Religião é Veneno

13/10/2009 - 14h40

MST pede para não ser julgado pela versão da mídia

Edson Sardinha

A direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) divulgou nota em que pede à sociedade que não julgue suas ações de acordo com a versão apresentada pela mídia. O movimento acusa setores da imprensa de participarem de uma articulação com os grandes proprietários rurais para criminalizar as manifestações do sem-terra e impedir a implantação da reforma agrária no país.

“Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.”

O MST nega ter agido com violência na ação que resultou na destruição de cerca de 7 mil pés de um laranjal na fazenda da Cutrale, uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo, no interior de São Paulo. De acordo com o movimento, a operação foi deflagrada para denunciar uma suposta grilagem das terras ocupadas pela empresa.

“Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia”, diz a nota assinada pela direção do movimento.

Concentração de terras

O MST afirma que o Brasil é o país com a maior concentração de terras no mundo. De acordo com o movimento, menos de 15 mil latifundiários possuem 98 milhões de hectares, ou seja, cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.

“Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais”, afirma o movimento.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo MST:

“Esclarecimentos sobre os últimos episódios veiculados pela mídia”

Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar.

1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006, divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.

2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988.

A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para contrabando ou cultivo de drogas.

3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia (Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem à União e estão indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.

4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST, os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.

5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que tiveram alguma punição, reinando a impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.

6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.

7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma Agrária, seja dos latifundiários ou da policia.

8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na fazenda deve ser investigado.

9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.

Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política, como parte das táticas da direita para impedir as ações do governo a favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus interesses de classe.

10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500 mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados. Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e de seus representantes na imprensa.

À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.

Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e, principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra, educação e dignidade.

São Paulo, 9 de outubro de 2009

DIREÇÃO NACIONAL DO MST”

http://congressoemfoco.ig.com.br/cf/not ... acao=30122

E GOVERNO CRIMINOSO, MENTIROSO E SALAFRÁRIO!!!

13/10/2009 - 11h55 | Atualizada em 13/10/2009 - 16h30

Ministro Cassel critica "criminalização" do MST

Ministro do Desenvolvimento Agrário diz não temer possível instalação de CPI para investigar repasses do governo para o MST
Renata Camargo

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirmou nesta terça-feira (13) que é preciso acabar com a "criminalização" das ações dos movimentos sociais, entre eles, o MST. Ao sair em defesa dos sem-terra, Cassel também disse que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não repassou recursos para “entidades laranjas” do MST, como acusam parlamentares da oposição. Segundo o ministro, o repasse de R$ 115,4 milhões foi feito para entidades que não mantêm ligações com o movimento.

O repasse foi questionado pelo líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), que acusou o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) de ter transferido R$ 115,40 milhões do governo federal a nove entidades vinculadas ao MST nos últimos cinco anos. Caiado argumenta que a legislação brasileira impossibilita o repasse de recursos públicos para entidades que incitem e colaborem com a invasão de imóveis rurais e bens públicos e que, portanto, o repasse teria sido ilegal.

“O deputado me perguntou sobre repasse para nove entidades que seriam ‘laranjas’ do MST. Esse tema sempre aparece atravessado. O Incra ou o MDA não repassou R$ 115 milhões para o MST”, respondeu Cassel.

De acordo com o ministro, os repasses questionados foram feitos para a Emater/RO, a Emater/RS e a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural. Também foram repassados recursos públicos para outras duas entidades ligadas ao Programa de Consolidação e Emancipação dos Assentamentos, constituído por meio de empréstimos com o Banco Mundial (BID).

“Repassamos, por exemplo, R$ 12 milhões para Emater/RO. E não me consta que o governador [de Rondônia] Ivo Cassol seja militante do MST. Repassamos também R$ 23,8 milhões para a Emater/RS. E também não me consta que a governadora Yeda Cruisius seja militante do MST. Também não acredito que o BID esteja a serviço do MST”, defendeu.

CPI

Cassel participou nesta terça-feira (13) de uma audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado. Ele disse à imprensa que não teme a instalação de uma CPI do MST, que deve ser aberta para investigar supostos repasses ilegais feitos pelo governo federal ao movimento.

“Tivemos a CPI da Terra e a CPI da ONGs. Nos dois casos fomos questionados e foram encaminhadas cópias de todos os contratos e convênios do Incra com o MST. Nenhum órgão é tão fiscalizado quanto o nosso. E a gente cumpre com isso”, disse Cassel.

O ministro também rebateu as críticas dirigidas pelos ruralistas às ações dos sem-terra. “Acho que a gente tem que superar esse espírito de criminalização dos movimentos sociais, o que não ajuda. Sou radicalmente contra esse ambiente de criminalização. Foi grotesco e injustificável [a ação do MST no laranjal em São Paulo]. Mas não estou aqui tratando desse tema. Estou tratando sobre o tema de que o MST não é financiado pelo governo federal”, declarou.

Em comissão esvaziada, o ministro contestou os dados citados pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que apresentou levantamento da ONG Contas Abertas, que traz repasses a entidades supostamente ligadas ao movimento. Cassel afirmou que no levantamento havia “coisas que são ridículas”, como a insinuação de que a entidade Caritas seria um “braço direito do MST”.

“Tem coisas aqui que são ridículas, para dizer o mínimo. (...) Não sou contra a investigar a aplicação de recursos públicos, mas não pode ser desta forma. Temos que superar o instinto persecutório contra o MST”, afirmou.

Ao sair da comissão, o ministro chamou de “achismo” os dados apresentados hoje pela presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). De acordo com o levantamento, 48% dos assentados não produzem o suficiente para sobreviver, 75% não têm acesso aos programas de crédito e 46% compraram suas terras de maneira ilegal. “Não reconheço esses dados”, disse Cassel.

http://congressoemfoco.ig.com.br/notici ... acao=30118

Tanto quanto me lembre, TODAS AS VEZES QUE ESSE PESSOAL DO MST & ASSEMELHADOS vão aprontar alguma, SEMPRE HÁ baderna, depredação, roubo, etc e tal.

A sede da fazenda foi incendiada... E vem o pessoal do MST com a declaração à mídia golpista: _ Não incendiamos NADA! Quando lá chegamos, já tava tudo queimado, a gente só pichou as paredes. Não fizemos nada além disso...

Os caras mentem tanto, que provavelmente acreditam em suas próprias mentiras. Eles, o Mulla, o Cassel, o Tarso Genro... Só a mídia golpista que não acredita neles.
Que coisa triste!

Botanico escreveu:Tanto quanto me lembre, TODAS AS VEZES QUE ESSE PESSOAL DO MST & ASSEMELHADOS vão aprontar alguma, SEMPRE HÁ baderna, depredação, roubo, etc e tal.

A sede da fazenda foi incendiada... E vem o pessoal do MST com a declaração à mídia golpista: _ Não incendiamos NADA! Quando lá chegamos, já tava tudo queimado, a gente só pichou as paredes. Não fizemos nada além disso...

Os caras mentem tanto, que provavelmente acreditam em suas próprias mentiras. Eles, o Mulla, o Cassel, o Tarso Genro... Só a mídia golpista que não acredita neles.
Que coisa triste!

Organiização com flagelados, nunca irá existir. Nem com a UNE de FHC Gostoso Lindão

Os terroristas do MST conhecem muito bem as cartilhas revolucionárias, únicas guias de seu Movimento.
Sabem que o povo em geral abomina vagabundos baderneiros, mas sabem também que não precisam da simpatia do povo, basta-lhes sua letargia.
Garantido que o escândalo popular com os abusos das quadrilhas rurais não passará disto, reações inertes de indignação, podem continuar sobrepondo a esta letargia sua ação organizada, planejada e decidida cujo objetivo final não é segredo prá ninguém, a revolução comunista e a implantação de um regime marxista-leninista ou maoísta.

O absurdo de que em pleno século XXI existam trogloditas querendo ressuscitar regimes que prometiam ser a vanguarda da História e terminaram sepultados por ela só é superado pelo fato destes autralopitecos ideológicos serem amplamente apoiados pela camarilha no poder e por um presidente da república publicamente comprometido com um projeto de democracia que exclui outras variantes políticas que não a dele própria.

A única razão pela qual as milícias de vândalos ainda não se lançaram a aventuras mais ousadas é a experiência histórica que lhes lembra que os quartéis podem estar silenciosos hoje, mas não há garantia que continuarão assim amanhã, caso limites sejam extrapolados.

Se conquistada a meta do presidente Silva de banir a Direita da vida política e estabelecer o regime, se não de partido único, de ideologia única, como em 1964 a oposição democrática estará travada e a última resistência possível vestirá farda, em uma História repetida como farsa que não interessa nada a uma nação que aos poucos faz as pazes com sua vocação de grandeza.

O horror, o horror, reside em que os que planejam o pior previram o cenário acima e se prepararam para ele...

Acauan escreveu:Se conquistada a meta do presidente Silva de banir a Direita da vida política e estabelecer o regime, se não de partido único, de ideologia única, como em 1964 a oposição democrática estará travada e a última resistência possível vestirá farda, em uma História repetida como farsa que não interessa nada a uma nação que aos poucos faz as pazes com sua vocação de grandeza.

O que seria a farsa, Acauan? O Golpe de 64?

Para mim, a maior de todas as farsas é a manutenção não da letargia, mas de uma sensação perene de que somos o futuro, sempre o futuro, sempre as promessas do que seria valorizado no mundo todo numa nova era, o tal Milagre Brasileiro, que obviamente foi o coroamento do golpe de 64. Agora os comunas estão repetindo a dose pois ela provou funcionar muito bem junto à credulidade deste povo.

Usam o rótulo de democracia pra irem se apossando do poder até minar completamente todas as instituições, sufocar todas as liberdades e instilar seu pérfido veneno, mas com a conivência do povo e de amigados por todo o continente. O mundo aplaude Lula e o Brasil? Estão cegos, por supuesto.

E tem gente que ainda acha que não há espaço para comunismo algum no mundo "moderno". Se não aquele utópico, porém romântico, este outro que se dá risada e caga e anda pra opinião pública que parece ter memória de passarinho. Parodiando Quintana: eles passarão?

Jack Torrance escreveu:
Acauan escreveu:Se conquistada a meta do presidente Silva de banir a Direita da vida política e estabelecer o regime, se não de partido único, de ideologia única, como em 1964 a oposição democrática estará travada e a última resistência possível vestirá farda, em uma História repetida como farsa que não interessa nada a uma nação que aos poucos faz as pazes com sua vocação de grandeza.

O que seria a farsa, Acauan? O Golpe de 64?

A História se apresenta como tragédia e se repete como farsa.

Karl Marx

Todo movimento revolucionário tem por objetivo o colapso das instituições nacionais, criando um vácuo de poder no qual possam penetrar e se consolidar rapidamente, antes que as representações legítimas da sociedade reajam.

Em 1964 os partidos políticos estavam em um impasse que paralisava o legislativo, impedindo uma solução negociada para a crise institucional criada pela inconsequência de Jango.
À época o alto oficialato brasileiro, educado por uma Escola Superior de Guerra raivosamente anti-comunista que o instruiu nas estratégias de guerra revolucionária e contra-revolucionária, decidiu não esperar o colapso pleno das instituições e se instalou de mala e cuia no poder antes que algum aventureiro lançasse mão dele.

Graças à boca grande do atual presidente, que não resistiu à tentação de se vangloriar de ter neutralizado a direita na vida política democrática brasileira, voltamos a enxergar o vulto de um projeto de conquista do Estado que evita o confronto direto com as potenciais forças da contra-revolução, agindo na fronteiras da ordem constitucional, mas controlando-se para preservar sua legitimidade mantendo-se o suficiente dentro desta ordem.

Neste cenário, qualquer movimentação militar aos moldes de 1964 teria chances mínimas de sucesso, uma vez que não se repetiria o maciço apoio popular e o imediato reconhecimento internacional como se deu então.

A esquerda armada foi aniquilada no levante de 1968 a 1972 e desde então teve quarenta anos para planejar sua nova tentativa.
Os meios de resistência também devem se valer de aprendizado compatível ou dias negros virão.

Virão.

Acauan escreveu:Neste cenário, qualquer movimentação militar aos moldes de 1964 teria chances mínimas de sucesso, uma vez que não se repetiria o maciço apoio popular e o imediato reconhecimento internacional como se deu então.

A esquerda armada foi aniquilada no levante de 1968 a 1972 e desde então teve quarenta anos para planejar sua nova tentativa.
Os meios de resistência também devem se valer de aprendizado compatível ou dias negros virão.

Eu penso que o cenário não é favorável a movimentação militar por um SIMPLES MOTIVO: economicamente estamos bem. Em 1964, devido às burradas do Juscelino, ao distúrbio bipolar do Jânio e a incompetência do Jango em sentir o problema... deu no que deu.

Aliás, tanto quanto eu saiba, NÃO HÁ líderes socialistas inteligentes o bastante para sentir o problema e resolvê-lo antes que seja tarde. Inclui-se aí que Socialismo é RELIGIÃO e não uma realidade política. Allende, em nome de beneficiar o povo, fez no Chile algo parecido com o nosso plano Cruzágio (inclusive foi a Conceição Tavares que meteu os pés pelas mãos por lá). O resultado é que a economia virou a maior bagunça, com desabastecimento generalizado. Lógico que o povo, o maior "beneficiado" por essa política, não gostou. No Brasil, o tal plano econômico só tinha por propósito dar ao Sarney e sua cumpinchada condição de se aboletar mais ainda do pudê. Cumprido esse objetivo, foi abandonado. Mas no Chile, Allende foi burro o bastante para nunca recuar, pois achava que se o fizesse, estaria "traindo" o povo. Para esse povo, foi com um suspiro de alívio que Pinochet bombardeou Modena e acabou com essa triste figura... mal sabia ele o que vinha depois.

Mas Pinochet acertou a questão econômica, tal como os milicos fizeram por aqui... até que resolveram dar uma de Juscelino (com suas obras faraônicas, caras e desnecessárias e que só nos endividaram) e depois a estória se repetiu. Saíram deixando o país com a mesma bagunça econômica que acharam...

A sorte do Mulla é que ele é tão burro que não sabe fazer uma política econômica. Então se a política do Fernando Henrique o Garboso dera certo, o jeito é ficar com ela mesma. Pra que mudar um time que está ganhando se ele nem sabia montar um time? Essa foi na realidade a sua sorte. Se quisesse implantar os ideais socialistas na área econômica, os milicos já teriam saído dos quartéis há tempos.

É isso.

Comentário interessante.

Botanico escreveu:Eu penso que o cenário não é favorável a movimentação militar por um SIMPLES MOTIVO: economicamente estamos bem. Em 1964, devido às burradas do Juscelino, ao distúrbio bipolar do Jânio e a incompetência do Jango em sentir o problema... deu no que deu.

A situação econômica é importante, mas por si só não cria um ambiente pró-revolução. A subversão precisa obstruir as instituições e incapacitar as forças de reação do Estado e da sociedade.
Em 1964 o poder legislativo desistiu de uma solução constitucional e os partidos se polarizaram em extremos opostos, mas a Igreja, associações empresariais, sociedades influentes e, obviamente, as forças armadas estavam atentas e extremamente dispostas à reação.
Hoje, boa parte destas organizações estão contaminadas pela ideologia do Politicamente Correto e enfraquecidas em suas convicções, o que os torna adversários fracos, ou pior, idiotas úteis a serviço da esquerda.
A soma do momento econômico com o aparelhamento ideológico do Estado, a preservação cautelosa de uma ordem constitucional e a fraqueza das oposições é um prato cheio pras esquerdas lamberem os beiços e se atreverem a avançar o pé para o lado de fora da fronteira democrática.

Botanico escreveu:Aliás, tanto quanto eu saiba, NÃO HÁ líderes socialistas inteligentes o bastante para sentir o problema e resolvê-lo antes que seja tarde.

Vou resistir à tentação de afirmar que líderes socialistas inteligentes é uma contradição em termos. Tenho minhas dúvidas se João Pedro Stédile sabe escrever em cursivo.
Esta gente é oportunista, ousada e sem escrúpulos. É aí, e não no brilhantismo daquelas mentes, que mora o perigo.

Botanico escreveu:Inclui-se aí que Socialismo é RELIGIÃO e não uma realidade política.

Sem dúvida é uma Fé, que se configura mais como uma fé de negação que desemboca no niilismo.

Botanico escreveu:Allende, em nome de beneficiar o povo, fez no Chile algo parecido com o nosso plano Cruzágio (inclusive foi a Conceição Tavares que meteu os pés pelas mãos por lá). O resultado é que a economia virou a maior bagunça, com desabastecimento generalizado. Lógico que o povo, o maior "beneficiado" por essa política, não gostou.

Fato histórico inegável que todo esquerdista jura morrer negando.

Botanico escreveu:No Brasil, o tal plano econômico só tinha por propósito dar ao Sarney e sua cumpinchada condição de se aboletar mais ainda do pudê. Cumprido esse objetivo, foi abandonado. Mas no Chile, Allende foi burro o bastante para nunca recuar, pois achava que se o fizesse, estaria "traindo" o povo.

Allende era um bocó tão bocó que o único jeito que encontrou de parecer menos bocó aos olhos da História foi estourando os próprios cornos.

Botanico escreveu:Para esse povo, foi com um suspiro de alívio que Pinochet bombardeou Modena e acabou com essa triste figura... mal sabia ele o que vinha depois.

Pinochet errou na mão, claro, nada justifica a violação generalizada de Direitos Humanos que promoveu, como os assassinatos em massa de milhares e tortura de outros tantos.
A estratégia era certíssima, neutralizar TODA a esquerda, a começar pelas suas lideranças intelectuais, ao contrário do que houve no Brasil, onde o alvo prioritário da repressão foi a militância armada, deixando os intelectuais esquerdistas livres para hoje receber pensões milionárias e assumir postos ministeriais. Mas matar de baciada foi selvageria pura, prender seria suficiente e havia modos democráticos de garantir que a subversão não voltasse ao poder.

Botanico escreveu:Mas Pinochet acertou a questão econômica, tal como os milicos fizeram por aqui... até que resolveram dar uma de Juscelino (com suas obras faraônicas, caras e desnecessárias e que só nos endividaram) e depois a estória se repetiu. Saíram deixando o país com a mesma bagunça econômica que acharam...

O erro dos militares não foi as grandes obras de infra-estrutura, que tiraram o Brasil do pasto e criaram o suporte mínimo para a industrialização acelerada em andamento. As hidrelétricas, telecomunicações, rodovias etc foram um investimento muito bem gasto. Até mesmo obras criticadas como a Transamazônica não eram absurdas dentro do contexto da época. O grande erro dos militares brasileiros e acerto dos chilenos foi a opção pelo modelo de desenvolvimento econômico, aqui baseado no estatismo e protecionismo e lá na livre iniciativa e livre concorrência.
Deu no que deu.

Botanico escreveu:A sorte do Mulla é que ele é tão burro que não sabe fazer uma política econômica. Então se a política do Fernando Henrique o Garboso dera certo, o jeito é ficar com ela mesma. Pra que mudar um time que está ganhando se ele nem sabia montar um time? Essa foi na realidade a sua sorte. Se quisesse implantar os ideais socialistas na área econômica, os milicos já teriam saído dos quartéis há tempos.

Juro que gostaria de poder fazer alguma ressalva positiva ao presidente Silva, tipo ele tem uma grande inteligência intuitiva. Infelizmente não dá. A maior parte da carreira dele se fez a alguns quilômetros da minha casa, tornando-o figura pessoalmente conhecida demais para se conceder créditos maiores que a esperteza. A prioridade do presidente Silva é construir uma biografia que o coloque na História em patamar, no mínimo, tão relevante quanto o de Getúlio Vargas, e toma suas decisões a partir deste parâmetro simples de qual das alternativas a escolher melhor se ajustam à sua pretensão de grandeza. No longo prazo a ruína nacional seria a consequência certa. Resta esperar que em oito anos deste tipo de esperteza a sorte garanta alguma coincidência entre a vaidade presidencial e o interesse nacional.

Acauan escreveu:Comentário interessante.

Botanico escreveu:Eu penso que o cenário não é favorável a movimentação militar por um SIMPLES MOTIVO: economicamente estamos bem. Em 1964, devido às burradas do Juscelino, ao distúrbio bipolar do Jânio e a incompetência do Jango em sentir o problema... deu no que deu.

Acauan escreveu:A situação econômica é importante, mas por si só não cria um ambiente pró-revolução. A subversão precisa obstruir as instituições e incapacitar as forças de reação do Estado e da sociedade.
Em 1964 o poder legislativo desistiu de uma solução constitucional e os partidos se polarizaram em extremos opostos, mas a Igreja, associações empresariais, sociedades influentes e, obviamente, as forças armadas estavam atentas e extremamente dispostas à reação.
Hoje, boa parte destas organizações estão contaminadas pela ideologia do Politicamente Correto e enfraquecidas em suas convicções, o que os torna adversários fracos, ou pior, idiotas úteis a serviço da esquerda.
A soma do momento econômico com o aparelhamento ideológico do Estado, a preservação cautelosa de uma ordem constitucional e a fraqueza das oposições é um prato cheio pras esquerdas lamberem os beiços e se atreverem a avançar o pé para o lado de fora da fronteira democrática.

Ainda insisto, Acauan, que situação econômica ruim é o fator primordial nesses casos. Pode não ser o único - há sempre uma cadeia de eventos que dá no que dá - mas é no frigir dos ovos o que leva as coisas a acontecer. Lá na Argentina, a Dona Perón simplesmente não conseguiu segurar a economia do país e aí em 1976 vieram os milicos e os resultados todos sabemos... Foi o mesmo no Chile e suponho o mesmo no Uruguai. No Brasil também a coisa ia pelos mesmos rumos...

Botanico escreveu:Aliás, tanto quanto eu saiba, NÃO HÁ líderes socialistas inteligentes o bastante para sentir o problema e resolvê-lo antes que seja tarde.

Acauan escreveu:]Vou resistir à tentação de afirmar que líderes socialistas inteligentes é uma contradição em termos. Tenho minhas dúvidas se João Pedro Stédile sabe escrever em cursivo.
Esta gente é oportunista, ousada e sem escrúpulos. É aí, e não no brilhantismo daquelas mentes, que mora o perigo.

Stedile tem dois grandes sonhos na sua vida:
1) Transformar TODA a agricultura do Brasil num roçado de milho e feijão de subexistência.
2) Ir um dia à Inglaterra, levando uma edição em português do Capital e pedir para que Karl Marx a autografe.
Aliás, esse último sonho não é só dele não: TODOS os intelectuais e líderes esquerdistas do Brasil e do Mundo têm esse mesmo sonho.

Se me disser: Mas Marx já morreu há tantas décadas atrás... E respondo: _ Eu sei disso, mas os líderes e sábios esquerdistas do Mundo todo não sabem. Eles pensam que o cara ainda está vivo.

Botanico escreveu:Inclui-se aí que Socialismo é RELIGIÃO e não uma realidade política.

Acauan escreveu:Sem dúvida é uma Fé, que se configura mais como uma fé de negação que desemboca no niilismo.

O sentido de religião que quis dar foi com a conotação de que os esquerdistas têm TANTA FÉ nos postulados socialistas escritos pelos GRANDES MESTRES que não admitem a possibilidade de eles terem alguma vez se enganado. Assim então, como o Allende, mesmo quando TUDO está dando errado, a culpa não é do socialismo, mas das oposições que conspiram contra ele...

Botanico escreveu:Allende, em nome de beneficiar o povo, fez no Chile algo parecido com o nosso plano Cruzágio (inclusive foi a Conceição Tavares que meteu os pés pelas mãos por lá). O resultado é que a economia virou a maior bagunça, com desabastecimento generalizado. Lógico que o povo, o maior "beneficiado" por essa política, não gostou.

Acauan escreveu:Fato histórico inegável que todo esquerdista jura morrer negando.

Há tempos vi na minha universidade um folheto falando de Allende e das suas virtudes, pessoais e das suas propostas políticas, e convidando a todos a uma reflexão. Eu não tenho o hábito de pixar coisas assim, mas minha vontade foi escrever em cima umas verdades sobre essa lamentável figura.

Botanico escreveu:No Brasil, o tal plano econômico só tinha por propósito dar ao Sarney e sua cumpinchada condição de se aboletar mais ainda do pudê. Cumprido esse objetivo, foi abandonado. Mas no Chile, Allende foi burro o bastante para nunca recuar, pois achava que se o fizesse, estaria "traindo" o povo.

Acauan escreveu:Allende era um bocó tão bocó que o único jeito que encontrou de parecer menos bocó aos olhos da História foi estourando os próprios cornos.

Tivesse só ele e os cupinchas mais fiéis batido com as 10s do mesmo jeito...

Botanico escreveu:Para esse povo, foi com um suspiro de alívio que Pinochet bombardeou Modena e acabou com essa triste figura... mal sabia ele o que vinha depois.

Acauan escreveu:Pinochet errou na mão, claro, nada justifica a violação generalizada de Direitos Humanos que promoveu, como os assassinatos em massa de milhares e tortura de outros tantos.
A estratégia era certíssima, neutralizar TODA a esquerda, a começar pelas suas lideranças intelectuais, ao contrário do que houve no Brasil, onde o alvo prioritário da repressão foi a militância armada, deixando os intelectuais esquerdistas livres para hoje receber pensões milionárias e assumir postos ministeriais. Mas matar de baciada foi selvageria pura, prender seria suficiente e havia modos democráticos de garantir que a subversão não voltasse ao poder.

É... Eu não prestei o serviço militar por insuficiência física, mas o que será que se aprende nos quartéis que no final só acabam produzindo milicos violentos com ou sem necessidade? Parece que nunca aprenderam a lidar com o tipo de coisa com a cabeça...

Botanico escreveu:Mas Pinochet acertou a questão econômica, tal como os milicos fizeram por aqui... até que resolveram dar uma de Juscelino (com suas obras faraônicas, caras e desnecessárias e que só nos endividaram) e depois a estória se repetiu. Saíram deixando o país com a mesma bagunça econômica que acharam...

Acauan escreveu:O erro dos militares não foi as grandes obras de infra-estrutura, que tiraram o Brasil do pasto e criaram o suporte mínimo para a industrialização acelerada em andamento. As hidrelétricas, telecomunicações, rodovias etc foram um investimento muito bem gasto. Até mesmo obras criticadas como a Transamazônica não eram absurdas dentro do contexto da época. O grande erro dos militares brasileiros e acerto dos chilenos foi a opção pelo modelo de desenvolvimento econômico, aqui baseado no estatismo e protecionismo e lá na livre iniciativa e livre concorrência.
Deu no que deu.

Não totalmente, Acauan: NÃO HAVIA CONTROLE DE GASTOS sob os milicos. As tais estatais, aboletadas de cupinchas políticos, faziam tudo como bem entendiam e nem pensavam nos custos. Acho que foi em 1975 que o Geisel foi visitar a obra da tal Ferrovia do Aço. Para a sua visita, foi construído todo um restaurante para ele e sua comitiva almoçar. Depois que ele se foi, no dia seguinte o restaurante foi demolido... O Figueiredo, diante de toda a gastança que corria solta, determinou que as estatais economizassem. No ano seguinte, estouraram ainda mais o orçamento. A reação do Figueiredo: _ Estou, chuif chuif, profundamente magoado, chuif chuif, porque eu mandei as estatais economizaram chuif chuif, e as estatais não me obedecem...

Presidente não tem que ficar magoado. Presidente tem que agir. O Collor(ido) de Mello até tentou alguma coisa (só no Incra havia 90 técnicos agrícolas, 400 secretária, 200 motoristas, 500 atendentes, 300 faxineiras...), mas esbarrou no "dereito adequeridu".

E agora o Mulla quer reestatizar a Vale, sabia?

Botanico escreveu:A sorte do Mulla é que ele é tão burro que não sabe fazer uma política econômica. Então se a política do Fernando Henrique o Garboso dera certo, o jeito é ficar com ela mesma. Pra que mudar um time que está ganhando se ele nem sabia montar um time? Essa foi na realidade a sua sorte. Se quisesse implantar os ideais socialistas na área econômica, os milicos já teriam saído dos quartéis há tempos.

Acauan escreveu:Juro que gostaria de poder fazer alguma ressalva positiva ao presidente Silva, tipo ele tem uma grande inteligência intuitiva. Infelizmente não dá. A maior parte da carreira dele se fez a alguns quilômetros da minha casa, tornando-o figura pessoalmente conhecida demais para se conceder créditos maiores que a esperteza. A prioridade do presidente Silva é construir uma biografia que o coloque na História em patamar, no mínimo, tão relevante quanto o de Getúlio Vargas, e toma suas decisões a partir deste parâmetro simples de qual das alternativas a escolher melhor se ajustam à sua pretensão de grandeza. No longo prazo a ruína nacional seria a consequência certa. Resta esperar que em oito anos deste tipo de esperteza a sorte garanta alguma coincidência entre a vaidade presidencial e o interesse nacional.

Sonhar não custa nada, mas a realidade sim.

E agora o Mulla quer reestatizar a Vale, sabia?

Eu não sabia, mas sabia né...é o caminho óbvio! Já tem o dedinho da BDNESPAR lá dentro pra quê?

Para colocar o preto no branco de uma vez por todas:

A Cia. Vale do Rio Doce, a CUT e o Governo Lula

Sex, 13 de fevereiro de 2009 13:07
Paulo Passarinho

A CUT promoveu em 11 de fevereiro último, em várias capitais, um Dia Nacional de Lutas, em defesa do emprego e dos salários. No Rio de Janeiro, em ato que contou com o apoio do Conlutas, e a presença do próprio presidente da Central, Artur Henrique, a manifestação ocorreu em frente à sede da Vale do Rio Doce.

Nada mais justo e simbólico para a escolha do local da manifestação. Afinal, a Vale do Rio Doce, a segunda maior mineradora do mundo, está no centro de uma disputa judicial que já se arrasta há mais de onze anos na justiça – por força das gritantes irregularidades observadas por ocasião da transferência do seu controle acionário, em 1997. Além disso, em meio à atual crise econômica, pontificou a sua ação com cerca de 12.000 demissões de trabalhadores diretos e terceirizados, de acordo com denúncias da própria CUT. Roger Agnelli, seu atual presidente – e executivo com acesso direto a Lula – defende abertamente a flexibilização da legislação trabalhista, como forma de facilitar a demissão de trabalhadores.

Sem desmerecer a importância das manifestações e protestos que devem tomar as ruas e contribuir para o esclarecimento e mobilização dos trabalhadores, na luta contra a crise e o desemprego, todo o processo que se desenvolve no interior do comando da empresa Vale do Rio Doce deveria merecer uma maior atenção da CUT e de seus principais dirigentes.

Talvez, a solução ou a pressão para uma mudança substantiva na empresa esteja muito mais próxima da Central sindical do que os menos informados possam imaginar.

A Vale do Rio Doce é uma empresa de capital aberto, com a maior parte de suas ações negociadas em bolsas de valores, mesmo antes de sua polêmica e, para muitos, criminosa transferência para as mãos privadas, em meio às privatizações realizadas no governo de FHC.

Em 1997, ano da chamada “privatização” da Vale, o que teria ocorrido foi a transferência do bloco controlador da empresa – até então sob controle da União – para um consórcio privado. O bloco controlador da empresa é aquele que detém a maior parte das ações ordinárias da companhia, justamente as ações que dão direito a voto nas assembléias de acionistas e que, portanto, asseguram o controle político da empresa, através da nomeação do seu Conselho de Administração e de sua direção executiva.

O bloco controlador – detentor da maior parte das ações ordinárias da empresa – não necessariamente detém a maior parte das ações da sociedade anônima. Tudo depende da forma como a empresa se estrutura acionariamente.

No caso da Vale, atualmente a Valepar – que é a controladora da empresa – detém 32,9% do capital total da empresa. Os outros 67,1% estão distribuídos entre investidores brasileiros (25%), investidores estrangeiros (36,7%) e o próprio governo federal (5,4%).

Em termos de ações ordinárias, a Valepar detém 53,6% desse capital, enquanto investidores brasileiros (13,7%), estrangeiros (25,9%) e o governo federal (6,8%) ficam com os restantes 46,4%.

Mas, quem é afinal a Valepar?

Trata-se de um consórcio, atualmente – depois de muitas mudanças e escaramuças judiciais – composto por uma figura jurídica que tem o nome de Litel, uma outra de nome Elétron, além da Bradesco Participações, da empresa japonesa Mitsui, e do BNDESPar.

A Litel é a mais importante integrante da Valepar, com 49% das ações do consórcio, e simplesmente é formada pelos fundos de pensão Previ – do Banco do Brasil -; Petros – da Petrobrás –; Funcef, da Caixa Econômica Federal, além da Fundação Cesp. E a Previ é o grande comando da Litel, pois possui 78,4% de suas ações ordinárias.

A Elétron – que é na verdade o grupo Opportunity – possui apenas 0,03% da Valepar.
A Bradespar, com 21,21%; a Mitsui, com 18,24%; e o Bndespar, com 11,52%, complementam os 100% da Valepar.

Fica esclarecido, assim, que sob o ponto de vista acionário a Valepar – controladora da Vale – pode ser controlada pela Litel e pelo Bndespar, pois – juntos - ambos detêm 60,52% de suas ações ordinárias. E o controle político da Litel e do BNDESPar é de responsabilidade direta do governo federal, gestor do BNDES, e com total ascendência sobre o comando dos fundos de pensão, ainda mais em pleno governo do PT, hegemônico na representação sindical dos trabalhadores do Banco do Brasil, da Petrobrás e da Caixa Econômica Federal, e nos seus respectivos fundos de pensão.

A Vale do Rio Doce, portanto, é simbólica em todos os sentidos.

Não somente das absolutas irregularidades do processo de privatizações, mas das nebulosas relações entre o governo Lula e o Bradesco, um dos principais financiadores da campanha eleitoral do atual presidente da República.

Afinal, por que a Litel – entenda-se, a Previ – e o BNDESPar não exercem os seus direitos e passam a comandar a Vale? Por que delegar o poder a um executivo do Bradesco?

Afirma-se a existência de um acordo entre os integrantes da Valepar. Quais os termos desse acordo? Quais as vantagens que a Litel e o BNDESPar podem gozar com uma renúncia de poder dessa natureza?

E as próprias relações do Bradesco com o BNDES? No primeiro semestre do ano passado, o BNDES aprovou uma linha de crédito de US$ 7,3 bilhões para a Vale, e logo após essa operação o então chefe de gabinete do presidente do banco transferiu-se para a alta direção da mineradora, passando a ocupar importante função no Comitê Estratégico da empresa. Simples coincidência?

Além de todas essas obscuras indagações, é o Bradesco peça-chave para o entendimento de uma das gritantes irregularidades da “privatização” da Vale do Rio Doce. Tendo participado do processo de avaliação e modelagem da venda da empresa, jamais poderia ter se beneficiado do fato de ter interesses associados à CSN, que vieram a lhe permitir se transformar em um dos controladores da mineradora.

Aliás, por que o governo Lula não orienta a Advocacia Geral da União a mudar a sua atuação nos diversos processos que defendem a nulidade do ato de venda da Vale, e passar a defender os interesses nacionais que exigem que a justiça se imponha, conforme o PT e seus dirigentes defendiam à época em que eram oposição?

Para a resposta a essas várias questões, para a consequente defesa do emprego de milhares de trabalhadores, e para a própria imagem de credibilidade da CUT, além das manifestações na porta da Vale, talvez seja essencial a pressão à frente da sede da Previ, do BNDES e principalmente do próprio Palácio do Planalto.

12/02/2009

Paulo Passarinho é economista e presidente do CORECON~RJ.

http://www.socialismo.org.br/portal/eco ... verno-lula

Ou seja, isto posto por um socialista, significa que a Vale de privada tem só a fachada. Mas o Lulla não quer só um pedaço, ele ( e a corja comuna) querem TUDO de volta nas mãos do Estado. Para quê? ROUBAR e só para ROUBAR. Ou algum néscio acredita em Papai Noel?

Apo escreveu: Mas o Lulla não quer só um pedaço, ele ( e a corja comuna) querem TUDO de volta nas mãos do Estado. Para quê? ROUBAR e só para ROUBAR. Ou algum néscio acredita em Papai Noel?

E também para voltar à velha prática do "Se você apoiar meu projeto, eu lhe dou a presidência da Vale", coisa que era feita com todas as estatais e agora apenas com Furnas e outras que tenham sobrado.

Apo escreveu:Ou seja, isto posto por um socialista, significa que a Vale de privada tem só a fachada. Mas o Lulla não quer só um pedaço, ele ( e a corja comuna) querem TUDO de volta nas mãos do Estado. Para quê? ROUBAR e só para ROUBAR. Ou algum néscio acredita em Papai Noel?

Grande parte da Vale pertence a fundos de pensão. Acontece que esses fundos pertencem, não ao governo, mas aos pensionistas, ou seja, aos trabalhadores, da mesma forma que o FGTS é dinheiro nosso nas mãos do governo.

Sim, uma parte pertence ao BNDES, mas é um financiamento que um dia será pago.

Religião é Veneno

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