VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Enviado: 29 Jan 2006, 16:55
Jornalistas do Jornal Zero Hora, que estão cobrindo o Forum Inutil Mundial, falam sobre oque estão encontrando na Venezuela:
"Não há jornalismo sem liberdade de imprensa"
Entrevista: Andrés Mata Osorio e Elides Rojas, diretor e chefe de Redação do jornal El Nacional
Comentários ou notícias publicados em jornais venezuelanos podem ser interpretados como uma tentativa de desestabilizar o governo e dar origem a um processo. Dezesseis jornalistas do jornal El Universal, o maior de Caracas, estão sendo processados pelo governo. Em uma Suprema Corte onde todos os juízes foram nomeados pelo presidente, a defesa fica dificultada. O diretor do El Universal, Andrés Mata Osorio, e o chefe de redação Elides Rojas contaram como é a relação do governo Chávez com a imprensa. Leia os principais trechos da entrevista:
Zero Hora - Como é a pressão do governo sobre a imprensa?
Andrés Mata Osorio - Até o referendo, havia agressões verbais, mas não esta satanização de proprietários, editores e jornalistas. Agora chegamos a um outro nível, o das medidas cautelares. Um juiz pode acatar a alegação de um promotor, que diz que não se pode falar de tal coisa, porque simplesmente causa mal-estar. Então, quando chega a gripe das aves não podemos falar disso. O próximo passo é a criação de uma lei de imprensa.
ZH - Como o governo trata os jornalistas?
Osorio - Quando um de nossos repórteres liga para um ministro, dificilmente recebe resposta. É muito difícil fazer a cobertura do governo. Não falam com as empresas de comunicação privadas.
ZH - Há casos de agressão a jornalistas?
Elides Rojas - Sim, no caso de Marta Colombia atiraram uma bomba em seu rosto. Este ano e em parte do ano passado, diminuiu muito. Agora, o governo passou a atacar na Justiça. Diz que os meios de comunicação são o braço armado do império. Põe os rostos dos editores na TV, nas praças. Compramos coletes à prova de balas, capacetes e máscaras antigás para o trabalho dos jornalistas.
ZH - O jornal tem uma posição abertamente contra o governo?
Rojas - Ideologicamente, a empresa defende o livre mercado. A visão do governo não é de um socialismo democrático moderno, como o de Lula. Não podemos compreender o exercício do jornalismo se não há independência.
"Não há jornalismo sem liberdade de imprensa"
Entrevista: Andrés Mata Osorio e Elides Rojas, diretor e chefe de Redação do jornal El Nacional
Comentários ou notícias publicados em jornais venezuelanos podem ser interpretados como uma tentativa de desestabilizar o governo e dar origem a um processo. Dezesseis jornalistas do jornal El Universal, o maior de Caracas, estão sendo processados pelo governo. Em uma Suprema Corte onde todos os juízes foram nomeados pelo presidente, a defesa fica dificultada. O diretor do El Universal, Andrés Mata Osorio, e o chefe de redação Elides Rojas contaram como é a relação do governo Chávez com a imprensa. Leia os principais trechos da entrevista:
Zero Hora - Como é a pressão do governo sobre a imprensa?
Andrés Mata Osorio - Até o referendo, havia agressões verbais, mas não esta satanização de proprietários, editores e jornalistas. Agora chegamos a um outro nível, o das medidas cautelares. Um juiz pode acatar a alegação de um promotor, que diz que não se pode falar de tal coisa, porque simplesmente causa mal-estar. Então, quando chega a gripe das aves não podemos falar disso. O próximo passo é a criação de uma lei de imprensa.
ZH - Como o governo trata os jornalistas?
Osorio - Quando um de nossos repórteres liga para um ministro, dificilmente recebe resposta. É muito difícil fazer a cobertura do governo. Não falam com as empresas de comunicação privadas.
ZH - Há casos de agressão a jornalistas?
Elides Rojas - Sim, no caso de Marta Colombia atiraram uma bomba em seu rosto. Este ano e em parte do ano passado, diminuiu muito. Agora, o governo passou a atacar na Justiça. Diz que os meios de comunicação são o braço armado do império. Põe os rostos dos editores na TV, nas praças. Compramos coletes à prova de balas, capacetes e máscaras antigás para o trabalho dos jornalistas.
ZH - O jornal tem uma posição abertamente contra o governo?
Rojas - Ideologicamente, a empresa defende o livre mercado. A visão do governo não é de um socialismo democrático moderno, como o de Lula. Não podemos compreender o exercício do jornalismo se não há independência.