Ação do MST foi um 'bem para a humanidade'
Enviado: 08 Out 2009, 13:51
Publicada em 08/10/2009 às 00h07m
Letícia Lins e Flávio Freire
RECIFE e SÃO PAULO - O coordenador regional do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, disse nesta quarta-feira que as ações do movimento na Fazenda Cutrale, em São Paulo , são atos de defesa do patrimônio da União e representam "um bem para a humanidade". E afirmou que o MST vai continuar "na ofensiva" para mostrar que o Brasil precisa "resolver o problema da reforma agrária". ( A ação trará consequências para o MST? Vote )
Ele minimizou os atos de vandalismo e afirmou que o que o MST está pedindo é pouco diante dos problemas provocados pela empresa:
" Por uma questão lógica, toda monocultura é prejudicial ao meio ambiente, porque degrada o solo, prejudica a natureza "
- A Cutrale ocupa cerca de 30 mil hectares de terras devolutas, e isso pode ser chamado de grilagem. O MST só exige 2.500 hectares de toda essa área - afirmou ele, um dos dirigentes nacionais do movimento. - Por uma questão lógica, toda monocultura é prejudicial ao meio ambiente, porque degrada o solo, prejudica a natureza. Não importa se é eucalipto, cana, soja ou o milhão de pés de laranja da Cutrale. Os companheiros estão tentando produzir outras culturas para o bem da humanidade.
Amorim disse duvidar que sete mil pés de laranja tenham sido destruídos, e atacou a imprensa: ( No G1, fotos da fazenda após a desocupação )
- O poder midiático contra nós é muito grande. Está sendo feito um levantamento para sabermos o que foi destruído. Não se carrega um trator como um saco de feijão - disse Amorim, reagindo ainda às declarações do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e do presidente do Incra, Rolf Hackbart, que condenaram o vandalismo do MST: - Provavelmente, eles falaram influenciados pelo que viram na imprensa, com imagens tendenciosas. Eles teriam que ter chamado o movimento para que desse suas explicações. ( Veja o vídeo com os pés de laranja sendo destruídos )
Coordenador nacional do MST, Gilmar Mauro criticou os parlamentares da bancada ruralista que querem ressuscitar uma CPI para investigar o movimento. Mauro disse que políticos que sobem à tribuna para defender a Cutrale teriam sido beneficiados pela empresa com doações de campanha.
"É patético ver alguns senadores(as), deputados(as) e outros tantos 'ilustres' se revezarem nos microfones em defesa das laranjas da Cutrale. Muitos destes, possivelmente, já foram beneficiados com os 'sucos' da empresa para suas campanhas, ou estão de olho para obter 'vitaminas' no próximo pleito", disse, em nota.
E defendeu a destruição dos pés de laranja: "Passar por cima das laranjas é passar por cima do grilo e da corrupção que mantém esta situação há tanto tempo", disse o líder do MST, que acusa a empresa de ter se apropriado de uma área da União.
Letícia Lins e Flávio Freire
RECIFE e SÃO PAULO - O coordenador regional do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, disse nesta quarta-feira que as ações do movimento na Fazenda Cutrale, em São Paulo , são atos de defesa do patrimônio da União e representam "um bem para a humanidade". E afirmou que o MST vai continuar "na ofensiva" para mostrar que o Brasil precisa "resolver o problema da reforma agrária". ( A ação trará consequências para o MST? Vote )
Ele minimizou os atos de vandalismo e afirmou que o que o MST está pedindo é pouco diante dos problemas provocados pela empresa:
" Por uma questão lógica, toda monocultura é prejudicial ao meio ambiente, porque degrada o solo, prejudica a natureza "
- A Cutrale ocupa cerca de 30 mil hectares de terras devolutas, e isso pode ser chamado de grilagem. O MST só exige 2.500 hectares de toda essa área - afirmou ele, um dos dirigentes nacionais do movimento. - Por uma questão lógica, toda monocultura é prejudicial ao meio ambiente, porque degrada o solo, prejudica a natureza. Não importa se é eucalipto, cana, soja ou o milhão de pés de laranja da Cutrale. Os companheiros estão tentando produzir outras culturas para o bem da humanidade.
Amorim disse duvidar que sete mil pés de laranja tenham sido destruídos, e atacou a imprensa: ( No G1, fotos da fazenda após a desocupação )
- O poder midiático contra nós é muito grande. Está sendo feito um levantamento para sabermos o que foi destruído. Não se carrega um trator como um saco de feijão - disse Amorim, reagindo ainda às declarações do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e do presidente do Incra, Rolf Hackbart, que condenaram o vandalismo do MST: - Provavelmente, eles falaram influenciados pelo que viram na imprensa, com imagens tendenciosas. Eles teriam que ter chamado o movimento para que desse suas explicações. ( Veja o vídeo com os pés de laranja sendo destruídos )
Coordenador nacional do MST, Gilmar Mauro criticou os parlamentares da bancada ruralista que querem ressuscitar uma CPI para investigar o movimento. Mauro disse que políticos que sobem à tribuna para defender a Cutrale teriam sido beneficiados pela empresa com doações de campanha.
"É patético ver alguns senadores(as), deputados(as) e outros tantos 'ilustres' se revezarem nos microfones em defesa das laranjas da Cutrale. Muitos destes, possivelmente, já foram beneficiados com os 'sucos' da empresa para suas campanhas, ou estão de olho para obter 'vitaminas' no próximo pleito", disse, em nota.
E defendeu a destruição dos pés de laranja: "Passar por cima das laranjas é passar por cima do grilo e da corrupção que mantém esta situação há tanto tempo", disse o líder do MST, que acusa a empresa de ter se apropriado de uma área da União.