Religião é Veneno

Johnny escreveu:Devemos esquecer tudo iso e fazer como foi feito com a vale. vendemos por 10% do valor e ainda financiamos com nosso dinheiro. Nada mais justo pois afinal, eles pagam impostos e a Petrobras na mão do governo, mesmo hoje sendo a 10 maior do mundo, não...

Viajante escreveu:

Johnny escreveu:Devemos esquecer tudo iso e fazer como foi feito com a vale. vendemos por 10% do valor e ainda financiamos com nosso dinheiro. Nada mais justo pois afinal, eles pagam impostos e a Petrobras na mão do governo, mesmo hoje sendo a 10 maior do mundo, não...

Não paga impostos, mas os dividendos vão para o estado ou não?

Fernando Silva escreveu:Poços comuns levam pelo menos 5 anos entre a descoberta e o início da produção e envolvem investimentos enormes.
No pré-sal, a exploração será bem mais difícil e cara, será necessário desenvolver tecnologia e, com sorte, a produção começará dentro de 15 a 20 anos. Mas eles já querem gastar por conta agora.

Johnny escreveu:Certo. Melhor é dar por 10% e receber os impostos...como sempre.

Em breve: Serra privatiza postos de saúde...

Explicação: Para construir postos de saúde gera muitos gastos. Para manter com boa qualidade também, sem levar em conta que é um gasto eterno...

Apo escreveu:

Johnny escreveu:Certo. Melhor é dar por 10% e receber os impostos...como sempre.

Em breve: Serra privatiza postos de saúde...

Explicação: Para construir postos de saúde gera muitos gastos. Para manter com boa qualidade também, sem levar em conta que é um gasto eterno...

No comments de novo...

Johnny escreveu:Certo. Melhor é dar por 10% e receber os impostos...como sempre.

Em breve: Serra privatiza postos de saúde...

Explicação: Para construir postos de saúde gera muitos gastos. Para manter com boa qualidade também, sem levar em conta que é um gasto eterno...

E o pré-sal sumiu

Ele é jornalista e autor de livros de ficção científica como a trilogia “Padrões de contato” (Nova Fronteira 1985, Devir 2009), marco da scifi brasileira e precursora do gênero new space opera. Uma sinopse sua inspirou Arthur C. Clarke a escrever “2010 — Uma odisséia no espaço II”, continuação do clássico imortalizado por Kubrick nas telas. Contactado em Pinheiral, onde mora, o niteroiense de 58 anos criou para a Logo uma perturbadora fantasia que nos leva ao passado e ao futuro do pré-sal, fazendo-nos refletir sobre os perigos que envolvem o oba-oba do presente. (Arnaldo Bloch)

Jorge Luiz Calife

O petróleo era nosso. Estava lá, até 300 bilhões de barris, na camada do pré-sal. Até o dia em que o presidente reuniu convidados e jornalistas para inaugurar o primeiro poço, a bordo de um navioplataforma.

Não saiu nada. O petróleo acusado em todas as sondagens tinha simplesmente evaporado.

Falou-se em conspiração, sabotagem por potências estrangeiras. A verdade estava lá embaixo, no leito do oceano, a dois mil metros de profundidade. Ronaldo Holanda fora encarregado de descer num minissubmarino, à procura de vestígios.

Encontraria muito mais do que pistas.

— Onde estou? — murmurou, depois do choque, depois do clarão e das trevas.

— Acho que a pergunta não é onde. A pergunta é “quando” — disse a mulher, num português com forte sotaque.

Era linda. Ruiva, olhos verdes, perfeita da cabeça aos pés, como uma modelo dessas que se veem em capas de revistas. Usava um traje cibernético.

— Você é americana, não é? Chávez tinha razão.

Ele disse que era coisa dos americanos. Primeiro aquela base na Colômbia. Agora, o nosso petróleo! — Refere-se aos Estados Unidos da América? Eles faliram no final do século 21. Não aguentaram os prejuízos causados pela mudança climática global.

Nós compramos o que sobrou. Agora se chama Alberta do Sul. Uma província canadense. Prazer em conhecê-lo, brasileiro. Sou Valora Norland, da Corporação Norland. Nossa sede fica em Vancouver, Colúmbia Britânica.

— Onde estou? O que fizeram comigo? — Você sofreu uma concussão quando seu submarino colidiu com a nossa onda de deslocamento temporal. Queria saber o que tinha acontecido com o óleo do pré-sal. Pode olhar, está aí na sua frente.

Trêmulo, Ronaldo conseguiu se pôr de pé. Estava na praia, diante do que parecia um imenso lago de águas estagnadas. O céu era de um tom azul escuro, cerúleo, com nuvens cirros muito brancas. Havia uns pássaros esquisitos voando lá em cima. Para trás, a praia terminava numa floresta de araucárias e pinheiros do Paraná, onde animais de pescoços compridos pastavam placidamente.

— Que lugar é esse? Que bichos são aqueles? — Margem ocidental da pangéia, o continente dos continentes — disse a ruiva. — Estamos no período jurássico, 140 milhões de anos antes da sua época.

Isso aí é o mar interior. Cheio de fitoplancton e zooplancton. Um dia esse mar será soterrado e dos organismos mortos surgirá o petróleo que você procura. Mas ele não está disponível agora. Nem estará na sua época. Nós pegamos tudo com o nosso wormhole e bombeamos para o século 26. É de onde eu venho.

— Isso é mentira! Vocês me drogaram! Estou tonto...

— Você está hiperventilado. A atmosfera tem um alto teor de oxigênio nesse período. Como acha que aqueles pterossauros conseguem energia para voar? Sangue hiperoxigenado.

Alto lá! Não recomendo que saia correndo. Vai desmaiar. Se não colidir com um dinossauro. A floresta aí atrás está cheia deles.

— Deixe eu entender. Você diz que veio do futuro.

E levou todo o nosso petróleo para o Canadá, uma empresa multinacional...

— Multiplanetária.

— Não me interrompa, eu já estou tonto. Vejo até uma estrela enorme no céu, em plena luz do dia.

— Aquilo é a boca do wormhole, o buraco de verme que usamos para viajar do futuro para o passado e vice-versa. Temos que conectá-lo aqui, no período jurássico, para ter maior estabilidade. A outra extremidade fica na cidade orbital, que circunda o nosso mundo, 36 mil quilômetros acima do equador.

— Vocês não podem fazer isso. Não podem roubar as reservas naturais da minha época. Isso vai alterar o futuro de onde você veio.

— Não. Isso vai garantir que ele exista. O que vocês iam fazer com esse petróleo todo? Gasolina, óleo diesel? Mais poluição, mais aquecimento global.

Foi o que acabou com os Estados Unidos. Mas não vai acabar conosco. Sabe que raramente neva em Vancouver na minha época? Não temos mais o nosso Natal branco. Minha filha tem que ir para a Antártida ver neve. Nossas florestas de pinheiros estão morrendo. Vocês acabaram com a Amazônia e iam acabar conosco, se não alterássemos o passado.

Agora aquele petróleo não vai mais esquentar a Terra. Vai ficar em segurança.

— Isso é um ato de guerra. Vocês são criminosos.

— Tudo bem, o que você vai fazer? Vai mandar a Interpol nos prender lá em Vancouver? Terão que esperar um bocado. A Norland só será fundada em 16 de janeiro de 2226.

— Isso não vai ficar assim. Quando o meu presidente souber disso ele vai declarar guerra ao Canadá. Faremos um ataque preventivo.

— Aquele barbudinho ainda é o seu presidente? Pensei que o mandato dele terminaria em 2010.

— Não terminou, não. A ministra era a candidata oficial mas teve um escândalo e a candidatura dela naufragou. Aí mudaram a constituição e ele conseguiu um terceiro mandato. Que nem o Chávez.

— O comediante mexicano? — Não, o outro.

— Interessante. Mas não importa. Sua presença aqui foi um acidente. Vamos mandá-lo de volta para sua época. Já consertamos o seu submarino. Como eles dizem lá em Toronto, bon voyage.

Quando o submarino emergiu ao lado do navio de pesquisa, a equipe de resgate veio ao seu encontro.

Ronaldo subiu no convés, começando a achar que tudo tinha sido um sonho. Mas seu supervisor queria respostas.

— E aí, o que encontrou? Perdemos contato por duas horas. Achou algum sinal do óleo? Da sabotagem? — Não. Sumiu que nem a caixa preta do Airbus.

— Mas o presidente quer respostas concretas. O que eu digo a ele? — Diga que foram os OVNIs, os alienígenas.

Como é que eu vou saber? A verdade estava lá embaixo. Viagens no tempo, a Corporação Norland. Miss Vancouver e seu Natal sem neve. Mas, nisso, ninguém iria acreditar.

Darkside escreveu:

Johnny escreveu:Certo. Melhor é dar por 10% e receber os impostos...como sempre.

Em breve: Serra privatiza postos de saúde...

Explicação: Para construir postos de saúde gera muitos gastos. Para manter com boa qualidade também, sem levar em conta que é um gasto eterno...

O Serra nunca vai fazer algo assim, é dez vezes mais socialista que o Lula.

Sem falar que a mera privatização pode não ser uma política liberal, assim como a redução de impostos também não. Depende em que contexto essas situações se encontram.

Johnny escreveu:

Darkside escreveu:

Johnny escreveu:Certo. Melhor é dar por 10% e receber os impostos...como sempre.

Em breve: Serra privatiza postos de saúde...

Explicação: Para construir postos de saúde gera muitos gastos. Para manter com boa qualidade também, sem levar em conta que é um gasto eterno...

O Serra nunca vai fazer algo assim, é dez vezes mais socialista que o Lula.

Sem falar que a mera privatização pode não ser uma política liberal, assim como a redução de impostos também não. Depende em que contexto essas situações se encontram.

Mãe Diná? É você?

Darkside escreveu:Essa fobia irracional de privatizações é fruto de anos de propaganda petista formando seus conceitos sobre o assunto, certo?

Se o Serra privatizar postos de saúde a preço de banana, através de contratos fraudulentos e com o único objetivo de gerar receita, pode ter certeza que não será a pior coisa que o governo dele vai fazer. Não porque isso seja bom, obviamente.