O suposto jornalismo brasileiro!!!!
Enviado: 13 Abr 2009, 19:20
por carlo
O suposto jornalismo brasileiro!!!!!Veja essa graça de notícia abaixo e pense naquelas outras pessoas que foram denunciadas, julgadas e condenadas pela mídia sem nenhum direito de defesa. Nem sequer prova judicial de inocência a mídia aceita.
Já com este impoluto senhor sorridente aí embaixo junto com este impoluto senhor ex- prefeito de s. paulo também, o buraco é mais embaixo: por que o dinheiro é "supostamente" desviado por Maluf? O Deutsche Bank é dirigido por loucos que rasgam dinheiro? Por que eles devolveriam a São Paulo dinheiro "supostamente" malufado?
São Paulo receberá dinheiro supostamente desviado por Maluf
Acordo prevê devolução de US$ 5 milhões que teriam sido desviados.
Assessoria diz que Maluf 'não tem nem nunca teve conta no exterior'.
Do G1, com informações da Agência Estado
A Prefeitura de São Paulo, o Ministério Público de São Paulo e o Deutsche Bank fecharam nesta terça-feira (31) o valor e os termos do primeiro acordo para a devolução de dinheiro supostamente desviado dos cofres do município durante as gestões de Paulo Maluf e Celso Pitta (93 a 2001).
O acordo que será assinado prevê que o banco devolva US$ 5 milhões, dos quais US$ 4 milhões serão destinados à prefeitura, US$ 500 mil à União e US$ 500 mil ao estado.
Re: O suposto jornalismo brasileiro!!!!
Enviado: 13 Abr 2009, 19:39
por carlo
Leandro Fortes
Se alguém tinha alguma dúvida sobre o consórcio midiático montado para desqualificar o trabalho do delegado Protógenes Queiroz e livrar a cara do banqueiro Daniel Dantas, basta chafurdar na série de recentes posts de blogueiros da linha auxiliar do esgoto, escalados para não contaminar as páginas com o lixo que realmente interessa aos jornais e revistas envolvidos nessa estratégia. A cobertura feita pelos jornalões do depoimento de Protógenes na CPI dos Grampos, na quarta-feira, dia 8 de abril, é o resumo dessa posição definitiva contra os efeitos da Operação Satiagraha, cujo emblema é a salvação não só de Daniel Dantas, mas da elite econômica e política ligada a ele. Contam, para tal, com a conivência obsequiosa do governo federal.
Basta ler o noticiário sobre a ida de Protógenes à CPI dos Grampos, onde o delegado deu um baile na bancada de Dantas e desmontou a estratégia de desmoralização do deputado Marcelo Itagiba, inocentemente montada a partir da exibição de um powerpoint com supostas contradições do delegado. Vaiado pela platéia e execrado pelos colegas, Itagiba foi obrigado a enfiar a projeção no saco e a ouvir, pela primeira vez, em público, uma verdade que ele só consegue manter em surdina por que tem o apoio cínico de quase toda a mídia: na campanha de 2006, ele foi financiado por Dório Ferman, executivo do Grupo Opportunity, do banqueiro condenado Daniel Dantas. Logo, está eticamente impedido de ser o chefe da cruzada dantesca, ora em andamento no Congresso Nacional. Quem jogou isso na cara dele, diante do mundo, foi o deputado Chico Alencar, do PSOL do Rio, mas quem quiser que tente se aventure a buscar a relevância desse fato nos jornalões ou nos portais corporativos da internet. Será uma garimpagem difícil.
Parte da imprensa e dos blogs de repetição montados nas redações tornaram-se porta-vozes da nova Polícia Federal comandada pelo delegado Luiz Fernando Corrêa, sobre quem paira uma denúncia gravíssima de tortura contra uma empregada doméstica no Rio Grande do Sul. Trata-se de assunto ignorado pela chamada “grande mídia”, cada vez mais um aglomerado de jornais e revistas decadentes onde não há mais espaço para a verdade, nem muito menos para a criatividade e o humor. Movidos por interesses outros, que não o jornalismo, os mandatários dos jornais brasileiros dedicam-se a um rancor reacionário contra Protógenes e a Satiagraha, doença infantil do elitismo nacional que se espalha como catapora pelas redações. E nisso reside um dado importante sobre a luta dos patrões contra o diploma de jornalista. Eliminado esse obstáculo, a formação dos jornalistas ficará a cargo desses cursinhos de redações, de verniz teen, mas velhíssimos na forma e nos conceitos, voltados para criar monstrinhos competitivos despojados de qualquer consciência crítica sobre o que escrevem, apuram e publicam.
Evolução do jornalismo “fiteiro”, como já bem conceituou o jornalista Alberto Dines, ao discorrer sobre a reprodução pseudojornalística de gravações e dossiês entregues sob encomendas às redações, a utilização dos espaços dos blogs para publicação de vazamentos seletivos é o mais recente movimento editorial da mídia brasileira. O inquérito do delegado Amaro Vieira, sobre vazamentos de informações da Satiagraha, adotou um procedimento programado de sangramento controlado, a ponto de se tornar, ele mesmo, o mais completo emblema sobre vazamento funcional da história recente do Brasil. É um triste expediente de desmoralização da PF cujo objetivo primordial é desconstruir, pedra por pedra, a memória da gestão do delegado Paulo Lacerda.
Afastado da PF e, depois, da Abin, Lacerda paga o preço por ter ousado retirar a Polícia Federal do gueto exclusivo da fracassada guerra contra as drogas, fonte permanente de corrupção e violência, e ter dado à corporação, nos limites das melhores doutrinas republicanas, status real de polícia judiciária da União. O processo que resultou no expurgo de Paulo Lacerda foi baseado num grampo telefônico jamais provado, publicado pela revista Veja e replicado, sem qualquer apuração suplementar, por dezenas de outros veículos de comunicação. É um estudo de caso de irresponsabilidade jornalística e inépcia policial. Passados sete meses desde a abertura do inquérito sobre o caso na PF, até agora o único resultado visível do processo foi a transferência de um dos delegados responsáveis pelo inquérito para Roma, talvez por bons serviços prestados.
As novas gerações de jornalistas brasileiros estão sendo desnutridas, dia a dia, de senso crítico e capacidade de contestação. A cobertura do depoimento do delegado Protógenes Queiroz gerou uma série de matérias absolutamente iguais, senão no conteúdo, na intenção. Ao ler os jornais no dia seguinte ao depoimento, tive a súbita sensação de ter participado de outro evento, embora tenha estado, por muitas horas, no mesmíssimo plenário do corredor das comissões da Câmara dos Deputados. Com pequenas variações sobre o mesmo tema, a mídia centrou-se deliberadamente no fato de Protógenes ter se negado a responder perguntas que não tivessem relação com escutas ilegais, objeto da CPI dos Grampos. O delegado negou-se a cair numa ratoeira preparada à luz do dia, enfeitada por um powerpoint de concepção primária, mas acabou, como de costume, condenado por isso. Perdeu-se, na bacia das alminhas pequenas da pautas pré-concebidas, a chance de contar uma boa história, dessas das quais são feitas o bom jornalismo. Restou aos leitores uma narrativa insossa e mal humorada, resultado da crescente burocratização da reportagem brasileira.
O elevado grau de sabujismo de repórteres brasileiros, hoje, na imprensa brasileira, me preocupa como jornalista e como professor de jornalismo. Não se trata, devo esclarecer, de uma crítica pontual a fulano ou a sicrano, mas de um fenômeno a ser considerado, estudado e definido como objeto de avaliação acadêmica e profissional, aí incluídas as participações dos sindicatos, da Fenaj e da ABI. Escudados pela desculpa da sobrevivência pura e simples, os repórteres estão indo às ruas com pouca ou nenhuma preocupação em relação à verdade factual, adestrados que estão por uma turma barra pesada que tem feito da atividade jornalística um exercício de servilismo muito bem remunerado, é claro.
As precoces reações corporativas, apoiadas incondicionalmente pelos suspeitos de sempre, contra a anunciada Conferência Nacional de Comunicação, são só um prenúncio da guerra que se anuncia toda vez que a sociedade reclama pela democratização da mídia e o pleno acesso à informação no Brasil. O primeiro movimento da reação já foi dado e é bem conhecido: a desqualificação dos protagonistas, como o que começou a ser feito em relação ao jornalista Franklin Martins, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. O passo seguinte será o de tentar passar para a sociedade a impressão de que os fundamentos da conferência ferem o sagrado direito de liberdade de imprensa e de expressão. E sabem quais são esses fundamentos? O controle social sobre a baixaria da TV, fiscalização severa sobre as concessões de telecomunicações e o fim das propriedades cruzadas no setor, o que irá asfixiar os oligopólios midiáticos que controlam jornais, rádios, portais de internet e emissoras de televisão. Oligopólios econômicos e políticos que estão na origem da degradação política brasileira, da ignorância e da miséria social da maior parte da população.
Resta saber de que lado nós, jornalistas, vamos estar nessa guerra.
Re: O suposto jornalismo brasileiro!!!!
Enviado: 14 Abr 2009, 00:57
por carlo
ESTES SABUJOS, UM DIA PENSARAM QUE CONSEGUIRIAM MANIPULAR QUEM LÊ, TENDO UMA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES INFORMANDO, DESPAUTANDO, ESCLARECENDO, ELES QUE VÃO PARA AQUELE LUGAR, AQUI MESMO NESTE ESPAÇO, QUANDO O ASSUNTO É EVOLUÇÃO, A QUEM EU PERGUNTARIA? PERGUNTARIA À ANNA LÓGICO! QUANDO EU QUIZER SABER SOBRE ESTATÍSTICAS ECONOMIA, CONCORDANDO OU NAÕ, VOU CONVERSAR COM O CABEÇA, POR AÍ CARA... QUEM PRECISA DESTA MERDA DE PIG? ESTA BOSTA VAI NOS PAUTAR? A MIM NEVER!!!!!! E O DIABO É QUE ESTE PESSAOAL DO PIG NÃO ENTENDE... EU SÓ OS CONHECÍ A BEM DA VERDAD,E EM JANEIRO DE 2006!
Re: O suposto jornalismo brasileiro!!!!
Enviado: 14 Abr 2009, 01:16
por marta
Carlo, o Maluf não tem mesmo dinheiro no exterior. Ele fala a verdade, pois o dinheiro que está no exterior não é dele; é nosso
Re: O suposto jornalismo brasileiro!!!!
Enviado: 14 Abr 2009, 12:37
por carlo
marta escreveu:Carlo, o Maluf não tem mesmo dinheiro no exterior. Ele fala a verdade, pois o dinheiro que está no exterior não é dele; é nosso
Reitero e endosso! Falou tudo, sem mais delongas!