Evolução dirigida (eugenia) e o futuro do Homo sapiens
Enviado: 01 Jul 2009, 23:53
Pois é, não adianta espernear...
Que futuro espera pelo Homo sapiens?
Por Peter WARD
SCIAM BR, FEV 2009, p. 59-60 subtítulo Evolução Dirigida
Nós dirigimos a evolução de tantas espécies de animais e plantas, por que não dirigirmos a nossa? Por que esperar que a seleção natural faça o serviço se podemos fazê-lo mais depressa e de forma benéfica para nós mesmos? Na área do comportamento humano, por exemplo, geneticistas estão no encalço de componentes genéticos não apenas dos problemas e desordens, mas também de todo o tipo de aptidão e de vários aspectos da sexualidade e da competitividade, muitos dos quais podem ser, ao menos parcialmente, hereditários. Com o tempo, triagens elaboradas de composição genética se tornarão lugar-comum, e medicamentos serão indicados com base nos resultados.
O próximo passo será realmente mudar os genes das pessoas. Isso conceitualmente pode ser feito de duas formas: alterando apenas os genes do órgão relevante (terapia gênica) ou alterando o genoma inteiro de uma pessoa (o que é conhecido como terapia germinal). Pesquisadores ainda estão lutando com a limitada meta da terapia gênica para curar doenças. Mas se obtiverem sucesso com a terapia germinal, isso não ajudará apenas a pessoa em questão, mas também seus filhos. O maior obstáculo à engenharia genética em humanos será a pura complexidade do genoma. Os genes, em geral, desempenham mais de uma função; de modo inverso, funções são geralmente codificadas por mais de um gene. Em função dessa propriedade, conhecida como pleiotropia, alterar um gene pode ter conseqüências indesejáveis.
Por que tentar então? A pressão para mudar genes provavelmente virá de pais que desejam garantir que seu filho seja um menino ou uma menina; para dotar seus filhos com beleza, inteligência, talento musical ou uma natureza doce; ou para tentar garantir que não terão tendência a se tornarem desonestos, depressivos, hiperativos ou mesmo criminosos. Os motivos são vários. Assim como a pressão dos pais para melhorarem geneticamente seus filhos pode ser socialmente irresistível, também o envelhecimento poderá ter essa demanda social. Muitos estudos recentes sugerem que envelhecer não é mais que o mero desgaste de partes do corpo, como uma deterioração programada e em grande parte geneticamente controlada. Se for assim, o próximo século de pesquisa genética deverá destravar numerosos genes que controlam muitos aspectos do envelhecimento, e esses genes poderão ser manipulados.
Considerando que se torne fácil mudar nossos genes, como isso afetará a evolução a humanidade? Imagine pais alterando seus filhos ainda não nascidos para melhorar sua inteligência, aparência e longevidade. Se as crianças forem tão espertas quanto longevas, com QI de 150 e expectativa de vida de 150 anos, poderão ter mais filhos e acumularão mais riquezas que os outros. Socialmente serão provavelmente atraídos por outros do seu tipo. Considerando algum tipo de segregação social ou geográfica auto-imposta, seus genes podem se acumular e, eventualmente, se diferenciar como uma nova espécie. Um dia, então, teremos em nosso poder a possibilidade de produzir uma nova espécie humana. A decisão de enveredarmos por esse caminho ou não será tomada por nossos descendentes.
Comentários- colocações éticas- nenhuma--- imagine o mundo cheio de humanos de cabelos loiros e olhos azuis...
Que futuro espera pelo Homo sapiens?
Por Peter WARD
SCIAM BR, FEV 2009, p. 59-60 subtítulo Evolução Dirigida
Nós dirigimos a evolução de tantas espécies de animais e plantas, por que não dirigirmos a nossa? Por que esperar que a seleção natural faça o serviço se podemos fazê-lo mais depressa e de forma benéfica para nós mesmos? Na área do comportamento humano, por exemplo, geneticistas estão no encalço de componentes genéticos não apenas dos problemas e desordens, mas também de todo o tipo de aptidão e de vários aspectos da sexualidade e da competitividade, muitos dos quais podem ser, ao menos parcialmente, hereditários. Com o tempo, triagens elaboradas de composição genética se tornarão lugar-comum, e medicamentos serão indicados com base nos resultados.
O próximo passo será realmente mudar os genes das pessoas. Isso conceitualmente pode ser feito de duas formas: alterando apenas os genes do órgão relevante (terapia gênica) ou alterando o genoma inteiro de uma pessoa (o que é conhecido como terapia germinal). Pesquisadores ainda estão lutando com a limitada meta da terapia gênica para curar doenças. Mas se obtiverem sucesso com a terapia germinal, isso não ajudará apenas a pessoa em questão, mas também seus filhos. O maior obstáculo à engenharia genética em humanos será a pura complexidade do genoma. Os genes, em geral, desempenham mais de uma função; de modo inverso, funções são geralmente codificadas por mais de um gene. Em função dessa propriedade, conhecida como pleiotropia, alterar um gene pode ter conseqüências indesejáveis.
Por que tentar então? A pressão para mudar genes provavelmente virá de pais que desejam garantir que seu filho seja um menino ou uma menina; para dotar seus filhos com beleza, inteligência, talento musical ou uma natureza doce; ou para tentar garantir que não terão tendência a se tornarem desonestos, depressivos, hiperativos ou mesmo criminosos. Os motivos são vários. Assim como a pressão dos pais para melhorarem geneticamente seus filhos pode ser socialmente irresistível, também o envelhecimento poderá ter essa demanda social. Muitos estudos recentes sugerem que envelhecer não é mais que o mero desgaste de partes do corpo, como uma deterioração programada e em grande parte geneticamente controlada. Se for assim, o próximo século de pesquisa genética deverá destravar numerosos genes que controlam muitos aspectos do envelhecimento, e esses genes poderão ser manipulados.
Considerando que se torne fácil mudar nossos genes, como isso afetará a evolução a humanidade? Imagine pais alterando seus filhos ainda não nascidos para melhorar sua inteligência, aparência e longevidade. Se as crianças forem tão espertas quanto longevas, com QI de 150 e expectativa de vida de 150 anos, poderão ter mais filhos e acumularão mais riquezas que os outros. Socialmente serão provavelmente atraídos por outros do seu tipo. Considerando algum tipo de segregação social ou geográfica auto-imposta, seus genes podem se acumular e, eventualmente, se diferenciar como uma nova espécie. Um dia, então, teremos em nosso poder a possibilidade de produzir uma nova espécie humana. A decisão de enveredarmos por esse caminho ou não será tomada por nossos descendentes.
Comentários- colocações éticas- nenhuma--- imagine o mundo cheio de humanos de cabelos loiros e olhos azuis...