Tarcísio escreveu:Essa é a insensibilidade incapacitante narrada no trabalho de muitos consevadores a qual eu fiz referência na análise do ateu analítico ali atrás. Ela congela no tempo os conceitos pelos quais o ateu orienta suas abstrações, isso por pressupor que é dono de um paradigma ímpar e infalseável, tornando-o inapto a perceber situações as quais seus símbolos não compreendam.
Se não bastasse o que te dizem, o diálogo paralelo entre eles deveria bastar. Conversam, mantendo uma conexão paralela ao debate para criarem neles próprios a impressão de legitimidade, de que estão sendo justos com relação a você. Eles não são pessoas más, mas o diálogo com você não vai ocorrer, ao menos agora não.
Tão cedo você consiga reconhecer esses eventos, muito diminuirão suas frustrações.
Abraços
Eu os divido em crentes e céticos.
O ateu cético é o ateu racional, que sabe argumentar com base na lógica e não é negacionista.
Ele por vezes, seja por questionar a religião apenas com base em teoria e em exemplos como os do Edir Macedo, ou por outras razões, pode ter alguns preconceitos quanto a religião, mas quando confrontado com argumentos, reage a eles, pois se pauta na lógica e na razão, além de buscar uma postura mais neutra por conta do ceticismo.
Esse na verdade tende a ser mais bem informado sobre o assunto e dificilmente o trata por meio do espantalho pseudo-cristão. Normalmente também não gosta do assunto religião em si, pois pra ele, tudo se resume ao campo das possibilidades não-falseáveis, masturbação metafisica que ele conhece normalmente por teoria, sem interesse em investigar a pratica e, mesmo entendendo lógica da iluminação, pra ele isso fica restrito ao campo da "possibilidade" e cabe a ciência investigar a questão que, pra ele, tem mais chances de ser algum efeito estranho do cérebro e não um estado realmente mais desperto.
Mas ele sabe que não está lá muito apto a fazer afirmações sobre isso, por isso não gosta do assunto, já que só pode questionar "possibilidades". (alguns até gostam)
Já o ateu crente, é um crente comum que antes era teísta, mas então se deixou "converter" pelo pensamento ateísta e idéias materialistas e cientificistas, ele "decora" o discurso ateu básico (mas não o entende de fato) e os transforma em sua nova crença, ao mesmo passo em que passa a negar a religião da mesma forma "literal" que antes ele acreditava, então vai sair por ai se rindo da estupides que é a religião, já que essa prega a existência de "cobras falantes".
Pra eles tudo é sobre o Deus-judaico cristão, ao menos a "versão" deles de tal Deus, já que existem controvérsias na questão mesmo dentro do cristianismo.
Esse jura que é cético e se pauta pela razão, mas é só um crente que trocou suas crenças religiosas por crenças novas, e, está sempre pronto a dizer que coisas são impossíveis e não passam de fantasia, bem como que coisas são reais e como elas funcionam, ele o faz negando certas hipóteses e afirmando outras, mas mesmo negando e firmando "hipóteses", jura de pés juntos que está sendo "cientifico" e quem pensa diferente é burro, já que suas verdades são incontestáveis.
Esse tipo de ateu crente é como o teísta crente que encontrou uma religião nova, se julga o conhecedor da realidade e superou os otários que pensam diferente dele, e, ai de você, se tentar tira-lo de tal ilusão.
Claro que não dá pra generalizar, existe também o tipo racional e cético que faz burrada vez ou outra, ele é racional em alguns assuntos, mas ainda se deixa levar por paixões ideológicas em outros, então em certos assuntos pelo qual se apaixona ou assuntos os quais não "requestionou" seus pontos de vista após se tornar mais cético e racional, mas que já criou idéias muito fortes e apaixonadas a respeito, acaba perdendo o foco nesses assuntos não sendo tão racional assim.
Esse tipo tem uma variação de comportamento grande.
Imagino que existam outros tipos, até alguns ateus céticos mais parecidos comigo (apesar deu ser teísta), uns tipos meio birutas e inconstantes nas opiniões.
PS. Sempre me frusto com crentes, não consigo aceitar que não entendam o mais simples argumentos e que mesmo lendo uma coisa escrita de forma clara, não entendem o que está escrito ali...
Sempre me dei bem em interpretação de textos também, apesar de que existem textos mais pesados os quais só uma releitura anos depois, após experiencia e aprendizado, pra conseguir tirar os significados mais profundos do que está ali. Mas pelo visto tem nego que nem o básico tira de gibi da turma da mônica.