Religião é Veneno

Carne vermelha pode reduzir a longevidade

Estudo com 500 mil americanos recomenda reduzir consumo
Jane E. Brody
THE NEW YORK TIMES

Houve um tempo em que carne vermelha era artigo de luxo para americanos de classe média, ou era, no mínimo, algo especial: cozinhar um assado no jantar de domingo, pedir um filé no restaurante. Entretanto, não é mais assim. O consumo de carne duplicou nos EUA nos últimos 50 anos.

Um novo estudo, que envolveu mais de 500 mil americanos comprovou, de maneira irrefutável, que a paixão por carne vermelha é um hábito bem caro à nossa saúde, além de limitar a longevidade.

A pesquisa descobriu que homens e mulheres que consomem grandes quantidades de carne vermelha e carne processada, de igual maneira, estão propícios a morrer mais cedo, estando especialmente suscetíveis aos nossos inimigos mais letais – doenças do coração e câncer – em um nível muito maior que as pessoas que consomem esses alimentos em menores quantidades.

Os resultados de uma década de estudos foram publicados na edição do Archives of Internal Medicine, do dia 23 de março. O estudo, dirigido por Rashmi Sinha, epidemiologista nutricional do Instituto Nacional do Câncer, envolveu 322.263 homens e 223.390 mulheres, da faixa etária de 50 a 71 anos, que participaram da pesquisa do Instituto Nacional de Saúde. Cada participante completou questionários detalhados sobre a dieta que seguia, além de outros hábitos e características, incluindo temas como o consumo de cigarro e álcool, exercícios físicos, educação, uso de suplementos, peso e histórico de câncer familiar.

Risco

Ao longo de dez anos de estudo, 47.976 homens e 23.276 mulheres morreram, o que não passou despercebido aos pesquisadores que se mantiveram atualizados no que tange ao tempo e às razões de cada morte. O consumo de carne passou de uma média de menos de 28 gramas para 114 gramas por dia, e o consumo de carne processada, antes restrito, no máximo, a uma vez por semana, passou a uma média de 43 gramas diários.

O aumento do risco de mortalidade, associado aos altos índices de consumo de carne vermelha, oscilou de 20% à aproximadamente 40%.

Extensivo a todos os americanos da faixa etária estudada, as novas descobertas indicam que, ao longo desses anos – de acordo com as estimativas preparadas pelo doutor Barry Popkin, que escreveu um editorial acompanhando o relatório – as mortes de 1 milhão de homens e talvez meio milhão de mulheres poderiam ter sido evitadas se eles comessem menos carne vermelha e menos carnes processadas.

Para evitar mortes prematuras relacionadas ao consumo de carne, Popkin sugeriu em uma entrevista que as pessoas passassem a comer hambúrguer somente uma ou duas vezes na semana, ao invés de fazê-lo todos os dias, um pequeno bife uma vez por semana ao invés de um dia sim, um dia não, e um cachorro-quente por mês, ao invés de uma vez por semana.

No lugar da carne vermelha, pessoas não-vegetarianas podem optar por frango e peixe. No estudo, o grande número de consumidores de carne "branca" – frango e peixe – possuíam uma leve vantagem de sobrevivência. Da mesma forma, aqueles que comeram mais frutas e vegetais estavam propícios a viver mais tempo.

Salvar o planeta

Qualquer um que se preocupe com o bem-estar global tem mais uma razão para consumir menos carne vermelha. Popkin, epidemiologista da Universidade da Carolina do Norte, disse que reduzir a dependência por carne vermelha pode ajudar a salvar o planeta dos crescentes efeitos da poluição ambiental, de aquecimento global e de menor oferta de água potável.

"Nos Estados Unidos" – escreveu Popkin – "a criação de gado é responsável por 55% dos processos de erosão, 37% das aplicações de pesticidas, 50% do consumo de antibióticos, e um terço do total de liberação de nitrogênio e fosfato na água".

A pergunta que surge a partir de estudos observacionais como esse é: será a carne vermelha em si um perigo real ou será que outros fatores, associados ao consumo de carne, são os verdadeiros culpados pelo aumento dos índices de morte? Os temas abordados nesse estudo mostram que as pessoas envolvidas tinham hábitos ainda menos saudáveis que o consumo excessivo de carne por si só. Eles tinham maiores tendências a fumar, ultrapassar o peso ideal em relação à altura, consumir mais calorias e mais gordura, incluindo a saturada. Também comiam menos frutas e vegetais e menos fibra; tomavam menos suplementos vitamínicos; e eram menos ativos fisicamente.

Os resultados se espelham nos exemplos de muitos outros estudos realizados nesses últimos anos, que associaram uma dieta "repleta de carne" aos problemas que ameaçam a nossa saúde. Os estudos mais antigos destacaram a conexão entre as gorduras saturadas da carne vermelha aos altos níveis de colesterol ruim no sangue e, consequentemente, pelas eventuais doenças do coração, fato que levou muitas pessoas a comerem carnes mais magras, bem como peixe e frango sem pele. Além de outras mudanças alimentares, entre elas a redução do consumo de gordura oriunda dos laticínios, isso resultou em uma queda nacional da média dos níveis de colesterol sérico e contribuiu para uma redução dos índices de morte coronária.

Mais peixe à mesa, menos problemas de coração

A pressão arterial elevada, outro fator de risco coronário, também foi associada ao consumo excessivo de carne vermelha e de carne processada. O frango e o peixe contêm menos gordura saturada que a carne vermelha, e os peixes contêm ácidos graxos ômega-3 que têm sido conhecidos, por trazer benefícios ao coração. Homens que consumiram duas porções de peixes gordurosos por semana estavam 50% menos suscetíveis a sofrer ataques cardíacos fatais e, na análise de 84.688 mulheres, aquelas que comiam peixes e alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3 pelo menos uma vez por semana reduziram o risco de doenças cardíacas em mais de 20%.

A opção de consumir proteínas de outras fontes além da carne vermelha também tem sido associada à diminuição dos índices de câncer. Quando a carne está sendo preparada, especialmente quando é grelhada ou assada sob altas temperaturas, é possível que se formem substâncias agressivas na superfície da carne. Carnes processadas, como salsichas, salame e mortadela geralmente contêm nitrosaminas – compostos químicos cancerígenos – embora agora existam produtos disponíveis que já estão livres desses compostos causadores de câncer.

Enquanto a dieta baseada em carne vermelha foi diretamente associada a um crescente risco de desenvolvimento de câncer de próstata na pesquisa de prevenção ao câncer com selênio e vitamina E, dentre os 35.534 homens analisados no estudo, aqueles que consumiram, no mínimo, três porções de peixe por semana, quando comparados aos homens que raramente comeram peixe, tiveram o risco de desenvolver um avançado câncer de próstata reduzido pela metade.

Outro estudo, que envolveu mais de 19.500 mulheres em uma dieta de baixo consumo de gordura, descobriu, depois de oito anos, uma redução de 40% do risco de desenvolvimento de câncer no colo do útero entre elas, quando comparadas com 29 mil mulheres que mantiveram antigos hábitos

marta escreveu:Fernandinho, tu tá de sacanagem com o nosso churrasco??

Fernando Silva escreveu:

marta escreveu:Fernandinho, tu tá de sacanagem com o nosso churrasco??

Quando eu vou a churrascos ou churrascarias, como frango ou peixe.

marta escreveu:

Fernando Silva escreveu:

marta escreveu:Fernandinho, tu tá de sacanagem com o nosso churrasco??

Quando eu vou a churrascos ou churrascarias, como frango ou peixe.

Sério?! Vc não come bovinos nem suínos??

Apo escreveu:Agora...me bota um sushi e um sashimi na mesa e eu não recuso jamais! Dos deuses!

Reid escreveu:

Apo escreveu:Agora...me bota um sushi e um sashimi na mesa e eu não recuso jamais! Dos deuses!

se comida japonesa n fosse tao cara aki no brasil, so viveria dela

Darkside escreveu:Os homens e mulheres dessa pesquisa que não sacrificaram um dos maiores prazeres da vida por um punhado de longevidade são um exemplo para todos nós.

Luiz Carlos Querido escreveu:PRa mim é tudo igual Carne de boi, de galinha, de gato. O que tem de diferente?

Engineer escreveu:

Luiz Carlos Querido escreveu:PRa mim é tudo igual Carne de boi, de galinha, de gato. O que tem de diferente?

Herege, queime no fogo do inferno!!!!!!!!!!

Fernando Silva escreveu:

marta escreveu:

Fernando Silva escreveu:

marta escreveu:Fernandinho, tu tá de sacanagem com o nosso churrasco??

Quando eu vou a churrascos ou churrascarias, como frango ou peixe.

Sério?! Vc não come bovinos nem suínos??

Tirando torresminhos que vêm na farofa ou coisas assim, não.
E já fazem 40 anos.
Mas não sou vegetariano. Como frango, peixe, leite, ovo etc.

carlo escreveu:Anos atrás eu acreditava que carne vermelha não engorda, o ressuktado é que eu comia horrores de carne e pouco carboidrato, o resultado é que além de estar sempre acima do peso, minhas taxas de colesterol e triglicérides andavam nas alturas.

Fernando Silva escreveu:

carlo escreveu:Anos atrás eu acreditava que carne vermelha não engorda, o ressuktado é que eu comia horrores de carne e pouco carboidrato, o resultado é que além de estar sempre acima do peso, minhas taxas de colesterol e triglicérides andavam nas alturas.

Esqueceu do ácido úrico. Depois de ver tantos parentes e colegas internados às pressas devido a pedras nos rins, você começa a ver as coisas de outro modo.
É muito triste ver o próprio pai urrando de dor enquanto uma pedra desce.
Ou sentir calafrios só de ouvir relatos de colegas sobre como tiveram sondas enfiadas no pênis para soltar o entulho.

Quanto a colesterol e glicerídeos, também vi o estrago que causam: AVC, problemas de coração etc.

Esse é um dos problemas de ficar velho: você começa a ir mais a enterros que a batizados, mais a UTIs que a maternidades.

Às vezes eu me lembro do salmo 90 (ou 91, conforme a versão):
"Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás atingido".

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Boa era a epoca que eu comia uns quatro bifes de qualidade (e mais umas duas costeletas) por semana. Ou quando eu ia para um "churrasco" e a carne era de verdade, e nao pao com salsicha, hamburger e ketchup.

Esse e com certeza o maior fator de qualidade de vida que eu perdi indo embora. Pelo menos e o que eu mais sinto falta...

Apo escreveu:Nunca entendi porque não tem vaca, porco, galinha ou caças na Europa....Tudo isto dá churrasco. Tem que ter é carvão.

Apo escreveu:A mais pura verdade. Nem casamentos aparecem. Todos os amigos casaram e já separaram ou casaram sem alarde em segundas ou terceiras núpcias. Logo, nem festa tem mais.
Estou agora na fase hiato entre festas da minha geração e as da geração da minha filha ( os 15 já se foram faz 2 anos...).

Fernando Silva escreveu:

Apo escreveu:Nunca entendi porque não tem vaca, porco, galinha ou caças na Europa....Tudo isto dá churrasco. Tem que ter é carvão.

Tem, mas é muito caro devido à pouca terra disponível. E a caça ... já foi quase toda caçada.

Fernando Silva escreveu:

Apo escreveu:A mais pura verdade. Nem casamentos aparecem. Todos os amigos casaram e já separaram ou casaram sem alarde em segundas ou terceiras núpcias. Logo, nem festa tem mais.
Estou agora na fase hiato entre festas da minha geração e as da geração da minha filha ( os 15 já se foram faz 2 anos...).

Meus amigos festeiros perderam o tesão por festas e badalações.