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"Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 09 Jun 2009, 16:24
por DIG
PUC ALERTA GENTILMENTE ALUNOS
QUE CONSUMIR DROGAS É ILEGAL


A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) anunciou hoje a interdição de um dos mais antigos maconhodrómo da capital, seu câmpus em Perdizes. A notícia é do Estadão. Sempre foi público e notório o uso dos campi para consumo da canabis. Como os eruvin judaicos – território definido pelos rabinos onde um judeu pode fazer no shabat tudo que é proibido a um judeu fazer no shabat – os universitários dispunham de um território próprio para consumir as drogas legalmente proibidas, e é óbvio que não deveriam se limitar à maconha. Se você quer fumar sua canabis ou cheirar sua cocaína sem maiores preocupações com a polícia, faça um vestibular. Uma vez dentro do câmpus, você está coberto de imunidades. Lá a polícia não chega e você pode curtir sua erva ou pó sem a desagradável intervenção desses estraga-prazeres.

Em 2003, o caso de uma universitária aleijada por um tiro na universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, trouxe à tona um dado óbvio, que autoridade universitária alguma gosta de comentar. O câmpus da Estácio era o mercado privilegiado dos traficantes, instalados no morro contíguo. Segundo gravações telefônicas feitas pela polícia, os líderes do tráfico estavam esperando o início das aulas para fazer caixa e comprar armas.

Comentei na ocasião: “Duas pestes a universidade introduziu no Brasil. O marxismo foi a primeira. Mais letal e destrutiva que qualquer droga, foi introduzida pela USP no país e a partir de São Paulo contaminou o universo acadêmico do país todo. A segunda foi a droga. Começou pela maconha, que adquiriu prestígio nos campi americanos, onde conservava seu nome mexicano, marijuana. Consumida anteriormente por marginais, foi elevada à dignidade universitária. Com esta bendita mania que temos de importar do Primeiro Mundo o que de pior o Primeiro Mundo produz, logo foi adotada pela universidade brasileira. O leitor deverá ter conhecido ou ouvido falar de pequenas comunidades do interior do país, onde a droga inexistia. Basta criar um curso ou extensão universitária nalguma dessas comunidades, e no dia seguinte a droga e o tráfico lá se instalam.

“Desde há muito se sabe que os campi abrigam aprazíveis fumódromos, protegidos pela asa cúmplice dos reitores. Mas ai de quem disser que o rei está nu. Foi o que aconteceu com o psiquiatra Içami Tiba. Ao analisar o caso de Suzane von Richthofen, estudante de direito da PUC de São Paulo que matou os pais no ano passado, afirmou: 'A PUC é um antro de maconha'. Que a maconha tinha livre curso na PUC, isto era público e sabido, e nenhum universitário negará este fato. A PUC, melindrada, entrou com dois processos contra o psiquiatra: um de indenização por danos morais e uma queixa-crime por difamação. O crime foi dizer em público, com todas as letras, o que era público mas jamais admitido”.

Foram precisos seis anos para que um reitor, finalmente, admitisse em público o uso de drogas no câmpus de Perdizes. O atual reitor, Dirceu de Mello, decidiu defender o “franco enfrentamento do problema” e coibir o consumo nas dependências universitárias. “A PUC não quer ser marcada como um território livre para o uso de drogas. O que é ilegal não pode e pronto. Aqui não é lugar para ficar fumando maconha” – disse o pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias, Hélio Roberto Deliberador.

Os 120 seguranças da Graber, uma prestadora de serviço, receberam treinamento para abordar quem for visto consumindo drogas na unidade. Mas a abordagem será leve. Nada de encaminhar à justiça que for flagrado cometendo um ilícito. Em média, dez usuários por dia serão abordados. E por que apenas dez usuários? Deliberador não explica. É de supor-se que para não espalhar a inquietação entre estes bravos jovens – o futuro da nação – que finalmente encontraram um eruv tranqüilo onde transgredir a lei sem temer as conseqüências da transgressão à lei.

Se o leitor imagina que o transgressor será encaminhado às autoridades para a devida punição, em muito se engana o leitor. Os funcionários da Graber pedirão gentilmente que o cigarro seja apagado, alertarão – ó novidade! – que o uso é ilegal e que a universidade não é o espaço adequado para o consumo. Fica no ar a pergunta: segundo a PUC, qual seria o espaço adequado? Assim como os adeptos do tabaco estão sendo expulsos dos bares, os curtidores da erva estão sendo reprimidos no território livre e sem lei da PUC.

Na ocasião do tiro na estudante da universidade Estácio de Sá, o então secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, ficou seriamente preocupado com o caos social decorrente do fim do tráfico: "Imagine se nós conseguíssemos fechar todas as bocas-de-fumo por uma semana e não fosse vendido um papelote de cocaína ou um grama de maconha? O que aconteceria com 700 mil pessoas depois de três dias sem usar droga, em crise de abstinência? Um pânico igual aos tiroteios que nós assistimos todos os dias na televisão. Aquilo que vocês têm mostrado nas páginas da Folha: pai matando o filho, filho matando e roubando a mãe, filho declarando que ama mais a cocaína que a própria família".

Preocupação digna de humanista que vê longe. Garotinho passou um recado à favela: dos bons serviços de vossos traficantes depende a paz social da nação. Nestes dias em que se erguem estátuas a Marighella e Cazuza, só falta erguer um monumento a este benemérito cidadão, o Traficante Desconhecido.

Segundo o pró-reitor da PUC, o segundo passo será identificar os usuários reticentes e os dependentes, até o próximo semestre. Esses estudantes serão chamados e encaminhados para acompanhamento socioeducativo com equipe multidisciplinar. Depois, será sugerido tratamento especializado. “Isso se o aluno quiser, porque não podemos impor tratamento para ninguém” – deliberou Deliberador, garantindo que nenhum aluno será desligado da PUC.

Quer dizer, os universitários serão alertados que fumar maconha é ilegal, que universidade não é o lugar adequado para ilegalidades, mas se quiserem continuar fumando sintam-se à vontade. Punição alguma, nem mesmo aquela ao alcance da PUC – o desligamento – será tomada.

O tráfico, penhorado, agradece.


Fonte: http://cristaldo.blogspot.com/

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 09 Jun 2009, 16:27
por Apo
Bah que coisa mais década de 70 e 80...puxar fumo no campus...

Pensei que só a gente tinha sido bicho grilo...
Nem em show de rock se vê maconha como antigamente...as coisas andam pra lá de leves.

Também sou filha da PUC, mas na Federal se fumava muito mais porque o campus é muito disperso - geograficamente falando.

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 09 Jun 2009, 17:32
por Mucuna
Antes de mais nada, a PUC pode exigir a conduta que bem entender dentro de seu perímetro. Ela tem esse direito.

Agora, o texto é muito tosco em vários pontos.

Em 2003, o caso de uma universitária aleijada por um tiro na universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, trouxe à tona um dado óbvio, que autoridade universitária alguma gosta de comentar. O câmpus da Estácio era o mercado privilegiado dos traficantes, instalados no morro contíguo. Segundo gravações telefônicas feitas pela polícia, os líderes do tráfico estavam esperando o início das aulas para fazer caixa e comprar armas


Aham... o tiro mostra que o campus era dominado por traficantes. Não sei se o sujeitinho notou, mas há um poder paralelo há anos crescendo e crescendo, muito bem alimentado por gente que gosta de dizer que usuário é seu criador. Só gostaria que me explicassem pq em lugares decentes há produção, há traficante, há usuário, mas não há hordas armadas dando tiro em policial, aleijando estudante, arrastando criança no asfalto, etc etc e ficando por isso mesmo. Qual a diferença entre nós e eles? Pois a alegada causa da existência de tais hordas são observadas em outros lugares também, movimentando até mais dinheiro ainda.

Comentei na ocasião: “Duas pestes a universidade introduziu no Brasil. O marxismo foi a primeira. Mais letal e destrutiva que qualquer droga, foi introduzida pela USP no país e a partir de São Paulo contaminou o universo acadêmico do país todo. A segunda foi a droga.


Malditas universidades! Deveríamos destruir todas e levantar igrejas e açoitar em praça pública quem quisesse participar deste antro imoral e pestilento.

Começou pela maconha, que adquiriu prestígio nos campi americanos, onde conservava seu nome mexicano, marijuana. Consumida anteriormente por marginais, foi elevada à dignidade universitária.


"Marijuana" foi nome adotado por Aslinger em suas propagandas contra a cannabis. Era para associar o hábito aos mexicanos, que eram considerados uma "classe perigosa". Diziam que a cannabis dava força sobre-humana aos mexicanos, logo sendo concorrentes desleais no trabalho. Proibiram a "marijuana", que era a desculpa ideal para se prender mexicanos, legalizando o preconceito étnico.

No Brasil ela começou a ser proibida e sendo considerada "coisa de preto", era usada nos rituais de origem afro, se tornando uma ótima forma de prender todo mundo no terreiro.

Nos EUA, não era consumida por marginais. A não ser que o autor diga que mexicanos e negros são automaticamente marginais. Grandes nomes do jazz na época da proibição. Mas não só mexicanos e negros fumavam nos EUA, obviamente, até George Washington fumava seu unzinho ao que tudo indica. Só não era algo muito comum na época dele nos EUA.

Desanima de comentar o resto. Todo mundo parece não saber que os problemas começaram quando se resolveu adotar tal politica policial de repressão e marginalização.

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 09 Jun 2009, 18:20
por Apo
Em média, dez usuários por dia serão abordados. E por que apenas dez usuários? Deliberador não explica. É de supor-se que para não espalhar a inquietação entre estes bravos jovens – o futuro da nação – que finalmente encontraram um eruv tranqüilo onde transgredir a lei sem temer as conseqüências da transgressão à lei.


:emoticon38:

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 09 Jun 2009, 20:24
por Rennan
Apo escreveu:Bah que coisa mais década de 70 e 80...puxar fumo no campus...

Pensei que só a gente tinha sido bicho grilo...
Nem em show de rock se vê maconha como antigamente...as coisas andam pra lá de leves.

Também sou filha da PUC, mas na Federal se fumava muito mais porque o campus é muito disperso - geograficamente falando.


Por aqui, onde o campus está praticamente no meio da selva, dada a imensa área verde ao redor, isso é bastante comum; existem muitas trilhas e constantemente se vê um grupo de alunos ou até prefessores curtindo um "cigarrinho do demo" nesses locais.

De vez em quando tem um pessoal que acende até mesmo nos corredores dos blocos onde ficam as salas de aula.

Mas parece que agora a segurança do local deu um jeito nessa turma e eles ficarm restritos somente às áreas bem dispersas dos blocos e também nas trilhas.

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 09 Jun 2009, 21:29
por Anna
Cara, se é ilegal é simples, não pode fumar e acabou. Mas pelo fato de ser ilegal não deixa de ser hipócrita permitir o consumo de álcool e tabaco nas festinhas da universidade e proibir maconha.
Mas enfim, quem disse que o mundo faz algum tipo de sentido?

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 07:18
por Johnny
Só lembrando: Se na época do militarismo e ditadura, não tinham como proibir, querem fazer isso hoje? Ha pausa ha pausa pausa ha

Pu vão criar um sistema autoritário pior que o militarismo para combater isso?

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 09:11
por Jack Torrance
Anna escreveu:Cara, se é ilegal é simples, não pode fumar e acabou. Mas pelo fato de ser ilegal não deixa de ser hipócrita permitir o consumo de álcool e tabaco nas festinhas da universidade e proibir maconha.
Mas enfim, quem disse que o mundo faz algum tipo de sentido?


Por que é hipócrita permitir álcool e tabaco e não maconha?

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 10:15
por Mucuna
Jack Torrance escreveu:
Anna escreveu:Cara, se é ilegal é simples, não pode fumar e acabou. Mas pelo fato de ser ilegal não deixa de ser hipócrita permitir o consumo de álcool e tabaco nas festinhas da universidade e proibir maconha.
Mas enfim, quem disse que o mundo faz algum tipo de sentido?


Por que é hipócrita permitir álcool e tabaco e não maconha?


Quem sabe por ser mais danoso?

O cigarro pode não alterar (tanto) sua mente, mas em termos de dano físico e dependência, é fortíssimo.

E o álcool... bem, coloque uma festa com todo mundo entornando, pode ter certeza que as chances de sair uma porradaria aumentam bastante. Não é culpa do álcool per se, ele só deixa sair mais facilmente o que o indivíduo já carrega dentro de si. Sem falar que overdose e dependência de álcool serem bem piores e mais comprometedoras para o indivíduo em termos orgânicos e sociais. Não há dúvida.

O álcool consegue ser despersonalizante, a erva não.


Há um contorcionismo legal para se proibir uma conduta que só tange o indivíduo. Vejamos o princípio da lesividade:

Princípio da Lesividade

Através do princípio da lesividade, só pode ser penalizado aquele comportamento que lesione direitos de outrem e que não seja apenas um comportamento pecaminoso ou imoral; o direito penal só pode assegurar a ordem pacífica externa da sociedade e além desse limite não está legitimado e, nem é adequado, para a educação moral dos cidadãos. As condutas puramente internas ou individuais, que se caracterizem por ser escandalosas, imorais, esdrúxulas ou pecaminosas, mas que não afetem nenhum bem jurídico tutelado pelo Estado não possuem a lesividade necessária para legitimar a intervenção penal


Não é crime vc tentar suicídio, se auto-mutilar, intoxicar, etc. É crime vc instigar o suicídio, mutilar outra pessoa, intoxicar alguém e... fazer apologia ao uso de drogas! Engraçado que isto parece não se aplicar a propaganda de cerveja, por exemplo, que claramente quer estimular as pessoas a beberem (para isso serve a propaganda).

Partindo destes poucos e breves comentários, dá para ver traços de hipocrisia aí ou não?

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 10:58
por Tranca
Quase todo usuário de drogas acha que é "usuário recreativo". Poucos conseguem ser realmente.

Depois de um tempo uns não vêem (não aderi à reforma analfabética do Lula) mais limite para onde e quando usar o treco.

Porra, se o cara está na Universidade, que vá estudar, caralho! Quer usar a droga, use, mas fora de horário de estudo e fora do local de estudo.

Universidade não é lugar de dar um tapa na macaca. Ainda mais se for uma Universidade pública, bancada com o dinheiro público. Vá fumar/cheirar no seu quartinho ou na sua baladinha com a sua turminha. Eu não pago imposto para bancar hora-aula de marmanjo maconheiro/cheirador de pó que usa a dita cuja quando deveria estar estudando.

Quer praticar este tipo de ilícito de "menor potencial ofensivo", "estudante"? Então, vá fumar o seu na festinha da faculdade ou no botequinho "copo sujo" que você freqüenta (sim com trema!, lusófono), fora do campus. Vá cheirar o seu pozinho misturado de um monte de merda na sua mesa de centro bacana, de vidro, no seu apê com vista ampla. Mas não dirija depois, pois esta proibição não deve se estender somente aos usuários de álcool.

Eu ando dentro da Lei. Nem todos os meus amigos andam e não os julgo por isso. Aos que não andam, digo que pelo menos procurem não prejudicar aos demais e não pratiquem seus ilícitos na cara dura e em locais bancados com dinheiro público. Ponto.


OFF: este final de semana presenciei um fato curioso. Fui com alguns amigos em uma festa em outra cidade. Nem bebi para não correr o risco de entrar em confusão, ainda mais que estava com uma garota. Encontramos uma turma de conhecidos, todos universitários. Entre eles estava um notório usuário de substâncias ilícitas. "Usuário recreativo", segundo seus amigos. Pois bem, quem teve que ser pajeado o tempo todo, para não fazer merda? Quem se perdeu na cidade depois de ter dado uma calibrada e sumir da vista de seus companheiros? Adivinhem... Então, ou o cara assume que só faz merda quando usa o treco e corre seus riscos sozinho sem contar com um bando de pajens ou o cara toma vergonha na cara e se tranca no quarto para usar sua "paradinha"...

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 11:12
por Jack Torrance
Mucuna escreveu:
Jack Torrance escreveu:
Anna escreveu:Cara, se é ilegal é simples, não pode fumar e acabou. Mas pelo fato de ser ilegal não deixa de ser hipócrita permitir o consumo de álcool e tabaco nas festinhas da universidade e proibir maconha.
Mas enfim, quem disse que o mundo faz algum tipo de sentido?


Por que é hipócrita permitir álcool e tabaco e não maconha?


Quem sabe por ser mais danoso?

O cigarro pode não alterar (tanto) sua mente, mas em termos de dano físico e dependência, é fortíssimo.

E o álcool... bem, coloque uma festa com todo mundo entornando, pode ter certeza que as chances de sair uma porradaria aumentam bastante. Não é culpa do álcool per se, ele só deixa sair mais facilmente o que o indivíduo já carrega dentro de si. Sem falar que overdose e dependência de álcool serem bem piores e mais comprometedoras para o indivíduo em termos orgânicos e sociais. Não há dúvida.

O álcool consegue ser despersonalizante, a erva não.


Há um contorcionismo legal para se proibir uma conduta que só tange o indivíduo. Vejamos o princípio da lesividade:

Princípio da Lesividade

Através do princípio da lesividade, só pode ser penalizado aquele comportamento que lesione direitos de outrem e que não seja apenas um comportamento pecaminoso ou imoral; o direito penal só pode assegurar a ordem pacífica externa da sociedade e além desse limite não está legitimado e, nem é adequado, para a educação moral dos cidadãos. As condutas puramente internas ou individuais, que se caracterizem por ser escandalosas, imorais, esdrúxulas ou pecaminosas, mas que não afetem nenhum bem jurídico tutelado pelo Estado não possuem a lesividade necessária para legitimar a intervenção penal


Não é crime vc tentar suicídio, se auto-mutilar, intoxicar, etc. É crime vc instigar o suicídio, mutilar outra pessoa, intoxicar alguém e... fazer apologia ao uso de drogas! Engraçado que isto parece não se aplicar a propaganda de cerveja, por exemplo, que claramente quer estimular as pessoas a beberem (para isso serve a propaganda).

Partindo destes poucos e breves comentários, dá para ver traços de hipocrisia aí ou não?


Enquanto for crime, não há, prá mim, nada de hipócrita.

Todo mundo sabe que é crime e ponto.

É crime estimular as pessoas a tomarem bebidas alcoólicas (eu realmente não sei)?

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 11:25
por Mucuna
Poxa cara, vou achar que vc não leu o q eu escrevi...

A criminalização foi hipócrita, dentre outros motivos, pelos expostos acima.

Veja de novo o principio da lesividade.

Mas não é crime estimular as pessoas a beberem, a não ser que vc faça isso com menores de idade, pelo que eu saiba.

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 12:13
por Jack Torrance
Mucuna escreveu:Poxa cara, vou achar que vc não leu o q eu escrevi...

A criminalização foi hipócrita, dentre outros motivos, pelos expostos acima.

Veja de novo o principio da lesividade.

Mas não é crime estimular as pessoas a beberem, a não ser que vc faça isso com menores de idade, pelo que eu saiba.


A questão da hipocrisia a que eu me refiro é sobre o uso de maconha em festas e não sobre como aconteceu a proibição. O que eu quero dizer é que cigarro e bebidas alcoólicas são legais e maconha não. Não é hipocrisia os dois primeiros serem liberados em festas e o último proibido; simplesmente estão dentro da lei.

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 14:53
por Mucuna
Jack Torrance escreveu:
Mucuna escreveu:Poxa cara, vou achar que vc não leu o q eu escrevi...

A criminalização foi hipócrita, dentre outros motivos, pelos expostos acima.

Veja de novo o principio da lesividade.

Mas não é crime estimular as pessoas a beberem, a não ser que vc faça isso com menores de idade, pelo que eu saiba.


A questão da hipocrisia a que eu me refiro é sobre o uso de maconha em festas e não sobre como aconteceu a proibição. O que eu quero dizer é que cigarro e bebidas alcoólicas são legais e maconha não. Não é hipocrisia os dois primeiros serem liberados em festas e o último proibido; simplesmente estão dentro da lei.


Compreendo seu ponto. Mas é interessante notar que mesmo tal lei é hipócrita quanto aos princípios de sua própria hermenêutica, por assim dizer.

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 10 Jun 2009, 15:05
por Apo
Rennan escreveu:
Apo escreveu:Bah que coisa mais década de 70 e 80...puxar fumo no campus...

Pensei que só a gente tinha sido bicho grilo...
Nem em show de rock se vê maconha como antigamente...as coisas andam pra lá de leves.

Também sou filha da PUC, mas na Federal se fumava muito mais porque o campus é muito disperso - geograficamente falando.


Por aqui, onde o campus está praticamente no meio da selva, dada a imensa área verde ao redor, isso é bastante comum; existem muitas trilhas e constantemente se vê um grupo de alunos ou até prefessores curtindo um "cigarrinho do demo" nesses locais.

De vez em quando tem um pessoal que acende até mesmo nos corredores dos blocos onde ficam as salas de aula.

Mas parece que agora a segurança do local deu um jeito nessa turma e eles ficarm restritos somente às áreas bem dispersas dos blocos e também nas trilhas.


Aqui, o Campus está cada vez mais urbanizado. No meu tempo, ainda havia algumas ruelas entre prédios e espaços vazios dentr do próprio campus. Agora, 30 anos depois, a PUC constrói prédios em cada espaço.
No outro lado da avenida em que se encontra, já tinha o Hospital São Lucas. Depois veio o complexo esportivo. Mesmo em meio ao verde( tão cultivado pelos nativos gaúchos), quase não se pode mais "fumar" ou "namorar". Sem contar, que o vai-e-vem de alunos e professores também aumentou muitíssmo.

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Para localizar melhor:

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Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 11 Jun 2009, 18:00
por Bruno Coelho
Será que irão fazer outra marcha da maconha?

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 12 Jun 2009, 00:51
por Mucuna
Tranca escreveu:Quase todo usuário de drogas acha que é "usuário recreativo". Poucos conseguem ser realmente.


Fontes? Tudo aponta para o contrário, a maioria consegue conviver numa boa, mesmo sendo misturado e sem informação segura nenhuma.

Tranca escreveu:Porra, se o cara está na Universidade, que vá estudar, caralho! Quer usar a droga, use, mas fora de horário de estudo e fora do local de estudo.

Universidade não é lugar de dar um tapa na macaca. Ainda mais se for uma Universidade pública, bancada com o dinheiro público. Vá fumar/cheirar no seu quartinho ou na sua baladinha com a sua turminha. Eu não pago imposto para bancar hora-aula de marmanjo maconheiro/cheirador de pó que usa a dita cuja quando deveria estar estudando.


Pelo raciocínio, o mesmo se aplica a cerveja, namora e demais hábitos e atividades sociais não acadêmicas.


Tranca escreveu:OFF: este final de semana presenciei um fato curioso. Fui com alguns amigos em uma festa em outra cidade. Nem bebi para não correr o risco de entrar em confusão, ainda mais que estava com uma garota. Encontramos uma turma de conhecidos, todos universitários. Entre eles estava um notório usuário de substâncias ilícitas. "Usuário recreativo", segundo seus amigos. Pois bem, quem teve que ser pajeado o tempo todo, para não fazer merda? Quem se perdeu na cidade depois de ter dado uma calibrada e sumir da vista de seus companheiros? Adivinhem... Então, ou o cara assume que só faz merda quando usa o treco e corre seus riscos sozinho sem contar com um bando de pajens ou o cara toma vergonha na cara e se tranca no quarto para usar sua "paradinha"...


Hehehe Eu fumava e sempre dava uns fora em quem aparecia bebado. Não que eu reprove o cara ficar bebado se quiser (desde q não encha o saco de ninguem), claro que não, também gosto do meu choppinho, mas muitos vinham trebados e querendo me zoar pq eu estava chapado, achando q eu ia fazer merda. Total ignorancia do sujeito. Uns com o tempo viam que eu chapado (como alguns outros amigos) não vomitavamos, não arrumavamos briga, não faziamos coisas estúpidas, ao contrário de quem enchia o pote nas festas.

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 12 Jun 2009, 00:55
por Mucuna
Bruno Coelho escreveu:Será que irão fazer outra marcha da maconha?



Pelo que me consta, é todo ano em centenas de cidades do mundo. No Brasil, país de qualidade geral duvidosa, nego andou querendo proibir e proibindo em várias cidades.

Em lugares decentes como no Canadá, chegou a reunir mais de 20 mil pessoas, se não me engano.

http://en.wikipedia.org/wiki/Global_Marijuana_March

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 12 Jun 2009, 07:14
por Johnny
Acho que deviam descriminalizar mesmo a maconha e as drogas, como o é o cigarro. Depois, é só mandar prender os donos de bares e restaurantes e faturar horrores.

Re: "Por favor, Sr. Maconheiro, não fume na universidade!"

Enviado: 12 Jun 2009, 10:01
por Tranca
Mucuna escreveu:
Tranca escreveu:Quase todo usuário de drogas acha que é "usuário recreativo". Poucos conseguem ser realmente.


Fontes? Tudo aponta para o contrário, a maioria consegue conviver numa boa, mesmo sendo misturado e sem informação segura nenhuma.


É, acho que exagerei na afirmação, em relação às estatísticas.

E você apontou uma coisa importante, o usuário compra o "produto" sem qualquer garantia de qualidade e procedência. Mas nada garante que uma eventual "legalização" resolveria tal situação.


Tranca escreveu:Porra, se o cara está na Universidade, que vá estudar, caralho! Quer usar a droga, use, mas fora de horário de estudo e fora do local de estudo.

Universidade não é lugar de dar um tapa na macaca. Ainda mais se for uma Universidade pública, bancada com o dinheiro público. Vá fumar/cheirar no seu quartinho ou na sua baladinha com a sua turminha. Eu não pago imposto para bancar hora-aula de marmanjo maconheiro/cheirador de pó que usa a dita cuja quando deveria estar estudando.


Pelo raciocínio, o mesmo se aplica a cerveja, namora e demais hábitos e atividades sociais não acadêmicas.


Acho que se aplicaria às bebidas dentro dos campi, não aos namoros. A não ser que se utilizem de algum espaço da universidade, em hora que devria estar estudando, para transformar em "motel" ou "moitel". Eu que não pago imposto para infeliz algum transar. :emoticon12:


Tranca escreveu:OFF: este final de semana presenciei um fato curioso. Fui com alguns amigos em uma festa em outra cidade. Nem bebi para não correr o risco de entrar em confusão, ainda mais que estava com uma garota. Encontramos uma turma de conhecidos, todos universitários. Entre eles estava um notório usuário de substâncias ilícitas. "Usuário recreativo", segundo seus amigos. Pois bem, quem teve que ser pajeado o tempo todo, para não fazer merda? Quem se perdeu na cidade depois de ter dado uma calibrada e sumir da vista de seus companheiros? Adivinhem... Então, ou o cara assume que só faz merda quando usa o treco e corre seus riscos sozinho sem contar com um bando de pajens ou o cara toma vergonha na cara e se tranca no quarto para usar sua "paradinha"...


Hehehe Eu fumava e sempre dava uns fora em quem aparecia bebado. Não que eu reprove o cara ficar bebado se quiser (desde q não encha o saco de ninguem), claro que não, também gosto do meu choppinho, mas muitos vinham trebados e querendo me zoar pq eu estava chapado, achando q eu ia fazer merda. Total ignorancia do sujeito. Uns com o tempo viam que eu chapado (como alguns outros amigos) não vomitavamos, não arrumavamos briga, não faziamos coisas estúpidas, ao contrário de quem enchia o pote nas festas.


Bêbado também dá trabalho do mesmo jeito, às vezes pior que o usuário de drogas ilícitas, dependendo da substância, quantidade, etc.

Acho que todo mundo tem o direito de se divertir e o direito de escolha da forma como "turbinar a diversão". Na hora de se divertir, tem-se a opção de fazer isso dentro ou fora da Lei. Mas também desde que tenha noção de possíveis consequências e arque com elas.

Eu ainda tenho a opinião que droga leve serve de cartão de visitas para outras mais pesadas. Aí vai da curiosidade de cada um.