MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Ministério Público em São José dos Campos afirma que filme induz população ao consumo de bebidas alcoólicas
SÃO PAULO - O Ministério Público Federal em São José dos Campos, São Paulo, entrou nesta semana com ação contra a Ambev e a agência de publicidade África em razão do comercial em que o jogador Ronaldo, do Corinthians, aparece como garoto-propaganda da cerveja Brahma.
A ação, que pede condenação por danos morais, afirma que o filme induz as pessoas, em especial os jovens, a consumirem bebidas alcoólicas, ferindo o princípio da responsabilidade. O MPF afirma que quer uma indenização que seja "condizente com o milionário volume financeiro envolvido".
Em nota no site da Ambev, os criadores da propaganda afirmam que o comercial foi criado para "apresentar o craque como um exemplo brasileiro, um batalhador, que cai, se levanta e segue em frente com otimismo, assim como todo brasileiro".
O atual comercial da Brahma já havia sido alvo de denúncia por parte da segunda colocada no mercado, a Cervejaria Schincariol. A denúncia foi encaminhada ao Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e pede a suspensão da anúncio.
A Schincariol entrou com uma representação, por meio de seus advogados, apontando três aspectos que julga irregulares na propaganda em relação ao código de ética adotado pelo Conar para regular a propaganda no segmento de bebidas.
A agência África, que criou a peça, já fez ajustes. No comercial que está no ar agora, Ronaldo não aparece mais com o copo de cerveja na mão. Também deixou de dizer que era "um brahmeiro" - a expressão foi trocada por "um guerreiro".
A Schincariol argumenta, na denúncia, que o jogador tem forte influência sobre o público infantil. Por isso, não deveria aparecer em comercial de cerveja. Considera ainda que, por ser um jogador de futebol - um esporte olímpico -, estaria impedido de vincular sua imagem a bebidas, já que o Conar condena esse tipo de associação. E acha também que há, no comercial, um apelo que induz o consumidor a atrelar o êxito de Ronaldo ao fato de ele ser "um brahmeiro".
http://www.estadao.com.br/noticias/econ ... 1572,0.htm
Ministério Público em São José dos Campos afirma que filme induz população ao consumo de bebidas alcoólicas
SÃO PAULO - O Ministério Público Federal em São José dos Campos, São Paulo, entrou nesta semana com ação contra a Ambev e a agência de publicidade África em razão do comercial em que o jogador Ronaldo, do Corinthians, aparece como garoto-propaganda da cerveja Brahma.
A ação, que pede condenação por danos morais, afirma que o filme induz as pessoas, em especial os jovens, a consumirem bebidas alcoólicas, ferindo o princípio da responsabilidade. O MPF afirma que quer uma indenização que seja "condizente com o milionário volume financeiro envolvido".
Em nota no site da Ambev, os criadores da propaganda afirmam que o comercial foi criado para "apresentar o craque como um exemplo brasileiro, um batalhador, que cai, se levanta e segue em frente com otimismo, assim como todo brasileiro".
O atual comercial da Brahma já havia sido alvo de denúncia por parte da segunda colocada no mercado, a Cervejaria Schincariol. A denúncia foi encaminhada ao Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e pede a suspensão da anúncio.
A Schincariol entrou com uma representação, por meio de seus advogados, apontando três aspectos que julga irregulares na propaganda em relação ao código de ética adotado pelo Conar para regular a propaganda no segmento de bebidas.
A agência África, que criou a peça, já fez ajustes. No comercial que está no ar agora, Ronaldo não aparece mais com o copo de cerveja na mão. Também deixou de dizer que era "um brahmeiro" - a expressão foi trocada por "um guerreiro".
A Schincariol argumenta, na denúncia, que o jogador tem forte influência sobre o público infantil. Por isso, não deveria aparecer em comercial de cerveja. Considera ainda que, por ser um jogador de futebol - um esporte olímpico -, estaria impedido de vincular sua imagem a bebidas, já que o Conar condena esse tipo de associação. E acha também que há, no comercial, um apelo que induz o consumidor a atrelar o êxito de Ronaldo ao fato de ele ser "um brahmeiro".
http://www.estadao.com.br/noticias/econ ... 1572,0.htm
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Imagina só se o Kaká aparece num comercial bebendo água sanitária ou querosene.
Mais do que certa a atitude do MP.
Mais do que certa a atitude do MP.
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Está certíssimo o MP. O Ronaldo é um ídolo para os jovens, principalmente para as crianças. Deveria partir dele essa responsabilidade. Mas uma vez que ele não tem discernimento para tanto, que seja através do MP.
marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.
- King In Crimson
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
anúncio da Brahma... induz população ao consumo de bebidas alcoólicas
Mas isso é um absurdo!
Nem na distopia mais extrema tal crime poderia ser cogitado.
- Neuromancer
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
É claro que o comercial induz o consumo de bebidas alcoólicas, em especial a Brahma, é esta a função do comercial. Queria ver um comercial de bebidas que não induzisse o consumo de bebidas
Fideliter ad lucem per ardua tamen.
- user f.k.a. Cabeção
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
A Schincariol argumenta, na denúncia, que o jogador tem forte influência sobre o público infantil. Por isso, não deveria aparecer em comercial de cerveja. Considera ainda que, por ser um jogador de futebol - um esporte olímpico -, estaria impedido de vincular sua imagem a bebidas, já que o Conar condena esse tipo de associação. E acha também que há, no comercial, um apelo que induz o consumidor a atrelar o êxito de Ronaldo ao fato de ele ser "um brahmeiro".
Que merda e essa?
O cara agora e obrigado a ser um bom exemplo? Por que o Zeca Pagodinho pode fazer esse tipo de comercial e o Ronaldo nao?
Sobre a imagem do esporte, se alguem deve julga-lo sao as federacoes independentes as quais ele se associou, nao a porra do ministerio publico. Esses putos nao tem o que fazer?
E obvio que a intencao do comercial e vender mais cerveja. O que esperavam que fosse? Mostrar mulher de biquini no horario nobre a troco de nada?
E o cara nao pode se dizer um "brahmeiro"? Ah, vao a merda!
Isso e um dos casos mais patentes de tirania politicamente correta que eu ja vi acontecer no Brasil.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
O MPF ajuda os empresários bacanas da Schincariol?
Viva o LIVRE-mercado, um onde o Ronaldo não é LIVRE para fazer propagandas e a Brahma não é LIVRE para vincular comerciais induzindo ao consumo do produto que vende.
Depois ainda criam tópicos assim: viewtopic.php?f=1&t=19149&p=384107#p384107 e dizem que é tudo culpa do LIVRE-mercado e que a solução é aumentar o poder dos burocratas como fizeram na URSS, na China, em Cuba...
Com essa 'lógica' toda me sinto no estranho mundo bizarro: (alguém lembra?)
Viva o LIVRE-mercado, um onde o Ronaldo não é LIVRE para fazer propagandas e a Brahma não é LIVRE para vincular comerciais induzindo ao consumo do produto que vende.
Depois ainda criam tópicos assim: viewtopic.php?f=1&t=19149&p=384107#p384107 e dizem que é tudo culpa do LIVRE-mercado e que a solução é aumentar o poder dos burocratas como fizeram na URSS, na China, em Cuba...
Com essa 'lógica' toda me sinto no estranho mundo bizarro: (alguém lembra?)
- carlo
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Eu gosto muito da SKOL, e dos meus sucos de cana "VALE VERDE", "GERMANA" E "ERVA DOCE"., po outro o que este professor diz é a mais pura realidade:
O estádio do Pacaembu foi palco da segunda partida das finais do campeonato paulista deste ano. Com o empate em um a um, o Corinthians
tornou-se campeão, já que vencera o primeiro jogo na Vila Belmiro. O
"próprio da municipalidade paulistana", como o estádio era chamado pelo locutores de outras épocas, viveu um dia de festa (apesar das trapalhadas da Federação na hora de premiar os vencedores, causando até um princípio de incêndio).
O Pacaembu, velho de quase 70 anos, a serem completados no ano que vem, deu conta do recado. As reclamações da imprensa se restringiram ao gramado, realmente muito mal cuidado pela atual administração. Sobre o pior, que estava à vista de todos, não se ouviu nenhum pio, por motivos óbvios.
Placas de publicidade, colocadas estrategicamente ao redor do campo para obter os melhores e mais constantes ângulos das câmeras de TV, anunciavam bebidas alcoólicas cuja propaganda pelo rádio e pela televisão é proibida no horário em que o jogo se realizava. Sem nenhum pudor a TV anunciava, ainda que indiretamente, marcas de cachaça e conhaque que, pela lei, só poderiam ser mostradas depois das 21 horas.
As tentativas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de impedir que bebidas de teor alcoólico mais baixo, como as cervejas e os vinhos, continuassem a ser veiculadas a qualquer hora do dia nunca vingaram. E uma das razões, sem dúvida, está no fato das cervejarias patrocinarem as principais transmissões de eventos esportivos no país.
Ainda assim, a lei determina que bebidas com mais de 13 graus na escala Guy Loussac (caso da cachaça e do conhaque) só podem ser propagandeadas pela TV e pelo rádio entre as nove da noite e as seis da manhã. Mas na final do Paulistão, lá estavam sendo exibidas sem nenhuma restrição em plena tarde de domingo.
Emissoras, agências de publicidade, anunciantes e concessionários dos espaços publicitários no Pacaembu (e de outros estádios onde a prática se repete) encontraram um belo atalho para burlar a lei. Além de resistirem bravamente a possíveis restrições à propagada diurna de cervejas, conseguiram veicular também nesses horários bebidas de alto teor alcoólico, mostrando toda a sua esperteza. A cada tomada de câmera da pinga que "é uma boa idéia" ou do conhaque "macio", risos de superioridade devem aparecer nas faces dos que operam à margem da lei.
Afinal eles são mesmo muito espertos.
A essa gente não interessa, por exemplo, os resultados de duas pesquisas recentes realizadas aqui e na Europa. A brasileira, apoiada pela Fapesp (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) e divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz, mostra a diferença de atitude em relação à bebida dos adolescentes que ficam mais ou menos tempo expostos à propaganda desses produtos. Os primeiros consomem álcool em quantidades maiores do que os outros.
Os pesquisadores estudaram o comportamento de estudantes de 14 a 17 anos, da rede pública de ensino de São Bernardo do Campo, diante da exposição de 32 propagandas de cerveja. Entre os adolescentes que já haviam sido expostos previamente a mais mensagens publicitárias, a pesquisa constatou que o consumo de bebidas alcoólicas é de cinco a dez vezes maior. "As propagandas que mais chamavam a atenção dos estudantes estavam associadas a sexualidade, humor e futebol", disse o principal autor do trabalho, Alan Vendrame, pesquisador da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Na Holanda, cientistas da Universidade de Radboud conduziram um experimento com 80 estudantes universitários do sexo masculino, de idades entre 18 e 29 anos, divididos em quatro grupos. Um deles assistiu ao filme American Pie - A Primeira Vez é Inesquecível, com muitas referências ao consumo de bebidas alcoólicas durante a trama e com propagandas desses produtos nos intervalos. Outro grupo assistiu ao mesmo filme sem nenhuma propaganda. Um terceiro grupo assistiu ao filme 40 Dias e 40 Noites, que tem menos referências a bebidas alcoólicas mas que foi interrompido algumas vezes por comerciais de bebidas. E o quarto assistiu ao mesmo filme, sem intervalos.
Durante a exibição os participantes tinham acesso a uma geladeira com cerveja, pequenas garrafas de vinho e refrigerantes. Aqueles que assistiram ao American Pie serviram-se de 1,5 copos a mais de cerveja ou vinho do que os que assistiram ao 40 Dias e 40 Noites. Os resultados sugerem que o efeito do conteúdo de álcool na TV não só é capaz de aumentar a compra de bebidas alcoólicas, mas pode também estimular o seu consumo imediato.
"Nosso estudo mostra claramente que exibir bebidas alcoólicas em filmes e propagandas não apenas influi nas atitudes das pessoas e nas regras para bebida na sociedade, mas pode funcionar como uma sugestão que afeta o desejo e o subsequente consumo de bebida", afirmou o pesquisador Rutger Engels que liderou o estudo. A pesquisa foi publicada na edição de maio-junho de 2009 da revista científica britânica Alcohol and Alcoholism.
As conseqüências desse consumo são mais do que conhecidas: doenças,
atitudes anti-sociais, mortes no trânsito, entre outras. Mas a resposta dos publicitários e dos seus associados é sempre a mesma: a auto regulamentação resolve tudo. Afirmação igualmente desmentida por outra pesquisa conduzida por Alan Vendrame. Ele investigou a violação das regras impostas pelo código de ética do Conar (Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária) e constatou que 12 das 16 regras para a publicidade de bebidas alcoólicas são violadas. Entre elas, a que impede a propaganda de utilizar imagens, linguagens ou idéias sugerindo ser o consumo do produto um sinal de maturidade ou que contribua para o êxito profissional, social ou sexual.
A determinação de que os personagens da propaganda não devem ter, nem aparentar ter menos de 25 anos, também não é cumprida. Assim como a que impede o apelo sexual. O pesquisador entrevistou 282 estudantes de 14 a 17 anos de escolas públicas também de São Bernardo dos Campo mas não os mesmos que participaram da outra pesquisa acima mencionada.
São constatações que mostram claramente a necessidade da presença do
Estado nesse tipo de relação. A sua ausência não só permite o
desrespeito às regras de auto regulamentação como dá aos agentes da
propaganda a sensação de total impunidade, levando alguns deles a buscar caminhos tortuosos para burlar o pouco de lei existente. Como no caso das placas publicitárias colocadas nos campos de futebol para serem exibidas pela TV.
Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP e da Faculdade Cásper Líbero. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).
O estádio do Pacaembu foi palco da segunda partida das finais do campeonato paulista deste ano. Com o empate em um a um, o Corinthians
tornou-se campeão, já que vencera o primeiro jogo na Vila Belmiro. O
"próprio da municipalidade paulistana", como o estádio era chamado pelo locutores de outras épocas, viveu um dia de festa (apesar das trapalhadas da Federação na hora de premiar os vencedores, causando até um princípio de incêndio).
O Pacaembu, velho de quase 70 anos, a serem completados no ano que vem, deu conta do recado. As reclamações da imprensa se restringiram ao gramado, realmente muito mal cuidado pela atual administração. Sobre o pior, que estava à vista de todos, não se ouviu nenhum pio, por motivos óbvios.
Placas de publicidade, colocadas estrategicamente ao redor do campo para obter os melhores e mais constantes ângulos das câmeras de TV, anunciavam bebidas alcoólicas cuja propaganda pelo rádio e pela televisão é proibida no horário em que o jogo se realizava. Sem nenhum pudor a TV anunciava, ainda que indiretamente, marcas de cachaça e conhaque que, pela lei, só poderiam ser mostradas depois das 21 horas.
As tentativas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de impedir que bebidas de teor alcoólico mais baixo, como as cervejas e os vinhos, continuassem a ser veiculadas a qualquer hora do dia nunca vingaram. E uma das razões, sem dúvida, está no fato das cervejarias patrocinarem as principais transmissões de eventos esportivos no país.
Ainda assim, a lei determina que bebidas com mais de 13 graus na escala Guy Loussac (caso da cachaça e do conhaque) só podem ser propagandeadas pela TV e pelo rádio entre as nove da noite e as seis da manhã. Mas na final do Paulistão, lá estavam sendo exibidas sem nenhuma restrição em plena tarde de domingo.
Emissoras, agências de publicidade, anunciantes e concessionários dos espaços publicitários no Pacaembu (e de outros estádios onde a prática se repete) encontraram um belo atalho para burlar a lei. Além de resistirem bravamente a possíveis restrições à propagada diurna de cervejas, conseguiram veicular também nesses horários bebidas de alto teor alcoólico, mostrando toda a sua esperteza. A cada tomada de câmera da pinga que "é uma boa idéia" ou do conhaque "macio", risos de superioridade devem aparecer nas faces dos que operam à margem da lei.
Afinal eles são mesmo muito espertos.
A essa gente não interessa, por exemplo, os resultados de duas pesquisas recentes realizadas aqui e na Europa. A brasileira, apoiada pela Fapesp (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) e divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz, mostra a diferença de atitude em relação à bebida dos adolescentes que ficam mais ou menos tempo expostos à propaganda desses produtos. Os primeiros consomem álcool em quantidades maiores do que os outros.
Os pesquisadores estudaram o comportamento de estudantes de 14 a 17 anos, da rede pública de ensino de São Bernardo do Campo, diante da exposição de 32 propagandas de cerveja. Entre os adolescentes que já haviam sido expostos previamente a mais mensagens publicitárias, a pesquisa constatou que o consumo de bebidas alcoólicas é de cinco a dez vezes maior. "As propagandas que mais chamavam a atenção dos estudantes estavam associadas a sexualidade, humor e futebol", disse o principal autor do trabalho, Alan Vendrame, pesquisador da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Na Holanda, cientistas da Universidade de Radboud conduziram um experimento com 80 estudantes universitários do sexo masculino, de idades entre 18 e 29 anos, divididos em quatro grupos. Um deles assistiu ao filme American Pie - A Primeira Vez é Inesquecível, com muitas referências ao consumo de bebidas alcoólicas durante a trama e com propagandas desses produtos nos intervalos. Outro grupo assistiu ao mesmo filme sem nenhuma propaganda. Um terceiro grupo assistiu ao filme 40 Dias e 40 Noites, que tem menos referências a bebidas alcoólicas mas que foi interrompido algumas vezes por comerciais de bebidas. E o quarto assistiu ao mesmo filme, sem intervalos.
Durante a exibição os participantes tinham acesso a uma geladeira com cerveja, pequenas garrafas de vinho e refrigerantes. Aqueles que assistiram ao American Pie serviram-se de 1,5 copos a mais de cerveja ou vinho do que os que assistiram ao 40 Dias e 40 Noites. Os resultados sugerem que o efeito do conteúdo de álcool na TV não só é capaz de aumentar a compra de bebidas alcoólicas, mas pode também estimular o seu consumo imediato.
"Nosso estudo mostra claramente que exibir bebidas alcoólicas em filmes e propagandas não apenas influi nas atitudes das pessoas e nas regras para bebida na sociedade, mas pode funcionar como uma sugestão que afeta o desejo e o subsequente consumo de bebida", afirmou o pesquisador Rutger Engels que liderou o estudo. A pesquisa foi publicada na edição de maio-junho de 2009 da revista científica britânica Alcohol and Alcoholism.
As conseqüências desse consumo são mais do que conhecidas: doenças,
atitudes anti-sociais, mortes no trânsito, entre outras. Mas a resposta dos publicitários e dos seus associados é sempre a mesma: a auto regulamentação resolve tudo. Afirmação igualmente desmentida por outra pesquisa conduzida por Alan Vendrame. Ele investigou a violação das regras impostas pelo código de ética do Conar (Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária) e constatou que 12 das 16 regras para a publicidade de bebidas alcoólicas são violadas. Entre elas, a que impede a propaganda de utilizar imagens, linguagens ou idéias sugerindo ser o consumo do produto um sinal de maturidade ou que contribua para o êxito profissional, social ou sexual.
A determinação de que os personagens da propaganda não devem ter, nem aparentar ter menos de 25 anos, também não é cumprida. Assim como a que impede o apelo sexual. O pesquisador entrevistou 282 estudantes de 14 a 17 anos de escolas públicas também de São Bernardo dos Campo mas não os mesmos que participaram da outra pesquisa acima mencionada.
São constatações que mostram claramente a necessidade da presença do
Estado nesse tipo de relação. A sua ausência não só permite o
desrespeito às regras de auto regulamentação como dá aos agentes da
propaganda a sensação de total impunidade, levando alguns deles a buscar caminhos tortuosos para burlar o pouco de lei existente. Como no caso das placas publicitárias colocadas nos campos de futebol para serem exibidas pela TV.
Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP e da Faculdade Cásper Líbero. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).
NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
carlo escreveu:12 das 16 regras para a publicidade de bebidas alcoólicas são violadas. Entre elas, a que impede a propaganda de utilizar imagens, linguagens ou idéias sugerindo ser o consumo do produto um sinal de maturidade ou que contribua para o êxito profissional, social ou sexual.
A determinação de que os personagens da propaganda não devem ter, nem aparentar ter menos de 25 anos, também não é cumprida.
Ah, porra. Tá brincando que isso também é regulamentado?
Essa é até pior do que aquela da Anvisa:
17/12/2008 - 23h26
Anvisa proíbe recomendação de famosos em propaganda de remédios
da Folha Online
As propagandas de medicamentos isentos de prescrição médica não poderão mais exibir a imagem ou voz de famosos recomendando o medicamento ou sugerindo que fazem uso dele. A determinação foi divulgada nesta quarta-feira (17) após ser aprovada pela diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A medida permite a aparição de celebridades em propagandas e publicidades, mas sem fazer orientações e sugestão de uso de medicamentos. O projeto que torna mais rígidas as regras para as propagandas de remédios foi divulgado nesta quarta-feira, pelo ministro José Gomes Temporão (Saúde) e pelo diretor-presidente da agência, Dirceu Raposo de Mello.
As propagandas de medicamentos deverão seguir regras mais rígidas daqui a seis meses. A resolução prevê restrições à distribuição de amostras grátis e determina a veiculação de mensagens de advertência específicas para cada substância em rádio, televisão e meios de comunicação impressos.
Segundo a nova determinação, amostras grátis terão que conter a dose recomendada na bula para um período inteiro de tratamento. Se o médico receitar, por exemplo, que o paciente use uma determinada pomada por 30 dias, a amostra grátis do medicamento não poderá servir, como acontece hoje, apenas para uma semana.
Será proibida propaganda de medicamento em programas dedicados ao público infantil.
Automedicação
A resolução da Anvisa é fruto de uma proposta submetida a consulta pública em 2005. O principal objetivo era restringir a automedicação.
Pesquisa da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostra que o uso incorreto de medicamentos é responsável pela intoxicação de uma pessoa a cada 42 minutos no Brasil. Em 2006, foram registrados 32,8 mil casos no país, número 30% superior ao registrado no ano anterior.
As propagandas e publicidades deverão começar a trazer os termos técnicos escritos de forma a facilitar a compreensão do público. As referências bibliográficas citadas deverão estar disponíveis no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).
A resolução também proíbe usar de forma não declaradamente publicitária espaços em filmes, espetáculos teatrais e novelas, e lançar mão de imperativos como "tome", "use", ou "experimente".
A resolução estabelece cerca de 40 mensagens contendo os principais efeitos adversos de cada medicamento, que terão que constar de todas as mensagens publicitárias a serem veiculadas pelo setor. As novas regras reforçam a proteção da população quanto ao uso indiscriminado de medicamentos, incluídos os de venda livre, cujo uso também acarreta riscos à saúde.
Atualmente, a publicidade de medicamentos é regida por uma resolução do ano 2000. Ela já proíbe a propaganda de medicamentos com prescrição obrigatória, a não ser quando veiculada em meio dirigido aos próprios médicos.
Limita, ainda, a distribuição de amostra grátis aos profissionais de saúde e determina a veiculação da mensagem "ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado".
Consulta pública
Além das informações tradicionais já exigidas pela RDC 102/00 (nome comercial, número de registro e a advertência "Ao persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado"), as propagandas de medicamentos isentos de prescrição deverão trazer advertências relativas aos princípios ativos.
Um exemplo é a dipirona sódica, cuja proposta de advertência é "Não use este medicamento durante a gravidez e em crianças menores de três meses de idade".
O texto final deve desagradar a indústria farmacêutica, que defende a auto-regulamentação do setor.
As empresas terão 180 dias para se adaptarem ao documento, contados a partir da publicação da resolução no "Diário Oficial" da União, prevista para amanhã ou sexta-feira.
As empresas que descumprirem as regras estarão sujeitas a penalidades que vão desde a obrigatoriedade de veicular uma mensagem para corrigir a propaganda errada até a suspensão da venda do produto, caso não haja retificação.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equi ... 0814.shtml
- Apáte
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Traveco pode, cerveja não.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Toda essa regulamentação faz muito sentido, afinal, toda propaganda bem direcionada esmaga de maneira impiedosa a consciência e a vontade do consumidor, tornando ele um escravo do produto no imediato momento em que seus órgãos sensoriais captarem a obra manipuladora das agências de marketing.
Por exemplo, o forista user f.k.a. Cabeção certamente se tornará um fumante no exato momento em que ver este anúncio:
Por exemplo, o forista user f.k.a. Cabeção certamente se tornará um fumante no exato momento em que ver este anúncio:
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."
Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237
Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
user f.k.a. Cabeção escreveu:E o cara nao pode se dizer um "brahmeiro"? Ah, vao a merda!
Não, não pode. É uma das coisas que mais me irritam em comerciais. Sou "brahmeiro", sou "guerreiro": isso me irrita e muito.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Soldados do BOPE sobre BOPE
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Soldados do BOPE sobre BOPE
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
user f.k.a. Cabeção escreveu:A Schincariol argumenta, na denúncia, que o jogador tem forte influência sobre o público infantil. Por isso, não deveria aparecer em comercial de cerveja. Considera ainda que, por ser um jogador de futebol - um esporte olímpico -, estaria impedido de vincular sua imagem a bebidas, já que o Conar condena esse tipo de associação. E acha também que há, no comercial, um apelo que induz o consumidor a atrelar o êxito de Ronaldo ao fato de ele ser "um brahmeiro".
Que merda e essa?
O cara agora e obrigado a ser um bom exemplo? Por que o Zeca Pagodinho pode fazer esse tipo de comercial e o Ronaldo nao?
Sobre a imagem do esporte, se alguem deve julga-lo sao as federacoes independentes as quais ele se associou, nao a porra do ministerio publico. Esses putos nao tem o que fazer?
E obvio que a intencao do comercial e vender mais cerveja. O que esperavam que fosse? Mostrar mulher de biquini no horario nobre a troco de nada?
E o cara nao pode se dizer um "brahmeiro"? Ah, vao a merda!
Isso e um dos casos mais patentes de tirania politicamente correta que eu ja vi acontecer no Brasil.
Não é bem assim não, filhote. O Zeca Pagodinho não é ídolo de crianças e o Ronaldo é. Só isso já deveria fazer com ele fosse um pouco mais seletivo e responsável com aquilo que anuncia. Os adultos sabem que um comercial é apenas um comercial, mas as crianças não.
Não tenho um pingo de simpatia pela chatinha da Eliana, mas uma vez durante um desfile de carnaval ela foi barrada no camarete de uma cervajaria porque se recusou a vestir a camiseta. Alegou que seu público era infantil e ela não poderia vestir essa imagem. Está certa. Está respeitando seu público.
O Ronaldo é ídolo da criançada e, sobretudo pai. Deveria se preocupar com a sua imagem.
Se bem que a imagem dele tá mais arranhada que brinquedo de gato, mas mesmo assim
marta
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Martita,
uma coisa e eu, voce ou qualquer um termos uma opiniao sobre o que como uma personalidade particular deveria cuidar da sua "imagem publica".
Outra coisa completamente diferente e o Ministerio Publico Federal achar que tem poder para se meter nas decisoes erradas que as pessoas tomam na vida delas.
O fato das criancas tomarem ou nao Ronaldo como exemplo deveria contribuir para ele ser mais criterioso com o tipo de imagem que ele passa, mas isso nao pode ser exigido dele como se ele tivesse menos direitos individuais que outros.
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- Mucuna
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
É a idéia de muitos é simplesmente proibir qualquer anúncio de bebidas alcoolicas, como proibiram as de cigarro.
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Mucuna escreveu:É a idéia de muitos é simplesmente proibir qualquer anúncio de bebidas alcoolicas, como proibiram as de cigarro.
A diferença é que a indústria tabagista é uma boa mulher de bandido, e a indústria boêmia se fortalece a cada ataque que recebe.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Marta,
O seu erro é o mesmo de toda universidade de direito no Brasil: você está julgando a pessoa pelo que ela é, e não pelo que ela faz.
Por este raciocínio, uma apresentadora de programa infantil jamais poderia se tornar uma atriz pornô caso queira, ou seria condenada mesmo que uma homemade sextape vazasse na internet. Mas se qualquer outra pessoa no mundo fizesse o mesmo, estaria tudo bem, já que ela não é um "ídolo" para as crianças.
O seu erro é o mesmo de toda universidade de direito no Brasil: você está julgando a pessoa pelo que ela é, e não pelo que ela faz.
Por este raciocínio, uma apresentadora de programa infantil jamais poderia se tornar uma atriz pornô caso queira, ou seria condenada mesmo que uma homemade sextape vazasse na internet. Mas se qualquer outra pessoa no mundo fizesse o mesmo, estaria tudo bem, já que ela não é um "ídolo" para as crianças.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Apáte escreveu:Marta,
O seu erro é o mesmo de toda universidade de direito no Brasil: você está julgando a pessoa pelo que ela é, e não pelo que ela faz.
Por este raciocínio, uma apresentadora de programa infantil jamais poderia se tornar uma atriz pornô caso queira, ou seria condenada mesmo que uma homemade sextape vazasse na internet. Mas se qualquer outra pessoa no mundo fizesse o mesmo, estaria tudo bem, já que ela não é um "ídolo" para as crianças.
É exatamente isso. A força que um personagem pode ter em pessoas mais influenciáveis. E crianças certamente são muito influenciáveis. Uma criança tem mania de imitar seu ídolos e elas nem sabem porque sendo que até sofrem alguns acidentes por isso. Imagina o homem aranha fazendo propaganda de whisky.
Deus é um só...
...mas com várias caras: uma para cada religião
O homem é um animal inteligente o bastante para criar o seu próprio criador
Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Cabula escreveu:Apáte escreveu:Marta,
O seu erro é o mesmo de toda universidade de direito no Brasil: você está julgando a pessoa pelo que ela é, e não pelo que ela faz.
Por este raciocínio, uma apresentadora de programa infantil jamais poderia se tornar uma atriz pornô caso queira, ou seria condenada mesmo que uma homemade sextape vazasse na internet. Mas se qualquer outra pessoa no mundo fizesse o mesmo, estaria tudo bem, já que ela não é um "ídolo" para as crianças.
É exatamente isso. A força que um personagem pode ter em pessoas mais influenciáveis. E crianças certamente são muito influenciáveis. Uma criança tem mania de imitar seu ídolos e elas nem sabem porque sendo que até sofrem alguns acidentes por isso. Imagina o homem aranha fazendo propaganda de whisky.
Mas que disparate... O Ronaldo não é apresentador infantil nem personagem dirigido ao publico infantil, deus do céu, ele é um esportista, tem talento praticando um esporte e ganha a vida com isso.
Se as crianças também gostam desse esporte e simpatizam com ele a culpa nem ao menos é dele.
Então agora um jogador de xadrez, poker ou basebol podem fazer comerciais, ou mesmo um jogador de futebol da segunda divisão pouco carismático com as crianças, já o Ronaldo, caca ou qualquer um que se tornarem 'idolos' para as pobres 'criancinhas' não podem?
Do Zeca pagodinho ninguém reclama? Ele pode e o Ronaldo não?
Pobre das nossas criancinhas, os meninos irão todos correr atras de travestis e as meninas atras de outras criancinhas (por causa do filme amor estranho amor).
Vamos impedir que essas pessoas façam filmes, comerciais e tenham relacionamentos, eles não são indivíduos livres, são pessoas publicas sujeitas aos caprichos do povo.
Vamos também impedir que façam campanhas incentivando o uso da camisinha, afinal ela leva a promiscuidade e sexo também vicia como uma droga. Talvez devamos impedi-los de fazer qualquer comercial, já que isso incentiva um consumismo pernicioso as nossas crianças, algo tipico da maldita cultura imperialista americana.
Vamos proibir a propaganda de vez e de quebra, sem anunciantes, ainda acabamos com a maldita mídia capitalista sempre comprometida com os interesses do grande capital.
Vamos combinar isso com nossas emissoras estatais, intensificar a doutrin... digo, a educação consciente nas escolas e assim criaremos finalmente nosso paraíso socialista.
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Esse negócio que Ronaldo tem que ser "bom exemplo" eu acho o fim da picada.
Ronaldo tem que ser ele mesmo, e cada um que assuma a responsabilidade pelos exemplos que seguir.
Ronaldo tem que ser ele mesmo, e cada um que assuma a responsabilidade pelos exemplos que seguir.
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Valmor escreveu:Cabula escreveu:Apáte escreveu:Marta,
O seu erro é o mesmo de toda universidade de direito no Brasil: você está julgando a pessoa pelo que ela é, e não pelo que ela faz.
Por este raciocínio, uma apresentadora de programa infantil jamais poderia se tornar uma atriz pornô caso queira, ou seria condenada mesmo que uma homemade sextape vazasse na internet. Mas se qualquer outra pessoa no mundo fizesse o mesmo, estaria tudo bem, já que ela não é um "ídolo" para as crianças.
É exatamente isso. A força que um personagem pode ter em pessoas mais influenciáveis. E crianças certamente são muito influenciáveis. Uma criança tem mania de imitar seu ídolos e elas nem sabem porque sendo que até sofrem alguns acidentes por isso. Imagina o homem aranha fazendo propaganda de whisky.
Mas que disparate... O Ronaldo não é apresentador infantil nem personagem dirigido ao publico infantil, deus do céu, ele é um esportista, tem talento praticando um esporte e ganha a vida com isso.
Se as crianças também gostam desse esporte e simpatizam com ele a culpa nem ao menos é dele.
É verdade, ele não tem culpa tem que correr atrás de mais dinheiro para ele e cabe a ele aceitar as propagandas mas o que está se julgando aqui é a atitude da empresa de cervejaria que usou deste artifício para atingir mais clientes, ela é que tem que responder e ela é quem vai pagar a multa
Valmor escreveu:Então agora um jogador de xadrez, poker ou basebol podem fazer comerciais, ou mesmo um jogador de futebol da segunda divisão pouco carismático com as crianças, já o Ronaldo, caca ou qualquer um que se tornarem 'idolos' para as pobres 'criancinhas' não podem?
Do Zeca pagodinho ninguém reclama? Ele pode e o Ronaldo não?
Pobre das nossas criancinhas, os meninos irão todos correr atras de travestis e as meninas atras de outras criancinhas (por causa do filme amor estranho amor).
Vamos impedir que essas pessoas façam filmes, comerciais e tenham relacionamentos, eles não são indivíduos livres, são pessoas publicas sujeitas aos caprichos do povo.
Vamos também impedir que façam campanhas incentivando o uso da camisinha, afinal ela leva a promiscuidade e sexo também vicia como uma droga. Talvez devamos impedi-los de fazer qualquer comercial, já que isso incentiva um consumismo pernicioso as nossas crianças, algo tipico da maldita cultura imperialista americana.
É ssa afirmação é forçada pois o uso da camisinha tem sua utilidade e o seu público alvo é bem definido a intenção é motivar o uso de pessoas que fariam sexo sem ela e poderiam transmitir DSTs ou engravidar. Na época em que Ronaldo teve problemas com os travestis as empresas deixaram de usá-lo em comerciais e algumas ameaçaram não renovar os contratos inclusive essa cervejaria porque eles sabem que essa atitude comprometeria a imagem perante a opinião pública
Valmor escreveu:
Vamos proibir a propaganda de vez e de quebra, sem anunciantes, ainda acabamos com a maldita mídia capitalista sempre comprometida com os interesses do grande capital.
Vamos combinar isso com nossas emissoras estatais, intensificar a doutrin... digo, a educação consciente nas escolas e assim criaremos finalmente nosso paraíso socialista.
Todos sabemos que os comerciais são forçados, distorcem a verdade em favor do produto e que há muita coisa fantasiosa, algumas vezes conseguimos filtrar isso, outras somos fisgados, as crianças são fisgadas muito mais facilmente. Não devemos acabar com as propagandas e sim obedecer regras para que seja causado pouco impacto negativo.
Deus é um só...
...mas com várias caras: uma para cada religião
O homem é um animal inteligente o bastante para criar o seu próprio criador
Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
PARA MIM A ÚNICA QUE BUSCOU A RAZÃO E A USOU FOI MARTA!!!! FIN!!!!!!
NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
- user f.k.a. Cabeção
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
O que e mais bizarro nisso tudo?
1. O Ronaldo e um atleta e talvez as federacoes esportivas estabelecam certas restricoes aos membros federados com relacao ao uso de sua imagem e da do esporte que praticam, sobretudo com relacao aos atletas mais destacados. Nesse sentido, seria muito mais coerente ele receber uma sancao da CBF ou da FIFA por isso. Mas foi o Ministerio Publico Federal que abriu processo contra uma empresa de cerveja pelo "crime" de veicular um comercial que procura induzir pessoas a consumir alcool.
ou
2. O Ronaldo se meteu com tres travestis, mas ainda e o exemplo das criancinhas que nao pode beber?
Meu pai, o seu pai, os pais de praticamente todo mundo bebem ou ja beberam suas cervejas na frente dos filhos. Eu bebo cerveja e quando tiver um filho vou beber na frente dele. Ao que parece isso e pior para as criancas do que ser um gigolo de traveco.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
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Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
Darkside escreveu:Toda essa regulamentação faz muito sentido, afinal, toda propaganda bem direcionada esmaga de maneira impiedosa a consciência e a vontade do consumidor, tornando ele um escravo do produto no imediato momento em que seus órgãos sensoriais captarem a obra manipuladora das agências de marketing.
Por exemplo, o forista user f.k.a. Cabeção certamente se tornará um fumante no exato momento em que ver este anúncio:
CARA, ESTE POST SEU BOTOU PRÁ FODER!!!!!!!!!
NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
Re: MPF entra com ação contra anúncio da Brahma que traz Ronaldo
user f.k.a. Cabeção escreveu:
O que e mais bizarro nisso tudo?
1. O Ronaldo e um atleta e talvez as federacoes esportivas estabelecam certas restricoes aos membros federados com relacao ao uso de sua imagem e da do esporte que praticam, sobretudo com relacao aos atletas mais destacados. Nesse sentido, seria muito mais coerente ele receber uma sancao da CBF ou da FIFA por isso. Mas foi o Ministerio Publico Federal que abriu processo contra uma empresa de cerveja pelo "crime" de veicular um comercial que procura induzir pessoas a consumir alcool.
ou
2. O Ronaldo se meteu com tres travestis, mas ainda e o exemplo das criancinhas que nao pode beber?
Meu pai, o seu pai, os pais de praticamente todo mundo bebem ou ja beberam suas cervejas na frente dos filhos. Eu bebo cerveja e quando tiver um filho vou beber na frente dele. Ao que parece isso e pior para as criancas do que ser um gigolo de traveco.
Pior que essas era o seu antigo corte de cabelo no estilo "alça de boquete":
Obs: naquele tempo vi muita criança aderindo à moda.