Forum Social Mundial no Pará
Enviado: 28 Jan 2009, 01:48
Crise do capitalismo anima Fórum Social Mundial no Pará
Por Stuart Grudgings
BELÉM (Reuters) - Milhares de ativistas, entusiasmados com a crise do capitalismo global, percorreram na terça-feira as ruas de Belém no início do 9. Fórum Social Mundial, novamente sob o slogan "outro mundo é possível".
Apesar da chuva típica da Amazônica, os ensopados participantes dançaram, cantaram e tocaram tambores, fazendo justiça às reportagens locais que haviam anunciado o evento como sendo um "Woodstock tropical".
O fórum, que reúne grupos tão díspares quanto comunistas, ambientalistas e curandeiros, além de membros de diversos governos, desta vez ocorre em Belém, em parte porque os organizadores querem chamar a atenção do planeta para a destruição da Amazônia.
Muitas vezes qualificado de alienado em relação à realidade global, o evento de seis dias ganha uma relevância adicional nesta edição por causa da crise econômica global, que obrigou até os Estados Unidos, maior bastião do capitalismo financeiro, a injetar dinheiro público na economia.
"Novos governos exigem novas consciências, novas economias exigem novas consciências. Eu gostaria de ver (neste fórum) algo fundamental para conter a crise mundial", disse Cho Tab Khen Zambuling, líder espiritual no Chile.
Esse homem de 61 anos, de barba branca, longas túnicas brancas e carregando um sino de vento para orações, já foi conhecido como Alfredo Sfeir-Younis, diretor do Banco Mundial. Ele agora dirige o Instituto Zambuling para a Transformação Humana.
Este evento anual surgiu em 2001 em Porto Alegre, mas a partir de 2004 passou a ser itinerante. Nesta edição, espera-se a participação de 100 mil pessoas.
Cinco líderes de países da América Latina -- região que registrou uma guinada política à esquerda nos últimos anos -- devem comparecer ao encontro do Pará, que a exemplo de edições anteriores é programado para coincidir com o Fórum Econômico Mundial, em Davos, encontro de empresários, banqueiros e autoridades na Suíça.
Na passeata de abertura, pacifistas japoneses com leques se misturaram a índios amazônicos em trajes típicos e a membros do PC do B com suas bandeiras vermelhas e o emblema da foice-e-martelo. Sambistas e vendedores de cerveja ajudaram a manter o clima carnavalesco.
http://noticias.br.msn.com/brasil/artig ... d=17211646
Por Stuart Grudgings
BELÉM (Reuters) - Milhares de ativistas, entusiasmados com a crise do capitalismo global, percorreram na terça-feira as ruas de Belém no início do 9. Fórum Social Mundial, novamente sob o slogan "outro mundo é possível".
Apesar da chuva típica da Amazônica, os ensopados participantes dançaram, cantaram e tocaram tambores, fazendo justiça às reportagens locais que haviam anunciado o evento como sendo um "Woodstock tropical".
O fórum, que reúne grupos tão díspares quanto comunistas, ambientalistas e curandeiros, além de membros de diversos governos, desta vez ocorre em Belém, em parte porque os organizadores querem chamar a atenção do planeta para a destruição da Amazônia.
Muitas vezes qualificado de alienado em relação à realidade global, o evento de seis dias ganha uma relevância adicional nesta edição por causa da crise econômica global, que obrigou até os Estados Unidos, maior bastião do capitalismo financeiro, a injetar dinheiro público na economia.
"Novos governos exigem novas consciências, novas economias exigem novas consciências. Eu gostaria de ver (neste fórum) algo fundamental para conter a crise mundial", disse Cho Tab Khen Zambuling, líder espiritual no Chile.
Esse homem de 61 anos, de barba branca, longas túnicas brancas e carregando um sino de vento para orações, já foi conhecido como Alfredo Sfeir-Younis, diretor do Banco Mundial. Ele agora dirige o Instituto Zambuling para a Transformação Humana.
Este evento anual surgiu em 2001 em Porto Alegre, mas a partir de 2004 passou a ser itinerante. Nesta edição, espera-se a participação de 100 mil pessoas.
Cinco líderes de países da América Latina -- região que registrou uma guinada política à esquerda nos últimos anos -- devem comparecer ao encontro do Pará, que a exemplo de edições anteriores é programado para coincidir com o Fórum Econômico Mundial, em Davos, encontro de empresários, banqueiros e autoridades na Suíça.
Na passeata de abertura, pacifistas japoneses com leques se misturaram a índios amazônicos em trajes típicos e a membros do PC do B com suas bandeiras vermelhas e o emblema da foice-e-martelo. Sambistas e vendedores de cerveja ajudaram a manter o clima carnavalesco.
http://noticias.br.msn.com/brasil/artig ... d=17211646