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ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 10 Fev 2009, 11:21
por Fernando Silva
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u9147.jhtm
http://www.nytimes.com/2009/02/10/nyreg ... gence.html

Indulgências retornam, e o céu fica um pouco mais próximo para os católicos
The New York Times - Paul Vitello

O anúncio em boletins e websites da igreja foram recebidos com entusiasmo por alguns e com cautela por outros. Mas, acima de tudo, ele não foi compreendido por uma vasta geração de membros da Igreja Católica que não fazem ideia do que isso significa: "Bispo anuncia indulgência plenárias".

Nos últimos meses, dioceses de todo o mundo têm oferecido aos católicos um benefício espiritual que há décadas deixou de ser popular - a indulgência, uma espécie de anistia dos pecados para evitar punições após a morte -, além de lembrá-los de como a igreja tem capacidade de mitigar o preço do pecado.

O fato de que muitos católicos com menos de 50 anos jamais procuraram obter indulgências, e nunca ouviram falar delas exceto no segundo grau, nas aulas de história europeia (quando Martinho Lutero denuncia a venda de indulgências em 1517, fazendo com que tenha início a Reforma Protestante), simplesmente torna a reintrodução delas mais urgente para aqueles líderes da igreja que desejam restaurar tradições de penitência em declínio naquilo que eles veem como um mundo auto-satisfeito.

"Por que estamos trazendo as indulgências de volta?", pergunta o bispo Nicholas A. DiMarzio, do Brooklyn, que apoia a medida. "Porque existe pecado no mundo".

Assim como a missa em latim e as sexta-feiras sem carne, a indulgência é uma das tradições que foi retirada das práticas normais dos católicos na década de 1960 pelo Concílio Vaticano Segundo, a reunião de bispos que estabeleceu um novo tom de simplicidade e informalidade para a igreja. O retorno da indulgência é visto como parte de uma ressurgência conservadora que gerou algumas mudanças discretas e outras altamente polêmicas, como a recente decisão do papa Bento 16 de suspender a excomunhão de quatro bispos cismáticos que rejeitam as reformas impostas pelo conselho.

A indulgência é uma das tradições menos notadas e menos contestadas a ser restaurada. Mas com mil anos de história e volumes de leis eclesiásticas dedicados aos seus detalhes, ela é uma das mais complicadas de se explicar.

Segundo os ensinamentos da igreja, mesmo após os pecadores terem sido absolvidos no confessionário e rezarem os Pais Nossos e Aves Marias como penitência, eles ainda podem ser punidos após a morte, no Purgatório, antes de ingressarem no Paraíso. Em troca de certas rezas, devoções e peregrinações em anos específicos, os católicos podem receber uma indulgência que reduz ou apaga instantaneamente a punição, sem nenhum sacramento ou cerimônia formal.

Existem as indulgências parciais, que reduzem o tempo de purgatório em uma certa quantidade de dias ou anos, e as indulgências plenárias, que eliminam completamente essa pena, até que um outro pecado seja cometido. O fiel pode obter uma indulgência para si próprio ou para alguém que já morreu. Não é possível comprar indulgências - a igreja proibiu a venda de indulgências em 1567 - mas doações de caridade, combinadas a outros atos, podem ajudar a pessoa a receber uma indulgência. Há um limite de uma indulgência plenária diária por pecador.

Ela não pode ser adquirida depois que se está no purgatório.

"O que é isso?", pergunta Marta de Alvarado, 34, que é caixa de um banco em Manhattan, quando lhe dizem que as indulgências estarão disponíveis neste ano em várias igrejas da cidade de Nova York. "Eu simplesmente não sei nada a respeito disso", confessa Alvarado, ao deixar a Catedral Saint Patrick na hora do almoço. "Porém, vou pesquisar".

O retorno das indulgências teve início com o papa João Paulo 2º, que autorizou os bispos a oferecerem essa espécie de anistia em 2000, como parte da comemoração do terceiro milênio da igreja. Mas as ofertas aumentaram bastante sob o seu sucessor, o papa Bento, que tornou as indulgências plenárias parte das comemorações do aniversário da igreja nove vezes nos últimos três anos. A oferta atual está vinculada à comemoração de São Paulo, que tem um ano de duração e que vai até junho.

As dioceses dos Estados Unidos têm respondido com diferentes graus de entusiasmo. A oferta deste ano foi promovida energicamente em lugares como Washington, Pittsburgh, Portland, no Oregon, e Tulsa, em Oklahoma. Ela apareceu proeminentemente no website da Diocese do Brooklyn, que anunciou que qualquer católico poderá receber uma indulgência em quaisquer das seis igrejas em qualquer dia, ou em dezenas de outras em dias específicos, caso preencham os requisitos básicos: ir ao confessionário, receber a sagrada comunhão, rezar uma oração ao papa e "desvincular-se completamente de qualquer inclinação ao pecado".

Mas na adjacente Arquidiocese de Nova York, as indulgências só estão disponíveis em uma igreja, e o website não faz nenhuma menção a elas ("O cardeal Edward M. Egan encoraja todas as pessoas a receber as bênçãos das indulgências", diz o seu porta-voz, Joseph Zwilling, que acrescenta que sabia que a oferta não aparecia no website, garantindo que em breve ela será incluída).

Segundo os especialistas, as indulgências costumam ser anunciadas mais abertamente nas dioceses nas quais o bispo é mais tradicionalista, ou em locais onde há pouca tensão entre os católicos liberais e os conservadores.

"Na nossa diocese, as pessoas ficam satisfeitas com qualquer oportunidade de fazer algo de natureza católica", afirma Mary Woodward, diretora de evangelização da Diocese de Jackson, no Estado do Mississípi, na qual apenas 3% da população é católica. Ela conta que recentemente os paroquianos compareceram à igreja para se informarem a respeito das indulgências. Segundo ela, a pergunta que eles mais fizeram foi: "O que mesmo eu tenho que fazer para obter uma indulgência?".

Mas até mesmo alguns padres admitem que é difícil entender as regras.

"Não é muito fácil explicar as indulgências a pessoas que nunca ouviram falar delas", diz o padre Gilbert Martinez, da Igreja Saint Paul the Apostle, em Manhattan, o local designado na Arquidiocese de Nova York para a obtenção de indulgências. "Mas, é interessante: muita gente veio até mim e disse, 'Padre, não me confesso há 20 anos, mas a disponibilidade de indulgências me faz pensar que talvez não seja tarde demais'".

Na verdade, um dos principais motivos para a reintrodução das indulgências foi trazer os católicos de volta ao confessionário. Em um discurso em 2001, o papa João Paulo 2º descreveu o renascimento dessa tradição como "um feliz incentivo" à confissão.

"As confissões estão em declínio há anos, e a igreja está muito preocupada com isso", diz o padre jesuíta Tom Reese, ex-editor da revista semanal católica "America". "Em uma cultura secularizada de psicologia pop e auto-ajuda, a igreja deseja que a ideia de 'pecado pessoal' volte a fazer parte da equação. As indulgências são uma maneira de lembrar as pessoas da importância da penitência".

"A boa notícia é que não estamos mais vendendo as indulgências", acrescenta ele.

A fim de permanecer em uma boa situação perante a igreja, o católico precisa confessar os seus pecados pelo menos uma vez por ano. Mas em uma pesquisa feita no ano passado por um grupo da Universidade Georgetown, três quartos dos católicos disseram que se confessam menos do que isso, ou que nunca se confessam.

Segundo as regras do "Manual de Indulgências", publicado pelo Vaticano, as confissões são um pré-requisito para a obtenção da indulgência.

Entre os teólogos católicos liberais, o retorno das indulgências parece ser mais uma curiosidade do que um motivo para alarme. "Pessoalmente, acho que passou a época em que as indulgências significavam muita coisa", opina o padre Richard P. McBrien, professor de teologia da Universidade de Notre Dame, que apoia a ordenação de mulheres e o direito dos padres ao casamento. "É como tentar colocar a pasta de dentes de volta no tubo do pensamento original. Se você disser aos católicos deste país que eles podem obter uma indulgência plenária, a maioria não dará a menor importância ao fato".

Em uma tarde recente em frente à Igreja Our Lady Queen of Martyrs, em Forest Hills, no Queens, dois voluntários da igreja discordavam quanto à relevância das indulgências para os católicos modernos. Octavia Andrade, 64, uma secretária aposentada, riu ao lembrar-se da época em que as crianças dedilhavam rápida e repetidamente o rosário para obterem o maior número possível de indulgências - geralmente em múltiplos de cinco ou dez anos - "como se na época precisássemos disso".

Mesmo assim, ela apoia a reintrodução. "Sou a favor do retorno de qualquer coisa antiga", diz ela. "Um fervor maior é uma coisa positiva".

Karen Nassauer, 61, assistente social aposentada de um hospital, que encontra-se com Andrade quase diariamente na missa, diz que está surpresa com o retorno de uma prática que ela nunca entendeu.

"Não estou dizendo que seja necessariamente errado", diz ela. "Mas, para ser franca, eu sempre achei que eles deixariam essa prática desaparecer da memória. O que significa obter uma 'redução de tempo' passado no Purgatório? O que são 'cinco anos' em relação à eternidade?".

As mais recentes ofertas de indulgências não enfatizam as formulações baseadas em anos de Purgatório, e sim uma conta menos específica, com um foco maior nas maneiras pelas quais as pessoas podem ajudar a si próprias - e umas as outras - a lidar com o pecado.

"Essa questão diz mais respeito à reza em benefício dos outros, a fazer boas ações e aos atos de caridade", diz o padre Kieran Harrington, porta-voz da diocese do Brooklyn.

Depois dos católicos, as pessoas que mais entendem desse tópico são provavelmente os luteranos, cuja igreja nasceu a partir do cisma devido à questão das indulgências, e cujos líderes reúnem-se regularmente com as autoridades do Vaticano desde a década de 1960 em uma tentativa de reduzir as suas diferenças.

"Para nós, o momento escolhido para o retorno das indulgências é um mistério", diz o pastor Michael Root, diretor da igreja luterana Theological Southern, em Columbia, no Estado da Carolina do Sul, que participou dessas reuniões. Segundo ele, o retorno das indulgências "não promoveu o avanço do diálogo".

"O nosso principal problema sempre foi quanto à questão de quantificar a bênção de Deus", afirma Root. Os luteranos acreditam que o perdão divino é uma dádiva, não sendo, entretanto, algo que a pessoa seja capaz de influenciar.

Mas para os líderes católicos, e especialmente o papa, o foco nos últimos anos tem se concentrado menos naquilo que os católicos possuem em comum com outros grupos religiosos do que no que os separa desses grupos - incluindo o semi-esquecido mistério da indulgência.

"A indulgência caiu no esquecimento assim como muita coisa na igreja", diz DiMarzio. "Mas ela nunca foi abandonada. Ela sempre esteve lá. Só queremos que as pessoas retornem àquelas ideias que antigamente eram conhecidas".

Tradução: UOL

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 10 Fev 2009, 11:25
por Fernando Silva
Perguntas:
1. Quem define o valor em indulgências de cada oração?
2. Por que algumas orações valem mais que outras?
3. Por que perder tempo com orações "fracas"? Não seria melhor publicar logo as mais "fortes" ?

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 10 Fev 2009, 13:30
por Apo
"Em uma cultura secularizada de psicologia pop e auto-ajuda, a igreja deseja que a ideia de 'pecado pessoal' volte a fazer parte da equação. As indulgências são uma maneira de lembrar as pessoas da importância da penitência".

"A boa notícia é que não estamos mais vendendo as indulgências", acrescenta ele.



Que gente doente!!!!

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 10 Fev 2009, 13:44
por Discernimento
Fácil compreender a forma de raciocínio: O comic book chatólico foi escrito por usurários.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 10 Fev 2009, 13:45
por gpweins
Fernando Silva escreveu:Perguntas:
1. Quem define o valor em indulgências de cada oração?
2. Por que algumas orações valem mais que outras?
3. Por que perder tempo com orações "fracas"? Não seria melhor publicar logo as mais "fortes" ?

Vai ver é que nem homeopatia tem que misturar a "forte" num monte de "fracas" dar uma chacoalhada e contar com a "memória de deus".
Apo escreveu:Que gente doente!!!!

São é espertos à beça! A arrecadação das igrejas aumenta com a culpa das pessoas. Os evangélicos perceberam isso há muito tempo. Por isso pastorzinho que mal saiu dos cueiros já tá vendo "demônho" por aí nos outros.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 10 Fev 2009, 13:47
por Apo
gpweins escreveu:
Apo escreveu:Que gente doente!!!!

São é espertos à beça! A arrecadação das igrejas aumenta com a culpa das pessoas. Os evangélicos perceberam isso há muito tempo. Por isso pastorzinho que mal saiu dos cueiros já tá vendo "demônho" por aí nos outros.



Doentes são os que se submetem. É isto que eu quis dizer.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 10 Fev 2009, 13:55
por Discernimento
É a doença do medo que torna as pessoas submissas. O comic book assusta as consciências mágicas.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 15 Fev 2009, 12:07
por Fernando Silva
http://www.estadao.com.br/noticias/supl ... 4176,0.htm

O Estado de S.Paulo - 15 de fevereiro de 2009

Plenária ou parcial, garanta logo a sua

Indulgência agora é gratuita. Voltou com João Paulo II e, sob Bento XVI, cresceu para varrer pecados do mundo

Sérgio Augusto

- E como milhões de católicos em todo o mundo esperavam, Bento XVI resolveu descascar, sem mais delongas, os maiores abacaxis da Igreja no momento: os escândalos sexuais envolvendo padres e bispos; a falta de coleguismo entre autoridades eclesiásticas; a questão das comunidades onde a escassez de sacerdotes só faz aumentar...Ups! Peguei as anotações erradas.

O que você acaba de ler é o trecho de uma recente entrevista do teólogo suíço Hans Küng ao correspondente de O Globo em Berlim sobre, justamente, os problemas que o papa precisaria enfrentar com determinação e máxima urgência, mas vem evitando fazê-lo. Não por inaptidão ou desídia, mas por seu arraigado conservadorismo.

Bento XVI já trouxe de volta a missa em latim e as orações pela iluminação dos judeus na Sexta-Feira Santa; mês passado indultou quatro bispos excomungados por João Paulo II, entre os quais o britânico Richard Williamson, que há duas semanas negou o Holocausto. O que mais nos reserva o Sumo Pontífice?

"Bento XVI não pode perder tempo reabilitando bispos que são antijudeus e anti-Concílio Vaticano II", criticou o teólogo. Küng, que foi colega de Bento XVI quando este era um bávaro de batina chamado Joseph Ratzinger e ambos estudavam na Universidade de Tübingen (Alemanha), anda preocupado com os vacilos e maus passos do Vaticano e a consequente perda de credibilidade da Igreja junto a uma parcela considerável de católicos, junto à comunidade judaica e, agora, junto aos luteranos.

Logo os luteranos, dos quais o Vaticano parecia aproximar-se com a intenção de dirimir quase 500 anos de dissensão teológica. Ou será que o papa acredita que os 70 milhões de luteranos espalhados pelos cinco continentes estejam vendo como um gesto conciliatório a volta das indulgências plenárias promovida pela Igreja Católica? Afinal de contas, foi por causa delas que o monge agostiniano Martinho Lutero rompeu com o catolicismo e deu início à Reforma, em 1517.

Nos últimos meses, dioceses de vários países passaram a oferecer a seus fiéis o benefício da indulgência, anistia espiritual há muito recolhida ao baú de relíquias da Igreja. O Concílio Vaticano II (1962-1965) a aposentara com a missa em latim e a dieta de carne às sextas-feiras; sua volta é mais uma prova do poder dos eclesiastas tradicionalistas no Vaticano.

Na verdade, as indulgências fizeram sua rentrée nove anos atrás, com as bênçãos de João Paulo II, como parte das celebrações do terceiro milênio da Igreja. Durante o pontificado de Bento XVI, a quantidade de ofertas aumentou nove vezes. "Ainda há muito pecado no mundo", justificou um bispo do Brooklyn (Nova York). É uma reação à lavagem cerebral de católicos pela psicologia pop e livros de autoajuda, explicam os teólogos liberais, que consideram a ressurreição do indulto inócua, além de inoportuna por sobrepor-se a avanços doutrinários há tempos reivindicados, como o fim do celibato e a ordenação de mulheres.

Em Hannah e suas Irmãs, o personagem de Woody Allen desiste da ideia de abraçar o catolicismo por não querer "morrer agora e pagar depois". Se tivesse investigado mais, descobriria que os católicos podem zerar seus pecados antes de bater as botas, e até livrar-se do Purgatório, indo direto para os campos elísios. Foi para isso, aliás, que inventaram as indulgências, parciais e plenárias, extensivas aos mortos em pecado, cuja salvação (ou plantão mais curto no Purgatório) fica a depender, naturalmente, das preces e outras demonstrações de fé dos vivos. Aqui se faz, aqui se pode pagar.

Se bem entendi, funciona assim: o pecador se confessa, se arrepende, comunga, reza para o papa e procura manter-se afastado de toda e qualquer tentação. Nem precisa fazer fila se lhe satisfaz, provisoriamente, uma indulgência parcial (de resto, passível de um upgrade para plenária), já que para a concessão das parciais não há limites de cotas diárias. Já plenárias, só uma por dia é permitida.

A vantagem é que todas as indulgências agora são gratuitas. Tinham um preço quando Lutero rebelou-se contra a cobrança em dinheiro por uma graça que, além do mais, segundo ele, só pode ser concedida pelo Todo-Poderoso. Cobrar pelas indulgências foi um estratagema da Igreja para captar recursos. As Cruzadas custavam uma fortuna e a crença na vida eterna naquela época era quase tão difusa quanto o desejo de alcançá-la. Por seu repúdio ao perdão tabelado e eclesial, Lutero foi excomungado em 1521.

Grátis, as indulgências, especialmente as plenárias, atrairão ao confessionário até pecadores que há décadas não sabem o que é fazer o sinal da cruz. O perigo de se criar uma bolha de indulgências não deve ser descartado. Mas antes que esse e outros transtornos se confirmem, ou até para evitá-los, é preciso esclarecer com quantas orações e penitências tais e quais pecados são abatidos da conta do Purgatório.

Eis uma questão das mais complicadas. Talvez a mais complicada e, sem dúvida, a mais transcendental de todas as dúvidas: como medir (e reduzir) o tempo de permanência de cada pecador no Purgatório se a eternidade é infinita? Se, por hipótese, Daniel Dantas precisar de 1.000 novenas, 4.000 orações para o Papa e 200 peregrinações ao Santo Sepulcro para obter a indulgência plenária, quantas obrigações teria de cumprir o megafraudador internacional Bernard Madoff?

Não precisa quebrar a cabeça comparando os trambiques de cada um deles, pois Madoff, por ser judeu, não tem direito a indulgências da Igreja. Ao contrário do bispo Richard Williamson, que talvez tenha de se penitenciar até o fim dos seus dias - e torcer para não cruzar, no Céu, com Moisés.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 16 Fev 2009, 01:29
por Apo
Religião serve pra quê, ein?

Eu leio estas enrolações e pesno: como o ser humano pode perder sua única existência ( pelo menos a gente não leva e nem traz nada de uma vida para outra que fiquei registrado...) com estas coisas sem pé nem cabeça?

De novo: que gente doente...

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 18 Fev 2009, 20:33
por Discernimento
Esperar o quê? Foi o clero que inventou o capitalismo.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 19 Fev 2009, 10:54
por Fernando Silva
Discernimento escreveu:Esperar o quê? Foi o clero que inventou o capitalismo.

Errado. A ICAR era contrária ao capitalismo e abominava o lucro.
Se o praticava por baixo dos panos, já é outra história.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 19 Fev 2009, 18:23
por Discernimento
Fernando Silva escreveu:
Discernimento escreveu:Esperar o quê? Foi o clero que inventou o capitalismo.

Errado. A ICAR era contrária ao capitalismo e abominava o lucro.
Se o praticava por baixo dos panos, já é outra história.

Por debaixo do pano?
Tudo na igreja chatólica é por debaixo do pano.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 19 Fev 2009, 18:25
por Lúcifer
Discernimento escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Discernimento escreveu:Esperar o quê? Foi o clero que inventou o capitalismo.

Errado. A ICAR era contrária ao capitalismo e abominava o lucro.
Se o praticava por baixo dos panos, já é outra história.

Por debaixo do pano?
Tudo na igreja chatólica é por debaixo do pano.


Inclusive a pedofilia.
Embaixo do pano da batina.

Re: ICAR volta a promover as indulgências

Enviado: 19 Fev 2009, 18:30
por Discernimento
Lúcifer escreveu:
Discernimento escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Discernimento escreveu:Esperar o quê? Foi o clero que inventou o capitalismo.

Errado. A ICAR era contrária ao capitalismo e abominava o lucro.
Se o praticava por baixo dos panos, já é outra história.

Por debaixo do pano?
Tudo na igreja chatólica é por debaixo do pano.


Inclusive a pedofilia.
Embaixo do pano da batina.

Por cima do pano teem a cara de pau de vestir a molecada com aquelas batininhas de masculinidade duvidosa.