O MUNDO ONÍRICO, por Eráclito ( Blog)

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O MUNDO ONÍRICO, por Eráclito ( Blog)

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Quando em sonho eu sou transportado para um mundo indizível, não sei se esse mundo é possível, entretanto tenho a premonição de que esse mundo já foi meu ou ainda é meu.

Por uma necessidade existencial, eu me projeto nesse mundo ou ele, levanta-se da inconsciência querendo emergir para a consciência.

Ali, eu tudo domino, eu tudo sei, é como se eu fosse esse próprio mundo.

Talvez seja a vida não implicada ou não localizada como dizem os sábios e os cientistas.

A minha vida está toda centrada nesse mundo, a minha personalidade inclusive é originário desse mundo, ele é um reservatório existencial que os psicólogos o chamam de o mundo inconsciente com os seus arquétipos.

Esse evento, chamado de evento onírico, já me foi demonstrado é só observar o que eu escrevi nos contos: “Teletransporte”, e em “Eu Sou Milena”.

A vida nas três dimensões física, esta vida explícita ou consciente é efêmera e pouca alternativa tem.

É a mesmice de sempre como diz o Eclesiastes: “Nada há de novo embaixo do sol, tudo é uma ilusão”.

Só alcançaremos à realidade última, se soubermos compreender e transcender a essa ilusão.

A vida nas três dimensões assim como é denominada pela física, não se trata realmente de três dimensões, mas sim de três percepções.

Aquelas que podemos observar pelos sentidos, tais como, altura, o comprimento e a largura, isto é, o cubo existencial.

Vivemos isto sim, em uma só dimensão, denominada também como a dimensão do consciente ou do estado vígil.

Entretanto, podemos experienciar outras dimensões que normalmente são confundidas com os vários níveis de consciência, vividos dentro do mundo dos cinco sentidos.

O sonho é uma nova dimensão, e nele estamos sob o domínio do inconsciente, do qual pouco se sabe e, mesmo se tratando de algo não-físico, dali, podemos acessar várias outras dimensões.

O sonho quando está se operando na sua própria dimensão, (dimensão inconsciente) fora do estado REM, pode alcançar outras dimensões superiores que estão fora do controle do próprio inconsciente, mas que se utiliza dele para alcançar essas novas projeções dimensionais não inteligíveis.

Temos casos relatados de pessoas que foram “transportadas” durante o processo de sonho, é que, no caso de dimensões superiores, ocorre um processo de transporte do “corpo astral” ou “perispírito”, neste caso, a ocorrência vivida é como se fosse um evento experimentado pelo próprio corpo físico.

Cientificamente ele ainda dormita nas penumbras do oculto, pois é difícil monitorar esse fenômeno que apenas é revelado ao sujeito que sonha, dessa forma, a ciência não pode alcançá-lo.

Existem casos de pessoas que transportaram algum objeto do sonho para a vida consciente, e que, ao se depararem com o ocorrido não souberam explicá-lo.

Queremos acreditar que se trata de uma viagem em uma outra dimensão, e que o viajor exerce a psicocinesia ou telecinesia.

Talvez uma dimensão profunda do estado onírico em que, o corpo astral ou o perispírito é envolvido processando o fenômeno da Psicocinesia.

Afirmam os espíritas que, o próprio espírito viaja quando estamos em estado de sono profundo.

E que nos faz lembrar, quando estamos em estado de vigília do ocorrido no sonho.

E mais ainda, conforme a intensidade desse sonho, o espírito consegue transportar objetos materiais do palco onde estava de passagem ou de algum acontecimento particular que partilhou.

Quando estamos em estado de repouso profundo, (sono) o espírito se liberta parcialmente do corpo físico, fica tão somente preso por um fio, também conhecido por cordão perispíritual.

Por isso, muitas das vezes nos lembramos perfeitamente do ocorrido no sonho.

Nos casos de sonhos pré-cognitórios como os de José pai de Jesus, e os de José do Egito, que anteviu a seca que se abateria sobre este país.

Diante desses fatos, temos algumas perguntas a fazer:

De onde vêm esses conhecimentos?

Quem os informa?

Outro caso interessante é o das pessoas que resolvem problemas em pleno estado de sonho, quando tudo lhes é aclarado de forma simples e com inteligência, quando em estado vígil não foram capazes de resolver o mesmo problema.

Aqui, também cabem as mesmas perguntas.

Sou inclinado a pensar e em aceitar que, alguém de forma inteligente e com vontade própria, apropria-se do inconsciente que está de certa forma desperto, para informar através do sonho ao consciente, a solução de problemas ou eventos que ainda irão acontecer. (precognição)

Quero acreditar que esse estado só é possível , quando se acessa a quarta dimensão, onde o presente, o passado e o futuro se confundem.

Não há na psicologia uma resposta satisfatória para esse acontecimento.

Contudo, na parapsicologia ou na metapsicologia, há um consenso de que se trata de uma manifestação do Agente Theta, um ser incorpóreo.

Inclusive, alguns metapsicólogos defendem a idéia de que o inconsciente nada mais é do que o espírito, donde se explica as Percepções Extras Sensoriais, também conhecidas como: Psi Gama, Psi Kapa e os de Psi Theta.

Este último seria o espírito desencarnado se comunicando com o espírito encarnado.

O inconsciente não é um arquivo científico que contem todas as respostas, mas quer nos parecer que no inconsciente estão todas as informações da vida atual e de todas as outras que nos antecederam.

Nas informações ao sonho, fica claro que alguém o informa e, como esse alguém, (Agente Theta) está em uma dimensão idêntica à dimensão do inconsciente, (Espírito) ambos vibram na mesma freqüência e por conseqüência há um entendimento tácito.

Assim fica fácil a interação entre os dois e, como conseqüência, a informação e a transferência de conhecimentos flui.

O espírito encarnado, quando o indivíduo está em estado de sono, pode também ter as suas próprias percepções, assim como também pode receber novas informações de outros espíritos desencarnados de dimensões superiores.

Se estivermos de acordo com essa explicação, também fica fácil explicar porque as pessoas, nem todas, trazem objetos materiais dos quais se serviram em sonho.

É que, aqui se processa a Telecinesia ou Psicocinesia conhecida por fenômeno Psi Kapa como já dissemos.

Que é o transporte de objetos sem a interferência de um agente físico, fenômeno esse que nos referimos no início.

Aqui, estamos fazendo uma referência a um fenômeno Psi Kapa, promovido por um Agente Theta e não por um espírito encarnado, embora saibamos que o fenômeno de Psi Kapa também pode ser promovido por um agente físico, ou melhor, por um agente psíquico.

Nesses momentos, o espírito exerce a sua vontade sobre o objeto e o transporta, mesmo estando o sujeito em estado de sono profundo e em sonho.

Nesta oportunidade o inconsciente vibra numa freqüência e numa dimensão diferente sem a participação do consciente.

Mas é parcialmente lembrado do ocorrido.

A precognição, as idéias inatas, as vocações inatas e todas as tendências inatas, donde provêem?

Numa família com um pai extremamente mau, sem caráter, têm filhos vários, uns são bons outros são maus, donde vêm esses comportamentos quando todos receberam a mesma “educação”?

O inverso também é verdadeiro, pois numa família em que o pai e a mãe são indivíduos bons, de princípios elogiáveis, extremamente religiosos, mas em contrapartida, têm filhos maus, como também filhos bons, neste caso, também receberam boa educação e o exemplo dos pais.

Como se explica isso?

Diz certa assertiva que o espírito está presente ou sopra aonde ele quer.

Daqui para frente vamos nos referir sempre ao espírito, em vez de inconsciente, pois é evidente que, é o espírito que intelectualiza a matéria e o homem só é racional porque possuí o espírito em si.

Se pudéssemos tirar o espírito do homem e se ele não morresse, poderíamos ver no que se transformaria apenas: Um animal bípede.

O homem sem o espírito não sobrevive, portanto, o espírito é vida, assim como nos animais e nos vegetais deve haver algo não-físico que os anima a vida.

Talvez numa escala muito inferior a nossa, mas, por certo, contém o gérmen da vida.

O ser humano quando nasce não vem com a sua psique totalmente branca.

Ele já traz com o espírito todas as informações necessárias a sua vivência.

E com o transcorrer da vida, vai agregando mais informações.

Informações essas que são chamadas de arquétipos pelos psicólogos.

As informações naturais trazidas juntamente com o espírito, eu quero acreditar que sejam os arquétipos de vidas passadas.

A vida é uma seqüência de “existencialidades”, por isso se diz que a vida é um evento contínuo.

Outros afirmam que a vida é um bem eterno.

Com essas informações de vidas passadas, queremos acreditar que são explicados todos os fenômenos acima referidos.

Com a evolução do ser humano, quando ele realmente compreender e souber lidar com o próprio espírito de que é possuidor, muito ainda será observado, e aí, deixarão de ser enfocados como fenômenos, mas sim como eventos naturais.

Por isso, eu acredito que atualmente somente através do sonho em estado de repouso completo, quando há naturalmente um relaxamento do consciente bem como do corpo, o espírito pode se manifestar com toda a sua liberdade, é que, a matéria quando está em estado vígil ou consciente, o escraviza.

Embora tenhamos conhecimento de pessoas que conseguem mesmo em estado de vigília entrar em transe profundo, sem perder a consciência, evento esse que é conhecido como um estado de semiconsciência ou controle sobre o consciente.

Temos os exemplos de vários extáticos, geralmente místicos, que entram nesse estado de êxtase sem perder a consciência, quando se transportam para uma outra dimensão, e que não sabem verbalizar em virtude da inefabilidade da experiência.



Eu quero acreditar que este foi o caso de Jesus no monte Tabor, nessa ocasião, ele entrou em estado de êxtase profundo sem perder a consciência.

E foi visitado pelos espíritos de Moisés e Elias, segundo as informações dos apóstolos que estavam presentes.

Segundo os Judeus da época, tratou-se de um caso de Merkabat, isto quer dizer elevação, mas segundo os Cristãos foi um caso de transfiguração.

Tanto num caso como no outro, tratou-se de um êxtase profundo em que, o espírito (inconsciente) se manifestou com toda a sua liberdade.

E nesta faixa vibratória foi possível uma visita dos espíritos de Moisés e Elias.

Quando estivermos mais evoluídos e compreendermos com maior profundidade o espírito que vive em nós, poderemos também viver elevações em estado de transe sem perder totalmente a consciência.

Enquanto isso não acontece, o espírito somente se manifestará através dos sonhos em estado de sono, que é uma forma de transe, ocasião em que, o consciente está mais ou menos adormecido.

Ou através dos médiuns, que têm uma percepção diferenciada dos demais.

Esse evento do espírito de se libertar da matéria através ou no próprio sonho, não é possível prová-lo com fatos concretos.

Pois não se enquadra em acontecimentos reais e palpáveis que possam ser experimentados nos laboratórios.

Trata-se aqui de eventos não-físicos, entretanto, não se trata de fé, são acontecimentos naturais e fica a critério de cada um vivenciá-lo conforme a sua sensibilidade e a sua compreensão particular.

Em estado de sonho que é uma dimensão diferenciada do inconsciente entre tantas, o espírito vive a sua liberdade temporária.

Quando ele visita pessoas de suas relações, lugares em que viveu no passado de suas existências em corpos diferentes, (vidas passadas) ou, até mesmo, com os outros espíritos na dimensão que lhes é própria.

Nos sonhos, normalmente, vivenciamos e falamos com pessoas que na vida consciente não temos conhecimento delas.

Entretanto, no episódio onírico, somos íntimos amigos ou amigas e, por elas temos uma afeição sincera e fora do comum, quando tudo se passa como se realidade fosse.

Na verdade, se trata de uma realidade, mas ela se processa numa dimensão que o nosso consciente não entende.

Aliás, não entendemos o nível do sonho, quanto mais o território do espírito que se processa além do nível de sonho.

Chama-se a isso: um evento psicológico do inconsciente.

No princípio dessa exposição, eu disse que esse mundo, o mundo do sonho, foi meu ou ainda é meu.

Na verdade é assim que o sinto e vejo, é que, para mim a experiência vivida em sonho é muito real.

Pois guardo conscientemente o ocorrido como se realidade consciente fosse.

Meus sonhos são eventos fantásticos, e eu os vivo como se fosse a minha própria vida, eles são sobremaneira inefáveis.

Normalmente nos sonhos, eu não me relaciono com pessoas da minha vida consciente.

Mas sim, com pessoas de uma outra vida, numa outra dimensão.

Por exemplo, eu me relaciono com Josafá, Hellius e Milena e outros que não me recordam dos nomes, inclusive eles me dizem que sentem saudades da minha companhia.

Isso demonstra que eles também detêm a emoção, e que com essa declaração deles eu imagino já ter pertencido a essa dimensão.

Milena me disse certa vez que este seu nome era o de quando estava encarnada.

E que, me conheceu não nesta vida atual, mas em uma outra vida, quando vivemos na mesma época.

Ela só não me disse quando, pois não podia me revelar esse passado.

Entretanto, agora nos momentos de sonhos ela se chama Luzbel.

Há muitos anos venho sonhando com Milena ou com Luzbel.

Numa dessas oportunidades em sonho, quando voávamos sobre a região de Imaruí, Tubarão e Laguna, ela me disse que era mais real do que eu mesmo.

E que, já havia se materializado numa pessoa muito próxima de mim, e eu não havia ainda lhe reconhecido.

Entretanto, se prontificou dizendo que: “Se me for possível e for autorizada, eu me identificarei para ti em vida consciente, mesmo sabendo que não entenderás, mas fica tranqüilo que em sonho te explicarei como tudo se processou”.

Eu, disse a Milena: “Neste momento no qual estamos nos encontrando, também estou encarnada”.

Estou materializada assim como tu estás, por isso é somente através dos sonhos que podemos nos comunicar, pois na vida consciente, (encarnada) apesar de estarmos muito próximos, ainda não nos foi permitido o reconhecimento mútuo.

Aqui fica claro que o meu espírito se comunica com o espírito de Luzbel quando ambos estão sonhando, só que, eu não sei quem é Luzbel na vida consciente ou materializada. Isso ela ficou de me desvendar se lhe for possível.

Quando estamos em estado consciente ou encarnado, tudo nos é obscurecido.

Mesmo no estado inconsciente (espírito) nem tudo nos é permitido saber.

Pois ainda necessitamos evoluir para alcançarmos outras dimensões superiores, que somente alcançaremos com o processo evolucional da nossa vida, que é eterna e através de reencarnações expiatórias ou em missões específicas.

Portanto, o sonho é para nós um momento de liberdade parcial, como esse.

É através e por meio dos sonhos que nos energizamos em esferas superiores.

Ocasião em que, mormente, nos encontramos assim como está acontecendo conosco (Eu e Luzbel) e que acontece com todos os seres humanos.

Embora nem todos tenham essas habilidades e ou sensibilidades em seus espíritos, assim me falou Luzbel.

Diante do que aqui foi exposto de forma muito sucinta, posso concluir com alguma certeza os seguintes fatos:

Que o inconsciente, nada mais é do que o espírito reencarnado.

Que o sonho é uma válvula de escape ou um veículo para a manifestação e libertação do espírito de forma temporária e parcial do corpo.

Que os arquétipos como chamam os psicólogos, na verdade, se trata de uma memória do espírito em vidas passadas, adicionados aos da vida atual.

Que o espírito pode transportar objetos que encontrou durante o sonho. (psicocinesia)

Que o espírito uma vez liberto parcialmente do corpo, pode resolver problemas que em vigília não foi possível resolvê-los.

Que o espírito parcialmente livre tem uma visão mais ampla, pois não está sujeito ao tempo e nem ao espaço, está numa outra dimensão.

Por isso, pode antever acontecimentos que somente se realizarão no futuro (precognição), fenômeno esse que também pode ser exercido em estado vígil. (fenômeno Psi Kapa)

Que o espírito intelectualiza o ser humano e sustem a vida, pois ele é a própria vida, sem ele o ser humano não sobrevive.

Somos racionais porque é o espírito que transfere ao nosso cérebro essa qualidade ou capacidade cognitiva.

Que as idéias inatas ou as vocações, as tendências e a personalidade do ser humano, originam-se no espírito, contudo, sem se perder o livre arbítrio.

Que os animais e os vegetais também têm esse componente incorpóreo, mas em nível infinitamente inferior ao do homem.

Por isso, vivem em estado instintivo e não conseguem desabrochar a razão; seu estado é de não-consciência.

Por isso, tenha o filósofo intuído que: “Existem varias coisas maravilhosas no mundo, mas a mais maravilhosa entre todas as coisas é o homem”.

Ou, aquele outro, afirmando que: “O homem, é a medida de todas as coisas”.

Na verdade, o homem é um complexo devidamente organizado e de difícil compreensão e, por ser ele racional, tenta através de sua própria ciência compreender-se.

Mesmo na área da psicologia que atualmente está muito evoluída, o homem ainda tenta entender por que: “fazemos as coisas que fazemos”.

Se fossemos iguais e com os mesmos componentes existenciais, (arquétipos) por certo, teríamos o mesmo comportamento.

Mas somos tão especiais que não há sobre a terra um individuo que nos seja igual ou semelhante fisiologicamente e psicologicamente.

Somos todos diferentes e únicos, e isso nos leva a acreditar que cada um de nós é portador de algo não-físico que nos diferencia dos demais.

Nessa diferença existente entre os seres humanos, está o grande mistério, muito embora, tenhamos evoluído do mesmo tronco.

Mas assim que nos descobrimos animais racionais, nos individualizamos e nos diferenciamos.

É muito duvidoso que a racionalidade tenha vindo simplesmente com a evolução.

Porque se assim fosse, seriamos todos iguais, pois seriamos um produto do mesmo processo.

E como assim não foi, resta-nos admitir a hipótese de que, a razão tenha vindo de um meio externo, e nos foi introjetada por algo superior que a nossa própria razão não concebe.

A nossa razão ou a mente são complexas, precisas e inteligentes, e que conseguem criar coisas inacreditáveis.

Inclusive, o homem é capaz de conhecer todos os componentes de um cérebro e a sua função.

Mas, não consegue entender como se processa o pensamento através dos neurônios em sinapses que levam informações e se decodificam.

O computador processa programas ou arquivos de forma cognitiva, em fluxos eletrônicos em série, um de cada vez.

Mas o cérebro humano processa os mesmos fluxos inteligentes, de forma infinita e em fluxos paralelos.

Isto quer dizer que ele processa vários conhecimentos simultaneamente com uma velocidade incrível, através das famosas sinapses e mais rápido do que as mais sofisticadas máquinas.

Sabe-se que através das informações dos sentidos, o cérebro recebe essas impressões através de impulsos elétricos nervosos e as decodifica reconhecendo-as como objetos ou sensações, satisfazendo assim o seu poder cognitivo.

Sabemos que tudo se processou com a evolução do ser humano, e que o cérebro acompanha todo o processo armazenando em seus circuitos todas as informações colhidas.

Mas sabemos também que a natureza em si não é capaz de criar um projeto tão audacioso como o homem.

Embora saibamos que ela é capaz de muitas coisas, mas ela não faria um projeto que no futuro iria dominá-la.

Quer nos parecer que existe algo transcendente que utilizou a própria natureza para edificar o seu protótipo, fazendo com que, se diferenciasse entre si e de todos os animais.

O homem é um animal racional por excelência, mas não sabe em que etapa alcançou esse desempenho, contudo, sabe-se que ainda não conseguiu se libertar totalmente dos instintos.

Como o homem pôde racionalizar o próprio instinto e evoluir para o racional?

Sendo que os demais animais não conseguiram esse feito.

Por isso, acreditamos que o homem é um projeto específico e determinado a um fim também específico.

E que, o autor desse projeto desejava agregar nele algo especial para que se diferenciasse dos demais animais.

A ciência nunca explicou o fato de o homem ser inteligente, e nem qual foi o processo que ele foi submetido para adquirir a razão.

Como disse O Padre Pierre T. de Chardin: “O homem sabe que sabe por que sabe”.

Eis o grande mistério!

As religiões de uma forma geral tentam explicar o homem, dentro de um contexto religioso (teologia).

Sendo assim, o homem necessita de certa dose de fé, mas como a fé é um estado emocional e não uma experiência científica, assim fica o homem sem saber realmente o que ele é na verdade.

Como dizia o Dr. Sigmund Freud, a psique humana é como um iceberg.

A parte visível é o consciente, e a parte invisível que fica abaixo do nível do mar é o inconsciente.

E assim, permanece na escuridão misteriosa, apenas informando parcialmente o consciente do que acha necessário emergir para o consciente. (para a vida)

Se houvesse uma forma de mergulharmos totalmente no inconsciente, utilizando-se de uma heurística mais refinada, talvez pudéssemos descobrir e entender o princípio da vida.

Infelizmente essa técnica ainda não foi descoberta, e nem sabemos se isto será possível.

Muito se tem falado a respeito de experiências com relação a vidas passadas, que é uma forma ou um método de explorar o inconsciente.

Todavia, não nos traz uma segurança com fatos reais, pois nessas experiências se lida com o fator emocional do paciente.

E, por se tratar de emoção, acreditamos que aquele que é submetido a tal experiência está sujeito a equívocos.

Ou de certa forma condicionado, sendo assim, não se pode ter a certeza de estarmos lidando com um fato real.

Para a ciência chegar a uma conclusão de que a dita ocorrência é um fato real, necessita de provas reais.

E a regressão induzida não nos traz a segurança.

Mesmo porque, a pessoa que se submete a essa viagem inconsciente, pode traduzir os símbolos inconscientes, segundo o seu entendimento, desta forma, prejudicando com essa redução a experiência em si.

Fica claro que, o inconsciente é tão misterioso que não sabemos como ele existe e nem para que existe.

Pois o acesso a ele é limitado, pois nele existe uma gama de impressões que estão gravadas em forma de símbolos.

Todo individuo, tem em seu inconsciente uma forma muito particular de símbolo. Sendo assim, necessitamos descobrir uma maneira em decodificar cada símbolo em cada pessoa.

Dizem os psicólogos que existem símbolos cujo significado é universal, entretanto, existem os símbolos particulares de cada individuo.

É aqui que reside a grande dificuldade para entendê-los.

Talvez se explicássemos o homem sob o prisma da espiritualidade, por certo, teríamos mais informes a respeito da sua completude existencial.

Existe na Metapsicologia e na Parapsicologia estudo nesse sentido, o sentido espiritual do homem, mas dado a sua não operacionalização científica, na maioria dos casos, ficamos tão somente presos a uma questão de fé.

Acreditar é bom, entretanto, essa predisposição emocional não basta para um conhecimento real e científico.

Talvez tenhamos que esperar alguns milênios para alcançarmos uma maior compreensão.

E quem sabe, a ciência terá também alcançado um patamar científico mais sofisticado com novas heurísticas.

E ou instrumentações sensíveis, para identificar no ser humano a presença ou não de algo sutil e não-físico que o diferencia dos demais animais.

Como no inconsciente humano existe um intrincado mundo de impressões parcialmente inteligíveis, devemos ficar com as que são conhecidas.

E as demais que, cada um, aceite segundo o seu entendimento ou, pela fé ou pela aceitação pura e simples.

Todavia, devemos nos abster de um entendimento mecanicista, reduzindo tudo ao mundo do materialismo reducionista e obtuso.

“Tenho outras verdades para vos revelar, entretanto, não as revelarei porque vós não podeis suportar, pois ainda sois tardos de compreensão”. J.Cristo.

E para terminar essa prosa, farei uma menção muito especial ao poeta Mário Quintana.

Ele o poeta, num de seus rompantes intuitivo devidamente inspirado afirmava que: “Sonhar é acordar-se por dentro”.

Portanto, o vate aqui mencionado, já sabia que o inconsciente é a matriz de todos os sonhos.



Eráclito.


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Trancado