Ayyavazhi escreveu:Apo escreveu:Mas dentre as dúvidas...faltou ainda uma resposta minimanente coerente para a questão que já repeti inúmeras vezes aqui e NENHUM teísta responde.
Trata-se do famigerado Livre Arbítrio, em que deus não deve se meter, pois dotou o ser humano desta capacidade, acho que para se divertir e depois poder aplicar algum tipo de castigo ( sem critério algum, diga-se de passagem).
Mas a pergunta é: se sofremos e não é por ordem divina e sim porque temos livre arbitrio, como uma criança lida com o próprio livre arbítrio frente ao livre arbítrio de um pai violento ou um estuprador, por exemplo?
Isto é APENAS 1 exemplo. Poderia fazer uma lista interminável aqui.
[color=#FFFF00]Apo, livre arbítrio é um assunto recorrente neste fórum. Nem lembro mais quantos tópicos tratando disso já surgiram. O que posso te dizer neste momento, sem me alongar muito, é que não existe uma resposta fácil para o que você perguntou, principalmente porque envolve crianças.
Mesmo que não envolvesse criança. Um mata, judia, tortura e outro sofre. E deus deixa. Espíritas até que acharam uma justificativa ( revoltante, mas acharam).
Sem contar as doenças torturantes que deus cria e acometem seres inocentes, que podem rezar, suplicar e espernear e nada vai mudar. A dor excruciante é certa. Ainda há os desastres naturais, que não são culpa do ser humano, pois existiam muito antes dele.
O que eu ainda não entendi é se você está usando essa pergunta para comprovar ou refutar alguma coisa.
Se afirmam que um certo deus existe e é dotado de determinadas capacidades como deixar que o mal aconteça, e mesmo assim seja tido como bom, o livre arbítrio é papo pra boi dormir. Por que culpar e responsabilizar o homem , sob a figura do pecado?
Ficaria parecendo que a existência de Deus estaria condicionada à onisciência dos teístas.
O problema de se afirmar a existência de algo e presonalizar esta coisa, dotando-a de uma certa coerência humana ( filho à sua semelhança), e ainda tirar dele a responsabilidade pelas desgraças ( debitando a ele apenas os feitos louváveis ) é que, deve-se manter a coerência quando os fatos mostram que a teoria é falha. Então inventam um livre arbítrio, um propósito ou coisa absurda que o valha. Ora, se é assim, então deus é irrelevante e os teístas intelectualmente desonestos.
Eu não tenho um monte de respostas e isso não desmerece o pouco que eu já aprendi.
Aprendizados baseados em valores e julgamentos, e que costumam dizer que quem não segue aquele caminho não está certo, demandam coerência nos argumentos. Se deus é bom e protege os bons filhos, como então se explica que alguns bons filhos sejam judiados e ele nada faz? Como ele pode ser omni tudo e não está nos lugares quando suplicam por ele?
Estas questões desmerecem e invalidam teorias, sim. Que conhecimento é este?
Em qualquer área que um ser humano se proponha a aprender, sempre haverá alguma coisa, ou muita coisa, que lhe escapa. Então, nada existe? Só é real o que é 100% conhecido?
Depende da necessidade do conhecimento. Se não há uso prático, pode ser questionada, ou ser irrelevante para outros, ou de uso subjetivo pessoal. No caso de estudos teológicos ( geralmente com fé e dogmas ) há que se ter um mínimo de integridade intelectual. Não há 100%, mas perguntas como a do Livre Arbítrio são pertinentes frente às afirmações deístas. E eu gostaria de obter respostas.
Eu não alimento crença em coisa alguma. Não sei o que é fé cega. Sou cético demais para isso. Procuro por respostas, evitando as que já estão prontas desde sempre. Só me interessa a verdade. Aprendi pouco, e nem imagino o quanto ainda falta aprender. Mas esse pouco me permite ter algumas certezas, e nunca, jamais, elas estarão apoiadas em fé ou esperança.
Well, não sabemos qual é a verdade em muitos casos. Talvez não haja verdade, mas verdades ou um monte de enganos ou mentiras. Uma destas mentiras é querer manter irrefutável e imaculada a existência e o caráter do Deus judaico-cristão, quando todas as contradições apontam para que tenha sido projetado por homens à semelhança da psiqué humana.
Mas Ayy, o resumo da ópera é que não faz sentido adjetivar com atributos louváveis alguma coisa ou alguém, quando ao menor deslize ( ou deslizes imperdoáveis ) do dito cujo, fogem sem dar resposta. Ou o cara é todo poderoso ou não é. Ou é omni-presente ou não é. Ou é justo ou não é. Ou é pai, ou é carrasco, ou tá pouco se lixando.
Não estou me referindo a seus conhecimentos e nem aos meus. Alguns afirmam coisas e exigem mente aberta dos que não aceitam tais afirmações e questionam com base em fatos. Como não têm respostas, pelo menos assumam que suas afirmações são apenas arbitrárias e não sujeitas à confirmação alguma. Acho desonesto, mas o mundo parece funcionar assim.