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INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 11 Mar 2009, 14:52
por O ENCOSTO
NOTÍCIA IMPORTANTE


Ontem, no espaço destinado às notícias (Market Place), publiquei uma informação que reputo de enorme importância. Cheguei, inclusive, a imaginar que a mesma receberia boa atenção por parte dos jornais e emissoras de rádio e televisão, o que, para minha surpresa, não ocorreu.


ATITUDE CORAJOSA


Diante dessa nula reação volto ao assunto para, ao menos comentar a corajosa atitude que alguns países da Europa estão tomando, qual seja a de reduzir os salários dos funcionários do setor público, para enfrentar a crise econômica mundial.


VÁRIOS PAÍSES

O primeiro país que tomou a medida foi a Irlanda, seguida imediatamente pela Letônia e Hungria. É provável que a Romênia seja obrigada a fazer o mesmo, para conseguir ajuda do FMI e de seus parceiros da União Européia. Segundo a nota, a medida poderá ser seguida também por outras regiões, caso a crise se agrave ainda mais.


IRLANDA


O governo da Irlanda, por exemplo, cortou mais de 7% da remuneração, através de um mecanismo para financiar aposentadorias. E, como era esperado, provocou grande manifestação pública em Dublin, reunindo mais de 120 mil pessoas.


OUTROS PAÍSES


A Letônia decidiu baixar os salários em 15%, o que provocou a queda imediata do governo. A Hungria simplesmente acabou com o décimo-terceiro salário para os funcionários públicos. A Alemanha, por enquanto, não fala sobre o assunto. E na França, o governo diz que na verdade haverá aumento no poder de compra dos empregados públicos.


MANTER A COMPETITIVIDADE

A propósito: o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, vem defendendo a redução dos salários do funcionalismo, segundo informa o Le Monde. Para ele, isso é ainda mais necessário em países em dificuldades, como tentativa de manter alguma competitividade.


CALOTE

Como a Irlanda está com as contas públicas deterioradas, os credores estão em pânico. A probabilidade do país vir a dar um calote da dívida é muito grande. O endividamento líquido hoje já atinge cinco mil euros por habitante, a maior taxa entre os países europeus.

Embora a nossa situação esteja bem melhor, a ideia de reduzir salário de funcionários que ganham muito é oportuna. Quem sabe começamos por aí?

http://www.pontocritico.com

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 11 Mar 2009, 15:03
por user f.k.a. Cabeção

Pelo menos algumas boas (e necessariamente duras) ideias brotaram no meio de toda a enxurrada de "solucoes faceis" envolvendo imprimir mais dinheiro.

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 11 Mar 2009, 15:41
por Apo
Os picaretas querem 90,7% de aumento


A biografia do deputado aldo rebelo não nega. Qualquer político pode se tornar um ser despido de vergonha, independente de sua origem.

Pra quem não sabe, aldo rebelo já foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) em 1980 e como tal viajou até Praga na Tchecoslováquia representando todos os estudantes brasileiros em um congresso da UIE (União Internacional dos Estudantes).

Hoje aldo rebelo não é apenas mais um de nossos congressistas a aderir ao aumento de 90,7% nos salários dos deputados e senadores. Ele é o presidente da câmera dos deputados e como tal é um dos principais responsáveis pelo movimento que aprovou o aumento através de mais um nefasto acordo de líderes.



Como o salário de R$ 12.847,20 é muito pequeno diante da ganância de nossos representantes, ele decidiram que iriam passar a receber R$ 24.500,00.

Citando a Folha Online: “Aldo disse que na Câmara os cortes - que devem somar R$ 150 milhões - serão feitos na área administrativa, como reformas dos apartamentos funcionais e na construção de prédios para acomodar os parlamentares.”

É muita falta de vergonha, cara de pau e roubalheira somadas.

Mas como nem todo mundo nesse país é acomodado e se contenta apenas em reclamar com os conhecidos, muitos blogs brasileiros estão promovendo uma enxurrada de textos sobre o assunto, na expectativa de que os mais ilustres picaretas (300 de acordo com Lula, antes dele virar Presidente) não passem a mão em nossos suados impostos mais uma vez.

A Folha Online publicou a seguinte lista com a relação dos deputados que decidiram pelo reajuste de salário:

Aldo Rebelo (PC do B-SP)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Jorge Alberto (PMDB-SE)
Luciano Castro (PL-RR)
José Múcio (PTB-PE)
Wilson Santiago (PMDB-PB)
Miro Teixeira (PDT-RJ)
Sandra Rosado (PSB-RN)
Coubert Martins (PPS-BA)
Bismarck Maia (PSDB-CE)
Rodrigo Maia (PFL-RJ)
José Carlos Aleluia (PFL-BA)
Sandro Mabel (PL-GO)
Givaldo Carimbão (PSB-AL)
Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Inácio Arruda (PC do B-CE)
Carlos Willian (PTC-MG)
>Mário Heringer (PDT-MG)
Inocêncio Oliveira (PL-PE)
Demóstenes Torres (PFL-GO)
Efraim Moraes (PFL-PB)
Tião Viana (PT-AC)
Ney Suassuna (PMDB-PB)
Benedito de Lira (PL-AL)
Ideli Salvatti (PT-SC)
Entre os 20 deputados e seis senadores que votaram pelo reajuste de 90,7%, apenas os deputados Henrique Fontana (PT-RS) e Chico Alencar (PSOL-RJ), e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) votaram contra.

.http://www.dudutomaselli.com/os-picaret ... m-aumento/

10/03/2009 - 02h30
No recesso, Senado paga hora extra para 3.883 funcionários
da Folha Online

O Senado pagou pelo menos R$ 6,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionários em janeiro, mês em que a Casa estava em recesso e quando não houve sessões, reuniões e nenhuma atividade parlamentar, informa reportagem de Adriano Ceolin e Andreza Matais, publicada nesta terça-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB) três dias antes de ele deixar o comando da primeira-secretaria, órgão da Mesa Diretora responsável pela gestão administrativa.

Além da hora extra, a direção da Casa concedeu reajuste de 111% no benefício. O teto subiu de R$ 1.250 para R$ 2.641,93.

Outro lado

Presidente do Senado até janeiro, quando foi dada a ordem para o pagamento das horas extras, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse que não foi consultado sobre a medida e que iria tomar satisfação do senador Efraim Morais (DEM-PB). "Eu não estava sabendo. Realmente não sei como justificar isso", afirmou.

Para o senador Tião Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente da Casa até janeiro, o que ocorreu "é muito grave". Ele disse que irá averiguar se os funcionários do seu gabinete pessoal foram beneficiados para tomar providências.

"Isso não poderia ter ocorrido porque não houve trabalho extra em janeiro e não poderia ter havido pagamento", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 1995.shtml

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 12 Mar 2009, 14:25
por DaviDeMogi
Apo escreveu:Os picaretas querem 90,7% de aumento


A biografia do deputado aldo rebelo não nega. Qualquer político pode se tornar um ser despido de vergonha, independente de sua origem.

Pra quem não sabe, aldo rebelo já foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) em 1980 e como tal viajou até Praga na Tchecoslováquia representando todos os estudantes brasileiros em um congresso da UIE (União Internacional dos Estudantes).

Hoje aldo rebelo não é apenas mais um de nossos congressistas a aderir ao aumento de 90,7% nos salários dos deputados e senadores. Ele é o presidente da câmera dos deputados e como tal é um dos principais responsáveis pelo movimento que aprovou o aumento através de mais um nefasto acordo de líderes.

...

10/03/2009 - 02h30
No recesso, Senado paga hora extra para 3.883 funcionários
da Folha Online

O Senado pagou pelo menos R$ 6,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionários em janeiro, mês em que a Casa estava em recesso e quando não houve sessões, reuniões e nenhuma atividade parlamentar, informa reportagem de Adriano Ceolin e Andreza Matais, publicada nesta terça-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB) três dias antes de ele deixar o comando da primeira-secretaria, órgão da Mesa Diretora responsável pela gestão administrativa.

Além da hora extra, a direção da Casa concedeu reajuste de 111% no benefício. O teto subiu de R$ 1.250 para R$ 2.641,93.

Outro lado

Presidente do Senado até janeiro, quando foi dada a ordem para o pagamento das horas extras, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse que não foi consultado sobre a medida e que iria tomar satisfação do senador Efraim Morais (DEM-PB). "Eu não estava sabendo. Realmente não sei como justificar isso", afirmou.

Para o senador Tião Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente da Casa até janeiro, o que ocorreu "é muito grave". Ele disse que irá averiguar se os funcionários do seu gabinete pessoal foram beneficiados para tomar providências.

"Isso não poderia ter ocorrido porque não houve trabalho extra em janeiro e não poderia ter havido pagamento", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 1995.shtml


Ô paisinho de mierdas.

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 12 Mar 2009, 14:32
por Apo
Fato.

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 13 Mar 2009, 10:56
por berehulka
Enoja ver isso, não?

Enquanto outros países tomam medidas para combater a crise, inclusive diminuindo salários públicios, os nossos amados eleitos pleiteiam aumentos!!!
E querem aumento ganhando muuuuito acima do que muitos brasileiros sonham em ganhar (trabalhando muuuito)!!!!

Palhaçada..

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 13 Mar 2009, 15:29
por Apo
berehulka escreveu:Enoja ver isso, não?

Enquanto outros países tomam medidas para combater a crise, inclusive diminuindo salários públicios, os nossos amados eleitos pleiteiam aumentos!!!
E querem aumento ganhando muuuuito acima do que muitos brasileiros sonham em ganhar (trabalhando muuuito)!!!!

Palhaçada..


"Ele" disse que era tudo marola. Logo, qual problema em arrotar nossa liquidez? Representante popular* mal pago é representante popular insatisfeito.

* Neologismo politicamente correto para político safado no poder.

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 13 Mar 2009, 16:05
por berehulka
Apo escreveu:* Neologismo politicamente correto para político safado no poder.


He he eh he h eh eheh he.. entendi, entendi! eh eh eh he he he

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 15 Mar 2009, 23:08
por Aranha

- Há uma confusão injusta aqui, aqui nas terras de macunaíma existem funcionários públicos com poder de decidir o valor de seus rendimentos, isto é um excremento, mas não quer dizer necessariamente que todo funcionário público é filhodaputa.


Abraços,

Re: INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL

Enviado: 16 Mar 2009, 09:39
por berehulka
Aranha escreveu:
- Há uma confusão injusta aqui, aqui nas terras de macunaíma existem funcionários públicos com poder de decidir o valor de seus rendimentos, isto é um excremento, mas não quer dizer necessariamente que todo funcionário público é filhodaputa.


Abraços,


Aí vamos cair naquela história repetitiva do "NÃO SE PODE GENERALIZAR.. BLÁ BLÁ BLA...."

Mas a meu ver, quando a imensa maioria desmoraliza, ou quando uma instituição é desmoralizada, HÁ QUE SE GENERALIZAR SIM!!! Afinal, está se falando de um contexto!! E se o contexto é esse, não é por que se individualizar!

A política no brasil é suja! ponto!
Se há alguns políticos bons, coitados desses, porque a generalização é inevitavel, afinal, a instituição está podre, a maioria a faz ser rotulada! É inevitável!
E com certeza esses "poucos bons" não se ofendem com a generalização, pois sabem "o meio" que estão envolvidos!