Religião é Veneno

A solução cristã mais popular para o problema do mal é que o mal existe porque existe o livre-arbítrio, em O Problema com Deus de Bart Ehrman, é levantada a seguinte questão:

As evocações do paraíso cristão consideram como um lugar livre do mal e do sofrimento. Fica implícito que as pessoas não perdem o livre-arbítrio ao ir para o céu, então se admitirmos a existência do paraíso cristão, o livre-arbítrio não é explicação suficiente para o problema do mal na Terra.

Maiores considerações mais tarde... ou não.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
O problema aparentemente esta na definicao de livre arbitrio que voce emprega que e a de haver algum tipo de possibilidade de se optar tanto pelo bem como pelo mal. Nessa definicao, o paraiso nao poderia acomodar livre arbitrio.

Não há o imperativo, na maioria das concepções de livre-arbítrio de que devam existir opções boas e ruins a escolher, a regra mínima é que se possa escolher. (isso já foi trabalhado por J.L. Mackie, se não me engano).
Os cristãos deveriam justificar porque no paraíso as pessoas fazem escolhas somente boas (isso é importante SOMENTE BOAS). Se no paraíso as pessoas com livre-arbítrio fazem escolhas somente boas e não há sofrimento, não se pode justificar o sofrimento terreno pelo livre-arbítrio.
Lembrando que as pessoas que vão ao paraíso não são pefeitas, somente boas o suficiente para estarem lá.

Há crentes que dizem que uma pessoa que já está no paraíso pode pecar e ir para o inferno.

Mas não creio em livre arbítrio se o criador já estipula as únicas escolhas disponíveis, sendo que só uma delas nos livra de um castigo eterno.

Talvez houvesse algum livre arbítrio se pudéssemos escolher uma opção não prevista pelo criador - e não sermos castigados por isto.

Um bebê que morre sem livre-arbítrio algum vai para o Céu ou para Inferno? Como pecado de fato, vale o que fazemos por vontade própria, o que pensamos fazer diariamente ( maus pensamentos, maus sentimentos - de acordo com o que consta na Bíblia ) ou o que fazemos sem saber que pode ser danoso para alguém ou alguma coisa hoje ou no futuro? O que é mais pecaminoso: escolher entre algo que salve os meus próximo imediatos ou aos próximos que nem sequer conheço?

Onde se localiza exatamente o livre-arbítrio? E se Deus sabe tudo, pode ele mandar o bebê ( em tese um futuro assassino que não cresceu ) direto para o Inferno ou ele mesmo dá cabo da vida criança e manda para o Céu por ser um bebê?

As coisas não se encaixam nesta lógica.

A questão é que tudo o que é tido como real é projeção humana de acordo com suas dúvidas sem respostas. Ora, se são dúvidas e assustam, nada mais normal do que encontrar saídas dentro de alguma lógica. Lógicas precisam seguir um certo encadeamento.

Mas a projeção do humano no divino e nas resoluções de problemas criados - nunca por este Deus - e sim pelo homem, já seriam suficientes para que eles desconfiassem de que existiriam muito mais hipóteses do que as estão dogmatizadas pelas escrituras.

Os 10 mandamentos ( por que 10???) tentam minimizar a perda da lógica através de pontos considerados básicos num contexto antropológico, sociológico e organizacional da época.

Mas sabe-se que lá nos emaranhados da Bíblia, tudo entra num labirinto sem saída, onde Deus está acima do bem e do mal.

O Espiritismo tentou resolver esta questão do início da vida, criando a hipóteses de vidas anteriores, para a lógica pudesse ser encontrada, quem sabe, antes do nascimento, fora da vida terrena.

Mesmo assim, não existiria porque existir um lugar bom ou mau após a morte. Era só colocar a existência passado e futuro no vácuo.

"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

hahahahahahahaha muito espirituoso.