Preconceito sem motivo.

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
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Lúcifer
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Lúcifer »

Parabens, Benneton, pela sua conquista.
A familia de minha ex namorada também não se importava muito.
A pressão mesmo veio da congregação dela.
Ou seja, encarar a familia, tudo bem. Mas a igreja inteira, ISSO foi sacanagem.
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Benetton
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Benetton »



Lúcifer escreveu:Parabens, Benneton, pela sua conquista.
A familia de minha ex namorada também não se importava muito.
A pressão mesmo veio da congregação dela.
Ou seja, encarar a familia, tudo bem. Mas a igreja inteira, ISSO foi sacanagem.

Realmente, Lúcifer, encarar a Igreja toda deve ser uma barra.

Quanto a isso, procuramos manter discrição. Frequento a igreja dela normalmente sem me envolver muito. E ela também faz o mesmo na casa Espírita. Acho melhor assim.

Valeu! :emoticon45:





" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "

Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.

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"Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar no que é concreto."

Autor Desconhecido.


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Lúcifer
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Lúcifer »

Benetton escreveu:
Lúcifer escreveu:Parabens, Benneton, pela sua conquista.
A familia de minha ex namorada também não se importava muito.
A pressão mesmo veio da congregação dela.
Ou seja, encarar a familia, tudo bem. Mas a igreja inteira, ISSO foi sacanagem.

Realmente, Lúcifer, encarar a Igreja toda deve ser uma barra.

Quanto a isso, procuramos manter discrição. Frequento a igreja dela normalmente sem me envolver muito. E ela também faz o mesmo na casa Espírita. Acho melhor assim.

Valeu! :emoticon45:


A sua história é um exemplo de vida.
De como pessoas de filosofias diferentes podem se dar bem sim, se souberem um respeitar o outro.
Isso é muito legal. Sejam felizes sempre.
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Benetton
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Benetton »



Lúcifer escreveu:
Benetton escreveu:
Lúcifer escreveu:Parabens, Benneton, pela sua conquista.
A familia de minha ex namorada também não se importava muito.
A pressão mesmo veio da congregação dela.
Ou seja, encarar a familia, tudo bem. Mas a igreja inteira, ISSO foi sacanagem.

Realmente, Lúcifer, encarar a Igreja toda deve ser uma barra.

Quanto a isso, procuramos manter discrição. Frequento a igreja dela normalmente sem me envolver muito. E ela também faz o mesmo na casa Espírita. Acho melhor assim.

Valeu! :emoticon45:


A sua história é um exemplo de vida.
De como pessoas de filosofias diferentes podem se dar bem sim, se souberem um respeitar o outro.
Isso é muito legal. Sejam felizes sempre.

Obrigado, Lúcifer.

Você falou a palavra certa : "Respeitar". Respeitar as diferenças foi a chave da boa convivência entre o casal e as respectivas famílias.

Em breve Você vai encontrar uma Luciferiana tão legal quanto Você, se é que já não encontrou. Ou então uma religiosa ou atéia, enfim, que saiba entender que uma pessoa não deve ser vista e julgada pela descrença ou crença que professe, e sim por suas atitudes, caráter e qualidades que compõem a personalidade das pessoas.

Felicidades sempre! :emoticon45:





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Suyndara
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Suyndara »

De fato, nenhum relacionamento se sustenta se não houver respeito a individualidade do outro :emoticon4:
"Deus empurra para a morte tudo o que lhe resiste. Em primeiro lugar a razão, depois a inteligência e o espírito crítico" (Onfray)

"Your God is dead and no one cares" (Sartre)

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Anna
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Anna »

Apo escreveu:Sinceramente, Anna. Entendo que este país ( e a complexa a história da humanidade) transpiram misticismo.
Mas aprendo a selecionar no menu quanto a influências na minha vida.

Tirando o sino da Igreja que bate 3 vezes por dia ( assim como o vizinho que está aprendendo a tocar sax e incomoda um pouco...), vou eliminando todos os rastros tiranos que a sociedade tenta deixar na minha vida, no meu cotidiano e na minhas escolhas.
Se a escola onde eu colocar a minha filha demonstrar qualquer intuito de misturar as coisas na educação dela, tiro-a da escola, certamente. Isto já aconteceu.
Se a filha da vizinha evangélica convidá-la para brincar de boneca e rolar um papo jesus cabeça, acabou a brincadeira. Isto já aconteceu.
Se uma pessoa da IURD num aniversário de criança, vier com uma conversa estranha de que as crianças estão gritando demais porque o demônio está está entre elas, eu queimo na hora. Isto aconteceu e eu não sabia o que fazer, porque nem consegui acreditar.
Se a mãe da amiguinha espírita, vier conversar sobre a agitação das meninas durante o sono, e quiser receitar "água de anjinho", declino da receita. Aconteceu também.
Minha filha embarcou em intercâmbio pra Inglaterra e havia algum problema com o avião na hora do embarque. Queríamos ir ao balcão da companhia aérea para saber o que estava havendo, e uma das mães da turma, disse: ah...vamos entregar pra Deus que eles vão chegar bem, né?
Eu respondi que se fosse entregar prá deus, a coisa podia ficar complicada.
Ela fez cara feia, como se eu fosse um ET medonho. Fazer o quê? Dane-se ela.

Como na minha família cristã todo mundo se manteve pianinho desde que ela nasceu, assim como na família do meu marido, deve ser porque nunca puxamos assuntos desta natureza ( como costumam fazer os praticantes chatos de plantão) e nem nos deixamos levar por eventos místicos da sociedade. É o suficiente, para pessoas razoavelmente interessadas em conviver conosco, entenderem nossa posição.
Nossos amigos não trazem estas questões para nossos churrascos, nem aniversários, nem festas e nem nos finais de semana de praia. Se um deles tem o filho na catequese, a gente sabe que ele faz catequese, eles sabem que a nossa filha não fez e fica tudo por isto mesmo. Cada um na sua agenda.

Meus contatos não me mandam spam adocicados porque tem mais o que fazer na vida e no meu orkut consta que sou atéia.

Minha filha foi numa missa e provou a óstia para ver que gosto tinha, eu fiquei sentada no banco e meu marido também. Achei bem inteligente da parte dela. Fez o que quis pelos motivos dela. Eu nunca provei óstia alguma. Mas ela me disse que é muito sem graça, então prefiro comer um biscoito.

Há formas de fazer as coisas. E parece que se estabeleceu que aceitar a crença cega dos outros é a única forma de demonstrar respeito. Não acho. Acho que as escolhas neste tocante devem ter o mesmo peso e a mesma medida. Não interfiro na vida de ninguém, e deixo claro que este aspecto é por demais delicado para influir nas decisões das pessoas na vida prática. Logo, não insiram fichas nesta fenda, que a máquina pode travar.

Bem, para mim tudo isto é bem simples, embora pareça estressante, aprendi a ligar o foda-se e tem funcionado muito bem.


Eu acho que nâo é apenas no nosso país, não. Muitos países são assim, a religião é arraigada e é desrespeitoso se opor a um conceito religioso.

Pois então, em relação a seu post acima, foi exatamente o que eu e Marta colocamos anteriormente. No caso de ateus, e isso muito depende da posição do ateu (como eu tb disse anteriormente), um dos lados tem que se adaptar, e evitar conflitos. O que ocorre com muitos ateus é que não querem e nem vão ficar calados mesmo , e não concordam com a imposição da crença ou de um costume a sua prole. Com a confluência deles no espaço virtual eu pude constatar que muitos dos ateus procura ateus e céticos para se relacionar porque não dá certo com religiosos, principalmente em função da educação dos filhos.

Como eu disse anteriormente, se meu ex-namorado católico ao me questionar sobre a virgindade de Maria ficou muito magoado e com raiva quando teve a resposta, imagina quando eu me não concordasse em batizar filho meu, ou desse minha visão sobre a vida ao filho que ele sonhava em ter. Eu acho que cada um faz o que acha certo e se comporta como pode e seguindo sua mente. A minha me diz como eu devo me comportar e eu sigo. E não há santo que me faça concordar em batizar um filho, casar na igreja, rezar, repetir aquela babozeira na frente de altar ou enquanto todo mundo reza, e a minha natureza me impede de ficar engolindo calada ou passando batida por questões por um longo período.

Eu sou contra a igreja desde que comecei a pensar e ler, eu detesto cristianismo, detesto moralismo, detesto esse deus que tudo vê e comanda, e te coloca de joelhos. Então acho impossível que eu possa cogitar a possibilidade de engravidar, e posteriormente educar um filho junto com alguém que ache a crença nessas coisas é algo de extrema importancia para a educação desse ser. Tá mais claro que água que não vai dar certo, porém já não rola desde o começo, em geral as pessoas muito religiosas e que dão importância demais a isso não se interessam por mim e vice-versa.
Editado pela última vez por Anna em 29 Mar 2009, 18:10, em um total de 2 vezes.
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Anna
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Anna »

Suyndara escreveu:Eu já fiz isso :emoticon26:

Descobri que o cara era messiânico, tentei não me importar com o fato, já que ele não pegava no meu pé, mas um dia rolou uma discussão pq ele queria me "convencer" que vacinas matam e que deus é que imuniza...

Não dá pé, sempre se intrometem!

Pra mim, casar com um ateu fez toda a diferença, especialmente no que tange à criação do meu filho :emoticon4:


Isso ai. A religião foi o motivo pelo qual o casamento do meu atual namorado acabou. Ela não tolerou ficar com alguém que não compartilhava a crença dela e não queria ir rumo a ascensão espiritual. E deu uma merda do tamanho de um bonde pra ele cuidar da educação do filho deles em função da religião da esposa. Ele me conta que teve problemas sérios pra conseguir manter isenção na educação do filho (a ex-mulher é Ascencionada) e quando separaram ele só tinha 7 anos, então ficou mais difícil, porém a pior parte já tinha passado. Felizmente hoje aos 19 anos o garoto tem uma cabeça ótima.
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Anna
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Anna »

Benetton escreveu:Sou casado com uma Evangélica criada na "Assembléia", uma das mais reacionárias denominações evangélicas.

Ela sabia desde o início que Eu era Espírita.

No começo do namoro, ela fazia algumas perguntas, olhava-me de modo desconfiado e aos poucos, ia se acostumando com a idéia. Depois passou até a me contar alguns casos pitorescos de alguns evangélicos da sua família. Começamos a rir de tudo e, de vez em quando, ela me perguntava algo sobre a D.E, mais por curiosidade e uma discreta vontade de aprender um pouco.

A família dela sabia que Eu era Espírita. Não se opuseram.

No dia do casamento, meus pais, católicos, encontraram com os pais dela. Havia muitos Católicos, Evangélicos e Espíritas, na Cerimônia feita por um Pastor no Salão do Clube de Espanha, no bairro de Humaitá, no Rio de Janeiro.

Hoje, passados 10 anos de casamento, vou à Igreja dela aos domingos e ela frequenta minha Casa Espírita, nas segundas. Nosso filho está frequentando uma escolinha dominical de evangelização, da Igreja dela. Nem me importo. Se ele quiser ser evangélico quando for adulto, será escolha dele, embora ele faça perguntas que são respondidas por mim mas que não se coadunam com o que ele aprende na Escolinha.

Caberá a ele, mais tarde, julgar o que seguir o que não seguir ou não seguir coisa nenhuma. Não vou obrigá-lo a seguir minha religião. Minha esposa também pensa assim e não irá tentar convencê-lo a ficar numa religião na qual ele não se sinta bem.

Talvez as Famílias de religiões diferentes tenham outras histórias pra contar. Na minha, não houve nenhum tipo de conflito. E reparem que os evangélicos são bem preconcentuosos com os Espíritas.

Certa vez, minha esposa disse que ... "Kardecista tudo bem, mas se fosse Ubandista, aí nem pensar"

Em outra ocasião, a tia da minha esposa disse a ela que estava fazendo uma corrente de oração para tentar me livrar das garras do inimigo ...

Dei boas risadas e nem quis saber do resto.

Bem, dentre mortos e feridos, salvaram-se todos. E o saldo até que tem sido positivo, apesas das diferenças.



Poizé Benetton, mas convenhamos que algo muito raro de acontecer. Ainda mais no caso de evangélicos.
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Apo
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Re: Preconceito sem motivo.

Mensagem por Apo »

Eu não consigo viver assim fingindo que está tudo bem. Nem acender vela pra santo no qual no acredito em função de um relacionamento. E muito menos manter filhos no meio desta coisa estranha.
Desculpem do fundo do coração ( sei lá se se pede desculpas por ser sincera...), mas realmente não tenho este sangue frio e não sinto que isto seja conquista alguma.
É como eu discordar que o pai dos meus filhos trabalhe em algo que eu considero desonesto ou ideologicamente condenável por mim, ainda vá nas reuniões d trabalho com ele, leve os filhos e faça de conta que está tudo bem.
Prá mim...não dá.
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Trancado