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Notícia fresca: julgamento da "existência" de jisu

Enviado: 27 Jan 2006, 13:58
por Gilghamesh
Juiz deve decidir se padre será julgado por afirmar que Jesus existiu

11:36 27/01


Por Marta Falconi

VITERBO, Itália – Um juiz italiano ouviu alegações de advogados, nesta sexta-feira, a respeito da possibilidade de um padre de uma pequena cidade ser julgado por afirmar que Jesus Cristo existiu. A pessoa que está acusando o padre diz que a Igreja Católica Romana tem enganado pessoas por 2.000 anos com uma fábula e acusou o padre por violar duas leis ao promover a idéia.

Advogados do padre, o Rer. Enrico Righi, e de seu acusador, Luigi Cascioli, apresentaram suas alegações para o juiz Gaetano Mautone em uma audiência breve, a portas fechadas, em Viterbo, norte de Roma. Eles disseram que esperam que Mautone decida rapidamente se arquiva o caso ou ordena que Righi seja julgado.


Cascioli registrou uma queixa crime contra Righi, seu antigo colega de classe, em 2002, depois de que Righi escreveu em um boletim da paróquia que Jesus de fato existiu, nasceu em Belém, filho de José e Maria, e viveu em Nazaré.


Cascioli alega que a afirmação de Righi viola duas leis: a que determina o chamado “abuso de crença popular”, situação em que alguém engana fraudulentamente as pessoas; e a de “personificação”, crime em que alguém ganha por atribuir um nome falso a alguém.



“A questão não é estabelecer se Jesus existiu, mas sim se existe uma questão de fraude”, disse o advogado de Cascioli, Mauro Fonzo.



Cascioli diz que a igreja tem tido ganhos financeiros por “personificar” como Cristo alguém cujo nome era John da Gamala, filho de Judas da Gamala.



Ele disse que tem poucas expectativas que o caso tenha sucesso diante da poderosa Igreja Católica Italiana, mas que está passando pelas vias legais para alcançar a Corte Européia de Direitos Humanos, onde pretende acusar a igreja pelo que ele chama de “racismo religioso”.



Righi, de 76 anos, deu ênfase a evidências históricas substanciais, cristãs e não cristãs, sobre a existência de Jesus.



“Don Righi é inocente porque ele disse e escreveu o que ele tem o dever de dizer e escrever”, afirmou o advogado de Righi, Severo Bruno.



Ele disse ainda que alegou ao juiz que Righi não estava afirmando um fato histórico quando escreveu sobre a existência de Jesus, mas sim “expressando princípios teológicos”.



“Quando Don Righi falou sobre a humanidade de Cristo, estava afirmando que ele precisa ser considerado como um homem. Qual é seu nome, de onde ele vem ou quem são seus pais é algo secundário”, disse ele.

Mas Cascioli disse aos repórteres que “quando alguém afirma um fato errôneo, abusando da ignorância das pessoas, e ganha com isso, comete um crime grave”.



O irmão de Righi, Luigi Righi, assistiu à audiência e disse que o padre estava “sereno, porém, amargo”.


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