‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’

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‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’

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‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’, diz Lula sobre Lina

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17/08/09 - 13h57 - Atualizado em 17/08/09 - 14h43
‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’, diz Lula sobre Lina


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (17), ao falar do suposto encontro que a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira afirma ter realizado com a ministra.


Para Lula, a ex-secretária da Receita Federal precisa apresentar a agenda onde consta sua reunião com Dilma. As declarações do presidente ocorreram durante entrevista coletiva concedida no Palácio do Itamaraty, pouco antes do almoço com o presidente do México, Felipe Calderón, que faz visita oficial ao Brasil.

“Seria tão mais simples e fácil [provar] o que a secretária diz, que encontrou com a Dilma. Não precisaria nem gastar dinheiro, comprar passagem, ir ao Congresso. Era só pegar as duas agendas [da ministra e da ex-secretária] e ver o que aconteceu”, respondeu Lula ao ser questionado se seria necessária uma acareação entre Lina e Dilma, como defende a oposição no Senado.


Lina diz que foi chamada por Dilma para um encontro reservado e que nessa conversa a ministra pediu a ela para “agilizar” as investigações da Receita Federal sobre os negócios da família Sarney. A ex-secretária diz que entendeu o termo “agilizar” como uma senha para encerrar as investigações. O encontro teria ocorrido em dezembro, quando o presidente Lula acompanhava de perto as negociações no Senado para sucessão do ex-presidente da Casa Garibaldi Alves (PMDB-RN).

´Carnaval com coisas que não dão samba´

Segundo Lula, não se pode “fazer carnaval com coisas que não dão samba”. O presidente disse que “a dimensão que esse tipo de polêmica ganha colabora para que a opinião pública fique desacreditada no país”.

“Sabe o que acontece, todas as vezes que neste país se começa a fazer carnaval com coisas que não dão samba as coisas vão ficando cada vez mais desacreditadas na opinião pública”, salientou. Dilma também estava presente à entrevista e não demonstrou reação com a pergunta. Ao final das explicações do presidente a ministra abriu um largo sorriso e cumprimentou Lula.

O presidente ainda questionou os motivos da ex-secretária para afirmar que encontrou com Dilma e que recebeu aquele pedido. “Qual a razão que essa secretária tinha para dizer que encontrou com a Dilma e não mostrar a agenda? E a Dilma já disse que não tem agenda com ela. Como eu não sei da vida das duas e não tenho propensão a ser mexeriqueiro como se diz no Nordeste brasileiro. Ou seja, se as duas se encontraram é só ver a agenda. Não precisa fazer um cenário de crise entre duas pessoas”, disse.

Para Lula, o “país tem coisa mais séria para discutir”. “O Brasil tem conversas mais sérias que ele gostaria de saber, o Brasil tem coisas tão mais importantes que eu acho uma pobreza muito grande um assunto como esse estar na pauta da política brasileira”, criticou.

O presidente disse ainda que só há um jeito de saber se a ex-secretária está falando a verdade, é abrir a mala que está no meio de sua mudança para Natal, onde estaria a suposta agenda que registrou a data do encontro entre ela e Dilma. “Mais dia, menos dia, vocês não me perguntarão mais sobre isso, mais dia, menos dia, o povo vai ficar ouvindo ela dizer que conversou e a Dilma dizer que não conversou”, salientou.

Lula disse ainda que está havendo manipulação das informações e declarações e isso atrapalha o país. “A secretária prestou um grande serviço quando era secretária. Eu, sinceramente, acho que esse processo de manipulação da política brasileira até agora tem mostrado que quem perde com isso é o Brasil”, comentou.

Depoimento

Lina deve participar da reunião desta terça-feira (18) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para falar sobre uma suposta conversa sigilosa com a ministra-chefe da Casa Civil.

De acordo com o autor do requerimento de convite a ex-secretária, Antônio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA), o suposto encontro deve ser investigado pela comissão porque, se confirmada a versão da Lina, a solicitação da ministra da Casa Civil pode representar uma ingerência indevida dela na Receita Federal.

Na sexta-feira (14), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que a oposição pensa em propor uma acareação entre Dilma e Lina. O tucano, no entanto, admite que a matéria dificilmente será aprovada na CCJ. “Claro que a acareação seria uma batalha campal para conseguir aprovar. Mas a oposição vai cumprir o dever de propor, caso as explicações da ex-secretária da Receita Federal deixem margem para isso", disse Dias.
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0 ... 01,00.html
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Re: ‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’

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- Seria tão mais simples e tão mais fácil que a secretária mandasse a agenda que ela encontrou com a Dilma - disse Lula, em entrevista durante o encontro com o presidente do México, Felipe Calderón. - Não precisaria nem gastar dinheiro, pagar passagem, nem ir ao Congresso. Era pegar as duas agendas e ver o que aconteceu. Toda vez nesse país que se começa a fazer carnaval com as coisas que não dão samba, as coisas vão ficando cada vez mais desacreditadas na opinião pública. Qual a razão que essa secretária tinha para dizer que conversou com Dilma e não mostrar a agenda? Se a Dilma já disse que não tem agenda com ela.


Me engana que eu gosto. Acredito 100% na Dilma! Se ela diz é porque é!
Claro que a secretária tem que provar com a agenda ( que não prova nada ) ou não terá provado nada! Outras formas de prova não valem porque o Lulla decidiu assim!

Afinal, todo mundo acredita irrefutavelmente em agendas! Se a secretária tiver escrito na dela que se encontrou com a Dilma, é mentira. Se Dilma não tiver nada escrito sobre o encontro escuso, é verdade.
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Re: ‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’

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17/08/2009 - 16h42
Pedro Simon diz que Lula fala demais e deveria calar a boca
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Atualizado às 16h58.

Irritado com a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que "estão fazendo um Carnaval em coisa que não dá samba" no que diz respeito ao encontro da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) com a ex-secretária Lina Vieira, da Receita Federal, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu nesta segunda-feira que o presidente "cale a boca". Simon disse que Lula está "falando demais" --por isso não deveria interferir em assuntos de seus ministros.

"O Lula deveria calar a boca, ele está falando demais. Faz uns 15 dias que ele está sendo o maior adversário da Dilma. Se tem alguma coisa nesse pedido, é coisa do Lula. Ele deve ter mandado a Dilma pedir à secretária da Receita", disse Simon.

Procurado pela reportagem, o Palácio do Planalto não vai comentar as declarações do senador.

Lula desafiou hoje Lina Vieira a mostrar sua agenda para provar o encontro que supostamente teria tido com Dilma --no qual a ministra teria pedido para Lina "agilizar" as investigações sobre empresas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O presidente afirmou que não é "mexeriqueiro" para confirmar se houve ou não o encontro e reclamou que o assuntou tomou proporções maiores do que deveria.

Simon disse que a oposição está disposta a interceder em favor da ex-secretária durante seu depoimento à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, marcado para amanhã, caso a tropa de choque de Sarney entre em campo para atacá-la. "Se houver tropa de choque, haverá resposta. Ela [Lina] tem que ser respeitada", afirmou.


O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) também criticou as declarações de Lula sobre o encontro entre Dilma e Lina. "O carnaval que eu vejo tem o bloco da mentira. O governo instituiu a blindagem como arma para montar versões inexistentes. A repetição da mentira não tem mais sentido", afirmou.

Segundo o tucano, Lina não tem obrigação de provar seu encontro com Dilma uma vez que a reunião não foi incluída na agenda oficial da ministra. "A agenda é irrelevante, não se pode considerar arma de defesa do governo. Nem sempre há agenda, anotações. O que vale é a comprovação do fato através de indícios", afirmou Dias.

Críticas

Lula disse hoje que seria "tão mais simples e mais fácil" se Lina Vieira mostrasse publicamente a agenda que mostra o seu encontro com Dilma. "Não precisaria gastar dinheiro, pagar passagem ou ir ao Congresso. Era só pegar as duas agendas e ver o que aconteceu. Toda vez nesse país que se começa a fazer Carnaval com as coisas que não dão samba, as coisas vão ficando cada vez mais desacreditadas na opinião pública", disse Lula.

O presidente reforçou indiretamente que a ex-secretária teria mentido sobre a orientação para investigar as empresas da família do presidente do Senado. Lula também reclamou do peso que as declarações da ex-secretária receberam pela imprensa.

Lina vai esclarecer, no depoimento á CCJ, o suposto encontro que teve com a ministra, em que a petista teria pedido para acelerar a investigação contra as empresas da família Sarney, e explicar o método tributário adotado pela empresa em 2008, que teria causado prejuízo aos cofres da União.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 0892.shtml
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Re: ‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’

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Vale salientar que Lulla se encontrou com Collor na audiência do Centro Cultural do BB e tal encontro não está na agenda de Lulla. Quem descobriu tal despacho foram os jornalistas.
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Fernando Silva
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Re: ‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’

Mensagem por Fernando Silva »

A Dilma já mentiu tantas vezes que nada do que ela diga é confiável:

-Mentiu sobre o falso doutorado e mestrado
-Mentiu sobre sua participação na luta armada
-Mentiu sobre o dossier com acusações a FHC

Não seria mais fácil ela admitir que teve reuniões com a Lina e dizer que nunca disse o que disse?
Agora vão provar que houve a reunião e será mais uma mentira para a coleção.

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Fernando Silva
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Re: ‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’

Mensagem por Fernando Silva »

"O Globo" 17/08/09
O apagão de Dilma
Ricardo Noblat

“O voto não é do Serra, nem da Dilma, nem do Lula, nem de ninguém. Ele é do eleitor.” (Marina Silva, senadora do PT-AC)


Em que estado se encontravam as lamparinas do juízo da ministra Dilma Rousseff quando ela negou o encontro que teve no final do ano passado, no Palácio do Planalto, com a então secretária da Receita Federal, Lina Vieira? Não teria sido mais fácil confirmar o encontro e negar o que Lina disse ter ouvido dela? Ou afirmar que fora mal entendida?

Lina contou à “Folha de S.Paulo” que fora chamada para uma reunião com Dilma.

O portador do convite — ou da convocação, se preferirem — não foi ninguém menos que Erenice Guerra, secretária executiva da Casa Civil. Inusitado que tenha sido Erenice. Ela é importante demais para sair dos seus domínios e se ocupar com tarefa tão prosaica.

Mas por inusitado, parece crível. Erenice não discute ordens de Dilma. Está ali para fazer o que ela manda.

O resto da equipe da Casa Civil, também. Alguns assessores veneram a ministra.

A maioria teme seus ataques de cólera. O chefe do Gabinete de Segurança da Presidência, general Jorge Armando Felix, já foi alvo de um deles.

Lina revelou ter ouvido de Dilma a recomendação para que apressasse as investigações em torno dos negócios suspeitos do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP).

A Polícia Federal chegou a pedir a prisão dele, recusada por um juiz do Maranhão. Lina foi embora do gabinete de Dilma e não falou mais com ela sobre o assunto.

A assessoria da ministra negou tudo — o encontro e a conversa sobre Fernando Sarney. No dia seguinte, foi a própria ministra que negou.

E voltou a negar mais duas vezes. Fala Lina: “Ela me perguntou se eu podia agilizar a fiscalização do filho do Sarney. Fui embora e não dei retorno. Acho que eles não queriam problema com o Sarney.”

Fala Dilma: “Eu não fiz esse pedido. Olha, eu encontrei com a secretária da Receita várias vezes, com outras pessoas junto, em grandes reuniões. Essa reunião privada a que ela se refere, eu não tive com ela.” Fala de novo Lina: “Ela sabe que eu estive lá e sabe que falou comigo. Não custava nada ela ter dito a verdade.”

Vai na bola, Dilma: “Há coisas que a gente não afirma; a gente prova. Não vou fazer avaliação subjetiva quanto a interesses de ninguém”. Devolve a bola, Lina: “Qual a dificuldade (de a ministra admitir o encontro)? Na minha biografia não existe mentira”.

Por sua vez, Erenice negou ter sido portadora de convite para que Lina se reunisse com Dilma.

Erenice falou por meio de nota oficial: “A secretária-executiva da Casa Civil da Presidência da República afirma que jamais esteve no gabinete de trabalho da exsecretaria da Receita Federal Lina Vieira”. Rebateu de viva voz Iraneth Dias, ex-chefe de gabinete de Lina: “Eu confirmo que ela esteve aqui e que a secretária (Lina) falou que iria ao palácio”.

Quem fala a verdade? É o que quer saber a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que convidou Lina para depor amanhã. Lina pediu passagem e hospedagem para voltar a Brasília.

Está de repouso numa praia. Alguns senadores querem ouvir também Dilma e, se possível, acareá-la com Lina. Nem pensar, retruca o governo.

Seria muito fácil para o governo provar que a verdade está do lado de Dilma e Erenice.

Ninguém entra no Palácio sem ser identificado.

Nenhum carro estaciona ali sem ter a placa anotada.

Ninguém circula pelos corredores a salvo de câmeras de televisão. Depois de consultar seus arquivos, por que o governo não disse simplesmente que Lina mentiu?

De duas, uma: não disse porque Lina falou a verdade. Ou porque o apagão nas lamparinas do juízo de Dilma o deixou sem saída. Recolheu-se ao silêncio obsequioso. De resto, Dilma já mentiu em outras ocasiões. Disse, por exemplo, que era mestre e doutoranda pela Universidade de Campinas — falso. Disse que não participou da luta armada contra a ditadura de 64 — falso. Disse que o governo não fez dossiê sobre despesas sigilosas do governo Fernando Henrique — nada mais falso.

E-mail para esta coluna: noblat@oglobo.com.br

BLOG DO NOBLAT: www.oglobo.com.br/noblat

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Re: ‘Não se pode fazer carnaval com coisa que não dá samba’

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Um(a) candidato(a) a presidência da república tupiniquim de bananas não deveria ser menos burro(a) e mais estratégico (a)? Preferiu demonstrar pânico infantil à primeira insinuaçãozinha desconfortável.

Bom, se for para ser eleito por este povinho de merda, já está provado que ser inteligente não é requisito algum. Honestidade e caráter, então...artigo de última.
Parafraseado o que disse Noblat em seu blog, depois que o clamor revolucionário conseguiu eleger Lulla, a pasmaceira natural do brasileiro finalmente encontrou seu ponto de equlíbrio
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Trancado