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COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 12 Abr 2009, 13:33
por DIG
da Folha Online
Hoje na Folha As semanas de moda de Paris, Milão e Nova York não perdem por esperar a tendência que a São Paulo Fashion Week está para lançar. De acordo com uma proposta do Ministério Público, as grifes do evento poderão ser obrigadas a cumprir cotas raciais em seus desfiles --no estilo do que já fazem as universidades públicas--, informa reportagem de Paulo Sampaio na edição deste domingo da Folha de S.Paulo (íntegra disponível para assinantes do UOL ou do jornal).
G. Prado
A modelo Emanuela de Paula, 19, afirma que o mercado de trabalho é limitado para negros
A modelo Emanuela de Paula, 19, afirma que o mercado de trabalho é limitado para negros
Desde o ano passado, a Promotoria abriu um inquérito para apurar a prática de racismo na SPFW. A ideia das cotas é da promotora Déborah Kelly Affonso, do grupo de atuação especial de inclusão do Ministério Público.
"O percentual de modelos negros no evento [em torno de 3%] é bem menor que o de brancos. O objetivo da Promotoria é fazer um acordo de inclusão social. Estabelecer um número mínimo de modelos negros a desfilar", afirma ela.
O inquérito tem como ponto de partida reportagens publicadas pela Folha em janeiro de 2008. Naquela temporada, apenas oito dos 344 modelos que desfilaram na SPFW eram negros --2,3% do total.
No Brasil, 49,7 % da população é composta por negros e pardos, segundo o último censo do IBGE (de 2007).
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 12 Abr 2009, 14:24
por Anna
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 12 Abr 2009, 15:08
por King In Crimson
O objetivo da Promotoria é fazer um acordo de inclusão social
Um acordo unilateral.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 12 Abr 2009, 18:31
por Blue
Eu só tenho 1,70m de altura. Também quero cota para baixinhos.
Ou eles acham que gente baixa não se veste?
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 12 Abr 2009, 21:37
por Herf
Permita-me aproveitar o tópico...
Publicada em 11/04/2009 às 17h09m
ClicRBS
Estudante se diz parda, mas universidade do Rio Grande do Sul discorda e cancela vaga
PORTO ALEGRE - A permanência de Tatiana Oliveira, 22 anos, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), cidade a 292 quilômetros de Porto Alegre, depois da aprovação no vestibular 2009 para o curso de Pedagogia, não durou um mês. Ela começou o ano letivo no dia 9 de março e, na terça-feira passada, foi comunicada que sua matrícula foi cancelada. No centro da discussão para a perda da vaga, está o sistema pelo qual ela foi aprovada: ela se inscreveu como cotista afro-brasileira.
Logo depois da aprovação, Tatiana entregou os documentos que a UFSM exige dos futuros alunos. No caso dos cotistas afro-brasileiros, é necessária uma autodeclaração do aprovado dizendo que é negro ou pardo. Tatiana fez o que foi pedido e começou as aulas normalmente. A surpresa veio no dia 18 de março, quando ela foi convocada para comparecer a uma entrevista na reitoria.
Segundo Tatiana, na reunião estavam sete pessoas, três negras. Por alguns minutos, eles a teriam questionado sobre sua raça, se já havia sofrido preconceito e o porquê da opção pelo sistema de cotas. Tatiana, filha de branca e pardo e neta de negro, respondeu:
- Eu falei que me considero parda. Menos parda do que meu pai, porque minha mãe é branca. Respondi que nunca sofri preconceito e que escolhi me inscrever no sistema de cotas porque ele dá chance para que nós, de cor parda, possamos ingressar na universidade. Falei a verdade - diz Tatiana.
Depois da entrevista, ela foi comunicada pela coordenadora do seu curso que a sua matrícula foi cancelada. A decisão revoltou Tatiana e sua mãe, a técnica em Enfermagem Adriana Oliveira.
- O que a UFSM quer? Que só entre quem já sofreu preconceito? Ninguém aqui usou de má fé para conseguir uma vaga. A Tatiana só se inscreveu por cotas porque entendemos que era um direito dela. Mas, pelo jeito, agora teremos de definir a cor da minha filha na Justiça - indigna-se Adriana.
Para pró-reitor, Tatiana nunca se considerou parda
Conforme o pró-reitor de Graduação, Jorge Luiz da Cunha - que assina os documentos de cancelamento de vaga -, nos casos em que há dúvida sobre o que o aprovado declarou - em qualquer uma das modalidades de cotas: afro-brasileiro, estudante de escola pública, portador de deficiência ou indígena -, ele pode ser chamado depois de já estar cursando a faculdade. Esses alunos são submetidos a uma entrevista com representantes da Comissão de Implementação e Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social da UFSM.
No caso de Tatiana, a avaliação da comissão é que a estudante nunca se considerou afro-brasileira.
- Ela respondeu que nunca sofreu discriminação, que nunca se considerou parda, que se considera mais clara que outros integrantes da sua família, e que, no vestibular, foi a primeira vez que se disse "parda". Partindo do espírito das políticas de ações afirmativas, a comissão, que inclusive tem representantes do Movimento Negro, entendeu que ela não se sente participante desse grupo - destaca Cunha.
Segundo ele, outros alunos, neste ano e no ano passado, quando o sistema de cotas da UFSM foi implantado, já tiveram suas vagas canceladas em função de não conseguirem comprovar sua condição. Outros processos estariam em andamento. O pró-reitor não soube precisar quantos casos de cancelamento já ocorreram. No mesmo dia em que Tatiana foi avaliada, outros oito foram chamados para entrevista.
Na segunda-feira, a família de Tatiana pretende ir ao Ministério Público Federal para tentar reaver a vaga.
- Tudo o que eu quero é que isso seja resolvido e que eu consiga minha vaga de novo - desabafa Tatiana.
http://oglobo.globo.com/educacao/mat/20 ... 235606.aspPara onde querem levar o país?
Temos
comissões de avaliação de pureza racial em universidades públicas, chamadas não por esse nome, mas por "Comissões de Implementação e Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social".
Talvez eu esteja um pouco sensível e "revoltadinho" demais hoje, mas não é um tanto
podre submeter uma pessoa a uma avaliação étnica para decidir se ela tem ou não um determinado direito?
É assustador que casos como esse já não causem mais surpresa alguma nem a revolta que deveriam causar.
Antes eu sentia apenas desprezo, mas essa corja racialista está começando a dar medo. Sério.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 12 Abr 2009, 23:57
por marta
A Naomi já não tira os pés do Brasil. A jovem tá dando as caras (e bocas) até em lançamento de barraco loft com espaço gourmet e garagem e marcando presença em chá de panela de todas as noivas do Ronaldo Feno(-). Com essa então, ninguém segura!!
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 13 Abr 2009, 00:09
por King In Crimson
O Brasil anda me dando asco.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 13 Abr 2009, 00:13
por marta
King In Crimson escreveu:O Brasil anda me dando asco.
Pra mim também King. Tô com o saco tão cheio do Brasil, especialmente depois de virou a Lollotânia da petralhada
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 14 Abr 2009, 03:52
por marta
Eu sugiro fazermos uma cota para crentes e genéricos.
Art. 1º - Seremos obrigados a aceitar, debater e aturar, no máximo 2% do número total de cadastrados.
Art. 2º - Quando a cota máxima ultrapassar, dispensaremos os mais chatos.
Esses artigos revogam todas as disposições em contrário
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 14 Abr 2009, 06:54
por Botanico
A respeito desse caso da moda aí, um leitor da Folha de São Paulo disse algo interessante:
"... sugerir à promotoria que lute também pela cota mínima de negros entre banqueiros e usineiros, pecuaristas e capitalistas, empresários, industriais e generais do comércio.
Algo me leva a crer que os representantes da etnia negra iriam preferir estas cotas que citei ao direito de desfilar na semana de moda de São Paulo.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 14 Abr 2009, 10:02
por Jeanioz
marta escreveu:Eu sugiro fazermos uma cota para crentes e genéricos.
Art. 1º - Seremos obrigados a aceitar, debater e aturar, no máximo 2% do número total de cadastrados.
Art. 2º - Quando a cota máxima ultrapassar, dispensaremos os mais chatos.
Esses artigos revogam todas as disposições em contrário
2% é muito pouco. Teríamos que baseiar as cotas com base nas estatísticas da população geral:
* 73,8% dos brasileiros (cerca de 125 milhões) declaram-se católicos;
* 15,4% (cerca de 26,2 milhões) declaram-se evangélicos (evangélicos tradicionais e pentecostais);
* 7,4% (cerca de 12,5 milhões) declaram-se sem religião, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas;
* 1,3% (cerca de 2,3 milhões) declaram-se espíritas;
* 0,3% declaram-se seguidores de religiões tradicionais africanas tais como o Candomblé, o Tambor-de-mina, além da Umbanda;
* 1,8% declaram-se seguidores de outras religiões, tais como: as testemunhas de Jeová (1,1 milhão), os budistas (215 mil), os santos dos Últimos Dias ou mórmons (200 mil), os messiânicos (109 mil), os judeus (87 mil), os esotéricos (58 mil), os muçulmanos (27 mil) e os espiritualistas (26 mil).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil#Religi.C3.A3o
Portanto, as cotas devem seguir esses percentuais. Sugiro o mesmo para cargos na moderação.
Isso é um direito garantido em lei e ninguém pode fazer nada contra.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 17 Abr 2009, 20:50
por Neuromancer
Estou acima do peso, também quero ver meus direitos defendidos, não vejo pessoas obesas nem calvas em desfiles de moda. Isto é preconceito e exclusão.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 17 Abr 2009, 20:55
por Apáte
Outra que eu também avisei.
Desde que boicotaram modelos "magras", para os padrões das promotoras gordas, eu já dizia que esse tipo de coisa ia acontecer.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 17 Abr 2009, 21:23
por Darkside
De boa, se eu fosse negro eu estaria revoltado com o nível que isso está atingindo.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 18 Abr 2009, 01:32
por Apo
Darkside escreveu:De boa, se eu fosse negro eu estaria revoltado com o nível que isso está atingindo.
Conheço uns 2 que se revoltam.

Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 18 Abr 2009, 01:38
por Herf
Darkside escreveu:De boa, se eu fosse negro eu estaria revoltado com o nível que isso está atingindo.
Os militantes do racialismo pensam que falam em nome de todos os negros. Tenho conhecidos negros que não suportam esse discurso vitimista.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 18 Abr 2009, 12:18
por Acauan
Darkside escreveu:De boa, se eu fosse negro eu estaria revoltado com o nível que isso está atingindo.
Eu sou Índio e estou.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 18 Abr 2009, 12:25
por Acauan
Notaram que ninguém pede cotas para descendentes de japoneses, nem em universidades, nem em desfiles de moda ou mesmo no cinema e TV, onde raramente se vê uma cara oriental?
Lembrando que a turminha que desembarcou do Kasato Maru e seguintes não tinha onde cair morta, chegou aqui com a roupa do corpo e olhe lá e foi trabalhar na roça, como empregados rurais sem qualquer direito trabalhista.
Que fizeram estes imigrantes?
Fundaram o Movimento dos Tabalhadores Imigrantes Orientais Sem Terra e exigiram que o governo lhes desse tudo e mais um pouco, enquanto saíam tentando tomar na marra o que os outros tinham e eles achavam que mereciam mais?
NÃO!
Trabalharam que nem mulas, se mataram para educar os filhos e melhoraram continuamente de vida a cada geração, de modo que seus netos se tornaram não apenas proprietários e produtores rurais bem sucedidos, mas também vimos seus nomes exóticos aparecendo nas listas dos melhores médicos, engenheiros, advogados, cientistas e outras profissões universitárias do país.
Mas destes poucos se lembram e menos defendem.
Se tornaram apenas membros da "elite privilegiada"...
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 18 Abr 2009, 14:17
por Darkside
Acauan escreveu:Darkside escreveu:De boa, se eu fosse negro eu estaria revoltado com o nível que isso está atingindo.
Eu sou Índio e estou.
Não me entendam mal, eu não estou exatamente feliz.
Eu só espero que boa parcela da população negra não veja essas medidas racistas com bons olhos, e não vote em quem apóia essas distorções bizarras das nossas leis.
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 18 Abr 2009, 16:32
por Apáte
Acauan escreveu:Notaram que ninguém pede cotas para descendentes de japoneses, nem em universidades, nem em desfiles de moda ou mesmo no cinema e TV, onde raramente se vê uma cara oriental?
E os judeus, meu Deus do Céu, e os judeus?! Um povo historicamente perseguido como os judeus, alguém sabe quantos judeus há nas universidades públicas ou já viu um judeu num desfile de moda?
RACISMO!
Re: COTISMO: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
Enviado: 18 Abr 2009, 16:32
por Apáte
Darkside escreveu:Acauan escreveu:Darkside escreveu:De boa, se eu fosse negro eu estaria revoltado com o nível que isso está atingindo.
Eu sou Índio e estou.
Não me entendam mal, eu não estou exatamente feliz.
Eu só espero que boa parcela da população negra não veja essas medidas racistas com bons olhos, e não vote em quem apóia essas distorções bizarras das nossas leis.
O Francio Almeida que participa do fórum é completamente contra as cotas.