ASSUNÇÃO - Paraguai e Brasil chegaram neste sábado a um acordo sobre a hidrelétrica binacional Itaipu que implica maiores benefícios econômicos para o Paraguai, mas não inclui mudança do tratado que fundou a central. A decisão foi conhecida após encontro entre os presidentes do Paraguai, Fernando Lugo, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, celebrado na sede do governo paraguaio, no centro de Assunção.
"Este é um acordo histórico", disse Lula a jornalistas. "Demos um importante passo hoje", acrescentou.

Lula e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo
O Brasil praticamente triplicou o montante que paga ao vizinho pela energia elétrica que o vizinho não consome para abastecer a região sudeste, além de permitir ao Paraguai a venda gradual do produto ao mercado brasileiro sem a intermediação da estatal Eletrobrás.
O acordo abriu a possibilidade para que ambos os países possam comercializar a energia de Itaipu com outros mercados a partir de 2023, uma recusa à exigência paraguaia de modificar o tratado que rege a administração da central.
"Este não é um acordo no qual alguns perdem e outros ganham, aqui os dois países têm que ganhar para o bem de nossos povos e da região. Aqui ganhamos todos", disse Lugo.
Os países são sócios na hidrelétrica, uma das mais potentes do mundo, mas o Paraguai usa somente cinco por cento da energia produzida e vende o excedente ao Brasil.
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