Cada um com o seu projeto divino
Enviado: 13 Jan 2009, 00:01
Como é bem provável que deuses sejam projeções humanas em algo intangível ( como persona, pois em chuva, vento, animais e objetos de adoração é possível tocar - meio doido, mas aceitável, já que eu converso com meu travesseiro desde que nasci e ele me entende sem me cobrar nada
), tenho que supor a possibilidade de uma existência personificável de algum tipo de deus ( não criador necessariamente, mas pode ser até isto, se eu precisar achar explicações para o início dos...tempos, digamos assim).
Como nascemos em civilizações mentalmente e evolutivamente afeitas a projetar no outro ( muitos de nós passam a vida projetando e transferindo coisas suas a outros humanos, animais de estimação, etc) por várias razões que demonstram que precisamos co-existir com outro pensamento, compartilhar nossa dor e medo, transportar nossa bagagem de culpa imputada pela força social, há de se traçar comparações entre deuses já existentes ( às centenas por aí, uns mais poderosos do que outros ).
Pensando nisto, como você, indivíduo, ser filosófico, com suas necessidades egoístas e não egoístas, se abstendo de valores impostos por dogmas criados por gente que você nem sequer compartilha tempo e espaço, que não vai voltar para se vingar, que não lhe deve nada e a quem você a priori não deve também ( já que ninguém pediu para vir ao mundo no passado, no presente ou no futuro), imaginaria ou desejaria um deus ( ou deuses, um conglomerado talvez)?
Seguiriam alguma forma inusitada e totalmente desconhecida ( ainda não concebida por nossa mente limitada) ou o que temos por aí ( inclusive dentro de nossos parâmetros mentais ) já estaria de bom tom?
O que este deus ( deuses, deusas ou sem sexo definido) teria de mais ou de menos numa escala que satisfizesse algo como a sensação que temos quando estamos em harmonia conosco e com o mundo?
Tal harmonia seria advinda deste ser ( seres ) ou seria o verdadeiro livre arbítrio , diverso deste tão propagandeado e que não se aplica a quase nada na realidade em que vivemos ( é mais uma projeção, porém fajuta e hipócrita)?
Até que ponto precisaríamos da presença constante de tal ser ( seres ) ou algo como uma idéia a que se pudesse ter acesso em caso de necessidade?
Qual o papel, tamanho e profundidade deste projeto na sua vida terrena e caso precisasse acessar tal meio de "viajar", assim como pais são companheiros de viagem de seus filhos nesta vida ( ou deveriam ser...)?
Que grau de desprendimento ( e eu considero isto a verdadeira evolução ) se deveria ter de um ente a ponto de que, sendo ele mantenedor em menor ou mais escala, pudéssemos escolher o quanto trocar com ele até o momento da morte e quem sabe antes e depois desta vida?
Por que os crentes não pensam nestas questões e nestes termos?
Criar deuses é um exercício interessante, não há porque sentir medo ou culpa. Somos criativos, cada qual com as suas suscetibilidades, pois humanos é o que somos. O bem e o mal estão em nós, porque temos que nos defender e sentimos medo, assim como sentimos prazer.
O problema é ter nossa criação bem clara e por nós assinada.
Nós podemos muito bem assumir aquilo do que precisamos para ter uma mente neuroticamente bem estruturada.
O desespero e a ilusão de que se terá controle sobre tudo o que existe é que não são bom sinal. Muito menos imaginar que o que acontece em nossa mente é exatamente igual ao que acontece no inconsciente coletivo e ...pasmem...universal!
O que vai na cabeça de uma formiga pode muito bem mudar a história no planeta, imagine em um caos a que nunca, NUNCA poderemos sequer vislumbrar.
Pensem muito bem. Parece tudo uma grande armadilha desnecessária. Pode-se cair na velha e boa tentação da corrupção passional ( mais uma projeção humana que nos assombra desde o peito materno).
Bons sonhos.

Como nascemos em civilizações mentalmente e evolutivamente afeitas a projetar no outro ( muitos de nós passam a vida projetando e transferindo coisas suas a outros humanos, animais de estimação, etc) por várias razões que demonstram que precisamos co-existir com outro pensamento, compartilhar nossa dor e medo, transportar nossa bagagem de culpa imputada pela força social, há de se traçar comparações entre deuses já existentes ( às centenas por aí, uns mais poderosos do que outros ).
Pensando nisto, como você, indivíduo, ser filosófico, com suas necessidades egoístas e não egoístas, se abstendo de valores impostos por dogmas criados por gente que você nem sequer compartilha tempo e espaço, que não vai voltar para se vingar, que não lhe deve nada e a quem você a priori não deve também ( já que ninguém pediu para vir ao mundo no passado, no presente ou no futuro), imaginaria ou desejaria um deus ( ou deuses, um conglomerado talvez)?
Seguiriam alguma forma inusitada e totalmente desconhecida ( ainda não concebida por nossa mente limitada) ou o que temos por aí ( inclusive dentro de nossos parâmetros mentais ) já estaria de bom tom?
O que este deus ( deuses, deusas ou sem sexo definido) teria de mais ou de menos numa escala que satisfizesse algo como a sensação que temos quando estamos em harmonia conosco e com o mundo?
Tal harmonia seria advinda deste ser ( seres ) ou seria o verdadeiro livre arbítrio , diverso deste tão propagandeado e que não se aplica a quase nada na realidade em que vivemos ( é mais uma projeção, porém fajuta e hipócrita)?
Até que ponto precisaríamos da presença constante de tal ser ( seres ) ou algo como uma idéia a que se pudesse ter acesso em caso de necessidade?
Qual o papel, tamanho e profundidade deste projeto na sua vida terrena e caso precisasse acessar tal meio de "viajar", assim como pais são companheiros de viagem de seus filhos nesta vida ( ou deveriam ser...)?
Que grau de desprendimento ( e eu considero isto a verdadeira evolução ) se deveria ter de um ente a ponto de que, sendo ele mantenedor em menor ou mais escala, pudéssemos escolher o quanto trocar com ele até o momento da morte e quem sabe antes e depois desta vida?
Por que os crentes não pensam nestas questões e nestes termos?
Criar deuses é um exercício interessante, não há porque sentir medo ou culpa. Somos criativos, cada qual com as suas suscetibilidades, pois humanos é o que somos. O bem e o mal estão em nós, porque temos que nos defender e sentimos medo, assim como sentimos prazer.
O problema é ter nossa criação bem clara e por nós assinada.
Nós podemos muito bem assumir aquilo do que precisamos para ter uma mente neuroticamente bem estruturada.
O desespero e a ilusão de que se terá controle sobre tudo o que existe é que não são bom sinal. Muito menos imaginar que o que acontece em nossa mente é exatamente igual ao que acontece no inconsciente coletivo e ...pasmem...universal!
O que vai na cabeça de uma formiga pode muito bem mudar a história no planeta, imagine em um caos a que nunca, NUNCA poderemos sequer vislumbrar.
Pensem muito bem. Parece tudo uma grande armadilha desnecessária. Pode-se cair na velha e boa tentação da corrupção passional ( mais uma projeção humana que nos assombra desde o peito materno).
Bons sonhos.