FHC atribui a Lula a conivência que ele teve com a corrupção

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Avatar do usuário
carlo
Mensagens: 3974
Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
Gênero: Masculino
Localização: Governador Valadares MG

FHC atribui a Lula a conivência que ele teve com a corrupção

Mensagem por carlo »

Fernando Henrique Cardoso usou uma entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, exibido na segunda-feira passada (23), e um seminário da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) para dizer que “a corrupção é endêmica” no país e para atribuir ao governo Lula o que na sua gestão foi profícuo: o acobertamento das ilegalidades. “A diferença é de atitude: não posso dizer que não teve (no seu governo), mas garanto que eu não compactuei com ela. Nunca passei a mão na cabeça de corrupto”, emendou.

Se chegou a passar “a mão na cabeça de corrupto” não se sabe. O importante é o que seu governo fez, quando corruptos e malfeitores tiveram vida mansa. Apenas dois exemplos notórios: Daniel Dantas e Ricardo Sérgio, caixa de campanha de Serra e FHC, denunciado por receber propina no processo de privatização da telefonia e por favorecer ilegalmente o Opportunity quando era diretor do Banco do Brasil. São numerosos os exemplos em que pedidos para instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) foram obstruídos pela bancada governista no Congresso e escândalos foram jogados para debaixo do tapete.

Entre eles, a tentativa de criar as CPIs para investigar irregularidades como a falcatrua com títulos do extinto DNER, com prejuízo de quase R$ 3 bilhões, em 1996; a compra de votos para aprovar a emenda da reeleição, em 1997; a venda de dólares aos bancos Marka e FonteCindam na desvalorização do real em 1999, um rombo de R$ 1,6 bilhão; as negociatas na “roubatização” da Telebrás; e ainda as denúncias contra o secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge, no desvio de verbas das obras do TRT de SP.

Não foi à toa que o procurador-geral da República à época, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido como “engavetador-geral”." Hehehehe, este termo até a imprensa britanica usou."

http://www.horadopovo.com.br/ModelosNov ... /pag3h.htm
Imagem

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!

Avatar do usuário
Fedidovisk
Mensagens: 3495
Registrado em: 02 Mar 2007, 17:46

Re: FHC atribui a Lula a conivência que ele teve com a corrupção

Mensagem por Fedidovisk »

Eu concordo com a certa incoerência do discurso de FHC, agora eu pergunto, quem governa HOJE o Brasil?

Avatar do usuário
Fedidovisk
Mensagens: 3495
Registrado em: 02 Mar 2007, 17:46

Re: FHC atribui a Lula a conivência que ele teve com a corrupção

Mensagem por Fedidovisk »

Aliás, não foi esse jornal que recomendou a morte de um jornalista e que ao menor pedido começou a receber financiamento do governo, dedicando-lhe meia página de seu jornal ?

Avatar do usuário
DIG
Mensagens: 2554
Registrado em: 19 Jun 2006, 13:33
Gênero: Masculino

Re: FHC atribui a Lula a conivência que ele teve com a corrupção

Mensagem por DIG »

^- Sim, é o jornal do MR-8...

Avatar do usuário
spink
Mensagens: 3106
Registrado em: 08 Nov 2005, 11:10
Gênero: Masculino
Contato:

Re: FHC atribui a Lula a conivência que ele teve com a corrupção

Mensagem por spink »

Vale à pena refrescar a memória de FHC:

- Sivam. Logo no início do primeiro mandato de FHC, denúncias de corrupção e de tráfico de influencias no contrato de US$ 1,4 bilhão na criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram o um ministro e dois assessores do presidente. Mas a CPI instalada no Congresso, após intensa pressão, foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num relatório com informações requentadas ao Ministério Público;

- Pasta Rosa. Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu a crise dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). Através do Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro (Proer), FHC beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses, justificou o “socorro” aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o conteúdo da pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo Banco Econômico;

- Precatórios. Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua do pagamento de títulos no Departamento de Estradas de Rodagem (Dner). Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuízo à
União de quase R$ 3 bilhões. A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso;

- Compra de votos. Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a reeleição de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, teriam recebido R$ 200 mil para votar no projeto. Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido da CPI foi bombardeado pelos governistas;

- Desvalorização do real. Num nítido estelionato eleitoral, FHC promoveu a desvalorização do real no início de 1999. Para piorar, socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam – ambos com vínculos com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação da CPI tramitou durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por pressão da bancada governista;

- Privataria. Durante a privatização da Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio da Previ, o Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, o governo sabotou a instalação da CPI. O outro envolvido neste escândalo foi Daniel Dantas, o especulador “muito competente”, segundo outra besteira dita recentemente por FHC;

- Eduardo Jorge. O secretário-geral de FHC foi alvo de inúmeras denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para a reeleição; lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de recursos dos fundos de pensão nas privatizações.

- CPI da Corrupção. Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra a sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção, que depois se concentraram nas falcatruas da Sudam, na privatização da Telebrás e no envolvimento do ex-ministro Eduardo Jorge.

Toda essa imundice no ninho tucano ficou impune, com a cumplicidade da maior parte da mídia. FHC também contou com a ajuda do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que por isso foi batizado de “engavetador-geral”. Dos 626 inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e outros 217 foram arquivados. Eles envolviam 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e ex-ministros e, em quatro, o próprio FHC. Nada foi apurado e FHC afirma hoje, na maior caradura, que “nunca passei a mão na cabeça de corrupto”. Haja paciência!

http://altamiroborges.blogspot.com/2009 ... html#links
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

Trancado