GUANTÁNAMO E CRÉDITO REGULADO
Enviado: 26 Jan 2009, 12:05
FECHAMENTO DA PRISÃO - O mundo todo está aguardando, como uma das primeiras providências a ser tomada pelo novo presidente americano, Barack Obama, o fechamento definitivo da prisão militar de Guantánamo, situada na Ilha de Fidel.
DESOCUPAR É FÁCIL - Desocupar o centro de detenção da Base Naval em Cuba é tarefa muito simples. O grande problema reside no que fazer com os 250 prisioneiros. Principalmente, porque todos são perigosos e muitos acusados de terrorismo.
HOSPITALIDADE - Se o fechamento de Guantánamo representou uma dor de cabeça para Obama, pela promessa que fez na sua campanha, agora esta tarefa está bem mais fácil. Bem informado, como se presume, Obama já deve ter tomado conhecimento do forte espírito de hospitalidade que o Brasil têm por terroristas.
SOLUÇÃO PARA GUANTÁNAMO - Basta, portanto, que Obama ligue ainda hoje para o nosso ministro da Justiça e tudo fica bem resolvido: Guantánamo passa a ser um ponto de visitação turística, com bom retorno financeiro para os EUA; e o Brasil fica com os terroristas, sem o menor risco de que venham a ser torturados. Pronto. Obama, além de líder carismático, é um sujeito de sorte. Muita sorte.
MEDIDAS - Enquanto a crise econômica avança e mostra os estragos que vai produzindo em cada país onde aterrisa, os governantes vão, de acordo com as suas ideologias, tratando de adotar medidas que julgam obter os melhores resultados possíveis.
ATINGINDO A TODOS - Mesmo aqueles países que devem sofrer menos estragos, que se encontram melhor preparados para confronto, sabem que o enfrentamento vai produzir grandes baixas e que muitas amputações serão inevitáveis. Ou seja, ninguém sairá imune da encrenca.
CIRURGIA - O Brasil, mesmo que muita gente de fora diga que tem boas condições para o enfrentamento da turbulência, não pode ficar tranquilo com a declaração. Condições melhores, comparativamente, não significam que cirurgias e reformas não sejam necessárias. E, para executá-las, o que precisamos é de muito raciocínio, técnica e perícia, e quase nada de crença ou ideologia.
INFRA - O governo brasileiro vem anunciando, repetidamente, que a hora é de fazer obras de infra-estrutura para manter as atividades econômicas aquecidas no mercado interno. Ótimo. Esta notícia já deixa muita gente bastante otimista, não é verdade?
Pois bem. Passada a euforia da notícia, da informação, vamos entender como tudo funciona no Brasil real: em primeiro lugar, qualquer obra pública inicia com um edital de concorrência para fazer o projeto.
POUCO OTIMISMO - Obras de infra-estrutura levam muito tempo para começar. Primeiro, pelo detalhamento que os projetos exigem. E esta fase ainda pode sofrer demora caso o edital e/ou a concorrência venham a ser impugnados por algum descontente que entenda ter sido prejudicado e resolva entrar na Justiça.
Depois de aprovado o projeto, um outro edital é publicado para definir quem, finalmente, vai construir a obra. Aí, de novo, pode haver embargos, o que tem sido muito comum por aqui.
Além disso, há o problema das desapropriações daqueles que residem próximos ao local da obra, Isto sem falar nos Movimentos dos Atingidos por qualquer coisa, que fazem manifestações de toda ordem impedindo a construção. Dois exemplos atuais: a transposição do São Francisco e a BR 101(que pretende ligar o RS com SC), que nunca terminam.
Pergunto: com toda a sinceridade, se a saída está nas obras de infra-estrutura, é possível ser otimista no Brasil? Isto sem falar na ojeriza que muita gente tem por concessão de serviços públicos.
http://www.pontocritico.com
DESOCUPAR É FÁCIL - Desocupar o centro de detenção da Base Naval em Cuba é tarefa muito simples. O grande problema reside no que fazer com os 250 prisioneiros. Principalmente, porque todos são perigosos e muitos acusados de terrorismo.
HOSPITALIDADE - Se o fechamento de Guantánamo representou uma dor de cabeça para Obama, pela promessa que fez na sua campanha, agora esta tarefa está bem mais fácil. Bem informado, como se presume, Obama já deve ter tomado conhecimento do forte espírito de hospitalidade que o Brasil têm por terroristas.
SOLUÇÃO PARA GUANTÁNAMO - Basta, portanto, que Obama ligue ainda hoje para o nosso ministro da Justiça e tudo fica bem resolvido: Guantánamo passa a ser um ponto de visitação turística, com bom retorno financeiro para os EUA; e o Brasil fica com os terroristas, sem o menor risco de que venham a ser torturados. Pronto. Obama, além de líder carismático, é um sujeito de sorte. Muita sorte.
MEDIDAS - Enquanto a crise econômica avança e mostra os estragos que vai produzindo em cada país onde aterrisa, os governantes vão, de acordo com as suas ideologias, tratando de adotar medidas que julgam obter os melhores resultados possíveis.
ATINGINDO A TODOS - Mesmo aqueles países que devem sofrer menos estragos, que se encontram melhor preparados para confronto, sabem que o enfrentamento vai produzir grandes baixas e que muitas amputações serão inevitáveis. Ou seja, ninguém sairá imune da encrenca.
CIRURGIA - O Brasil, mesmo que muita gente de fora diga que tem boas condições para o enfrentamento da turbulência, não pode ficar tranquilo com a declaração. Condições melhores, comparativamente, não significam que cirurgias e reformas não sejam necessárias. E, para executá-las, o que precisamos é de muito raciocínio, técnica e perícia, e quase nada de crença ou ideologia.
INFRA - O governo brasileiro vem anunciando, repetidamente, que a hora é de fazer obras de infra-estrutura para manter as atividades econômicas aquecidas no mercado interno. Ótimo. Esta notícia já deixa muita gente bastante otimista, não é verdade?
Pois bem. Passada a euforia da notícia, da informação, vamos entender como tudo funciona no Brasil real: em primeiro lugar, qualquer obra pública inicia com um edital de concorrência para fazer o projeto.
POUCO OTIMISMO - Obras de infra-estrutura levam muito tempo para começar. Primeiro, pelo detalhamento que os projetos exigem. E esta fase ainda pode sofrer demora caso o edital e/ou a concorrência venham a ser impugnados por algum descontente que entenda ter sido prejudicado e resolva entrar na Justiça.
Depois de aprovado o projeto, um outro edital é publicado para definir quem, finalmente, vai construir a obra. Aí, de novo, pode haver embargos, o que tem sido muito comum por aqui.
Além disso, há o problema das desapropriações daqueles que residem próximos ao local da obra, Isto sem falar nos Movimentos dos Atingidos por qualquer coisa, que fazem manifestações de toda ordem impedindo a construção. Dois exemplos atuais: a transposição do São Francisco e a BR 101(que pretende ligar o RS com SC), que nunca terminam.
Pergunto: com toda a sinceridade, se a saída está nas obras de infra-estrutura, é possível ser otimista no Brasil? Isto sem falar na ojeriza que muita gente tem por concessão de serviços públicos.
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