Fernando Silva escreveu:Lúcifer escreveu:Suicidio, ao meu ver, é a escapatória covarde de alguem que encontrou alguma dificuldade na vida e não tem coragem de enfrentá-la, mesmo que as chances de vitoria serem pequenas. Ou então não tem coragem de enfrentar os seus problemas.
A pessoa, às vezes, simplesmente não vê motivos para continuar vivendo.
Não é uma questão de ter problemas a enfrentar. Ela pode até não ter nenhum.
Pode ser até que alguns problemas a resolver lhe dessem motivação para continuar viva.
E, seja lá como for, pular fora diante dos problemas é uma opção que ela tem. Uma opção legítima.
É realmente, por aí, Fernando.
Eu ainda não vejo graça em continuar vivendo. Vou fazendo, cumprindo as obrigações e tal... e pasme, Apo, e não estou deprê.
Fui à psiquiatra, tomei os remedinhos que ela receitou. Frequentei algumas sessões de terapia, mais para que ela, a doutora, entendesse o porquê do meu ato, do que eu.
O que mais me pegou foi como isso afetou minha família. Eu nunca havia comentado esse assunto com ninguém. Mesmo porque eu já sabia das reações.
Preparei a casa, as contas, mandei as meninas para a sorveteria. Esperei o maridão ir deitar... só que naquele dia ele levantou mais cedo, e me encontrou. Quando eu percebi que eu estava no hospital eu reagi e tentei de novo. Aí as enfermeiras começaram a me tratar mal, mas não soltaram meus braços. Tipo: eu não gosto de voce, não deixarei que voce se mate, mas também não vou lhe tratar bem, justamente porque voce quer se matar.
Vá entender.
Eu acho que o maior problema é separar quem está doente (os depressivos e tal) daqueles que conscientemente deram pra bola, como o meu caso.
Mas valeu o respeito de voces pelo assunto.