Embrião, um ser humano em desenvolvimento
Enviado: 25 Jan 2006, 17:26
Ente os inúmeros assuntos apaixonantes dentro da Medicina, um dos mais interessantes diz respeito à formação do corpo humano. O que leva a união de duas células (óculo e espermatozóide) a constituir-se uma única capaz de se multiplicar e gerar um novo e complexo ser é, no mínimo intrigante.
Estudos em laboratórios demonstraram que se procurarmos multiplicar uma célula humana em meio de cultura apropriado isso não se originará um órgão semelhante aquele de onde foi retirada, mas sim um amontoado amorfo de células diferenciadas. O que será que torna o zigoto uma célula tão especial, a ponto de poder determinar a organização e diferenciação de células semelhantes em um ser completo? Em que parte desse processo podemos considerar a existência de um novo ser humano?
Para os embriologistas Moore e Persaud, “o desenvolvimento humano é um processo contínuo que começa quando um ovócito de uma mulher é fertilizado por um espermatozóide. O desenvolvimento envolve muitas modificações que transformam uma única célula, o zigoto (ovo fertilizado), em um ser humano multicelular”.
A partir do momento de sua formação, o zigoto já apresenta um genoma próprio, diferente dos de seus pais, que direcionará a formação do embrião. O simples fato de ser diferente de sua mãe deveria desencadear no organismo materno uma resposta imunológica capaz de destruí-lo, uma vez que seria considerada “um invasor”, mas isto não acontece.
“Estudo publicado pela revista Nature (27/08/98) demonstra a existência de um mecanismo bioquímico de defesa do feto. Ele produziria uma enzima, a IDO, capaz de eliminar triptofano, um aminoácido que ativa a produção de células de defesa tipo T da mãe. A pesquisa realizada por sete autores, liderados por Andrew L. Mellor, da Medical College, Geórgia (EUA), coloca em xeque o argumento de que a mulher grávida tem o direito de decidir se o embrião vai viver ou morrer, porque ele não seria um ser a parte, não teria personalidade própria. Ao contrário, precisamente por ter um patrimônio genético exclusivo, por ser tão distinto da mãe, necessita produzir substâncias apropriadas para poder manter-se vivo, dentro do útero, fugindo do perigo de ser eliminado pelo sistema imunológico da hospedeira. E o mais interessante é que o organismo materno não só aceita a defesa do hóspede, concordando, tacitamente, com a gestação, como também colabora para o pleno desenvolvimento e ultimação do processo biológico.
Assim, não há como negar que, desde que ocorre a união entre óvulo e espermatozóide, uma vez que se forme o zigoto, existe um novo ser humano, repleto de potencialidade para o seu desenvolvimento. Portanto, independente de o embrião ter ou não finalizado o seu processo de diferenciação, jamais poderá ser considerado como “algumas colheradas de células”.
Estudos em laboratórios demonstraram que se procurarmos multiplicar uma célula humana em meio de cultura apropriado isso não se originará um órgão semelhante aquele de onde foi retirada, mas sim um amontoado amorfo de células diferenciadas. O que será que torna o zigoto uma célula tão especial, a ponto de poder determinar a organização e diferenciação de células semelhantes em um ser completo? Em que parte desse processo podemos considerar a existência de um novo ser humano?
Para os embriologistas Moore e Persaud, “o desenvolvimento humano é um processo contínuo que começa quando um ovócito de uma mulher é fertilizado por um espermatozóide. O desenvolvimento envolve muitas modificações que transformam uma única célula, o zigoto (ovo fertilizado), em um ser humano multicelular”.
A partir do momento de sua formação, o zigoto já apresenta um genoma próprio, diferente dos de seus pais, que direcionará a formação do embrião. O simples fato de ser diferente de sua mãe deveria desencadear no organismo materno uma resposta imunológica capaz de destruí-lo, uma vez que seria considerada “um invasor”, mas isto não acontece.
“Estudo publicado pela revista Nature (27/08/98) demonstra a existência de um mecanismo bioquímico de defesa do feto. Ele produziria uma enzima, a IDO, capaz de eliminar triptofano, um aminoácido que ativa a produção de células de defesa tipo T da mãe. A pesquisa realizada por sete autores, liderados por Andrew L. Mellor, da Medical College, Geórgia (EUA), coloca em xeque o argumento de que a mulher grávida tem o direito de decidir se o embrião vai viver ou morrer, porque ele não seria um ser a parte, não teria personalidade própria. Ao contrário, precisamente por ter um patrimônio genético exclusivo, por ser tão distinto da mãe, necessita produzir substâncias apropriadas para poder manter-se vivo, dentro do útero, fugindo do perigo de ser eliminado pelo sistema imunológico da hospedeira. E o mais interessante é que o organismo materno não só aceita a defesa do hóspede, concordando, tacitamente, com a gestação, como também colabora para o pleno desenvolvimento e ultimação do processo biológico.
Assim, não há como negar que, desde que ocorre a união entre óvulo e espermatozóide, uma vez que se forme o zigoto, existe um novo ser humano, repleto de potencialidade para o seu desenvolvimento. Portanto, independente de o embrião ter ou não finalizado o seu processo de diferenciação, jamais poderá ser considerado como “algumas colheradas de células”.