Aguá benta? Nem tanto...
Enviado: 25 Jul 2009, 09:28
Para evitar nova gripe, igreja esvazia pias de água benta e suspende ritos em Curitiba
CURITIBA - Os fieis que chegam para as missas na paróquia Nossa Senhora das Graças, no bairro Barreirinha, em Curitiba, não encontram mais água benta na entrada da igreja. A tradição de se benzer antes da celebração está suspensa desde quarta-feira para evitar o contágio da nova gripe. A ideia partiu do Padre Leocádio Zytkowski, preocupado com a disseminação do vírus H1N1, e foi aprovada pelos fieis.
As pias das igrejas são usadas por centenas de pessoas a cada missa e podem acabar contaminadas com o vírus. Ao molhar a mão e levá-la ao rosto, os fieis poderiam se contaminar e espalhar a doença. Além da retirada da água, o padre achou melhor não entregar a comunhão diretamente na boca do fieis, para evitar contato com a saliva. As hóstias serão colocadas na mão das pessoas.
Já os ministros que auxiliam o padre na distribuição da eucaristia vão redobrar os cuidados com a limpeza das mãos.
- Além de lavar as mãos com água e sabão, adotamos a utilização de água para higienização - explicou.
O padre e os ministros também vão deixar de beber o vinho do mesmo recipiente durante a celebração. Uma das orientações para evitar a contaminação pelo vírus é não permanecer em locais fechados. Por isso, as missas só serão celebradas com porta e janelas abertas. Outra tradição que está suspensa é o "abraço da paz". Padre Leocádio afirma que colocou em votação as medidas nas duas missas realizadas na quarta-feira. As mudanças foram aprovadas por unanimidade.
- Não houve imposição, foi apenas uma orientação e todos acharam por bem seguir estas idéias - disse.
O pároco conta que além da matriz, na Barreirinha, a paróquia é composta por 10 comunidades, três em Curitiba e sete em Almirante Tamandaré. A congregação é composta por cerca de 60 mil pessoas.
- Eu celebro missas em todas estas comunidades e entro em contado com muitas pessoas. Além de me contaminar, também poderia transmitir a doença para os fieis - disse.
A Cúria Metropolitana de Curitiba informou que não há uma orientação expressa sobre as medidas para evitar a gripe. Segundo a assessoria de imprensa da arquidiocese, cada Padre é responsável por sua igreja e tem autonomia nas decisões. O Padre Leocádio disse que as mudanças são temporárias.
Medidas semelhantes estão sendo adotadas em outros estados. Dom Pedro Luiz Stringhini, responsável pela região episcopal Belém, mandou uma carta na terça-feira aos padres das 63 paróquias e 140 comunidades da zona leste de São Paulo aconselhando mudanças nas missas por causa da doença. São três recomendações: "pedir que os fiéis recebam a comunhão na mão", "não fazer o convite ao abraço da paz, passando diretamente ao 'Cordeiro de Deus'" e "não convidar os fiéis a darem as mãos na oração do Pai Nosso". E Minas Gerais, as paróquias estão substituindo o abraço por um minuto de silêncio. Em dias de maior movimento, as missas têm a duração reduzida de uma hora para 45 minutos.
CURITIBA - Os fieis que chegam para as missas na paróquia Nossa Senhora das Graças, no bairro Barreirinha, em Curitiba, não encontram mais água benta na entrada da igreja. A tradição de se benzer antes da celebração está suspensa desde quarta-feira para evitar o contágio da nova gripe. A ideia partiu do Padre Leocádio Zytkowski, preocupado com a disseminação do vírus H1N1, e foi aprovada pelos fieis.
As pias das igrejas são usadas por centenas de pessoas a cada missa e podem acabar contaminadas com o vírus. Ao molhar a mão e levá-la ao rosto, os fieis poderiam se contaminar e espalhar a doença. Além da retirada da água, o padre achou melhor não entregar a comunhão diretamente na boca do fieis, para evitar contato com a saliva. As hóstias serão colocadas na mão das pessoas.
Já os ministros que auxiliam o padre na distribuição da eucaristia vão redobrar os cuidados com a limpeza das mãos.
- Além de lavar as mãos com água e sabão, adotamos a utilização de água para higienização - explicou.
O padre e os ministros também vão deixar de beber o vinho do mesmo recipiente durante a celebração. Uma das orientações para evitar a contaminação pelo vírus é não permanecer em locais fechados. Por isso, as missas só serão celebradas com porta e janelas abertas. Outra tradição que está suspensa é o "abraço da paz". Padre Leocádio afirma que colocou em votação as medidas nas duas missas realizadas na quarta-feira. As mudanças foram aprovadas por unanimidade.
- Não houve imposição, foi apenas uma orientação e todos acharam por bem seguir estas idéias - disse.
O pároco conta que além da matriz, na Barreirinha, a paróquia é composta por 10 comunidades, três em Curitiba e sete em Almirante Tamandaré. A congregação é composta por cerca de 60 mil pessoas.
- Eu celebro missas em todas estas comunidades e entro em contado com muitas pessoas. Além de me contaminar, também poderia transmitir a doença para os fieis - disse.
A Cúria Metropolitana de Curitiba informou que não há uma orientação expressa sobre as medidas para evitar a gripe. Segundo a assessoria de imprensa da arquidiocese, cada Padre é responsável por sua igreja e tem autonomia nas decisões. O Padre Leocádio disse que as mudanças são temporárias.
Medidas semelhantes estão sendo adotadas em outros estados. Dom Pedro Luiz Stringhini, responsável pela região episcopal Belém, mandou uma carta na terça-feira aos padres das 63 paróquias e 140 comunidades da zona leste de São Paulo aconselhando mudanças nas missas por causa da doença. São três recomendações: "pedir que os fiéis recebam a comunhão na mão", "não fazer o convite ao abraço da paz, passando diretamente ao 'Cordeiro de Deus'" e "não convidar os fiéis a darem as mãos na oração do Pai Nosso". E Minas Gerais, as paróquias estão substituindo o abraço por um minuto de silêncio. Em dias de maior movimento, as missas têm a duração reduzida de uma hora para 45 minutos.