio vindo dos inimigos da América é apenas um equívoco da parte deles, já que Obama não lhes deu – oh, não! – o menor pretexto para que simpatizassem com ele. Insinuar qualquer convergência de interesses é imputar a Obama “culpa por associação” – uma perfídia carregada, evidentemente, de “subtons racistas”.

Qualquer palavra mais dura contra o candidato negro é aliás apontada como prova de racismo, e a mínima sugestão de que haja nisso alguma chantagem racial é prova dupla. O próprio John McCain faz questão de manter o debate na esfera “das idéias”, frisando que o oponente é “um homem decente, do qual não há nada a temer.”

Essa declaração é involuntariamente irônica. A coisa que todo americano mais teme, hoje em dia, é alguém suspeitar que ele pensa mal de Barack Hussein Obama. Seguindo o exemplo do líder, a militância republicana capricha nas exibições de respeito e veneração à pessoa do adversário. Um funcionário do escritório da campanha de McCain em Pompano Beach, CA, que colocou atrás de sua mesa um cartaz associando Obama a Marx e Hitler foi instantaneamente demitido. Um cidadão do Estado de Ohio, que fez umas perguntas mais duras ao candidato democrata sobre seu projeto de reforma fiscal, pagou caro pelo atrevimento. Teve sua vida particular vasculhada pelos repórteres e foi severamente criticado pelos crimes hediondos de trabalhar como encanador sem licença e de não ter pago uma multa de trânsito que recebeu no Arizona oito anos atrás. Isso dá uma idéia do zelo exasperado com que a grande mídia protege a imagem de Barack Obama. Samuel Wurzelbacher, ou “Joe Encanador” – o apelido pelo qual veio a ser nacionalmente conhecido –, tira da sua experiência a conclusão incontornável: “Quando você já não pode mais fazer perguntas a seus líderes, é uma coisa temível.”

O temor não é somente psicológico. Vários militantes republicanos já foram surrados por obamistas, escritórios da campanha McCain em vários Estados foram invadidos e destruídos, e só a ação da polícia impediu, a tempo, que centenas de agitadores obamistas bem treinados, armados de coquetéis Molotov, queimassem os ônibus que se dirigiam à Convenção Republicana em St. Paul (mesmo assim os remanescentes conseguiram fazer um belo estrago). Quando um candidato usa de métodos terroristas e ao mesmo tempo o establishment decreta que chamá-lo de terrorista é o suprassumo da demência, está claro que esse candidato tem direitos ilimitados. Ele pode receber 63 milhões de dólares em contribuições ilegais do exterior, e nada de mau lhe acontecerá por isso. Uma ONG que o apadrinha pode fazer uma derrama de títulos de eleitor falsos em treze Estados, e ai de quem sugira que ele tem alguma culpa no caso. Em compensação, McCain foi acusado de violência verbal criminosa pelo simples fato de mencionar a ligação arquicomprovada de Obama com William Ayers. Uma passeata em favor de McCain-Palin, em Nova York, foi recebida com toda sorte de xingamentos e ameaças. Como, em contrapartida, nenhuma violência se observasse contra os militantes obamistas, foi preciso inventar que, num comício de Sarah Palin, alguém gritou “Kill him!” ao ouvir o nome de Obama. A polícia examinou cuidadosamente as gravações do encontro e concluiu que ninguém gritou nada disso.

Outro fator intimidante é a superioridade econômica. A campanha de Obama recolheu nada menos de 605 milhões de dólares em contribuições. Para cada anúncio de McCain, saem quatro de Obama. Mais avassaladora ainda é a propaganda gratuita fornecida ao candidato democrata pela grande mídia.

Até o momento, o único jornal de certa importância que noticiou o processo movido pelo advogado democrata Philip Berg contra Obama foi o Washington Times – nominalmente republicano –, que no entanto classifica as dúvidas quanto à nacionalidade de Obama como meros “rumores da internet” e, aludindo ao processo só nas linhas finais, como se fosse apenas um rumor a mais, se omite de informar que Obama, em vez de apresentar sua certidão de nascimento como solicitado pelo queixoso, preferiu lançar mão de uma complexa argumentação jurídica para se esquivar de fazê-lo. O segundo processo no mesmo sentido, aberto no Estado de Washington, não é nem mencionado.

As maiores empresas de jornais e canais de TV protegem o candidato democrata não somente contra seus adversários, mas contra ele próprio. Atos ou declarações dele que possam mostrá-lo a uma luz desfavorável são cuidadosamente omitidos. Em toda a grande mídia americana não se encontrará uma só palavra sobre a longa carreira de Obama como militante abortista, muito menos sobre a única atividade importante desenvolvida por ele no plano internacional: a campanha montada, com dinheiro público, para elevar ao poder no Quênia o agitador anti-americano e pró-terrorista Raila Odinga, culpado de ordenar o assassinato de mais de mil de seus opositores políticos e de conspirar com líderes muçulmanos para impingir a religião islâmica a uma nação de maioria cristã. Obama não somente ajudou Odinga com dinheiro dos contribuintes americanos e abriu contatos para ele no Senado, mas fez comícios em favor dele no Quênia. Se algo mostra a verdadeira natureza dos compromissos internacionais do candidato democrata, é esse episódio – mas até a FoxNews se omite de tocar no assunto.

Por aqui, todo mundo diz que a vitória de Obama é certa. A mim me parece que, mesmo se perdesse as eleições, Obama seria um vencedor. O partido de seus adversários já estava de joelhos no momento em que, em vez de um conservador autêntico, escolheu como candidato um típico “liberal republican”, promessa garantida, caso eleito, de um governo fraco, subserviente aos críticos, exatamente como o foi o de George W. Bush. A esse primeiro desatino seguiu-se outro pior: a partir do instante em que os republicanos, em vez de abrir mil processos como o de Philip Berg, aceitaram como adversário eleitoral legítimo e decente um candidato sem nacionalidade comprovada, com uma biografia nebulosa e repleta de mentiras flagrantes, ajudado e subsidiado pelos mais odientos inimigos do país, ficou claro que haviam abdicado de todo sentimento de honra e consentido em legitimar uma farsa. Se perderem as eleições, eles merecerão tantas lágrimas quanto aqueles que preferiram antes deixar Lula conquistar a presidência do Brasil do que contar o que sabiam sobre o Foro de São Paulo.

Quanto à campanha de Obama, seu perfil é claro. O amálgama de promessas utópicas, propaganda avassaladora, beatificação psicótica do líder, apelo racial, controle da mídia e intimidação sistemática do eleitorado é idêntico nos mínimos detalhes à estratégia eleitoral de Hitler em 1933, mas para dizer isso em público – ou mesmo conscientizá-lo em voz baixa – é preciso mais coragem do que se pode esperar do eleitor médio hoje em dia.

Fonte


Texto bastante sensato.

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Herf
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Herf »

Obama 2008

Obama, como Lula, se elegeu prometendo maravilhas sem explicar o que exatamente pretende fazer para alcançá-las. Como Lula a figura de Obama carrega certo messianismo. Nunca antes na história daquele país... um monte de coisas. Como bem colocou Reinaldo Azevedo, tudo o que Obama faz já é histórico antes mesmo de ser feito. Como Lula.

Gente bem intencionada vê na eleição de Obama a oportunidade de exorcizar o racialismo que impera nos Estados Unidos, tal qual há seis anos pessoas de bem no Brasil achavam que eleger um ex-torneiro mecânico ignorante exorcizaria no Brasil a divisão entre ricos e pobres.

A tese é tão errada lá como foi aqui, logo Obama estará sendo acusado pelos racialistas de ter se vendido aos interesses dos poderosos, tal como acusam Lula os setores da esquerda que se mantiveram fiéis ao discurso tradicional do PT.

Cultura americana
O apoio massivo à plataforma de Obama com suas promessas de “mudança”, sem dizer o que será mudado nem como, mostra outro paralelo preocupante com o Brasil. Aqui por tradição e história a disputa política se dá em torno de idéias e ideais totalmente desconexos da realidade prática, lá não costumava ser assim.

Mais que isso, eleger um salvador da pátria indica que o povo americano aos poucos está passando a ver o governo como a solução para suas dificuldades e problemas individuais, invertendo a máxima correta de Ronald Reagan "Government is not a solution to our problem, government is the problem".

Os princípios
A frase de Reagan permanece verdadeira hoje, como foi quando ele a proferiu, no entanto nem o próprio Reagan nem os governos republicanos desde então reduziram de fato o tamanho do governo americano e seus tentáculos na economia.

O fracasso da economia dirigida pelo FED e por milhares de agências reguladoras, no entanto, não é reconhecido como o fracasso da intervenção governamental. Pelo contrário – acusa se o livre mercado pelo fracasso de um mercado que não é livre.

A solução de Obama é o aumento da regulamentação governamental e da intensificação da manipulação governamental da moeda. Para quem já leu Ludwig von Mises, uma receita óbvia para um novo ciclo de bolha e crise mais intenso que o anterior.

É preciso reconhecer Obama pelo que é. Um homem que acredita que a prosperidade vem da direção governamental da economia. Um homem que acredita que é função do governo redistribuir riqueza buscando a igualdade material. Um homem que acredita que o direito de propriedade está subordinado à sua visão do bem comum. Obama é um esquerdista.

Como os Estados Unidos da América foram fundados sobre o princípio da liberdade individual associada à responsabilidade individual, Obama é anti-americano. Isto é o que explica a grande festa internacional comemorando sua vitória. “Finalmente os americanos elegeram um de nós” pensam os demais líderes mundiais – todos eles compartilhando dos princípios que listei no parágrafo anterior.

Mas isto é bom para alguém?

A economia
O Partido Democrata americano atualmente compartilha dos princípios fundamentais da esquerda mundial. Embora fuja da palavra que descreve verdadeiramente o que defende (e que seus partidários tenham a cara de pau de chamarem-se de “liberais”), o Partido Democrata é hoje o Partido Socialista dos Estados Unidos.

Um governo socialista nunca vai aceitar o fato de que é a interferência governamental no mercado de crédito que gerou a atual crise. Como anti-capitalistas que são, culparão a ganância dos banqueiros, empresários e investidores e os punirão com taxas e regulamentação.

Um governo socialista aumentará os impostos sobre os que julga ricos, não apenas para aumentar a arrecadação, mas simplesmente para tirar riqueza de uns para dar a outros como pregou o próprio Obama em campanha. Isto ataca a base da prosperidade, pois são estas pessoas que se arriscam em novos negócios – sem a perspectiva de grandes ganhos, não haverá grandes empreendedores.

Um governo socialista rodeado de economistas Keynesianos nunca irá cortar o gasto governamental, pelo contrário irá aumentá-lo ainda mais. A emissão de moeda necessária para manter o circo sem enormes aumentos de impostos ameaçará destruir o dólar.

Um governo socialista tomará medidas para dar mais poder aos sindicatos (em decadência nos EUA há décadas anos). O Partido Democrata já tem uma proposta de tornar as votações para formação de sindicatos abertas – submetendo o trabalhador à pressão e ameaças dos sindicalistas. Um aumento da quantidade de empresas reféns de sindicatos aumentará o ímpeto da expatriação de empregos.

Um governo socialista nunca reconhecerá que a fuga de capitais é causada por sua política financeira e que a fuga de empregos é causada por sua política trabalhista. Pelo contrário, acusará países estrangeiros de concorrência desleal e os castigará com aumentos de tarifas de importação.

O que Adam Smith identificou no século 18, no entanto, continua sendo verdade: barreiras comerciais prejudicam principalmente quem as cria. Ao diminuir as correntes de comércio internacional o governo americano estará repetindo exatamente a medida que precipitou o crash de 1929 e iniciou a grande depressão do século 20 (Smoot-Hawley tariff act).

A América e o mundo
O cenário que estas tendências indicam não é nada que mereça ser comemorado ao redor do mundo. Uma América isolacionista, protecionista e socialista é, na verdade, a semente de uma catástrofe econômica mundial.

A França pode ser socialista e estagnar em paz. A Alemanha pode ser socialista e estagnar em paz. A Inglaterra pode ser socialista e estagnar em paz. Os países nórdicos podem ser socialistas e estagnar em paz. O Brasil pode ser socialista e estagnar em paz.

O socialismo nos Estados Unidos, provocando lá a estagnação que é normal nos outros países que o praticam, puxará o tapete de todos. A estagnação social-democrata da Europa e do Brasil só é estável por causa do constante e imenso (em valores absolutos, não apenas relativos) crescimento da economia americana.

Ironicamente, sobrará a China, uma ditadura supostamente comunista, como locomotiva da prosperidade mundial – exatamente por praticar, em grande parte, aquilo que os fundadores do Capitalismo e das liberdades individuais hoje repudiam: imposto baixo, regulamentação zero e nenhuma caridade governamental. A dúvida é se a prosperidade da China é capaz de perdurar mesmo com o neo-protecionismo americano que está por vir.

Tal como no Brasil de Lula, a prosperidade no mundo depende agora de que Obama faça o contrário do que seu partido prega. É esperar para ver.


Pedro Carleial


Fonte: http://www.ocapitalista.com/2008/11/obama-2008.html

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Apo
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Apo »

O argumento de Lula ( prá variar um clichezaço de carteirinha ) é exatamente este, ao festejar a vitória do demo-crata ( sim, não gosto dele ): "Nunca antes..."

Mas o melhor foi Lula dizer que é bem capaz de Obama ser corintiano.... :emoticon9:

Não duvido nada.
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Apo
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Apo »

A economia
O Partido Democrata americano atualmente compartilha dos princípios fundamentais da esquerda mundial. Embora fuja da palavra que descreve verdadeiramente o que defende (e que seus partidários tenham a cara de pau de chamarem-se de “liberais”), o Partido Democrata é hoje o Partido Socialista dos Estados Unidos.

Um governo socialista nunca vai aceitar o fato de que é a interferência governamental no mercado de crédito que gerou a atual crise. Como anti-capitalistas que são, culparão a ganância dos banqueiros, empresários e investidores e os punirão com taxas e regulamentação.

Um governo socialista aumentará os impostos sobre os que julga ricos, não apenas para aumentar a arrecadação, mas simplesmente para tirar riqueza de uns para dar a outros como pregou o próprio Obama em campanha. Isto ataca a base da prosperidade, pois são estas pessoas que se arriscam em novos negócios – sem a perspectiva de grandes ganhos, não haverá grandes empreendedores.

Um governo socialista rodeado de economistas Keynesianos nunca irá cortar o gasto governamental, pelo contrário irá aumentá-lo ainda mais. A emissão de moeda necessária para manter o circo sem enormes aumentos de impostos ameaçará destruir o dólar.

Um governo socialista tomará medidas para dar mais poder aos sindicatos (em decadência nos EUA há décadas anos). O Partido Democrata já tem uma proposta de tornar as votações para formação de sindicatos abertas – submetendo o trabalhador à pressão e ameaças dos sindicalistas. Um aumento da quantidade de empresas reféns de sindicatos aumentará o ímpeto da expatriação de empregos.

Um governo socialista nunca reconhecerá que a fuga de capitais é causada por sua política financeira e que a fuga de empregos é causada por sua política trabalhista. Pelo contrário, acusará países estrangeiros de concorrência desleal e os castigará com aumentos de tarifas de importação.

O que Adam Smith identificou no século 18, no entanto, continua sendo verdade: barreiras comerciais prejudicam principalmente quem as cria. Ao diminuir as correntes de comércio internacional o governo americano estará repetindo exatamente a medida que precipitou o crash de 1929 e iniciou a grande depressão do século 20 (Smoot-Hawley tariff act).

A América e o mundo
O cenário que estas tendências indicam não é nada que mereça ser comemorado ao redor do mundo. Uma América isolacionista, protecionista e socialista é, na verdade, a semente de uma catástrofe econômica mundial.

A França pode ser socialista e estagnar em paz. A Alemanha pode ser socialista e estagnar em paz. A Inglaterra pode ser socialista e estagnar em paz. Os países nórdicos podem ser socialistas e estagnar em paz. O Brasil pode ser socialista e estagnar em paz.

O socialismo nos Estados Unidos, provocando lá a estagnação que é normal nos outros países que o praticam, puxará o tapete de todos. A estagnação social-democrata da Europa e do Brasil só é estável por causa do constante e imenso (em valores absolutos, não apenas relativos) crescimento da economia americana.

Ironicamente, sobrará a China, uma ditadura supostamente comunista, como locomotiva da prosperidade mundial – exatamente por praticar, em grande parte, aquilo que os fundadores do Capitalismo e das liberdades individuais hoje repudiam: imposto baixo, regulamentação zero e nenhuma caridade governamental. A dúvida é se a prosperidade da China é capaz de perdurar mesmo com o neo-protecionismo americano que está por vir.

Tal como no Brasil de Lula, a prosperidade no mundo depende agora de que Obama faça o contrário do que seu partido prega. É esperar para ver.


O previsível catastrofismo viúvo da direita...afe!
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Apo
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Apo »

Lula citou Cuba na comemoração...mas não consegui ouvir direito.

O que ele teria dito? :emoticon26:
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spink
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

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Eu queria escrever algo emocionante sobre a vitória de Barack Hussein Obama, um negro, filho de imigrantes pobres, um sujeito que venceu na vida sem fazer concessões à sua dignidade, que construiu sua ideologia defendendo valores nobres e verdadeiramente democráticos. Mas tenho receio de que não é hora de ser grandiloquente. Talvez seja apenas o caso de lembrar que a humanidade, em tantos momentos, deu mostras de uma grandeza que parecia perdida. Imaginem o que sentiram os povos do mundo inteiro, mas principalmente de nacionalidades devastadas pelo horror nazista, ao escutar a notícia da vitória definitiva das forças aliadas. Imaginem o que sentiu Rimbaud, o genial e tão jovem poeta de uma cidade de Charleville, ao escutar as notícias do levante de 1871 - tanta emoção que, mesmo sem dinheiro, decidiu caminhar centenas de quilômetros para se juntar aos communards. Imaginem o que sentiram os americanos após a sangrenta vitória sobre os ingleses. O que sentiram as milhões de pessoas que foram às passeatas pela democracia no Brasil, em 1984. Às vezes fico pensando porque sou assim, porque me emociono tão fácil, porque me engajo tão facilmente nas causas em que acredito. Tantas vezes ouvi, vi, ou simplesmente imaginei isso, visto que nossos maiores adversários se escondem dentro de nós, as pessoas me olhando com desprezo e lástima, por eu, deliberadamente, correr tantos riscos, para ser poeta, político, eu mesmo. Então eu penso novamente porque sou assim? Não sou político por compaixão dos pobres. Sou político por compaixão de mim mesmo, por egoísmo, pavor da morte e uma profunda sensação de desamparo. Entretanto, ao constatar isso, sinto afinidade com todos os sofrimentos do mundo. Nessa foto que eu publiquei abaixo, estão dois homens, um negro, rindo, exalando uma alegria forte e transbordante, e um branco, chorando, a boca torta como stalone em rocky, o lutador. Os dois homens têm braços erguidos, fazendo o gesto universal e milenar da vitória. Que sente aquele homem senão um desespero? Um desespero de alegria, de liberdade, de força! Os sentimentos são a grande razão da vida. Diante do tédio e do absurdo, o sentido mais autêntico da vida só pode ser a emoção, a emoção violenta que nos faz sair de nós mesmos.

Porque já não importa o que Obama irá fazer, se terá sucesso em suas políticas. Ali experimentamos uma sensação diferente, sentimos mesmo prazer no gosto de sangue na boca, como um judeu ao assistir um carrasco nazista ser fuzilado. Essa energia, essa emoção, muda a história, porque valoriza o homem.

Nem liguei para as patriotadas de Obama em seu discurso de vitória, enaltecendo, como todo americano, a superioridade dos EUA. Ninguém ligou. Todos festejaram esse momento: americanos, brasileiros, iraquianos, europeus, asiáticos. Assim como ninguém liga para manifestações semelhantes de um time de futebol quando ganha. Afinal, desta vez, os americanos surpreenderam positivamente o mundo. Eles foram melhores. Enquanto a França elege Sarkozy, os americanos, os vilões do mundo ocidental, elegeram um negro de esquerda. Sim, porque o processo eleitoral americano deixou bem claro. McCain acusou Obama de ser socialista. Os americanos que votaram em Obama o acusavam de ser socialista, de querer "distribuir" riqueza.

Como ensinava Chomsky, acredite nos inimigos, porque são os únicos que não têm interesse em falar bem de você. Claro, não acredite completamente... Quero dizer, use o que eles dizem de você e de seus amigos contra eles mesmos, assim como um mestre em judô usa a força do adversário para vencê-lo. Entretanto, o gostinho de vitória dos latino-americanos é particularmente saboroso, porque a direita de seus países, as elites, sempre se alinharam ao conservadorismo racista dos republicanos. Pense na perplexidade daqueles bolivianos, que chamam Evo de "macaco". Daqueles venezuelanos ricos, que chamam Chávez de "macaco". Agora terão que chamar, se não quiserem ser chamados de covardes ou incoerentes, o líder da maior nação do planeta, de "macaco". Lembro de Reinaldo Azevedo, o blogueiro racista e medíocre da Veja, lançando frases de escárnio contra Obama, perguntando: será que os democratas não tinham um branco para disputar o pleito? Lembro de Diogo Mainardi confessando seu apoio à John Mcain. Os dois, há tempos, vem botando o rabo entre as pernas, acossados pela popularidade de um presidente "petralha" e pelo firme e surpreendente crescimento de Obama nas pesquisas. E agora, a vitória. Mas eles que se danem, porque o momento não é de falar dos boçais da direita. A história se encarregará de lançá-los ao lixo. É hora de respirar bem fundo. Sentir que talvez esteja perto o momento em que a humanidade entenda melhor a si mesma. Que respeite mais a si mesma. Pare de agir como tribo selvagem onde o mais forte tem direitos de vida e morte sobre o mais fraco e compreenda que esse comportamento não gera riqueza, somente guerras, destruição, pobreza e doenças, que dá prejuízo, inclusive, para eles, que se achavam intocáveis, os senhores do universo. Que lembrem das cabeças cortadas de Luiz XVI. Nunca a humanidade produziu tanta riqueza como agora, nunca os governos foram tão ricos e nunca houve tanta miséria. A quantidade de gente que morre no Brasil, na Colômbia e nos EUA em tiroteios, perseguição policial e guerra entre quadrilhas, supera as baixas de muitas guerras. Por falar em Uribe, a Human Rights Watch divulgou, recentemente, nota denunciando a prática sistemática de extermínio na Colômbia. Mas Uribe, assim como Serra, é mais blindado que o Papa pelas mídias corporativas de todo continente.

As propostas do Obama - e isso foi o mais constrangedor para a direita brasileira, parte da qual apoiou o negão de Chicago por modismo fútil - são muito parecidas com a do nosso Obama, o Obama nordestino, baixinho e cabeçudo dos trópicos: distribuir riqueza, reconstruir a assistência social, investir mais em educação do que em guerras ou polícia. Entretanto, há uma profunda diferença. A mídia americana, mais uma vez, deu mostras de honestidade, confessando abertamente suas preferências eleitorais, e dando espaço para jornalistas e escritores de conflitantes visões ideológicas ocuparem o mesmo espaço, fato impensável aqui. A Folha dá espaço para artigos esporádicos da esquerda, mas seus colunistas apresentam opiniões irritamentente homogêneas. Ler um Merval Pereira é a mesma coisa que ler Miriam Leitão, Jabor, Mainardi, Azevedo, João Ubaldo. Tudo a mesma coisa. Os outros jornalistas de opinião são cordeiros de Deus, obrigados a discorrer sobre amenidades etéreas, culinárias, curiosidades infantis, tertúlias no Jobi, dentre outras janotices. Nada contra as janotices, das quais também sou useiro. O que me aborrece é a OBRIGAÇÃO de não dizer nada, essa censura branca, muitas vezes introjetada, um acordo tácito que faz do jornalista escravo de um patrãozinho mimado e medíocre e não um senhor de sua palavra e seu pensamento.

Essas palavras não significam que eu me ache superior, e sim meu ceticismo cada vez maior em relação ao jornalismo convencional. A internet desmascarou o jornalismo, porque mostrou que todo cidadão pode ser jornalista, desde que saiba relatar e interpretar um fato. Leio comentários em blogs que denotam argúcia, humor e sutileza muito superiores ao texto viciado, previsível e, quantas vezes!, trôpego, de jornalistas e escritores que publicam na mídia grande. Ou simplesmente mentirosos, de uma mentira pobre e infantil. Ou usando o manto ético, estranhamento mesclado a uma forte dose de cinismo e a uma meticulosamente calculada desilusão com a política.

Se a história se repete, podemos dizer que os nazistas, os persas, e os monarquistas franceses foram derrotados novamente. Foi uma vitória da classe trabalhadora, daqueles que sofreram com a especulação desavergonhada de Wall Street. A crise financeira americana não foi causada, conforme repetem analistas neo-liberais que a mídia brasileira insiste em entrevistar, por falta de pagamento dos imóveis comprados. Se você botar no papel, as inadiplências não estão muito acima da média desse tipo de negócio. Meia dúzia de prestações atrasadas não poderiam, nunca, causar prejuízos de dezenas de trilhões de dólares. A culpa foi dos especuladores, dos governos, e da ideologia neo-liberal. O culpado da crise financeira é o mesmo do buraco do metrô de São Paulo, da morte da menina Eloá, da expansão do PCC e do aumento explosivo no preço dos pedágios das rodovias paulistas: um neoliberalismo mafioso, criado para arrancar dinheiro de pobres e classe média e jogar na mão de nababos amigos do rei. Quem é Daniel Dantas senão um amigo do rei que recebeu uma capitania hereditária? Pois é, a direita brasileira e mundial representa um passado que devemos lutar para enterrar, sob o risco de adoecermos sob seu influxo mau cheiroso. Quiçá o tempo dos assassinos, portanto, esteja próximo do fim. Quiçá tenha chegado a hora de enterrar o cadáver de uma ideologia sem humanismo, uma ideologia tolamente confiante em sua força - porque no fundo é fraca e perniciosa ao desenvolvimento sustentável das nações. No fundo, é uma filosofia obscurantista e bandida, que se recusa a dar R$ 100 para uma mãe de família alimentar quatro ou cinco crianças, mas defende que os governos dêem bilhões, ou mesmo trilhões, para bancos e grandes empresas não quebrarem. A história, ainda bem, continua sendo moça rebelde, cheia de surpresas, atrevida, brutal, e apaixonante.

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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Apáte »

Procedure escreveu:
Usuário deletado escreveu:O candidato do medo



Quanto à campanha de Obama, seu perfil é claro. O amálgama de promessas utópicas, propaganda avassaladora, beatificação psicótica do líder, apelo racial, controle da mídia e intimidação sistemática do eleitorado é idêntico nos mínimos detalhes à estratégia eleitoral de Hitler em 1933, mas para dizer isso em público – ou mesmo conscientizá-lo em voz baixa – é preciso mais coragem do que se pode esperar do eleitor médio hoje em dia.

Fonte


Texto bastante sensato.

É preciso ter mais coragem do que se pode esperar de McCain, isso sim.
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Apáte »

Procedure escreveu:
Usuário deletado escreveu:O candidato do medo



Quanto à campanha de Obama, seu perfil é claro. O amálgama de promessas utópicas, propaganda avassaladora, beatificação psicótica do líder, apelo racial, controle da mídia e intimidação sistemática do eleitorado é idêntico nos mínimos detalhes à estratégia eleitoral de Hitler em 1933, mas para dizer isso em público – ou mesmo conscientizá-lo em voz baixa – é preciso mais coragem do que se pode esperar do eleitor médio hoje em dia.

Fonte


Texto bastante sensato.

É preciso ter mais coragem do que se pode esperar de McCain, isso sim.
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Apáte »

Usuário deletado escreveu:
Apáte escreveu:
Usuário deletado escreveu:Mas como bem disse o Cabeção, não creio que o povo americano permitirá com que seu país seja destruído pelo retorno dos democratas, as instituições daquela nação são muito fortes e me fazem crer que a experiência obamística servirá para desmoralizar de vez o Partido Democrata por lá, de forma mais significativa que a desmoralização da época de Jimmy Carter.

Sim, semelhante ao que está acontecendo no Brasil, uma desmoralização demoníaca de Lula, comprovada por qualquer pesquisa de opinião, mesmo as encomendadas pela seus supostos opositores.


Lula teve a sorte de governar durante um bom período de estabilidade econômica e também foi sensato o suficiente para não mudar as políticas de seu antecessor.

Seguir tudo que criticou a vida inteira, seguir FHC... uma demonstração ímpar de sensatez do nosso líder sensato.

Lula é o que é pela blindagem da mídia jamais vista, nem nos tempos da "censura". Lula é o que é porque a classe pensante e hablante do país inteiro o apóia.

Obama, antes de eleito, já foi o candidato mais protegido pela mídia que a América já teve, incluindo aí o seu suposto opositor, John McCain, a sissy.

Obama tem o Congresso nas mãos, Obama tem a mídia nas mãos, Obama tem o cult e a academia em suas mãos, Obama tem a chantagem racial do seu lado. O único jeito de Obama não entrar para a história como um "ótimo" presidente, é fazendo uma cagada das grandes, como permitir que seus aliados se apossem descaradamente da América. Mesmo com toda a decepção que tive neste último dia 4 com os americanos, colocando um pária no poder, incluindo também os anti-obama que votaram num fracassado, não consigo torcer pelo pior. Não quero que a América caia apenas para que a verdade seja dita.

Espero um governo cheio de glórias, mesmo que medíocre.
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Acauan
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Acauan »

Sei lá...

Devo ser um cara muito devagar.

Todo mundo já tem uma opinião sobre a guerra do Iraque e eu ainda estudo a guerra do Vietnã.
Todo mundo já tem uma opinião sobre a crise imobiliária americana atual e eu ainda estou tentando entender o crash de 1929.
Eu ainda analiso o governo Kennedy e todo mundo já é favor ou contra o Obama, que foi eleito ontem.

Devagar ou não, vou esperar prá ver.
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André
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por André »

Acauan escreveu:Sei lá...

Devo ser um cara muito devagar.

Todo mundo já tem uma opinião sobre a guerra do Iraque e eu ainda estudo a guerra do Vietnã.
Todo mundo já tem uma opinião sobre a crise imobiliária americana atual e eu ainda estou tentando entender o crash de 1929.
Eu ainda analiso o governo Kennedy e todo mundo já é favor ou contra o Obama, que foi eleito ontem.

Devagar ou não, vou esperar prá ver.



Embora tenha opinião a principio favorável (a Obama), uma avaliação mesmo, somente pode ser feita, durante e depois de sua administração.


O mesmo para os demais, fatos da atualidade, é uma avaliação ainda em processo. Pelo menos no meu caso.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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spink
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por spink »

Usuário deletado escreveu:O candidato do medo

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 24 de outubro de 2008


Chamado de “Messias” pelo líder radical muçulmano Louis Farrakhan e de “Meu Jesus” pela editora-chefe de um jornal universitário, Barack Hussein Obama informa: “Contrariamente ao que diz a opinião popular, não nasci numa manjedoura.” Já pensaram se ele não avisasse?

Qualquer que seja o caso, pelo menos um milagre confirmado ele já fez: é o primeiro candidato presidencial que obtém o aplauso de todos os inimigos dos EUA sem que isto desperte contra ele a menor desconfiança do establishment americano. Entre seus entusiastas, contam-se o Hamas, o presidente iraniano Ahmadinejad, Muammar Khadafi, Fidel Castro, Hugo Chávez e o canal de TV Al-Jazeera. Imagino o que aconteceria à candidatura de Franklin D. Roosevelt em 1932 se ele recebesse o apoio ostensivo de Josef Stalin, Adolf Hitler e Benito Mussolini.

É verdade que Obama promete desmantelar o sistema de defesa espacial dos EUA, desacelerar unilateralmente o programa americano de pesquisas nucleares, transformar em derrota a vitória no Iraque, vetar a abertura de poços de petróleo e oferecer carteiras de motorista e assistência médica gratuita aos imigrantes ilegais, aquele povinho patriota que quer transformar o Texas e a Califórnia em Estados mexicanos. Mas, se você insinua que qualquer dessas coisas é um bom motivo para os comunistas e radicais islâmicos gostarem dele, a mídia em peso diz que você “passou dos limites” e é virtualmente culpado de “crime de ódio”. Ahmadinejad declarou que a vitória do candidato democrata nas eleições dará o sinal verde para a islamização do mundo, Khadafi proclamou que Obama é um muçulmano fiel apoiado por milionários islamitas e Louis Farrakhan, aproveitando a onda de entusiasmo obamista, anunciou que a “Nation of Islam”, a sociedade secreta de radicais islâmicos que ele preside, há décadas funcionando em marcha lenta, está tendo “um novo começo” e logo estará operando de novo com força total. O sentido desses fatos é claro, mas notar isso é imoral: todo cidadão de respeito tem de jurar que o apoio vindo dos inimigos da América é apenas um equívoco da parte deles, já que Obama não lhes deu – oh, não! – o menor pretexto para que simpatizassem com ele. Insinuar qualquer convergência de interesses é imputar a Obama “culpa por associação” – uma perfídia carregada, evidentemente, de “subtons racistas”.

Qualquer palavra mais dura contra o candidato negro é aliás apontada como prova de racismo, e a mínima sugestão de que haja nisso alguma chantagem racial é prova dupla. O próprio John McCain faz questão de manter o debate na esfera “das idéias”, frisando que o oponente é “um homem decente, do qual não há nada a temer.”

Essa declaração é involuntariamente irônica. A coisa que todo americano mais teme, hoje em dia, é alguém suspeitar que ele pensa mal de Barack Hussein Obama. Seguindo o exemplo do líder, a militância republicana capricha nas exibições de respeito e veneração à pessoa do adversário. Um funcionário do escritório da campanha de McCain em Pompano Beach, CA, que colocou atrás de sua mesa um cartaz associando Obama a Marx e Hitler foi instantaneamente demitido. Um cidadão do Estado de Ohio, que fez umas perguntas mais duras ao candidato democrata sobre seu projeto de reforma fiscal, pagou caro pelo atrevimento. Teve sua vida particular vasculhada pelos repórteres e foi severamente criticado pelos crimes hediondos de trabalhar como encanador sem licença e de não ter pago uma multa de trânsito que recebeu no Arizona oito anos atrás. Isso dá uma idéia do zelo exasperado com que a grande mídia protege a imagem de Barack Obama. Samuel Wurzelbacher, ou “Joe Encanador” – o apelido pelo qual veio a ser nacionalmente conhecido –, tira da sua experiência a conclusão incontornável: “Quando você já não pode mais fazer perguntas a seus líderes, é uma coisa temível.”

O temor não é somente psicológico. Vários militantes republicanos já foram surrados por obamistas, escritórios da campanha McCain em vários Estados foram invadidos e destruídos, e só a ação da polícia impediu, a tempo, que centenas de agitadores obamistas bem treinados, armados de coquetéis Molotov, queimassem os ônibus que se dirigiam à Convenção Republicana em St. Paul (mesmo assim os remanescentes conseguiram fazer um belo estrago). Quando um candidato usa de métodos terroristas e ao mesmo tempo o establishment decreta que chamá-lo de terrorista é o suprassumo da demência, está claro que esse candidato tem direitos ilimitados. Ele pode receber 63 milhões de dólares em contribuições ilegais do exterior, e nada de mau lhe acontecerá por isso. Uma ONG que o apadrinha pode fazer uma derrama de títulos de eleitor falsos em treze Estados, e ai de quem sugira que ele tem alguma culpa no caso. Em compensação, McCain foi acusado de violência verbal criminosa pelo simples fato de mencionar a ligação arquicomprovada de Obama com William Ayers. Uma passeata em favor de McCain-Palin, em Nova York, foi recebida com toda sorte de xingamentos e ameaças. Como, em contrapartida, nenhuma violência se observasse contra os militantes obamistas, foi preciso inventar que, num comício de Sarah Palin, alguém gritou “Kill him!” ao ouvir o nome de Obama. A polícia examinou cuidadosamente as gravações do encontro e concluiu que ninguém gritou nada disso.

Outro fator intimidante é a superioridade econômica. A campanha de Obama recolheu nada menos de 605 milhões de dólares em contribuições. Para cada anúncio de McCain, saem quatro de Obama. Mais avassaladora ainda é a propaganda gratuita fornecida ao candidato democrata pela grande mídia.

Até o momento, o único jornal de certa importância que noticiou o processo movido pelo advogado democrata Philip Berg contra Obama foi o Washington Times – nominalmente republicano –, que no entanto classifica as dúvidas quanto à nacionalidade de Obama como meros “rumores da internet” e, aludindo ao processo só nas linhas finais, como se fosse apenas um rumor a mais, se omite de informar que Obama, em vez de apresentar sua certidão de nascimento como solicitado pelo queixoso, preferiu lançar mão de uma complexa argumentação jurídica para se esquivar de fazê-lo. O segundo processo no mesmo sentido, aberto no Estado de Washington, não é nem mencionado.

As maiores empresas de jornais e canais de TV protegem o candidato democrata não somente contra seus adversários, mas contra ele próprio. Atos ou declarações dele que possam mostrá-lo a uma luz desfavorável são cuidadosamente omitidos. Em toda a grande mídia americana não se encontrará uma só palavra sobre a longa carreira de Obama como militante abortista, muito menos sobre a única atividade importante desenvolvida por ele no plano internacional: a campanha montada, com dinheiro público, para elevar ao poder no Quênia o agitador anti-americano e pró-terrorista Raila Odinga, culpado de ordenar o assassinato de mais de mil de seus opositores políticos e de conspirar com líderes muçulmanos para impingir a religião islâmica a uma nação de maioria cristã. Obama não somente ajudou Odinga com dinheiro dos contribuintes americanos e abriu contatos para ele no Senado, mas fez comícios em favor dele no Quênia. Se algo mostra a verdadeira natureza dos compromissos internacionais do candidato democrata, é esse episódio – mas até a FoxNews se omite de tocar no assunto.

Por aqui, todo mundo diz que a vitória de Obama é certa. A mim me parece que, mesmo se perdesse as eleições, Obama seria um vencedor. O partido de seus adversários já estava de joelhos no momento em que, em vez de um conservador autêntico, escolheu como candidato um típico “liberal republican”, promessa garantida, caso eleito, de um governo fraco, subserviente aos críticos, exatamente como o foi o de George W. Bush. A esse primeiro desatino seguiu-se outro pior: a partir do instante em que os republicanos, em vez de abrir mil processos como o de Philip Berg, aceitaram como adversário eleitoral legítimo e decente um candidato sem nacionalidade comprovada, com uma biografia nebulosa e repleta de mentiras flagrantes, ajudado e subsidiado pelos mais odientos inimigos do país, ficou claro que haviam abdicado de todo sentimento de honra e consentido em legitimar uma farsa. Se perderem as eleições, eles merecerão tantas lágrimas quanto aqueles que preferiram antes deixar Lula conquistar a presidência do Brasil do que contar o que sabiam sobre o Foro de São Paulo.

Quanto à campanha de Obama, seu perfil é claro. O amálgama de promessas utópicas, propaganda avassaladora, beatificação psicótica do líder, apelo racial, controle da mídia e intimidação sistemática do eleitorado é idêntico nos mínimos detalhes à estratégia eleitoral de Hitler em 1933, mas para dizer isso em público – ou mesmo conscientizá-lo em voz baixa – é preciso mais coragem do que se pode esperar do eleitor médio hoje em dia.

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- Abraços



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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por RicardoVitor »

Sim, ele é muito bom em discursos, assim como seus correligionários Getúlio, Hitler, Stalin, Mao, etc. Não me agrada o fato de ter uma figura dessas ocupando agora a cadeira mais importante do mundo, mas confesso que ficaria mais incomodado se McCain ou a Hitlary tivessem ganho. De qualquer forma, a esquerda conseguiu alcançar a hegemonia política que tanto lutou para conquistar, duopolizando as eleições no mundo inteiro, praticamente. As idéias liberais, de defesa às liberdades individuais e da autodeterminação do indivíduo, estão cada vez mais esquecidas. A direita agoniza, em frente a um mundo onde cada vez mais se valoriza aquele coletivismo forçado que tem sua origem histórica no cristianismo. Uma espécie de "humanismo" esquizofrênico, cujos defensores vivem em um mundo paralelo, onde riquezas caem do céu (das mãos de Deus?) direto para o bolso do Estado, este considerado o herói que irá salvar a todos da miserável condição humana.
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Acauan »

Puta que o pariu..., não acredito que Acauan dos Tupis se viu forçado a defender a vitória do partido Democrata...

RicardoVitor escreveu:Sim, ele é muito bom em discursos, assim como seus correligionários Getúlio, Hitler, Stalin, Mao, etc.


Nada na biografia de Obama permite correlacioná-lo com genocidas e democidas como os três citados. Getúlio foi um populista latino-americano atípico, ou seja, seu perfil político era caracteristicamente brasileiro, distante longe léguas dos similares cucarachas, que dirá do padrão na família do Uncle Sam.

RicardoVitor escreveu:Não me agrada o fato de ter uma figura dessas ocupando agora a cadeira mais importante do mundo,...


...e aí reside a grandeza da democracia. Nada importa o que agrada a quem quer seja, por mais rico, poderoso, famoso ou importante que seja. É a vontade livre e soberana da maioria que decide quem serão seus governantes e que exercerão o poder limitados por uma constituição que garante os direitos das minorias que não votaram nele.

RicardoVitor escreveu:...mas confesso que ficaria mais incomodado se McCain...


John McCain é um guerreiro honrado, que lutou com bravura por seu país.

RicardoVitor escreveu:... ou a Hitlary tivessem ganho.


Desta você pode falar o que quiser...

RicardoVitor escreveu:De qualquer forma, a esquerda conseguiu alcançar a hegemonia política que tanto lutou para conquistar, duopolizando as eleições no mundo inteiro, praticamente.


Foda-se o mundo inteiro. O mundo inteiro não compareceu às urnas. Quem compareceu às urnas foram os cidadãos americanos. E a vontade definida por estas urnas livres e limpas é que Obama será o próximo presidente dos Estados Unidos da America. Nada no mundo pode contestar esta legitimidade.

RicardoVitor escreveu: As idéias liberais, de defesa às liberdades individuais e da autodeterminação do indivíduo, estão cada vez mais esquecidas.


As liberdades individuais encontram sua expressão mais bela na Declaração de Independência dos Estados Unidos da America e sua afirmação mais límpida na Constituição deste mesmo país. São estas instituições que declaram que pelos próximos quatro anos, no mínimo, o presidente americano será quem o povo americano decidiu que deveria ser.
Se ele violar as regras do jogo, que garantem estas liberdades individuais, será simplesmente afastado do cargo.

Que Mayra-Monã guie e proteja o presidente Obama, para que seu governo promova a grandeza do indivíduo humano dentro de uma sociedade livre, próspera e justa.


RicardoVitor escreveu:A direita agoniza,...


Por que será...?

RicardoVitor escreveu:... em frente a um mundo onde cada vez mais se valoriza aquele coletivismo forçado que tem sua origem histórica no cristianismo.


WHAT??????

O cristianismo praticamente inventou a concepção de indivíduo.

Alguém me resgate aqui do Mundo Bizzarro. Comecei defendendo o Partido Democrata e já estou defendendo os cristãos... Pera aí... Os republicanos típicos são cristãos... Definitivamente, me resgatem.


RicardoVitor escreveu:Uma espécie de "humanismo" esquizofrênico, cujos defensores vivem em um mundo paralelo, onde riquezas caem do céu (das mãos de Deus?) direto para o bolso do Estado, este considerado o herói que irá salvar a todos da miserável condição humana.


Agora danou de vez, concordei com este último parágrafo...
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por Aranha »

RicardoVitor escreveu:Sim, ele é muito bom em discursos, assim como seus correligionários Getúlio, Hitler, Stalin, Mao, etc. Não me agrada o fato de ter uma figura dessas ocupando agora a cadeira mais importante do mundo, mas confesso que ficaria mais incomodado se McCain ou a Hitlary tivessem ganho. De qualquer forma, a esquerda conseguiu alcançar a hegemonia política que tanto lutou para conquistar, duopolizando as eleições no mundo inteiro, praticamente. As idéias liberais, de defesa às liberdades individuais e da autodeterminação do indivíduo, estão cada vez mais esquecidas. A direita agoniza, em frente a um mundo onde cada vez mais se valoriza aquele coletivismo forçado que tem sua origem histórica no cristianismo. Uma espécie de "humanismo" esquizofrênico, cujos defensores vivem em um mundo paralelo, onde riquezas caem do céu (das mãos de Deus?) direto para o bolso do Estado, este considerado o herói que irá salvar a todos da miserável condição humana.


- O Acauan já disse tudo, mas, só prá constar: - Tú deve estar drogado!!!

Abraços,
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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por André »

Aranha escreveu:
RicardoVitor escreveu:Sim, ele é muito bom em discursos, assim como seus correligionários Getúlio, Hitler, Stalin, Mao, etc. Não me agrada o fato de ter uma figura dessas ocupando agora a cadeira mais importante do mundo, mas confesso que ficaria mais incomodado se McCain ou a Hitlary tivessem ganho. De qualquer forma, a esquerda conseguiu alcançar a hegemonia política que tanto lutou para conquistar, duopolizando as eleições no mundo inteiro, praticamente. As idéias liberais, de defesa às liberdades individuais e da autodeterminação do indivíduo, estão cada vez mais esquecidas. A direita agoniza, em frente a um mundo onde cada vez mais se valoriza aquele coletivismo forçado que tem sua origem histórica no cristianismo. Uma espécie de "humanismo" esquizofrênico, cujos defensores vivem em um mundo paralelo, onde riquezas caem do céu (das mãos de Deus?) direto para o bolso do Estado, este considerado o herói que irá salvar a todos da miserável condição humana.


- O Acauan já disse tudo, mas, só prá constar: - Tú deve estar drogado!!!

Abraços,



Cara é pq vc não conhece o Ricardo. Isso ai é light perto do que já vi ele escrever. Para entender, vc teria que saber, que ele já foi comunista( ou de esquerda, enfim, algo hoje que ele abomina com todas as forças), algo aconteceu, para ele virar, não apenas de direita, mas ultra-extrema-direta-conspiracionista-paranoico.....

Enfim, é um ódio muito grande do que ele era, então, interpreto, isso tem um elemento de auto-afirmação, por isso o exagero descabido. Mas to especulando, apenas quem sabe ele indo para o diva, que se chegue a alguma conclusão.

Ah e assim como os correspondentes de esquerda, são capazes desse tipo de mensagem.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Re: Obama vence. Primeiro presidente mestiço dos EUA!

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

RicardoVitor escreveu:Sim, ele é muito bom em discursos, assim como seus correligionários Getúlio, Hitler, Stalin, Mao, etc. Não me agrada o fato de ter uma figura dessas ocupando agora a cadeira mais importante do mundo, mas confesso que ficaria mais incomodado se McCain ou a Hitlary tivessem ganho. De qualquer forma, a esquerda conseguiu alcançar a hegemonia política que tanto lutou para conquistar, duopolizando as eleições no mundo inteiro, praticamente. As idéias liberais, de defesa às liberdades individuais e da autodeterminação do indivíduo, estão cada vez mais esquecidas. A direita agoniza, em frente a um mundo onde cada vez mais se valoriza aquele coletivismo forçado que tem sua origem histórica no cristianismo. Uma espécie de "humanismo" esquizofrênico, cujos defensores vivem em um mundo paralelo, onde riquezas caem do céu (das mãos de Deus?) direto para o bolso do Estado, este considerado o herói que irá salvar a todos da miserável condição humana.



Eu tambem nao fiquei satisfeito com a escolha feita pelo eleitor americano, mas o catastrofismo que alguns opositores tem demonstrado esta errando feio o ponto.

Ocorreram coisas lamentaveis durante essa campanha. Mas em vez de se limitar as lamurias de perdedor, republicanos e simpatizantes deveriam procurar aprender algo com elas.

Obama pode ser esse inimigo atroz dos valores americanos a quem tememos, ou pode ser o esquerdista moderado em quem os eleitores americanos votaram. De fato, pelas associacoes que ele teve no passado, pelo fato dele ter bloqueado documentos importantes sobre sua vida, pelo fato de sua campanha ter perseguido e transtornado a vida de pessoas que levantaram duvidas sobre o seu carater, empregando nao so a chantagem racial como tambem ofensivas juridicas com a cumplicidade da maquina publica, temos mitos motivos para suspeitar desse homem.

Mas, associacoes passadas sao facilmente questionaveis no presente, uma vez que muitos homens publicos sao conhecidos por seu passado de radicalismo juvenil. Ainda que exibir documentos importantes a respeito da vida privada seja uma atitude esperada de um candidato a presidente, atitude que todos os precedecessores respeitaram, nao se pode incrimina-lo com base no nao-conhecimento do conteudo. E Obama, como individuo, soube muito bem manter-se distante da militancia obamista, e jamais empregar qualquer tipo de chantagem racial ou estimular publicamente a perseguicao de seus desafetos, de modo que esses vicios acabam tendo de ser imputados somente aos seus histericos seguidores, e nao a ele.

Na minha opiniao, e acredito que na maioria das opinioes desapaixonadas (que foram bem poucas), esses motivos bastariam para agregar suspeita o suficiente sobre o seu carater, mas decerto nao permitem qualquer tipo de conclusao. No final, esse seria um dos principais motivos para eu endossar McCain: confianca no seu carater. Pois em termos de posicionamentos politicos, os dois nao se distanciavam enormemente nos pontos que eu considero mais importantes.

Contudo, o eleitor americano nao votou no potencial presidente anti-americano sob forte suspeitas pairando sobre seu carater. O eleitor americano votou no esquerdista-moderado, nao apenas negro, mas carismatico e inteligente tambem, que lhes foi apresentado durante a campanha, e contra o qual nao se apresentou nenhuma contestacao digna de nota. A blindagem feita pela midia, pela beautiful people, pelos organismos internacionais e tutti quanti foi a mesma que foi empregada contra Bush e sua campanha, que soube perfura-la com sua forte personalidade e integridade, que nao se sujeitaria a jogar o jogo dos adversarios. Eu com certeza tenho minhas divergencias quanto aos posicionamentos dele, mas durante todo o tempo algo que ele sempre mostrou foi firmeza, coragem e principios, mesmo quando essa inflexibilidade de valores parecia contribuir ainda mais para a cada vez crescente campanha orquestrada para desmoraliza-lo. Bush, mesmo com todos os seus defeitos, despertou os odios mais insanos de toda a escoria do mundo (nunca, nenhum outro homem foi tao unanimente deplorado por rigorosamente todos os piores), sem jamais se curvar a ela, e isso basta para que eu o admire como presidente e como individuo. Creio que a historia a de ser bem mais gentil com ele do que a incompreensao atual tem se mostrado.

McCain, por outro lado, limitou-se a jogar pelas regras impostas pelos adversarios, que determinavam quais perguntas eram aceitaveis, e quais questionamentos serios deveriam ser compreendidos como racismo velado. Ao se acanhar ante a uma estrategia torpe, ele a legitimou e decretou sua propria derrota. A esquerda nao precisou lavar a mente da populacao americana, bastou desorientar os conservadores. Os americanos votaram em um Obama muito diferente daquele elemento suspeito, que nao foi tocado sob o terror imposto pela vigilancia moral dos politicamente corretos. Estivessem eles cientes dessas suspeitas, decerto estariam menos vulneraveis a mistificacao messianica de sua campanha, e muitos mudariam suas opinioes.

Mas mesmo que Obama seja de fato o mentiroso perigoso que parece ser, seus poderes nao serao tao absolutos quanto temem muitos conservadores amedrontados. Nem se ele quisesse ele conseguiria aproximar-se de Lenin ou de Hitler. Mesmo com as diversas declaracoes do presidente eleito demonstrando pouco caso pela constituicao, ser conservador e acreditar que ela nao esta escrita em papel higienico, mas impregnada na consciencia institucional americana, que sabera resistir a abusos maiores. Essa e outras instituicoes americanas e que devem ser antes de tudo preservadas e cultuadas, e nao o inquilino da Casa Branca. Obama derrotou McCain, mas nao derrotou a America. Ainda que este seja o objetivo declarado ou mal disfarcado de seus correligionarios, e talvez ate o dele, sera preciso muito mais do que grandiloquentes dicusros politicamente bonitinhos, mais do que uma boa imagem e um momento bastante oportuno para faze-lo. Parece que alguns conservadores lamentavelmente nao entenderam isso.

Um conservador nao deve se apavorar diante de um revez, mas aprender alguma coisa com ele. E as licoes que essa mal sucedida campanha ensina nao sao poucas. Os conservadores deveriam parar com as lamurias e se empenhar em aprende-las, para que no futuro nao repitam os mesmos erros que cometeram hoje.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Trancado