Cientistas acham monumento para alma do século 8º a.C.
Enviado: 19 Nov 2008, 13:14
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Há 2.800 anos, um funcionário da corte real da antiga cidade de Sam?Al - no que hoje é o sudeste da Turquia - inspecionava a confecção de uma estela, a placa de pedra que adornaria seu próprio túmulo. O artista cinzelava o basalto e, aos poucos, emergia o perfil de um homem barbado, vestido com manto de franjas e um curioso chapéu enfeitado. Arqueólogos da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, anunciaram ontem ter encontrado a pedra esculpida, monumento que pode conter os primeiros relatos de crença no espírito.
Com quase 1 metro de altura e 60 centímetros de largura, a estela de 363 quilos foi desenterrada da casa onde o funcionário viveu. Para David Schloen, responsável pela expedição arqueológica, o achado demonstra, de maneira muito viva, que a cidade antiga de Sam?Al já integrava, no século 8º a.C., elementos das culturas semítica e indo-européia - por coincidência, o mesmo substrato sobre o qual surgiu, séculos depois, o Ocidente.
A língua é semítica, mas os nomes do funcionário e do rei são indo-europeus, bem como a crença de que a alma sairia do corpo e habitaria a pedra. Já os povos semitas acreditavam que a alma permanecia ligada aos ossos, o que tornava abominável a cremação dos mortos. Segundo os pesquisadores, a inexistência de ossadas na câmara e a presença de urnas para cinzas nos sítios arqueológicos vizinhos reforçam a tese de que o funcionário foi cremado.
SÃO PAULO - Há 2.800 anos, um funcionário da corte real da antiga cidade de Sam?Al - no que hoje é o sudeste da Turquia - inspecionava a confecção de uma estela, a placa de pedra que adornaria seu próprio túmulo. O artista cinzelava o basalto e, aos poucos, emergia o perfil de um homem barbado, vestido com manto de franjas e um curioso chapéu enfeitado. Arqueólogos da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, anunciaram ontem ter encontrado a pedra esculpida, monumento que pode conter os primeiros relatos de crença no espírito.
Com quase 1 metro de altura e 60 centímetros de largura, a estela de 363 quilos foi desenterrada da casa onde o funcionário viveu. Para David Schloen, responsável pela expedição arqueológica, o achado demonstra, de maneira muito viva, que a cidade antiga de Sam?Al já integrava, no século 8º a.C., elementos das culturas semítica e indo-européia - por coincidência, o mesmo substrato sobre o qual surgiu, séculos depois, o Ocidente.
A língua é semítica, mas os nomes do funcionário e do rei são indo-europeus, bem como a crença de que a alma sairia do corpo e habitaria a pedra. Já os povos semitas acreditavam que a alma permanecia ligada aos ossos, o que tornava abominável a cremação dos mortos. Segundo os pesquisadores, a inexistência de ossadas na câmara e a presença de urnas para cinzas nos sítios arqueológicos vizinhos reforçam a tese de que o funcionário foi cremado.