user f.k.a. Cabeção escreveu:Darkside escreveu:user f.k.a. Cabeção escreveu:Permitir esse tipo de solucao covarde e simplesmente implodir com os principios morais fundamentais.
Ponto de vista claríssimo, agora só uma pergunta.
Uma mulher teria a obrigação moral de criar o filho de um estupro, caso não tivesse como entregá-lo à adoção?
Perceba que a covardia nao e o ato de ignorar o valor de uma vida humana.
Ignoramos vidas humanas quase o tempo todo, ate porque dificilmente poderiamos nos ocupar de todo o sofrimento do mundo. De pessoas que morrem de fome, ate gente que poderia receber nosso sangue ou um de nossos rins.
Nao e um crime nao ser infinitamente caridoso, mesmo quando se trata de salvar vidas humanas.
A covardia esta em abandonar uma responsabilidade moral sua. Um casal que provoca uma gravidez e responsavel por um terceiro individuo, e todos os argumentos que tentam remover a dignidade humana desse terceiro individuo nao sao mais do que manobras corruptas, pois apelam para a ciencia biologica numa questao que ela nao tem qualquer serventia, para criar uma janela de conivencia com um ato que sob qualquer perspectiva nao passa de uma abjeta negligencia dos proprios deveres.
Evidentemente, no caso de uma gravidez resultante de um estupro, a gestante nao podendo ser imputada moralmente, ela se encontra na delicada condicao de nao ser responsavel pela condicao de extrema dependencia de um terceiro individuo em relacao a ela propria.
E uma questao dificil, e a minha opiniao e a de que seria um bonito gesto dela conservar aquela crianca, ainda que fosse para entrega-la para adocao ulterior, mas que de maneira alguma poderia ser exigido dela, uma vez que ela nao e responsavel por isso.
Por que a questão está sendo centrada ( por você) em responsabilidade e moral?
A prova está que você acha que ela não é obrigada a ficar com o fruto de um estupro, mas muitos acham que a moral manda que sim.
Você fala de imputar, como se a dor da mulher ( e da família, mas parece que nunca lembram do restante da família envolvida, e eu tenho batido nesta tecla há décadas) fosse um ato de crueldade.
A mulher quando engravida, não pensa que abortará em tais e tais casos. Pode acontecer de tudo na cabeça dela e da família quando da descoberta de um fato inusitado e previamente traumático. Alguns percebem isto antes, fazem exames mais apurados. Outros, não. Nem sabem que o que pode acontecer e como isto pode afetar a sua vida e da família.
Você fala em provocar uma gravidez como fosse um ato de provocação ao destino! Um castigo a ser carregado, quanto maior for a cruz, mais provamos nossa força moral perante sei lá o quê!
Entenda. Algumas coisas surpreendem e transcendem nosso LIMITES! Limites não são iguais para todos.
Uns podem suportar muitas coisas, outros algumas, e alguns, muito pouco.
É como entrar num elevador e de repente se dar conta, que é claustrifóbico. E ter sua boca amordaçada até chegar ao trigésimo andar. Porque ninguém mandou entrar no elevador! Agora aguente!
Uma pergunta:
Se eu quiser provocar uma gravidez onde o filho tenha uma síndrome degenerativa, isto fará de mim uma mãe moralmente mais responsável do que as outras, que foram fracas e apenas tiveram filhos bonitinhos para levar a Disney? Isto fará de mim uma mãe mais valorosa aos olhos da sociedade e de meus outros filhos ( que verão a dor de um irmão e de pais sempre sofrendo)?
Sua noção de moral é absolutamente cristã. Eu não tenho este viés. Sou contra a vida pela vida.