Jesus está voltando: DEFCON ONE
Enviado: 07 Nov 2008, 21:31
Jesus está voltando: DEFCON ONE
Postado em 20/10/2003 10:26:10
por Acauan
Se Jesus voltasse hoje, da forma como os fundamentalistas cristãos dizem que será, o religioso presidente dos Estados Unidos da América George W. Bush deveria ser ver diante de um dilema moral:
Decidir se cai de joelhos e ora pelo próprio arrebatamento (teleporte dos fiéis para junto de Cristo) ou ordena DEFCON 1, estado máximo de alerta das forças armadas americanas, incluídos os sistemas de armas nucleares.
Se ele for fiel ao seu juramento de posse, deverá necessariamente optar pela segunda alternativa.
Explico: Cristão ou não, George W. Bush jurou solenemente preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos, o que implica cumprir seus deveres constitucionais de comandante em chefe das forças armadas americanas, reagindo prontamente contra qualquer ameaça ao país ou ao seu povo.
Uma vez que, segundo os fundamentalistas cristãos, Jesus voltará para reinar sobre toda a Terra, o potencial retorno dele representa a maior ameaça possível aos Estados Unidos da América e seu povo, pois o país, sua constituição e demais instituições serão extintos pelo invasor que se autoproclamará rei do mundo.
Além disto, segundo os próprios, somente os fundamentalistas cristãos serão salvos e todos os demais serão lançados ao inferno eterno ou à aniquilação. Como os requisitos de salvação dos fundamentalistas definem como ímpios a esmagadora maioria da população americana (católicos, judeus, religiosos não cristãos, ateus e mesmo protestantes não fundamentalistas) estes seriam sumariamente exterminados ou coisa pior.
Ou seja, Jesus representa um inimigo potencialmente muito mais ameaçador e destrutivo para os Estados Unidos do que foi a extinta União Soviética.
Quando os sistemas de vigilância do NORAD detectarem a tal nuvem cercada de miríades de anjos, no centro da qual Jesus retornará em “glória e majestade”, o único modo de Bush manter-se fiel ao seu juramento é emitindo um ultimato presidencial exigindo que Cristo se mantenha longe do espaço aéreo americano e, diante da inevitável desobediência, acionar os códigos secretos de segurança que determinem o disparo de todos os mísseis nucleares contra o exterminador divino.
Não importa que segundo a crença fundamentalista o atacante celeste tenha poder para transformar as ogivas em algodão doce, um líder nacional não pode entregar passivamente a maioria de seus cidadãos à execução sumária decretada por um tirano estrangeiro, e a constituição dos Estados Unidos não diz em lugar algum que Deus é exceção.
Postado em 20/10/2003 10:26:10
por Acauan
Se Jesus voltasse hoje, da forma como os fundamentalistas cristãos dizem que será, o religioso presidente dos Estados Unidos da América George W. Bush deveria ser ver diante de um dilema moral:
Decidir se cai de joelhos e ora pelo próprio arrebatamento (teleporte dos fiéis para junto de Cristo) ou ordena DEFCON 1, estado máximo de alerta das forças armadas americanas, incluídos os sistemas de armas nucleares.
Se ele for fiel ao seu juramento de posse, deverá necessariamente optar pela segunda alternativa.
Explico: Cristão ou não, George W. Bush jurou solenemente preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos, o que implica cumprir seus deveres constitucionais de comandante em chefe das forças armadas americanas, reagindo prontamente contra qualquer ameaça ao país ou ao seu povo.
Uma vez que, segundo os fundamentalistas cristãos, Jesus voltará para reinar sobre toda a Terra, o potencial retorno dele representa a maior ameaça possível aos Estados Unidos da América e seu povo, pois o país, sua constituição e demais instituições serão extintos pelo invasor que se autoproclamará rei do mundo.
Além disto, segundo os próprios, somente os fundamentalistas cristãos serão salvos e todos os demais serão lançados ao inferno eterno ou à aniquilação. Como os requisitos de salvação dos fundamentalistas definem como ímpios a esmagadora maioria da população americana (católicos, judeus, religiosos não cristãos, ateus e mesmo protestantes não fundamentalistas) estes seriam sumariamente exterminados ou coisa pior.
Ou seja, Jesus representa um inimigo potencialmente muito mais ameaçador e destrutivo para os Estados Unidos do que foi a extinta União Soviética.
Quando os sistemas de vigilância do NORAD detectarem a tal nuvem cercada de miríades de anjos, no centro da qual Jesus retornará em “glória e majestade”, o único modo de Bush manter-se fiel ao seu juramento é emitindo um ultimato presidencial exigindo que Cristo se mantenha longe do espaço aéreo americano e, diante da inevitável desobediência, acionar os códigos secretos de segurança que determinem o disparo de todos os mísseis nucleares contra o exterminador divino.
Não importa que segundo a crença fundamentalista o atacante celeste tenha poder para transformar as ogivas em algodão doce, um líder nacional não pode entregar passivamente a maioria de seus cidadãos à execução sumária decretada por um tirano estrangeiro, e a constituição dos Estados Unidos não diz em lugar algum que Deus é exceção.