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The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 10:54
por Tranca
O Brasil decola, mas quem colocou o país na pista de decolagem e enfrentou turbulências para deixar o mesmo em rota ascendente foi FHC.

E quem comemora lançando bravatas e tomando para si a responsabilidade pelo sucesso esperado (ainda não plenamente atingido), tendo aproveitado o céu de brigadeiro proporcionado por boas codições meteorológicas ao longo do trajeto é o Lula, que logo passará o manche ao seu sucessor, que estará à mercê de chuvas e trovoadas (e consequentes apagões), dada a leniência do governo em diversas áreas, apontadas pela reportagem do The Economist.


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Trechos do Editorial:

“Diferente da China, é uma democracia. Diferente da Índia, não tem conflitos religiosos ou étnicos e vizinhos hostis. Diferente da Rússia, exporta mais do que petróleo e armas (…)”.
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“Os gastos do governo estão crescendo mais do que a economia como um todo, e os investimentos públicos e privados ainda são pequenos, o que lança dúvidas sobre as previsões mais róseas para a economia. Muito dinheiro público está indo para coisas erradas. A folha de pagamento do governo federal cresceu 13% desde setembro de 2008 (…) Apesar de avanços, a educação e a infra-estrutura ainda estão muito atrás das China e Coréia do Sul (como o apagão desta semana lembrou aos brasileiros). Em algumas áreas do país, a criminalidade é alarmante”.

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“O governo nada está fazendo para eliminar os obstáculos que existem para os negócios, especialmente a antiquada legislação que taxa a contratação de trabalhadores. Dilma Rousseff, candidata de Lula nas eleições de outubro próximo, insiste em que a reforma da arcaica legislação trabalhista é desnecessária.”

...

“E, talvez, este seja o maior perigo que o Brasil enfrenta: a húbris. Lula está certo ao dizer que seu país merece respeito, como ele merece muito da adulação que tanto o agrada. Mas ele é também um presidente de sorte, colhendo o resultado do boom das commodities e governando numa plataforma de crescimento construída por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Manter essa boa perfomance num mundo que enfrenta tempos difíceis significa que o sucessor de Lula terá de tentar resolver alguns problemas que ele fez questão de ignorar. O resultado da eleição pode determinar a velocidade com que o Brasil avança na era pós-Lula. O caminho do Brasil, no entanto, parece definido. Seu salto é ainda mais admirável porque foi dado por meio da reforma e da construção de um consenso democrático. Quem dera a China pudesse dizer o mesmo”.

***

Trecho da reportagem:

“(…)
Então começou o real milagre. Em 1994, um time de economistas, sob a liderança de FHC, à época ministro da Fazenda, criou uma nova moeda, o real, que obteve êxito onde outras tentativas [de estabilização] haviam fracassado. Em um ano, o Plano Real havia posto os preços sob controle. Em 1999, o câmbio fixo foi abandonado em favor do flutuante, e o Banco Central adotou as metas de inflação. No aniversário de 10 anos da adoção dessa medida, ainda que continue o debate sobre como tornar o real mais estável, nenhum dos grandes partidos defende que se volte ao câmbio fixo.

Mais do que isso: as reformas trouxeram disciplina às contas do governo. Agora, tanto o governo federal como os governos estaduais têm de se virar com os recursos que existem. O superávit primário (resultado das contas antes do pagamento dos juros) foi criado em 1999, e o governo federal tem de alcançar uma meta todo ano — apesar de haver uma boa chance de que isso se perca neste ano. Isso fez com que o Brasil equacionasse suas contas externas. Agora, os credores internacionais acreditam que o Brasil pode honrar seus compromissos. (…)”

Fonte: Blog do Reinaldo.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 11:22
por Fernando Silva
"The Economist" é "imprensa golpista" ?

“Os gastos do governo estão crescendo mais do que a economia como um todo, e os investimentos públicos e privados ainda são pequenos, o que lança dúvidas sobre as previsões mais róseas para a economia. Muito dinheiro público está indo para coisas erradas. A folha de pagamento do governo federal cresceu 13% desde setembro de 2008


Mas ele é também um presidente de sorte, colhendo o resultado do boom das commodities e governando numa plataforma de crescimento construída por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Manter essa boa perfomance num mundo que enfrenta tempos difíceis significa que o sucessor de Lula terá de tentar resolver alguns problemas que ele fez questão de ignorar.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 11:57
por Tranca
Pois é.

A petralhada não passa de um bando de delinquentes mal agradecidos.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 12:46
por Tranca
Se for levar em conta a arrogância e o festival de bravatas do governo Lula, o título da reportagem do The Economist deveria ser "Brazil Jerks Off"... :emoticon12:

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 13:15
por Johnny
Louvemos à FHC irmãos. Louvemos.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 13:32
por Tranca
Sim, louvemos; porque de outra banda a turba ignóbil e enfurecida grita babando e de olhos esbugalhados enquanto dança em círculos aos pés do pedestal do ídolo (a seu ver) inatacável: Lula.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 15:44
por Johnny
Tranca escreveu:Sim, louvemos; porque de outra banda a turba ignóbil e enfurecida grita babando e de olhos esbugalhados enquanto dança em círculos aos pés do pedestal do ídolo (a seu ver) inatacável: Lula.

http://en.wikipedia.org/wiki/Northeast_Blackout_of_2003

http://www.terrorisme.net/p/article_58.shtml


Vai ver que Lula era presidente nos estados unidos na época.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 16:05
por Tranca
Johnny escreveu:
Tranca escreveu:Sim, louvemos; porque de outra banda a turba ignóbil e enfurecida grita babando e de olhos esbugalhados enquanto dança em círculos aos pés do pedestal do ídolo (a seu ver) inatacável: Lula.

http://en.wikipedia.org/wiki/Northeast_Blackout_of_2003

http://www.terrorisme.net/p/article_58.shtml


Vai ver que Lula era presidente nos estados unidos na época.


Que diabos o que eu escrevi tem a ver com os links que você postou?

Se você não tivesse parado de beber cerveja com álcool, ia perguntar se já andou bebendo hoje... :emoticon12:

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 13 Nov 2009, 17:19
por Johnny
Tranca escreveu:
Johnny escreveu:
Tranca escreveu:Sim, louvemos; porque de outra banda a turba ignóbil e enfurecida grita babando e de olhos esbugalhados enquanto dança em círculos aos pés do pedestal do ídolo (a seu ver) inatacável: Lula.

http://en.wikipedia.org/wiki/Northeast_Blackout_of_2003

http://www.terrorisme.net/p/article_58.shtml


Vai ver que Lula era presidente nos estados unidos na época.


Que diabos o que eu escrevi tem a ver com os links que você postou?

Se você não tivesse parado de beber cerveja com álcool, ia perguntar se já andou bebendo hoje... :emoticon12:

Esquece, estou alcoolizado de problemas, que é bem pior do que alcool. Bom findi cumpanhero Tranca.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 14 Nov 2009, 10:43
por Fernando Silva
Só pode fiscalizar o governo quando já era.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/1 ... 754783.asp
A posteriori
Projeto do governo prevê que fiscalizações prévias do TCU sejam exceção

RIO - O projeto de Lei Orgânica da Administração Pública, apresentado esta semana pelo governo, inviabiliza o trabalho de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), antes e durante o andamento das obras públicas, informa reportagem de Regina Alvarez publicada na edição deste sábado do GLOBO. O texto prevê que o controle do tribunal será feito "a posteriori", e a fiscalização prévia ou concomitante - como acontece hoje - será para exceções. Com isto, poderá ficar inviabilizada a descoberta de desvios, fraudes e superfaturamentos nos projetos da União.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 14 Nov 2009, 10:46
por Fernando Silva
Lula acha que pode mudar o passado na base da conversa mole.
Afinal, o povo não tem memória mesmo...

"O Globo" 14/11/09
VOOS DA FANTASIA

NUM ALTO exercício de imaginação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, falando a um programa de televisão, disse que o “mensalão” foi uma tentativa de golpe para derrubá-lo, e chegou a aventar a hipótese de que Marcos Valério, operador do esquema, tenha sido “plantado” no PT.

PARA NÃO ficarmos só no terreno da imaginação, vale a pena consultar as atas do Supremo Tribunal Federal, que, em agosto de 2007, acolheu as denúncias feitas pelo procurador geral da República contra os envolvidos no “mensalão”.

EM CONSEQUÊNCIA disso, os 40 nomes apresentados pelo procurador-geral — à frente deles o ex-ministro José Dirceu, acusado de chefiar “organização criminosa” — passaram da condição de denunciados à de réus em processo que continua correndo.

SÃO FATOS graves demais para ficarem apenas ao sabor dos palpites — ainda que eles venham do próprio presidente da República.

Re: The Economist: "Brazil Takes Off"

Enviado: 14 Nov 2009, 10:48
por Fernando Silva
"O Globo" 13/11/09
Lula diz que mensalão foi golpe da oposição
Valério teria sido infiltrado no PT, afirma. DEM e PSDB rebatem: 'Ele está com Alzheimer político'

Maria Lima

BRASÍLIA. A oposição reagiu com revolta ontem à acusação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o mensalão “foi uma tentativa de golpe” contra seu governo. Lula insinua, em entrevista que vai ao ar domingo na Rede TV, que Marcos Valério, operador do mensalão, foi infiltrado no PT por adversários.

Para o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado, Lula deve sofrer de “Alzheimer político”: — No momento em que Chinaglia (Arlindo) e José Múcio (ex-ministro), além de Roberto Jefferson (presidente do PTB), declararam à Justiça que levaram o caso do mensalão ao conhecimento do presidente Lula, a tese por ele lançada de que o mensalão não existiu, que foi uma armação, mostra que ele só pode ter sido acometido de um processo de Alzheimer político! A declaração de Lula, segundo publicado ontem no jornal “Folha de S.Paulo”, foi dada ao programa “É notícia”, da Rede TV!, gravado na quarta-feira: — Foi uma tentativa de golpe no governo... Foi a maior armação já feita contra o governo.

Na entrevista, Lula disse ter desconfiança da relação entre PT e Valério: — Marcos Valério não vem do PT, vem de outras campanhas — disse, numa referência indireta à participação dele na campanha do tucano Eduardo Azeredo pela reeleição no governo de Minas.

Arnaldo Madeira (PSDB-SP) estranhou a acusação dizendo que, no auge do mensalão, PSDB e DEM foram taxados de “frouxos” por não terem patrocinado um pedido de impeachment do presidente.

— E agora ele vem falar de golpe? O Lula é um mentiroso contumaz.