FANATISMO TERRORISTA
Enviado: 16 Jan 2009, 23:29
IRMÃOS INIMIGOS
O conflito entre esses dois povos é milenar. Segundo a Bí¬blia, os povos árabes têm origem em Ismael, filho de Abraão e Agar. Abraão e Sara já eram idosos, na ocasião em que Deus prometeu a Abraão um herdeiro - o filho da promessa (Gn 12). Entretanto, por ser estéril, Sara não persistiu na fé e convenceu Abraão a ter um filho com a sua serva Agar (Gn 16.1-4). Desse ato, nasceu Ismael. Como Agar passou a desprezar Sara, esta afligiu sua serva, que foi obri¬gada a fugir com Ismael. Contudo, ao ver o choro de Agar, o Anjo do Senhor lhe apareceu, prometendo fazer de Ismael uma grande nação, os árabes (Gn 16.12):
E ele será homem bravo; e a sua mão será contra todos, e a mão de todosy contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.
Alguns anos depois, Sara engra¬vidou e deu à luz Isaque, chamado de filho da promessa, de quem descendem os israelitas, e com quem o Senhor selou uma Aliança (Gn 17.17-21). O desentendimento entre eles surgiu da disputa pela Terra Prometida, uma vez que os descendentes de Ismael crêem que ele é o filho da promessa.
A disputa tornou-se mais acirrada quando Maomé fundou o islamismo, em 610 d.C, ano em que o "profeta" teria recebido uma grande "revelação". Segundo ele, o arcanjo Gabriel teria dito que, em sonhos, dar-lhe-ia a última revelação.
Assim, surgiu o Alcorão ou Corão, o livro sagrado dos muçulmanos. Segundo Maomé, quem observasse as doutrinas contidas nessa obra seria salvo.
De acordo com dados oficiais, o islamismo, além de ser a segunda maior religião do mundo, é também a que mais cresce. Cerca de 20% da população mundial é composta por adeptos dessa doutrina religiosa.
FANATISMO ISLÂMICO
Os cristãos não aceitam essa nova "revelação", por acreditarem que a expressão máxima do amor de Deus se deu quando Ele enviou Seu filho Jesus ao mundo para morrer por nós. Além disso, as Escrituras afirmam em Gaiatas 1.8:
Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema [reprovado, condenado].
Dentre as diferenças básicas entre cristianismo e o islamismo radical, temos que a paz e a ação do Espírito Santo são as armas usadas pelo primeiro no alcan¬ce dos povos que ainda não ouviram as Boas Novas de Cristo (Zc 4.6). Já os muçulmanos radicais acreditam que a nova "revelação" deve ser imposta a todas as nações, mesmo que para isso seja ne¬cessário o uso da força.
Dentre os seis grupos radicais is¬lâmicos, encontra-se o Talibã que domina 95% do Afeganistão. De acordo com as leis dessa facção, todo cidadão afegão que se converter a qualquer ou¬tra religião deverá ser morto, bem como todo aquele que pregar para um muçulmano. Além disso, a milícia impõe-lhes o sharia, código legal religioso que prevê a aplicação da lei de talião [olho por olho, dente por dente]. Para a maioria dos muçulmanos, jihad é a luta interior do indivíduo contra seus desejos egoístas, em busca da paz. O significado do termo jihad como guerra santa se originou de uma interpretação errónea do Alcorão, que diz: Combatei pela causa de Deus aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Deus não estima os agressores (Alcorão 2:190). Os radicais parecem ignorar a segunda parte do versículo, e também o seguinte texto: Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela, e encomenda-te a Deus [...] (Alcorão 8:61).
Eles alegam que agridem seus inimigos em vingança a ofensivas sofridas an¬teriormente. Segundo eles, são infiéis os que não seguem a Alá [segundo o Dicio¬nário Aurélio do Século XXI, designação de Deus, entre os muçulmanos].
Os extremistas crêem que a verdade deve ser imposta a qualquer custo, ainda que isso resulte na matança dos incrédulos, pois os focos de opinião contrária só podem ser destruídos pela força. Por esse motivo, milhares de cristãos têm sido assassinados ao tentarem levar o Evangelho aos muçulmanos.
A existência de uma superpotência global, como os EUA, é identificada pêlos fanáticos como o domínio do mal sobre a Terra. Não é de estranhar, portanto, que os muçulmanos extremistas matem e morram em nome de Alá.
O que também reforça essa ideia é o fato de os islâmicos radicais crerem que o suicídio em prol da causa de Alá leva o fiel diretamente para o céu, onde usufruirá bênçãos especiais, inclusive as melhores iguarias e prazeres terrenos.
O objetivo dos fanáticos muçulmanos é a destruição do capitalismo e da cultura ocidental (identificados como uma representação do diabo) e o estabelecimento de uma sociedade mundial islâmica.
A comunidade muçulmana modera¬da considera os atentados injustos e está preocupada com o preconceito e suas consequências. Apesar de também almejarem uma sociedade islâmica mundial, os principais representantes e estudio¬sos islâmicos fazem questão de frisar que a guerra santa é fruto de uma leitura erra¬da do Alcorão. O sheik Jihad Hassan Hammadeh, uma das maiores autorida¬des muçulmanas no Brasil, reforçou a ideia. "O Alcorão diz que quem matar injustamente uma alma é como se tivesse matado toda a humanidade. É utopia morrer por um objetivo como esse". Os moderados, que são a imensa maioria no mundo islâmico, rejeitam a guerra, con¬denam o terrorismo e não querem ser confundidos com os radicais violentos.
Apesar disso, a imagem do fanatismo é a que fica após o atentado aos EUA. A orientação bíblica é orar sinceramente pelo arrependimento e conversão dos terroristas. Afinal, o Evangelho é o instrumento do perdão e da tolerância por excelência, no qual se encontram as pa¬lavras claras de Jesus:
Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pêlos que vos maltratam e vos perseguem (Mt 5.43,44).
Fonte: Carta Viva