Olavo e Doria trocam amabilidades

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Olavo e Doria trocam amabilidades

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Olavo de Carvalho e Michael Moore
December 1st, 2008 · · 340 Comentários
Pedro Doria

Nos comentários abaixo que ainda questionam a cidadania norte-americana de Barack Obama, o Fernando José cita um texto do filósofo e astrólogo e comentarista político Olavo de Carvalho sem deixar claro que está citando Olavão.

Olavo é sempre divertido. Ele usa a técnica Michael Moore de difamação. Funciona assim: basta começar a fazer elohttps://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewforum.php?f=1s. Por exemplo, na frase:

O site FactCheck pertence à ONG Chicago Annenberg Challenge, que contribuiu para a campanha de Obama e onde ele trabalhou ao lado de William Ayers, coletando dinheiro para organizações esquerdistas.

(Me lembra tanto Michael Moore mostrando as relações da família Bush com o negócio do petróleo, com a família real saudita e, por fim, com os bin-Laden.)

Há algum fato errado na frase? Não. É só que a lógica é primária. Por exemplo, a frase abaixo é igualmente correta:

A Annenberg Challenge de Chicago é coordenada pela Annenberg Foundation que também coordena as Edison Schools, compradas em 2003 pelo fundo de pensão para funcionários do sistema público de educação da Flórida, controlado pelo então governador Jeb Bush.

Também são impecáveis os fatos desta frase:

A Fundação Annenberg financia o programa Philadelphia READS, festejado pela primeira-dama Laura Bush em cerimônia oficial dentro da Casa Branca.

Dependendo de que fatos escolhermos, podemos construir a imagem da Fundação Annenberg, um portento que distribui alguns bilhões de dólares para iniciativas várias que envolvem milhares de pessoas e atende a milhões de outras, da maneira que quisermos.

O site FactCheck.org apareceu ao público pela primeira vez em 2004, quando Dick Cheney, o vice de Bush, o citou em campanha. Os fatos levantados pelo site caracterizavam bem sua conduta como presidente da Halliburton. Halliburton, esta, alvo de constantes ataques da esquerda nos EUA. (Talvez o FactCheck não fosse uma entidade financiadora de terroristas em 2004.)

Sou ateu, mas não sou como Richard Dawkins ou Carl Sagan. Se alguém quer acreditar que a posição da Lua no dia de seu nascimento diz algo a respeito de sua personalidade, não acho que isto queira dizer que o sujeito é algum tipo de irracional delirante. (Talvez apenas um pouco excêntrico.) Olavo de Carvalho é divertido e o fato de ser astrólogo me diz algo a respeito dele. Ele é um homem procurando elos e padrões repetidos não importa onde para definir o comportamento de pessoas e entidades.

Mas, assim como Michael Moore, não pode ser levado a sério como analista político.

Política é uma arte na qual se dá um passo à frente, dois para trás. Políticos, pela sua natureza, fazem acomodações. Cumprimentam-se, sorriem. O inimigo de ontem é o aliado de hoje e o rival mortal de amanhã. Política não se compreende por dogmas, certos absolutos e o mal encarnado do outro lado. Numa democracia, nenhum dogma se sustenta e toda visão de mundo é permitida. Num ambiente assim, pureza ideológica não existe e certezas não têm espaço. Idéias podem ser mudadas.

Olavo de Carvalho tem pureza ideológica no coração. Tem convicções. Ele sabe o que é certo e sabe o que é errado. Se alguém criticou o seu lado, de presto ele fará uma meia dúzia de conexões e – à moda de Michael Moore – apresentará um encadeamento ‘lógico’ que prova que aquele alguém é financiado pelo terrorismo internacional, pelo Foro de São Paulo, pelo perigoso ‘esquerdista’ George Soros ou pelos três ao mesmo tempo.

Com encadeamentos do tipo, é possível ‘provar’ que George W. Bush liderou a conspiração mundial para encher a Arábia Saudita de dinheiro e espalhar mesquitas wahabitas pela Europa, financiando com dinheiro público norte-americano o terror islâmico no Velho Mundo. O encadeamento de relações é possível mas não corresponderá à verdade. Porque, no mundo real, não há uma grande conspiração. O que há são decisões às vezes difíceis, às vezes fáceis, sendo tomadas por inúmeros atores e que trarão alguns resultados previsíveis e outros nem tanto. Diplomatas, presidentes de empresas, políticos, em geral não decidem nada sozinhos mas sofrem pressões de vários lados e buscam caminhos que façam sentido, que acomodem tantas pressões quanto possível. Às vezes, tomam decisões no ímpeto; outras, calculam; noutras ainda, inseguros, optam sem qualquer convicção por um caminho. Pode dar certo, pode não dar. Mas o bom líder, embora transmita segurança, sabe que não há certezas, que algo sempre pode dar errado a partir das decisões que tomou.

É fácil olhar para a história no passado e dizer, por exemplo, – como eu mesmo já disse – que se o Império Britânico tivesse oferecido Meca e Medina para a família hashemita governar, não haveria al-Qaeda. Os hashemitas, moderados, educados em Oxford, continuam lá na Jordânia. E os al-Sauds, em sua Arábia Saudita, espalharam pelo mundo sua vertente radical, praticamente inexistente um século atrás, de Islã. Mas há alguma injustiça com os britânicos aí: eles não tinham como saber. Agiram conforme seus interesses de então: acreditavam que seria mais fácil controlar a família Saud, de nômades iletrados, do que os nobres e orgulhosos Hashemitas, descendentes e governantes de Meca desde os tempos do Profeta. Acreditavam nisso e, por um ângulo, é realmente mais fácil se relacionar com os Sauds do que com os Hashemitas, independentes demais, ainda hoje. Só que houve conseqüências não previstas.

É evidente que é tentador enxergar no mundo uma grande conspiração. Faz você se sentir melhor: você ‘entende’ o jogo. Entende as artimanhas. Sabe que há um grupo milimetricamente articulado, estupendamente organizado, disposto a controlar tudo. Podem ser os comunistas, os judeus, os muçulmanos, as empresas petrolíferas. Daí, sai traçando seus elos e prova com determinação a ‘verdade’. (O mundo é muito mais complicado. Vai e volta. É cheio de talvez quem sabe.)

Os norte-americanos nem são o povo ignorante com sede de petróleo que elegeu Bush, nem o povo esperançoso revoltado com as injustiças que elegeu Obama. São, como qualquer povo, o vizinho da casa ao lado com suas esquisitices, o paranóico do 203, a moça bonitinha que de short curto passeia com o cachorrinho na esquina, aquele sujeito boa praça que é um ótimo papo durante o chope. Às vezes, esse conjunto elege George W. Às vezes, elege Obama. Tem pra Kennedy, tem pra Nixon. No Brasil, tem pra Lula, tem pra FH, tem pra Collor. Em Israel, tem pra Rabin – tem pra Netanyahu. É o mesmo povo tentando entender o mundo à volta naquele momento, com seus medos e otimismos, e tomando uma decisão a partir daí.

Olavão não é o único maniqueísta no mundo e por certo é confortável ter certezas. Dúvida só traz angústia. Aquele com certezas é imbuído de uma missão: deve contar ao mundo, e repetir, e repetir ininterruptamente, a verdade até que todos a vejam. Afinal, o outro lado também têm uma missão – e a massa, ingênua e ignara, não o vê. Traz uma sensação agradável esta de se estar certo. Posicionar-se de um lado mas entender os clamores do outro é que é difícil. É mais fácil ver o adversário como inimigo, como o mal, aquele que está errado por definição. Olavão me lembra meu personagem favorito de Fernando Pessoa: o Esteves sem metafísica. Olavo de Carvalho foi, é e sempre será, fundamentalmente, divertido.

Meu único argumento, no fim, é que seu caminho pode ser mais fácil – mas não tem nada a ver com compreender o mundo. E, com muita justiça, Olavão poderia dizer: quem não compreende é você – sou eu. (Ou então que ajo de má fé, intoxicado pela ideologia do Foro de São Paulo, como agente do islamismo internacional ou financiado por George Soros.)

E quem dirá que ele não está certo? =)


http://pedrodoria.com.br/2008/12/01/ola ... ael-moore/
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

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Dória Vigaristinha e seu devoto seguidor
6 de dezembro de 2008
Olavo de Carvalho

Alguém me envia artigo de um tal Pedro Dória, que promete a seus leitores desmascarar a “lógica primária” (sic) daquilo que tenho dito e escrito sobre Barack Hussein Obama.

Não sabendo quem era Pedro Dória, fui averiguar no seu blog e descobri que é um jornalista cuja maior realização, no seu próprio julgamento, foi ter descoberto e divulgado Bruna Surfistinha, ex-prostituta autora de revelações de bordel que talvez provocassem um frisson nos anos 50, mas que hoje em dia soam como uma sessão nostalgia para leitores de Carlos Zéfiro.

A respeito do atestado de nascimento publicado pela campanha de Obama e confirmado como “autêntico” pelo site FactCheck.org, que se alardeia “organização apartidária”, o que afirmei foram três coisas principais e uma secundária:

1. O documento não é uma cópia da certidão de nascimento original (com a assinatura do médico e o nome do hospital), mas um atestado posterior, sem nenhum valor jurídico.

2. Além disso, havia razões para suspeitar que o documento fosse materialmente falso (v. http://www.worldnetdaily.com/index.php?pageId=82503 ).

3. Factcheck acrescentou a isso uma segunda falsificação: as fotos que exibiu para comprovar a “autenticidade” do documento publicado pela campanha de Obama mostravam um atestado assinado em 2007, mas num formulário impresso em 2008.

4. FactCheck não é uma organização “apartidária”, uma vez que pertence à ONG Chicago Annenberg Challenge, que contribuiu para a campanha de Obama.

Pedro Dória esquiva-se de discutir as três primeiras afirmações, mal chegando a citá-las de passagem (veja adiante), e concentra seu ataque na quarta, dando a entender que foi dela, sem nenhuma outra base factual, que deduzi tudo o que estou afirmando sobre o documento de Obama. Daí ele conclui, muito naturalmente, que faço uso daqueles métodos de difamação por associação de casualidades, tão característico dos filmes de Michael Moore. Já eu não posso dizer o mesmo de Pedro Dória. Michael Moore jamais usaria o método de difamação dele, porque tem QI superior a 12.

Isso não impede, no entanto, que Dória tenha discípulos. Un sot a toujours un plus sot qui l’admire. Um cidadão que se assina Leonardo Bernardes, em cujo currículo não consta sequer alguma realização comparável à de Dória no campo da proxenetagem literária, jura tomar seu artigo como fonte de inspiração e entra no picadeiro brandindo-o contra meus “fervosos preponentes” (sic, juro). Imaginem as reservas de caridade que precisei mover para continuar lendo a coisa depois desse início triunfal.

Em todo caso, eis o parágrafo de Dória que encorajou o menino a proclamar a minha absoluta nulidade intellectual:

Alguém diz que o Obama não apresenta documentos, aí ele apresenta. Então dizem que o documento é falso porque não tem selo. Aí alguém vai lá, vê o selo, fotografa o selo. Então dizem que não basta que nem era um documento apenas um comprovante de que o documento existe. Aí sugere-se que, se ele não fosse elegível nos EUA, seus adversários teriam investigado isso – e este argumento não vale como argumento.

Nessas linhas imortais, Dória não informa onde foi que usei essa seqüência de deduções. Ele nem poderia fazê-lo, porque jamais a usei.

O que ele faz é falar genericamente dos adversários de Obama e deixar no ar uma vaga insinuação de que sou culpado do que quer que eles façam. Bernardes, extasiado, acha que isso é uma demonstração científica irrefutável, porque não consegue distinguir entre método científico e fofoca de puteiro (o único ramo erudito, vale recordar, no qual Dória se orgulha de ter realizado alguma coisa).

Em todo caso, é claro que nem mesmo a campanha anti-obamista seguiu o trajeto lógico que Dória lhe imputou. O primeiro – não o segundo ou o terceiro – argumento que se alegou contra a certidão de nascimento publicada pela campanha de Obama foi o mais óbvio e imediato: ela não era uma certidão de nascimento. Qualquer cidadão americano que tenha tentado tirar um passaporte ou uma carteira de motorista com documento semelhante sabe disso: mandam que volte para casa e traga uma cópia da certidão original. Os exames técnicos que sugeriram a falsidade do atestado vieram depois, motivados justamente pela estranheza de que Obama quisesse impingir aquela coisinha como certidão de nascimento em vez de mostrar logo a certidão original. Dória inverte a seqüência dos fatos, em seguida transfigura essa ordem invertida num suposto “método de argumentação” e o atribui primeiro aos adversários de Obama e depois a mim, como se ele próprio não fosse o seu único e exclusivo inventor. Seu discípulo é ainda mais explícito, proclamando que a narrativa invertida criada pelo seu mestre desmascara o método de “retrocesso lógico” usado pelos anti-obamistas – e, naturalmente, por mim – na nossa ânsia de provar retroativamente uma tese escolhida de antemão.

Mas a maior realização de Dória no domínio dos métodos lógicos vem na frase seguinte. Procurando enfatizar a teimosia psicótica do anti-obamismo, ele exclama: “Aí sugere-se que, se ele não fosse elegível nos EUA, seus adversários teriam investigado isso – e este argumento não vale como argumento.” Ou seja: vocês não podem denunciar Obama como inelegível porque se ele fosse inelegível vocês o denunciariam. E Dória ainda fica indignado de que esse argumento não seja aceito!

Confiante no rigor exemplar das demonstrações dorianas, seu devoto exegeta proclama a minha total ignorância do método científico. Para maior ilustração da platéia, ele expõe em seguida um dos elementos essenciais do referido método tal como ele o concebe:

No lastro da ciência há uma noção de comunidade científica, isto é, de um grupo que inserido em contextos não apenas científicos mas políticos, decide sobre a forma como os enunciados científicos irão moldar o mundo.

A comunidade científica, portanto, é algo assim como um coletivo do MST, que, em assembléia, decide quais os enunciados científicos convenientes e inconvenientes aos seu projeto de “transformação do mundo”, aprovando os primeiros e rejeitando os segundos como barbaramente anticientíficos.

Bernardes não cita um único exemplo de descoberta científica efetuada por esse método. Nem poderia. Mas eu posso citar dois: a embriologia fraudulenta de Ernest Haeckel e a falsa genética de Lyssenko, a primeira aprovada pelo coletivo nazista, a segunda pelo comunista. Ninguém pode negar que “transformaram o mundo”. A primeira levou um bocado de gente para Auschwitz, a segunda para o Gulag.

Dória e Bernardes escrevem muitas outras tolices infames nos seus respectivos artigos, mas as que assinalei já bastam para mostrar que, intelectualmente, aquele é um vigarista pé-de-chinelo e este um aspirante a ser Pedro Dória quando crescer. Nem eu nem meus “fervosos preponentes” nos sentimos nem um pouco ofendidos por gente que cospe para cima. Também não rimos deles mais do que a caridade permite. Tudo o que sentimos é uma humilhação profunda por termos nascido num país onde os Dórias e Bernardes, reproduzindo-se aos milhares e aos milhões como memes ou vírus de computador, dão o tom dos debates ditos intelectuais e decidem, no aconchegante uniformismo mental do seu coletivo, “sobre os instrumentos de verificação e refutação, sobre os meios pelos quais conversar, concordar e discordar”. Deve ser por isso que há décadas a ciência e a tecnologia, no mundo, não avançam um passo sem as contribuições da universidade brasileira...

Só mais um ponto tem de ser mencionado, porque é difamação porca de um grande artista falecido. Bernardes diz que “Bruno Tolentino só se ergue mediante ataques a Augusto e Haroldo de Campos, ou a Giannotti, ou cantando loas ao próprio Olavo.” Tolentino, quando chegou ao Brasil, já era reconhecido como um dos maiores poetas do mundo por Jean Starobinsky, W. H. Auden, Geoffrey Hill, Giuseppe Ungaretti e Elizabeth Bishop, entre outros inumeráveis. Imaginar que ele precisasse “se erguer” depois disso, e que a tanto se destinassem suas denúncias contra o charlatanismo dos Campos ou a inépcia de José Arthur Gianotti, é coisa de uma mesquinharia tão doente e de uma estupidez tão abissal, que só poderia vir mesmo de um membro mirim do “coletivo” brasileiro.

P. S. – Ao contrário do que afirma Pedro Dória, a inutilidade legal do atestado publicado pela campanha de Obama não é um “argumento dos adversários”. É um simples fato da lei americana. O próprio Governo do Havaí não aceita esse documento como prova de nacionalidade. O site oficial do registro imobiliário do Governo havaiano (Department of Hawaiian Home Lands, DHHL) explica a diferença a Certidão de Nascimento (Certificate of Live Birth) e o mero atestado (Certification):

“Certidão de Nascimento (Certificate of Live Birth)... é um registro mais completo do seu nascimento do que o Atestado (Certification) gerado por computador. Apresentar a Certidão de Nascimento poupará tempo e dinheiro, pois o Atestado requer verificação adicional pelo DHHL. Ao solicitar uma cópia autenticada ao Departamento de Segurança Interna (DHS, Department of Homeland Security), informe ao funcionário que você a está requerendo ‘para fins da DHHL’ e que você precisa de uma cópia da Certidão de Nascimento original de nascimento, e não do Atestado gerado por computador.” (V. http://hawaii.gov/dhhl/applicants/Loaa% ... lapula.pdf .)

Em suma: Obama não poderia comprar uma casa, um apartamento, um lote de terra, uma kitchenette no Havaí só com aquela porcaria de atestado que ele impingiu aos eleitores como prova cabal da sua elegibilidade à Presidência dos EUA. Todos os candidatos à presidência sempre apresentaram cópias de suas certidões originais. Obama poderia receber a sua em casa, pelo correio, preenchendo um formulário de menos de uma página e pagando uma taxa de dez dólares.

No próprio Estado onde ele se elegeu senador – Illinois – Obama não poderia tirar sequer uma carteira de motorista só com aquele atestado. O DMV (Department of Motor Vehicles) de Illinois exige ou uma cópia autenticada da certidão original ou qualquer outro documento, de uma lista de dezenove – por exemplo histórico escolar, cartão de residente temporário, etc. – que não inclui a tal Certification. Em suma, esta vale menos, como prova de nacionalidade, do que um histórico escolar (mas Obama também não mostra o histórico escolar, porca miséria). Confira em http://www.dmv-department-of-motor-vehi ... hicles.htm .


http://www.olavodecarvalho.org/semana/081206.html
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

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Olavo de Carvalho escreveu:Alguém me envia(...)

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:emoticon12:
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

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http://www.blogtalkradio.com/olavo

"VAI TRABALHAR, VAGABUNDO!"

Ouçam, tá passando ao vivo agora. Olavo está destruindo o tal Doria.
Editado pela última vez por Apáte em 08 Dez 2008, 20:10, em um total de 1 vez.
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

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Apagado.
Editado pela última vez por Azathoth em 08 Dez 2008, 20:19, em um total de 1 vez.
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Errado.
Editado pela última vez por Apáte em 09 Dez 2008, 12:11, em um total de 1 vez.
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

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fgdfhdsfs df
Editado pela última vez por Azathoth em 09 Dez 2008, 12:13, em um total de 1 vez.
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

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Peço desculpas a qualquer usuário que tenha lido esta troca de mensagens grosseira. Confesso que houve um erro de pura "atenção" de minha parte, que foi elevado a um nível absurdo por problemas puramente técnicos na comunicação e por ter me deixado levar por quem jamais deveria.

Peço desculpas em especial ao usuário Azathoth, que, num primeiro momento, confundi com o Nighstalker e só fui reparar depois.
Editado pela última vez por Apáte em 09 Dez 2008, 12:13, em um total de 2 vezes.
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

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Aceito de muito bom grado as desculpas do usuário Apáte e desculpo-me também por qualquer grosseria ou agressão que eu tenha deferido ao mesmo de forma descabida.
Editado pela última vez por Azathoth em 09 Dez 2008, 12:16, em um total de 2 vezes.
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Olavo de Carvalho e a resposta que mereço
December 8th, 2008 · · 24 Comentários
Pedro Doria

Volto do fim de semana para descobrir que Olavo de Carvalho me respondeu. Como é o hábito de um gentleman, com toda educação possível. Sou um proxeneta literário.

Ele deixa claro, em seu artigo, não apenas que estou errado sobre o nascimento de Obama – ele é queniano – como o fato de que as provas que ele apresenta são irrefutáveis. Professor, não por isto: há um bocado de gente precisando de seu brilho neste momento na Suprema Corte dos EUA. Sua clareza de raciocínio, profundo conhecimento das entranhas legais e burocráticas dos EUA e principalmente da história institucional deste pobre país da Norte América são necessários. Por enquanto, os juízes não estão convencidos sequer a ouvir o caso.

O louco, evidentemente, sou eu.

Atualização - Professor, eu entendo a confusão: as regras e relações nos EUA são um pouco difíceis, mesmo, quem chega assim de primeira não entende tudo de saída. Com o tempo, o senhor chega lá. O FactCheck não pertence à ong Annenberg Challenge de Chicago. Pertence à Universidade da Pensilvânia. Chicago fica em Illinois. Pensilvânia é outro estado. Lugares diferentes. Pessoas distintas. O que ambos têm em comum é dinheiro de uma mesma fundação – a Fundação Annenberg. A Annenberg Challenge é uma ong dedicada ao ensino de base em uma cidade. O departamento de comunicação da Universidade da Pensilvânia não dá aulas para crianças pobres em Chicago. Universidade é uma coisa. Ensino de base é outra coisa. A Fundação Annenberg investe em projetos diferentes de educação em todo os EUA. Entre eles, projetos encampados por Jeb Bush na Flórida. (Mas deve ter sido para limpar seu estado do evidente comunismo.)

Atualização 2 - Avise urgente ao vice-presidente Dick Chenney que a turma do FactCheck não é confiável. Ele sai por aí dizendo que a prova de que seu trabalho como executivo na Halliburton foi bom é que, pasme, a FactCheck o disse!

Atualização 3 - A trama se adensa… Walter Annenberg, cuja fortuna ficou nas mãos da Fundação Annenberg, serviu Richard Nixon e Ronald Reagan. O Partido Republicano precisa urgentemente de notícias a respeito dos traidores em seu intestino mais profundo.

http://pedrodoria.com.br/2008/12/08/ola ... ue-mereco/
PedroDoria




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December 8th, 2008 · · 37 Comentários

Dois vivas ao Olavão!

[Mas, aqui, não vale falar deste assunto… =)]

http://pedrodoria.com.br/2008/12/08/open-thread-120/
PedroDoria
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

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Por que Olavo de Carvalho é uma porcaria!
Postado por Leonardo Bernardes em 05 Dezembro, 2008 às 16:1

Escrevo inspirado pelo texto de Pedro Doria, Olavo de Carvalho e Michael Moore, e pelos comentários fervosos dos preponentes de Olavo.

Primeiro é preciso registrar, uma dúvida possível não é uma dúvida efetiva. Eu invoco o padroeiro:

But that is not to say that we are in doubt because it is possible for us to imagine a doubt. I can easily imagine someone always doubting before he opened his front door whether an abyss did not yawn behind it, and making sure about it before he went through the door (and he might on some occasion prove to be right) — but that does not make me doubt in the same case.


Wittgenstein, Philosophical Investigation, § 84


O que Olavo não compreende -- diferente de todos os outros seres racionais não afetados patologicamente -- é que a possibilidade de formular uma dúvida não garante sua efetividade. Mas do que isso, ele não enxerga que há padrões comunitários de verificação e refutação longe dos quais qualquer afirmação carece de sentido. Para usar um vocabulário perigoso, mas ilustrativo -- é preciso que as afirmações digam que circunstâncias elas afirmam e, sobretudo, que situações poderiam torná-las falsas. Tá bem, não vou trilhar o perigoso caminho do falsificacionismo dogmático, quero apenas destacar um aspecto, Pedro assinala:

Alguém diz que o Obama não apresenta documentos, aí ele apresenta. Então dizem que o documento é falso porque não tem selo. Aí alguém vai lá, vê o selo, fotografa o selo. Então dizem que não basta que nem era um documento apenas um comprovante de que o documento existe. Aí sugere-se que, se ele não fosse elegível nos EUA, seus adversários teriam investigado isso – e este argumento não vale como argumento. Sabe o que vai convencê-lo Chesterton? Só uma afirmação de que o documento é falso vai convencê-lo.


Essa tentativa de salvar uma alegação a todo custo testemunha não o esforço de confirmar ou falsificar uma tese, mas o projeto de impor um princípio de leitura. Daí que ele não se detenha nas etapas em que nós seguramente estancaríamos, julgando-as suficientes para dissolver as dúvidas, e retroceda indefinidamente em busca de uma prova para seu princípio. Qual é o limite desse retrocesso? Ele só pára, Pedro notou bem, quando confirma seu princípio -- no caso particular em discussão, quando confirmar que o documento é falso.

Serei ainda mais grosseiro -- para ser ainda mais ilustrativo: ele não vai ao mundo confirmar uma hipótese, ao contrário, ele fabrica um mundo no qual sua hipótese seja verdadeira. Pode-se pensar, em filosofia da ciência, que esse método seja perfeitamente legítimo -- visto que a idéia de um mundo contraposto a um sujeito que afirma algo sobre ele guarda resíduos metafísicos --, mas no lastro da ciência há uma noção de comunidade científica, isto é, de um grupo que inserido em contextos não apenas científicos mas políticos, decide sobre a forma como os enunciados científicos irão moldar o mundo. A impressão que se tem quando se lê Olavo de Carvalho é que ele quer substituir esse tribunal comunitário, que é apenas a imagem que apresenta a noção de "convenção" como indispensával ao desenvolvimento científico, pela suas próprias resoluções. Por essa razão os textos de Olavo tem quase sempre um sabor de esquizofrenia, de quem está constantemente disposto a abdicar da coletividade em nome padrões estritamente individuais (ele é o próprio Leviatã). E não há apelo à autoridade..

Olavo de Carvalho é o maior filósofo brasileiro vivo e o analista político com maior capacidade de análises de longo prazo. Quem o lê, sabe.


que o resgate desse covil -- porque ele não está errado, ele apenas não está entre nós. Ele tem seu mundo próprio, onde vigoram leis e princípios próprios. Se você simpatiza com esse mundo, bem, paciência. Talvez você ache que o Olavo é o "maior filósofo brasileiro". Aqui, do lado de fora, onde nós concordamos razoavelmente sobre os instrumentos de verificação e refutação, sobre os meios pelos quais conversar, concordar e discordar pontualmente, os resultados de nossas avaliações caminham na direção contrária, conduzindo inevitavelmente à marginazação de figuras como Olavão. Aliás, -- vejam se minha teoria parece sensata -- isso explica por que personagens como Olavo de Carvalho, Diogo Mainardi, Bruno Tolentino, Reinaldo Azevedo se fecham em grupos e investem violentamente contra representantes de um certo sistema discursivo que não contempla seus interesses. Ou por que Mainardi precisa se afirmar destituindo de seu lugar Antonio Candido, ou por que Bruno Tolentino só se ergue mediante ataques a Augusto e Haroldo de Campos, ou a Giannotti, ou cantando loas ao próprio Olavo.

Não se trata de confirmar ou afirmar nenhuma tese, mas de substituir os padrões e os princípios vigentes pelos seus. Eles não querem nada além disso. O ponto central envolvido nas discussões de Olavo não é saber se ele está certo ou errado, mas considerar as razões para abandonar o modo como costumeiramente infirmamos ou validamos idéias em favor da maneira olaviana.

É a patente ausência de razões que nós leva a preteri-lo e a anunciar, não sua decreptude, pois ele nunca esteve em outra condição, mas sua irrelevância. O fato de que ele não tenha ensinado em Universidades de renome é um bom indicador, mas ainda não toca o essencial: Olavo de Carvalho é um filósofo ruim. Afirmar o contrário é abandonar os critérios empregados no Brasil -- e no mundo -- para aferir o bom trabalho filosófico. É uma questão de coerência, não de erro. Genericamente é fácil afirmar sua grandeza, mas que trabalho seu resiste a uma análise apurada? Trabalhos filosóficos, claro, jamais compraria a briga envolvida em suas "análises políticas", pois ainda guardo alguma sanidade. Caso você se sinta embaraçado em enumerar as obras significativas desse "filósofo", não se preocupe, nenhum outro sentimento seria esperado. Elas não existem. É que infelizmente, em filosofia, qualquer um se sente habilitado para dizer quem é ou deixa de ser o maior filósofo daqui e de acolá. Pobre daqueles que investem anos de suas vidas a perscrutar incansavelmente centenas e centenas de livros, que eles podem dizer diante do gesto simples que, arvorado em um ou dois livros, decide proclamar a maioridade de alguma figura estranha? Resta saber se os incautos, com a mesma facilidade com que se põem a sentenciar sobre maioridade dos filósofos, sustentam alguma posição sobre quem é "o maior físico", ou "o maior matemático", ou "o maior lógico". Às vezes eu penso que não seria má idéia se os livros de filosofia só fossem publicados em alemão. Não evitaríamos os Olavos -- mas não é preciso evitá-los -- mas a turba de mentecaptos buzinando bobagens a torto e a direito sobre os ombros de um "grande filósofo".

PS. O título foi provocativo!, como vocês podem ter notado.


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Herf
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Herf »

Azathoth escreveu:Passar bem.

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Apáte
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Apáte »

Método doriano de leitura
Olavo de Carvalho
9 de dezembro de 2008

O método de leitura que se aprende nas universidades brasileiras, pelo menos no que se refere aos meus textos, consiste de três regras básicas:

1) Subordinar-me a alguma corrente ideológica, considerada da maneira mais vaga e genérica possível, e exemplificada nos seus porta-vozes mais periféricos, jamais nas suas fontes intelectuais históricas. Por exemplo, o conservadorismo americano, mas não como aparece em Russel Kirk e Richard Weaver, mas em Pat Robertson, Rush Limbaugh ou Alan Keyes.

2) Atribuir-me o que quer que algum representante dessa corrente tenha dito, de preferência alguma coisa comprometedora, manifestamente errada ou difícil de provar.

3) Dar algumas risadas e considerar-me intelectualmente liquidado.

Não estou caricaturando nem exagerando. O uso generalizado desse método pode ser comprovado documentalmente com dezenas e dezenas de exemplos. O mais recente é o jornalista Pedro Dória, celebrado nos altos círculos intelectuais brasileiros como promoter literário da ex-prostituta Bruna Surfistinha.

Seu mais recente comentário online ilumina as mentes dos leitores mediante o seguinte raciocínio:

1. Alguns adversários de Obama dizem que ele é queniano, logo, Olavo de Carvalho diz que Obama é queniano.

2. A Suprema Corte dos EUA recusou-se a reexaminar o processo aberto contra Obama, logo, está provado que ele não é queniano.

3. Portanto, Olavo de Carvalho é louco.

Com relação ao item 1, o que escrevi foi: “Não sei se Barack Hussein Obama nasceu no Quênia, no Havaí, no Rio de Janeiro ou em Serra Leoa.” (V. http://www.olavodecarvalho.org/semana/081117dce.html).

O item 2 é patentemente um non sequitur. Se a Suprema Côrte mantém a decisão do tribunal de primeira instância que se recusou a julgar a matéria do processo, então qualquer pessoa com QI superior a 12 pode compreender que a matéria não foi julgada de maneira alguma, isto é, que nenhuma das duas instâncias disse se Obama é americano, queniano ou marciano. O que ambas disseram foi que o queixoso, como eleitor comum, não tem legitimidade (standing) para abrir o processo, pois não provou ter sofrido dano pessoal com a eleição de Obama.

Pior ainda, poucos minutos depois de rejeitar o processo, a Suprema Corte marcou audiência para examinar um segundo processo que também contesta a legitimidade de Obama por falta de provas de sua nacionalidade (v, http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=83113).

Proclamar que a Suprema Côrte endossou a nacionalidade americana de Obama é fraude jornalística da mais baixa espécie. Ainda há muitos processos similares na fila, a discussão prossegue e a própria grande mídia, que ocultou o caso enquanto pôde, já cedeu e começou a noticiá-lo.

No que diz respeito ao item 3, Olavo de Carvalho não sente nenhuma urgência de ser ou parecer normal, e acha mesmo, na sua loucura, que isso não tem nada a ver com o assunto.

Ele é tão louco que acha que a obsessão de normalidade é sintoma de insegurança neurótica, se não camuflagem de distúrbio psicótico.


http://www.olavodecarvalho.org/semana/081209.html
O. de C.org
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Tarcísio
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Tarcísio »

Para que fatos históricos? Basta ler um Da Interpretação de Aristóteles ou algo de Mario Ferreira para reconhecer os erros lógicos do discurso do PD. Desculpem-me, não sou e não quero dar uma de arrogante ou parecer a vocês que estou chutando santa. Mas os raciocínios silogísticos dele têm brechas nas quais se conclui qualquer coisa.

Percebam, não acredito que discussões transcendam o sentimento de indubitabilidade ou fé, então se querem mesmo compreender essas alegações e o quanto são infundadas, livrem-se de precondições e analisem pesando com sinceridade intelectual os dois lados. Fossem vocês leitores habituais de OdC perceberiam não apenas que o ponto proposto sobre o FactCheck é irrelevante, como por si só não apresenta uma lógica fechada. OdC ao responder exercitou o princípio da melhor interpretação possível e isso é praticamente discutir consigo mesmo, é misericórdia, e pela forma como PD se portou é humilhante.

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Apáte
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Apáte »

Pára, professor Olavo, pára
December 9th, 2008 · · 21 Comentários
Pedro Doria

Em 23 de outubro de 2008, o professor fez publicar no Diário do Comércio (aparentemente, de São Paulo):

De acordo com o artigo 36 do Código de Processo Civil americano, a falta de resposta equivale a uma admissão de que as declarações são verdadeiras. Legalmente, portanto, Obama confessou que nasceu no Quênia, que não é cidadão americano nato e que não tem o direito de se candidatar à presidência.

Em 9 de dezembro, apresenta em seu site a caricatura que gente de parco caráter – como cá este pobre blogueiro – faz de seu pensamento ilustrado:

Seu [meu] mais recente comentário online ilumina as mentes dos leitores mediante o seguinte raciocínio:

1. Alguns adversários de Obama dizem que ele é queniano, logo, Olavo de Carvalho diz que Obama é queniano.

2. A Suprema Corte dos EUA recusou-se a reexaminar o processo aberto contra Obama, logo, está provado que ele não é queniano.

3. Portanto, Olavo de Carvalho é louco.


O professor pode continuar falando sozinho. Eu, de minha parte, deixo o assunto. Sei que a diversão é só minha e que muitos já estão entediados. Hora de falar de Cuba. A Revolução Gloriosa está para fazer 50 anos.

Enquanto isso, a Suprema Corte há de estar a um passo de declarar Obama inelegível e preciso arranjar um buraco no qual enfiar minha cabeça. Os leitores hão de compreender. A vergonha pela qual passo vai jogar a pá de cal definitiva em minha tumba. Nem Bruna Surfistinha olhará para mim.


http://pedrodoria.com.br/2008/12/09/par ... lavo-para/
Pedro Doria
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Apáte »

Encerrando a transmissão.

Quem quiser, os endereço estão aí:

Olavo de Carvalho: http://www.olavodecarvalho.org/
Pedro Doria: http://pedrodoria.com.br/
Leonardo Bernardes: http://brausen.blogspot.com/
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Fenrir »

Cara,
eu nao examinei nada sobre quem esta com a razao neste imbroglio envolvendo o Barack Obama.

Mas uma coisa que fico decepcionado sempre que leio um texto do Olavo é ver adHominens na argumentacao dele. Se ele nao fosse filosofo e não soubesse o que são falácias, até poderiamos dar um desconto.

Mas, sendo filosofo e admirador de Aristóteles (ninguem menos que o pai da lógica) ele deveria dar o exemplo nao usando de falacias, ainda mais de um tipo tão óbvio como é o adHominem.

Acho até que "abominar as falácias e seu uso" deveria ser um dos mandamentos capitais de todo filósofo, lógico e de qualquer um que preza uma boa argumentacao.
"Man is the measure of all gods"
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Tarcísio
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Tarcísio »

Fenrir escreveu:Mas uma coisa que fico decepcionado sempre que leio um texto do Olavo é ver adHominens na argumentacao dele. Se ele nao fosse filosofo e não soubesse o que são falácias, até poderiamos dar um desconto.

Mas, sendo filosofo e admirador de Aristóteles (ninguem menos que o pai da lógica) ele deveria dar o exemplo nao usando de falacias, ainda mais de um tipo tão óbvio como é o adHominem.

Acho até que "abominar as falácias e seu uso" deveria ser um dos mandamentos capitais de todo filósofo, lógico e de qualquer um que preza uma boa argumentacao.

Eu entendo que enquanto discussão aquilo ali não significa nada, não vale nem mesmo resposta, na cabeça do Olavo. Por isso acredito que ele não foi lá para discutir o assunto, foi para defender a própria honra, vitimada pelos ad Hominens e espantalhos do tal PD.

Eu não me defendo de alguém que me chama de palhaço, dizendo o quanto as coisas que faço não são palhaçada. Pelo menos esse não é o método mais eficiente.

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Fenrir
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Fenrir »

Talvez a melhor coisa fosse ignorar, caso contrario a coisa desbandeira para uma flame war, do tipo que vemos nos foruns.

Se for mesmo o caso de Olavo ter razão, um leitor atento vai perceber, a despeito de qualquer propaganda negativa que PD ou qualquer outro façam dele.

Já se o leitor não perceber, Olavo não perderia nada se tal leitor desse assentimento ao que o outro lado escreveu, porque suponho que ele gostaria de atingir uma audiencia mais inteligente, não se importando com a hermeneutica de maus leitores.

Alem disso, se para defender sua honra, voce faz a mesma coisa que fez quem te ofendeu, estará descendo ao nível dele.

E, por fim, mesmo uma propaganda negativa ainda é propaganda: aquele rebatido cliche do "falem mal, mas falem de mim".
Editado pela última vez por Fenrir em 18 Dez 2008, 08:54, em um total de 1 vez.
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Tarcísio
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Tarcísio »

Fenrir escreveu:Alem disso, se para defender sua honra, voce faz a mesma coisa que fez quem te ofendeu, estará descendo ao nível dele.

Mas não é a mesma coisa, além, quase nunca é quando usam esse bordão.

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spink
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por spink »

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Olavo: “Qualquer filósofo sabe que o Hawaii
é o paraíso dos sofistas!”


O filósofo e animador de auditório Olavo de Carvalho afirmou, em seu site, que o atestado de nascimento do grupo Engenheiros do Hawaii é falso – e que eles seriam na verdade quenianos. Questionado sobre a incontestável tez esbranquiçada dos músicos da banda, o intelectual foi enfático: “É a dialética dos opostos, de Hegel, colocada como uma questão de pele. Típica tática esquerdista!” Inimigo declarado do grupo desde o lançamento do hit “O Papa é Lollypop”, cuja letra sugeria a substituição de hóstias por pirulitos, nas missas, para atrair mais crianças à Santa Madre Igreja, o pensador foi além, dando vazão ao já característico perfil iracundo de seu vocabulário: “Até as p(...) dos diplomas de engenheiros deles devem ser falsos! Para mim não passam de uns pedreiros de m(...)! Aliás, põe m(...) nisso, porque eles devem tirar aquelas letras é do c(...)!” Olavo não poupou outros ícones supostamente havaianos: “O seriado ‘Hawaii 5.0’ na verdade era rodado em Nairóbi, e o filme ‘Feitiço Havaiano’ se passava no continente africano, com Sidney Poitier no papel de Elvis Presley! Até o Ray Charles e o Stevie Wonder viam isso, mas faziam vista grossa!”, desabafou o erudito, para então concluir: “Tudo manobra subliminar dos Panteras Negras, acobertados pelo Foro de São Benedito!"

http://www.interney.net/blogs/aomirante ... _engenhei/

:emoticon12:
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


O Olavo e um sujeito que sobrevive em grande parte em função do ódio que ele comanda contra si mesmo.

Faz parte do seu estranho trabalho se engalfinhar em bate-bocas com eminentes nulidades petistas como Emir Sader ou Quartim de Moraes e sua gangue de professores universitários.

Mas parece que o Ibope dele está baixo, e agora ele tem que se contentar com o baixo escalão dos blogueiros chapa-branca. Se ainda fosse com um Paulo Henrique Amorim... mas Pedro Dória?
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Apáte
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Re: Olavo e Doria trocam amabilidades

Mensagem por Apáte »

Sempre achei que o maior problema do Olavo é comprar briga com o primeiro tolo que apareça pela frente. Pedro Doria está até bom, o pior é quando ele passa meses sem pensar em outra coisa que não seja os "igrejeiros" do orkut.
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