Meninas são engordadas à força na África
- Fernando Silva
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Meninas são engordadas à força na África
"Jornal do Brasil" 22/01/06
O pesadelo da comida à força
NOUAKCHOTT - A Mauritânia é um país islâmico no Norte da África que também passa por um período de transição. Lá, também a tradição das mulheres mais ''fortes'' tem dado lugar ao padrão ocidental de beleza. Mas autoridades locais ainda lutam para acabar com uma das mais radicais facetas da cultura local, especialmente nas zonas rurais do país: a alimentação à força de meninas.
Segundo dados do Ministério da Saúde da Mauritânia, 11% das meninas do país são submetidas a práticas familiares que vão de pressões psicológicas a torturas físicas para que se alimentem além do que suportaria uma criança comum. Há relatos até de mortes de meninas que morreram engasgadas ao vomitar a comida que eram forçadas a comer. São os vestígios de uma cultura que exige de uma noiva em potencial que ela seja uma mulher ''bem-alimentada'' - ser magra lá pode significar para alguns que a família da moça não vive uma boa situação financeira.
Segundo relatos de agências internacionais de notícias, o país ainda tem as chamadas ''fazendas de engorda'', mantidas quase sempre por mulheres idosas que se ocupam de ''cuidar'' das meninas de sua família.
- Eu as faço comer um monte de cuscuz e outras comidas que engordam. Faço-as comer, comer e comer. E, depois, beber muita água. Quando são pequenas, não entendem, mas quando crescem, ficam gordas e bonitas - explicou uma vez à rede britânica BBC, Fatematou, uma mulher que aparenta 60 anos e está muito acima do peso.
Marien Sow lembra uma tragédia familiar causada pela tradição:
- Quando eu era menina, minha irmã Zeinabou morreu engasgada na minha frente enquanto um escravo da nossa família a alimentava à força com leite de camelo.
Também na Mauritânia, aquelas já expostas à mídia americana e ocidental tem conseguido transformações importantes. Mesmo tendo que, ao menos por enquanto, se esconder dos que são mais arraigados às tradições. Na capital, Nouakchott, por exemplo, mulheres têm saído escondidas à noite, para caminhar ou correr para perder peso.
O pesadelo da comida à força
NOUAKCHOTT - A Mauritânia é um país islâmico no Norte da África que também passa por um período de transição. Lá, também a tradição das mulheres mais ''fortes'' tem dado lugar ao padrão ocidental de beleza. Mas autoridades locais ainda lutam para acabar com uma das mais radicais facetas da cultura local, especialmente nas zonas rurais do país: a alimentação à força de meninas.
Segundo dados do Ministério da Saúde da Mauritânia, 11% das meninas do país são submetidas a práticas familiares que vão de pressões psicológicas a torturas físicas para que se alimentem além do que suportaria uma criança comum. Há relatos até de mortes de meninas que morreram engasgadas ao vomitar a comida que eram forçadas a comer. São os vestígios de uma cultura que exige de uma noiva em potencial que ela seja uma mulher ''bem-alimentada'' - ser magra lá pode significar para alguns que a família da moça não vive uma boa situação financeira.
Segundo relatos de agências internacionais de notícias, o país ainda tem as chamadas ''fazendas de engorda'', mantidas quase sempre por mulheres idosas que se ocupam de ''cuidar'' das meninas de sua família.
- Eu as faço comer um monte de cuscuz e outras comidas que engordam. Faço-as comer, comer e comer. E, depois, beber muita água. Quando são pequenas, não entendem, mas quando crescem, ficam gordas e bonitas - explicou uma vez à rede britânica BBC, Fatematou, uma mulher que aparenta 60 anos e está muito acima do peso.
Marien Sow lembra uma tragédia familiar causada pela tradição:
- Quando eu era menina, minha irmã Zeinabou morreu engasgada na minha frente enquanto um escravo da nossa família a alimentava à força com leite de camelo.
Também na Mauritânia, aquelas já expostas à mídia americana e ocidental tem conseguido transformações importantes. Mesmo tendo que, ao menos por enquanto, se esconder dos que são mais arraigados às tradições. Na capital, Nouakchott, por exemplo, mulheres têm saído escondidas à noite, para caminhar ou correr para perder peso.
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Re.: Meninas são engordadas à força na África
Jovem África vive 'Síndrome de Naomi'
"Jornal do Brasil" 22/01/06
Meninas rejeitam tradição que idolatra mulheres acima do peso e sonham ficar igual à top model. Algumas já têm anorexia
Rozane Monteiro
Há séculos, quando procuravam suas futuras esposas, os homens da África buscavam as mais fortes, capazes de proteger a prole. Até há pouco mais de uma década, no continente assolado pela fome, a tradição continuou e elevou as moças de formas fartas à categoria de “Rainhas Zulus”, ainda preferidas pelos solteiros. Mas veio a globalização e os modelos americano e europeu de beleza. Agora, muitas meninas querem emagrecer a qualquer custo e algumas já manifestam anorexia. O motivo: rapazes pagariam qualquer coisa por uma namorada como a modelo Naomi Campbell ou a atriz Halle Berry – citadas em pesquisa como ícones e objetos de desejo.
Hoje, “Rainha Zulu”, que já foi elogio às moças casadoiras, virou provocação, sinônimo de mulher ultrapassada, especialmente entre os jovens. Para muitos deles, não faz mais sentido achar que uma mulher acima do peso considerado ideal para o mundo fora dos limites africanos possa ser modelo de beleza.
A encruzilhada cultural pela qual a África passa está sendo estudada por três instituições, que trabalham juntas: a Universidade Northumbria, da Grã-Bretanha, e as sul-africanas Universidade de Zululand e Universidade de Witwatersrand. A pesquisa, pioneira, começou no segundo semestre do ano passado, não por acaso, na África do Sul.
Livre do apartheid há apenas 16 anos, o país ainda se adapta à convivência sem a segregação oficial entre a cultura negra tradicional e a branca de origem européia. E virou, portanto, excelente campo de estudo, como um micro-universo que reproduz a chamada “ocidentalização” de regiões importantes da África.
Foram ouvidos cerca de 100 moças e rapazes da África do Sul e da Inglaterra com idade média de 21 anos. O primeiro objetivo foi o de comparar as aspirações de jovens negros africanos com as de brancos europeus, para investigar a possível semelhança entre os dois grupos e, portanto, o processo de ocidentalização da África.
A suspeita se confirmou quando as aspirações das meninas dos dois continentes empataram: estão insatisfeitas com seus corpos; querem ser magras. Ato contínuo, como explica a psicóloga Julie Seed, da Northumbria, que participou da pesquisa, outro dado importante do estudo foi a identificação de distúrbios alimentares nas jovens dos dois grupos. Em nenhuma delas, os desvios tinham razões físicas.
O dado importante aqui é que na África do Sul do apartheid, anorexia era considerada “doença de branco”, ainda um sinal da tradição de que estar acima do peso sempre foi modelo de beleza feminina, sinal de prosperidade. Nunca foi, portanto, levada a sério. Até agora.
– Uma informação significativa desse estudo é termos identificado que essas meninas estão insatisfeitas, e sua angústia está diretamente ligada à mudança do desejo dos rapazes, que agora querem namoradas magras, motivados pela ocidentalização do continente. Elas querem agradá-los. Querem perder peso para conseguirem atrai-los. – avalia ao JB Julie Seed, de seu escritório, no Reino Unido.
A professora sul-africana Sarah Nuttall, do Departamento de Literatura e Estudos Culturais da Universidade de Witwatersrand, concorda com Julie Seed. Em parte.
– Há um padrão de beleza global, e as jovens africanas perceberam agora que precisam ser magras para competir num mundo globalizado. – analisou, por telefone, do país onde o estudo foi feito. – Mas, se nos distanciarmos dos grandes centros, da classe média alta, vamos encontrar homens, mesmo jovens, que ainda seguem a tradição africana e preferem as mulheres “grandes”. Há muitas coisas acontecendo aqui ao mesmo tempo.
"Jornal do Brasil" 22/01/06
Meninas rejeitam tradição que idolatra mulheres acima do peso e sonham ficar igual à top model. Algumas já têm anorexia
Rozane Monteiro
Há séculos, quando procuravam suas futuras esposas, os homens da África buscavam as mais fortes, capazes de proteger a prole. Até há pouco mais de uma década, no continente assolado pela fome, a tradição continuou e elevou as moças de formas fartas à categoria de “Rainhas Zulus”, ainda preferidas pelos solteiros. Mas veio a globalização e os modelos americano e europeu de beleza. Agora, muitas meninas querem emagrecer a qualquer custo e algumas já manifestam anorexia. O motivo: rapazes pagariam qualquer coisa por uma namorada como a modelo Naomi Campbell ou a atriz Halle Berry – citadas em pesquisa como ícones e objetos de desejo.
Hoje, “Rainha Zulu”, que já foi elogio às moças casadoiras, virou provocação, sinônimo de mulher ultrapassada, especialmente entre os jovens. Para muitos deles, não faz mais sentido achar que uma mulher acima do peso considerado ideal para o mundo fora dos limites africanos possa ser modelo de beleza.
A encruzilhada cultural pela qual a África passa está sendo estudada por três instituições, que trabalham juntas: a Universidade Northumbria, da Grã-Bretanha, e as sul-africanas Universidade de Zululand e Universidade de Witwatersrand. A pesquisa, pioneira, começou no segundo semestre do ano passado, não por acaso, na África do Sul.
Livre do apartheid há apenas 16 anos, o país ainda se adapta à convivência sem a segregação oficial entre a cultura negra tradicional e a branca de origem européia. E virou, portanto, excelente campo de estudo, como um micro-universo que reproduz a chamada “ocidentalização” de regiões importantes da África.
Foram ouvidos cerca de 100 moças e rapazes da África do Sul e da Inglaterra com idade média de 21 anos. O primeiro objetivo foi o de comparar as aspirações de jovens negros africanos com as de brancos europeus, para investigar a possível semelhança entre os dois grupos e, portanto, o processo de ocidentalização da África.
A suspeita se confirmou quando as aspirações das meninas dos dois continentes empataram: estão insatisfeitas com seus corpos; querem ser magras. Ato contínuo, como explica a psicóloga Julie Seed, da Northumbria, que participou da pesquisa, outro dado importante do estudo foi a identificação de distúrbios alimentares nas jovens dos dois grupos. Em nenhuma delas, os desvios tinham razões físicas.
O dado importante aqui é que na África do Sul do apartheid, anorexia era considerada “doença de branco”, ainda um sinal da tradição de que estar acima do peso sempre foi modelo de beleza feminina, sinal de prosperidade. Nunca foi, portanto, levada a sério. Até agora.
– Uma informação significativa desse estudo é termos identificado que essas meninas estão insatisfeitas, e sua angústia está diretamente ligada à mudança do desejo dos rapazes, que agora querem namoradas magras, motivados pela ocidentalização do continente. Elas querem agradá-los. Querem perder peso para conseguirem atrai-los. – avalia ao JB Julie Seed, de seu escritório, no Reino Unido.
A professora sul-africana Sarah Nuttall, do Departamento de Literatura e Estudos Culturais da Universidade de Witwatersrand, concorda com Julie Seed. Em parte.
– Há um padrão de beleza global, e as jovens africanas perceberam agora que precisam ser magras para competir num mundo globalizado. – analisou, por telefone, do país onde o estudo foi feito. – Mas, se nos distanciarmos dos grandes centros, da classe média alta, vamos encontrar homens, mesmo jovens, que ainda seguem a tradição africana e preferem as mulheres “grandes”. Há muitas coisas acontecendo aqui ao mesmo tempo.
Coisa mais besta véio.
Mas bem que eu queria mandar um golega de classe pra la.
Aquela lasca de palito de dente entrometida só ia sair de la depois de uns vinte anos
Mas la não existe leis que proibam tal ato a força?
Mas bem que eu queria mandar um golega de classe pra la.
Aquela lasca de palito de dente entrometida só ia sair de la depois de uns vinte anos



Mas la não existe leis que proibam tal ato a força?
Morando aqui nessa cidade enfrentamos muitos delinquentes
Em alta velocidade no carro robo gigante.
Eu, me amaro, robos gigantes
Nós, lutamos, robos gigantes
E as gatas, tambem, robos gigantes
...
Demais

Em alta velocidade no carro robo gigante.
Eu, me amaro, robos gigantes
Nós, lutamos, robos gigantes
E as gatas, tambem, robos gigantes
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- O ENCOSTO
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- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
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Re.: Meninas são engordadas à força na África
Eu acho que eles viram aquela novela "O Clone". Lá eles falavam que a mulher boa é aquele que enche uma cama.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
-
- Mensagens: 63
- Registrado em: 14 Dez 2005, 15:25
Re.: Meninas são engordadas à força na África

- Christiano
- Mensagens: 2094
- Registrado em: 21 Out 2005, 21:58
- Localização: Assis, SP
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Re.: Meninas são engordadas à força na África
Será que o Aurélio é viado e está apaixonado por mim para ficar postando essa montagem com tanta freqüência?

- Aurelio Moraes
- Mensagens: 19637
- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
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Re.: Meninas são engordadas à força na África
Não sou não, fique tranqüilo. Apenas estou zuando com sua frase que é uma marca-registrada sua e da Fabiana.
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re: Meninas são engordadas à força na África
Estranho... sempre ouvi dizer que na África se passa fome... será que nesta região é o contrário?
No mais... depois dizem que a culpa é dos E.U.A. ...
No mais... depois dizem que a culpa é dos E.U.A. ...
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
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- Flavio Costa
- Mensagens: 4307
- Registrado em: 25 Out 2005, 07:32
- Localização: Brasilia, DF
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Re: Meninas são engordadas à força na África
Poindexter escreveu:Estranho... sempre ouvi dizer que na África se passa fome... será que nesta região é o contrário?
No mais... depois dizem que a culpa é dos E.U.A. ...
A obesidade é valorizada lá justamente porque é um privilégio para poucos, como ter uma Ferrari por aqui...
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- Poindexter
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- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re: Meninas são engordadas à força na África
Flavio Costa escreveu:A obesidade é valorizada lá justamente porque é um privilégio para poucos, como ter uma Ferrari por aqui...
E depois a culpa é dos E.U.A. ...
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O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
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