Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

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Fernando Silva
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

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A explosão da barbárie

Além de invadir, depredar e saquear fazendas, agora o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também faz ameaça de morte, pratica extorsão e espalha o terror entre os próprios camponeses

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ATAQUES COM DIGITAIS OFICIAIS
O presidente do Incra, Rolf Hackbart, criticou a destruição na fazenda do grupo Cutrale promovida por militantes do MST. Que ninguém se engane: o Incra funciona como um braço auxiliar dos criminosos, que recebem dinheiro, informações e apoio logístico para executar as operações

O lavrador Francisco do Carmo Neto, morador do assentamento Barreirinho, na divisa entre Goiás e Minas Gerais, a cerca de 150 quilômetros de Brasília, dorme com um olho aberto e uma espingarda ao alcance da mão. A arma está sempre carregada. Francisco não tem medo de jagunços a soldo de fazendeiros ou dos ladrões de galinha que pululam na região. Francisco tem medo dos homens do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os líderes da organização ameaçam matá-lo há anos – tudo em razão de sua recusa em alistar-se como soldado do movimento. Ali, como em diversos assentamentos espalhados Brasil afora, o MST é o patrão; os camponeses, seu proletariado. Tal qual uma boa empresa capitalista, a organização sabe captar e multiplicar o seu dinheiro. Quer plantar? O MST consegue o financiamento, desde que mediante o pagamento de uma pequena taxa de administração. Cobra um pedágio de 2% dos trabalhadores que pegam empréstimo com o governo. Quem discordar dos métodos tem a liberdade de partir. Se não quiser partir, jagunços do movimento se encarregam de convencê-lo – a bala, queimando e saqueando as casas, ameaçando de morte. O Incra, órgão governamental que deveria gerir os assentamentos, sabe de tudo isso, mas nada faz e, segundo os lavradores, sempre que pode, ainda dá apoio logístico aos criminosos do MST.

É essa perigosa simbiose entre a violência do movimento e a leniência do governo que proporciona espetáculos grotescos como o de dez dias atrás, quando integrantes do MST invadiram a fazenda Santo Henrique, em São Paulo, de propriedade da Cutrale, a maior produtora de sucos de laranja do país. Alegando que a propriedade estava em litígio, 250 sem-terra ocuparam o local. No começo, o Incra confirmou que a posse da fazenda estava em discussão na Justiça, o que impediu os advogados da Cutrale de conseguir rapidamente a reintegração de posse. Pura malandragem. A propriedade da fazenda já fora discutida na Justiça, e o Incra perdera o processo em segunda instância – e, evidentemente, sabia disso. Quando os juízes descobriram o estratagema do MST e de seus comparsas no Incra, era tarde demais. Os sem-terra haviam devastado a fazenda. Os vândalos destruíram 10 000 pés de laranja, roubaram 45 toneladas de produtos agrícolas e sumiram com 12 000 litros de diesel. Para completar o serviço, quebraram 28 tratores. A empresa calculou os prejuízos em 3 milhões de reais. A ação foi tão repugnante que até a cúpula do governo Lula, incluindo o Incra, veio a público condená-la. "A minha reação é de indignação. Não tem razão para isso", disse Rolf Hackbart, o presidente do Incra. No Congresso, reavivaram-se os debates para a criação de uma CPI destinada a investigar o MST.

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SEM-TERRA X SEM-TERRA
Em depoimentos ao MP, sem-terra, armados para se defender, acusam o MST de implantar um clima de terror no assentamento: tiros, ameaças e destruição de casas de quem se recusa a participar de novas invasões


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As ilegalidades cometidas pelo movimento dos sem-terra, entremeadas por tantas outras manifestações recentes de brutalidade autoritária, trazem à luz o verdadeiro espírito do MST: uma organização criminosa, espalhada pelos quatro cantos do país, mantida por dinheiro dos contribuintes e cujo poder provém do livre exercício da violência. VEJA esteve no assentamento Barreirinho, onde moram 140 famílias que, assim como o lavrador Francisco, convivem com a natureza belicosa do movimento. Essas famílias estão há anos sob o signo do terror, levando uma vida pior do que as outras, aquelas que aceitam se submeter às ordens despóticas da organização. Muitos já foram embora, com medo da morte. Os lavradores que resistem sofrem toda sorte de retaliação. Desde que foram assentados pelo Incra, há uma década, os sem-terra criaram uma cooperativa própria e decidiram se afastar da cartilha maoísta do MST. Isso, na prática, significava dizer que não participariam mais de invasões e não aceitariam mais as duras regras impostas pelas lideranças do movimento.

A situação no assentamento deteriorou-se seriamente há dois anos, quando, diante do crescente número de famílias que se negavam a participar das ações do movimento, o MST resolveu radicalizar – com a competência de sempre. Sobrevieram ameaças de morte e atos de vandalismo. Alguns, como Francisco dos Santos Rodrigues, acordaram um dia com armas apontadas para a cabeça e ordens de abandonar a própria casa. Para mostrar que não estavam para brincadeira, os pistoleiros do MST descarregaram seus revólveres aos pés do camponês. "Se você abrir a boca sobre o que aconteceu aqui, nós vamos te matar", prometeram os bandidos. Diz o lavrador: "Fui expulso de casa sem carregar nada junto, só a roupa do corpo. Eles não tiveram dó". Teimoso, Francisco decidiu voltar. Está marcado para morrer.

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EXTORSÃO
Os assentados da fazenda Barreirinho, como Antônio Lisboa, são obrigados a destinar ao MST 2% do dinheiro que recebem do governo para plantar


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As famílias acabaram procurando o Ministério Público de Minas Gerais. Em fevereiro de 2007, formalizaram a denúncia, narrando os abusos em detalhes. Os promotores ainda investigam o caso. Ato contínuo, elas também buscaram ajuda no Incra em Brasília. Bateram na porta errada. Desde o começo do governo Lula, em razão da admiração histórica entre o PT e o MST, o órgão é dominado por integrantes ou simpatizantes do movimento. Segundo o líder dessas famílias, o assentado Antônio Teixeira, o Incra nada fez – e, para piorar, seus agentes passaram a hostilizar abertamente os lavradores. As famílias dizem que o governo travou os processos de regularização dos lotes e tentou realocá-las em outros assentamentos. Diz Teixeira: "Eles querem que as terras voltem para o controle do MST". E já voltaram. Lá, não há conversa. As famílias que quiserem obter dinheiro público para tornar a terra produtiva precisam obedecer ao MST. No papel, conceder empréstimos para os assentados cabe ao Incra. Na terra, vale a lei do movimento.

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MAUS RESULTADOS
Cerca de 520 000 famílias foram assentadas no governo Lula: venda de lotes e dificuldades para conseguir produzir


Quando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou uma linha de crédito para que os assentados pudessem plantar mandioca, os dirigentes sem-terra aprenderam rapidamente os lucrativos mecanismos da economia de mercado. Ofereceram-se para ajudar as famílias – desde que um porcentual dos empréstimos ficasse com o movimento. Nesse quesito, o MST inovou: criou o pedágio com débito em conta! O politburo local dos sem-terra alugou um ônibus, levou as famílias até o banco e, sabe-se lá como, cuidou das formalidades junto ao governo. Na hora de fechar os empréstimos, os sem-terra obrigaram os camponeses a assinar a autorização para débito em conta. Era pegar ou largar. Quase todos pegaram. Os lavradores, que não têm nada a ver com o movimento, passaram a pagar pedágio como se fosse conta de telefone. Um dos clientes do MST foi o camponês Antônio Lisboa. Ele contraiu um empréstimo de 1 000 reais. Deixou 20 na conta do movimento. Procurado, o Incra não quis se pronunciar sobre as acusações. "Não sei nada a respeito de violência, e, com relação a essa taxa, não é coisa oficial do movimento", disse Gaspar Martins Araújo, líder local do MST, sem mostrar nenhuma surpresa quando informado de que a conta do pedágio é administrada por um colega do MST.

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Essa relação siamesa entre o Incra e o MST está na raiz do fracasso do projeto de reforma agrária do governo Lula. Nos últimos anos, o Incra distribuiu mais terras do que em toda a história do país. Foram 43 milhões de hectares, nos quais cerca de 520.000 famílias de sem-terra foram assentadas. Há água, energia e um teto para a maioria desses camponeses. Eles têm moradia, o que certamente constitui um avanço – mas isso basta? "A reforma agrária não é apenas a redistribuição de terras improdutivas, mas um meio de fazer com que os lavradores consigam produzir nos assentamentos", explica o professor Gilberto de Oliveira Júnior, da Universidade de Brasília. Hoje, mesmo após o governo ter gasto 1,3 bilhão de reais, os assentados produzem pouco, como confirma uma pesquisa feita pelo Ibope nos assentamentos (veja quadro ao lado). Produzindo pouco, não têm renda. Sem renda, não conseguem sair da pobreza. A lógica que governa a política do Incra e do MST é simples – e cruel. Ela aponta um descompasso entre a dinheirama investida pelo governo e a situação de penúria na qual vivem os assentados. Aponta também uma solução: em vez de usar o dinheiro da reforma agrária para financiar as atividades criminosas do MST, o governo deveria investi-lo na produção agrária dos assentamentos. Essa lógica, a de quem realmente precisa dos investimentos para sair da pobreza e desenvolver a economia do país, é impecável.

http://veja.abril.com.br/141009/explosa ... p-64.shtml

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Fernando Silva
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

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Xico Graziano escreveu:
Cinismo agrário

Coberta por Mata Atlântica, a Fazenda Vitória está sofrendo uma derrota. Seu precioso cerne sucumbe à impiedosa motosserra. Caça predatória aniquila sua fauna. Todo em nome da reforma agrária. Quanta insensatez.



Encravada na Serra do Mar, a área de 7 767 hectares pertence ao município paulista de Apiaí, ali próximo da divisa com o Paraná. Desapropriada em março de 2005, o projeto de assentamento prevê beneficiar 43 famílias de sem-terra. Pouca gente.



Ocorre que apenas 11% da propriedade poderiam ser aproveitados no assentamento rural, cada lote com 20 hectares. O restante da área, intocável pela legislação, se compõe da reserva legal (23%), da área de preservação permanente (15%) e de floresta originária (48%). Monta 3% a área inaproveitável.



A aquisição do imóvel custou R$ 8,18 milhões aos cofres públicos. Excelente negócio para o ABN-AMRO Bank, que recebeu a terra ao incorporar o patrimônio do América do Sul. Micada, a fazenda acabou valorizada depois da invasão. O valor da aquisição, dividindo pelas famílias beneficiadas, resulta em R$ 190 mil cada parcela.



Isso apenas o preço da terra. Depois, concretizado o assentamento, somando-se os custos de implantação e os subsídios para exploração, não sairá por menos de R$ 220 mil cada família. Caríssimo. E incerto. Acontece que a legislação obriga, aos assentamentos, obterem licenciamento ambiental para serem efetivados.



A Fazenda Vitória faz divisa com o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar) compondo, junto com demais unidades de conservação, o chamado "Continuum Ecológico de Paranapiacaba". Trata-se, talvez, do maior refúgio florestal preservado da Mata Atlântica, habitat para inúmeras espécies da fauna ameaçadas de extinção, como o momo carvoeiro.



Por essa razão, o órgão ambiental paulista já desaconselhou, em 2006, o projeto de exploração pretendido pelo Incra. Segundo o Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN), o assentamento poderia representar um verdadeiro desastre ambiental. Nada adiantou. O Incra insiste e garante que instalará naquela maravilha um "projeto de desenvolvimento sustentável". Reforma agrária ecológica. Alguém acredita?



O Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazom), referência internacional entre as ONGs ambientalistas, mostra que os agricultores assentados pelo Incra, no Norte do país, foram responsáveis pela devastação de 106 mil quilômetros quadrados de mata nas últimas três décadas. As preocupações do Imazon são compartilhadas pela conhecida World Wildlife Foundation (WWF).


Durante a realização do 5° Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, realizado recentemente em Foz de Iguaçu, o impacto ambiental da reforma agrária provocou intenso debate. Estudo apresentado pelo ecologista Fábio Olmos indica que a taxa de desmatamento promovida por assentamentos rurais é quatro vezes superior à média da região amazônica. Conclusão: não há floresta nativa que resista aos sem-terra.




O problema não está restrito à Hiléia. No Paraná, a antiga Fazenda Araupel, com 33 mil hectares de Mata Atlântica, repleta de centenárias araucárias, está agonizando nas mãos do MST. Em 18 anos de história, foi o maior desmatamento identificado pela SOS Mata Atlântica. Culpa do Incra.



Na área de proteção ambiental de Guaraqueçaba, litoral paranaense, desde 2003 um grupo de invasores exige as terras, segundo eles, abandonadas. Até a Ministra Marina Silva, sempre tão quieta com temor do patrulhamento petista, já se manifestou contrária ao projeto de assentamento. Os sem-terra, todavia, não desistem. Dizem que, entremeado ao mosaico protegido da região lagunar-estuarina, vão instalar um projeto agroecológico. Será crível?



Ora, a visão ecológica dos invasores de terra está próxima de zero. Nem poderia ser diferente. Com a fábrica de sem-terras montada no país pelo MST e congêneres, os pretendentes da reforma agrária compõem-se de pessoas excluídas da sociedade, desqualificadas no mercado de trabalho, desajustados urbanos. No velho marxismo, a eles se denominam lumpenproletariado, incapazes de obter consciência revolucionária. Imagine entender o aquecimento global.



Incautos se perdoam. Os lideres, todavia, são lúcidos, politizados. Arquitetam muito bem seus atos. Misturam o sonho da revolução socialista com uma espécie de fundamentalismo à moda fascista. Assim cresceram, alimentando-se da subserviência dos miseráveis. Agora temperam seu discurso com pitadas de ecologia. Buscam, inteligentemente, antenar-se, na palavra, com o reclamo atual da opinião pública.



Está lá, na carta do 5º Congresso Nacional do MST, realizado nesses dias em Brasília: "Lutar contra as derrubadas e queimadas de florestas nativas para expansão do latifúndio. Exigir dos governos ações contundentes (sic) para coibir práticas criminosas ao meio ambiente". Cinismo puro.



Os projetos de desenvolvimento sustentável do Incra são meros disfarces. Lobo vestido de cordeiro. Basta visitar a Fazenda Vitória, em Apiaí, e verificar o estrago que o acampamento de sem-terra provoca na Mata Atlântica. "Ações falam mais alto que palavras", afirmava Abraham Lincoln.



Antas e macacos que se cuidem: naquela mata fechada não existe bala perdida. A mira é mesmo sua tenra carne, cozido de bandidos da floresta, temperado pela desgraça social do país. Coitada da natureza. Pobre reforma agrária.



Artigo Publicado dia 03/07/2007 pelos Jornais O Estado de S. Paulo e O Tempo, de MG.


Fonte: O Estado de S. Paulo


http://www.xicograziano.com.br/artigos/ ... smo-agrrio

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Fernando Silva
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Fernando Silva »

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Xico Graziano escreveu:15 de Janeiro, 2008

Nostalgia agrária

Confusão na reforma agrária. Confronto entre assentados deixa 14 feridos, barracos destruídos e carros incendiados. Um corre-corre danado, culpa, pasmem, da cana-de-açúcar. A inusitada briga mostra os descaminhos da questão agrária brasileira.

Aconteceu em Araraquara, interior de São Paulo, no último domingo do ano passado. O assentamento Bela Vista, palco da triste querela, vem dos anos 80, implantado pelo Incra em antiga fazenda de usineiros falidos. Terra extensa e boa, infra-estrutura e benfeitorias à vontade, o projeto de reforma agrária, embora caro, nasceu para dar certo.

Mesmo assim, capengou durante anos. Tornou-se palco de constantes disputas entre grupos rivais, ligados às organizações políticas que dizem cuidar dos sem-terra. Nada novo. Diferente, mesmo, era a vontade dos assentados em plantarem cana-de-açúcar, para vender ali perto. Qual o problema?

Ocorre que, no velho paradigma ideológico que domina a questão agrária, é um verdadeiro sacrilégio ver assentado produzindo gêneros “de exportação”. Isso é comércio de fazendeiro rico. Obrigação de pobre é plantar alimento básico, para matar a fome do povo.

Parece mentira, mas é verdade. A regulamentação da atividade produtiva nos assentamentos de reforma agrária do país proíbe, em certo sentido, o sem-terra de progredir. As normativas técnicas restringem a agricultura comercial, impedindo a especialização do trabalho. Sem-terra não pode gostar de agronegócio.

Vem das origens essa esdrúxula deformação conceitual. O processo da reforma agrária foi concebido, há 50 anos, como uma forma de quebrar a hegemonia do latifúndio, seja açucareiro, cafeeiro ou cacaueiro. A esquerda, dominada então pelos comunistas, criticava o “modelo exportador” da economia, defendendo o desenvolvimento “nacional”.

Nesse contexto, a divisão da terra deveria servir ao mercado interno, tese que ganhava simpatia entre os trabalhadores urbanos. A revolução socialista se faria com a aliança operário-camponesa. Puro sonho.

Mais tarde, a birra, agora já comandada pelos neo-revolucionários do MST, avançou contra as grandes fazendas de pecuária. E depois contra as plantações de soja. A idéia básica permaneceu a mesma: assentado que se preze deve produzir a subsistência, roça diversificada, um pouco de tudo, arroz com feijão, milho para a galinha caipira, uma hortinha, o porco na lavagem, leite na teta da vaca... Nostalgia rural.

Escudando-se nessa tese, as autoridades do Incra deram a ordem de despejo para 12 famílias, entre os 176 assentados em Araraquara. Desobedientes, elas haviam se especializado na produção de cana-de-açúcar. Pelas recomendações oficiais, apenas metade da terra, no máximo, poderia receber o doce plantio do açúcar.

A situação não é específica do conflituoso assentamento Bela Vista. Vários outros projetos de reforma agrária apresentam casos semelhantes. O problema nem é restrito às áreas de reforma agrária. O plantio de cana-de-açúcar oferece boa rentabilidade e atrai os pequenos agricultores em geral. Afinal, embora modestos, eles também desejam ganhar dinheiro, trocar de carro, estudar os filhos. Enfim, progredir na vida.

Pense bem. Qual o objetivo último da reforma agrária? Tornar, simplesmente, o sem-terra um agricultor, para que padeça as agruras da terra ou, mais além, garantir-lhe condições dignas de existência? Ora, na economia de mercado, importa a renda, não a terra. Impedir o assentado de buscar rentabilidade, atrás da cana-de-açúcar ou qualquer outra atividade, é defender o atraso.

Quem comunga esse pensamento obscurantista, que obriga a reforma agrária a cuidar da subsistência básica, deveria ele próprio pegar na enxada e plantar um palmo de roça. Arregaçar a camisa e cultivar no sol. Os urbanóides, a começar de certas lideranças políticas dos sem-terra, formulam regras sem conhecimento realista, nem prático, do assunto.

No passado, época do Brasil rural, as fazendas e sítios eram auto-suficientes. Produzia-se o gostoso pão-nosso-de-cada-dia. A economia monetária estava incipiente. Mas, aos poucos, tudo mudou. As pessoas se mudaram para a cidade, e a roça de subsistência acabou trocada pela gôndola do supermercado. Agricultor nenhum planta mais arroz e feijão para comer, prefere comprar. Chega melhor, e mais barato, no almoço.

Com a modernização da agropecuária, seguindo a tendência da economia geral, forçou-se a especialização do trabalho. E, sabidamente, a escala de produção interfere nos custos. Dessa forma, manter uma roça de subsistência, para aliviar o orçamento doméstico, funciona quando existir trabalho ocioso na propriedade rural. Fora disso, não faz sentido.

Proibir que os assentados de reforma agrária dediquem-se àquilo que mais dá dinheiro, obrigando-os a produzir alimentos básicos, representa um grande equívoco, burrice das grossas. Pior, condena o (ex)sem-terra à vida miserável, um autoritarismo disfarçado.

O projeto de assentamento da Bela Vista já tem 20 anos. Mas os novos agricultores continuam subordinados. Nunca se pensou em emancipar-lhes, oferecendo-lhes os devidos títulos de propriedade. A reforma agrária brasileira continua via única de entrada, sem saída. Sem-terra se eternizam. Nunca se livram do mando, seja do governo, seja das organizações que os manipulam eternamente.

Aqui está o xis da questão. O problema não reside na plantação da cana-de-açúcar, mas sim no cultivo da dependência humana.



Artigo Publicado dia 15/01/08 pelos Jornais O Estado de S. Paulo e O Tempo, de MG


Fonte: O Estado de S. Paulo




http://www.xicograziano.com.br/artigos/ ... gia-agrria

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Algum comentário sobre a entrevista?

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Fernando Silva »

Josmerindo escreveu:Algum comentário sobre a entrevista?

Sim:
O lema do Comando Vermelho, uma das facções criminosas que controlam o tráfico de drogas no Rio de Janeiro é:
"Paz, Justiça e Liberdade".

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Fernando Silva escreveu:
Josmerindo escreveu:Algum comentário sobre a entrevista?

Sim:
O lema do Comando Vermelho, uma das facções criminosas que controlam o tráfico de drogas no Rio de Janeiro é:
"Paz, Justiça e Liberdade".

Ironia falaciosa.

Traficantes ganham muito dinheiro e matam pessoas armados com fuzis.

O MST é formado por famílias que perderam terras e trabalhadores rurais que não ganham o suficiente para seu sustento.

De qualquer forma, os dois grupos se esgotariam na mesma medida da condição marginalizadora em que vivem.

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Você assistiu a entrevista?

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Viu Fernando, o MST é composto por cerca de 500 mil pessoas, me diga, onde essas pessoas cumprirão pena?

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Acauan »

Acauan escreveu:REVISTA VEJA, edição 2097, 28 de janeiro de 2009


Brasil
O MANUAL DA GUERRILHA

Como roubar, fraudar cadastros do governo e até fabricar bombas e trincheiras – está tudo na cartilha secreta do MST apreendida pela polícia



Otávio Cabral

Beto Figueirôa/JC Imagem/AE

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LAÇOS DE SANGUE A invasão de uma fazenda pelo MST (acima) e a marcha de soldados das Farc: guerrilheiros colombianos estão entre os sem-terra

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Scott Dalton/AP


A fazenda Estância do Céu era uma típica propriedade dos pampas gaúchos. Localizada em São Gabriel, a 320 quilômetros de Porto Alegre, seus 5 000 hectares eram ocupados por 10 000 bois e 6 000 carneiros que pastavam entre plantações de arroz e soja. O cenário, de tão bucólico, parecia um cartão-postal. Tudo mudou na fria e ensolarada manhã do dia 14 de abril passado. Por volta das 7 horas, 800 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, invadiram a propriedade aos gritos. "Nós ganhamos. Ganhamos dos porcos. A fazenda é nossa." Armados com foices, facões, estilingues, bombas, rojões, lanças, machados, paus e escudos, os sem-terra transformaram a Estância do Céu em um inferno. Alimentos e produtos agrícolas foram saqueados. As telhas da sede da fazenda foram roubadas. Os sem-terra picharam paredes, arrancaram portas e janelas e espalharam fezes pelo chão. Bombas caseiras foram escondidas em trincheiras. Animais de estimação, abatidos a golpes de lança, foram jogados em poços de água potável. Quatro dias depois, quando a polícia finalmente conseguiu retirar os sem-terra da fazenda, só sobravam ruínas.

A barbárie, embora não seja exatamente uma novidade na trajetória do MST, é um retrato muito atual do movimento, que festejou seu aniversário de 25 anos na semana passada. Suas ações recentes, repletas de explosão e fúria, já deixaram evidente que a organização não é mais o agrupamento romântico que invadia fazendas apenas para pressionar governos a repartir a terra. Agora, documentos internos do MST, apreendidos por autoridades gaúchas nos últimos seis anos e obtidos por VEJA, afastam definitivamente a hipótese de a selvageria ser obra apenas daquele tipo de catarse que, às vezes, animaliza as turbas. O modo de agir do MST, muito parecido com o de grupos terroristas, é uma estratégia. A papelada – cadernos, agendas e textos esparsos que somam mais de 400 páginas – é uma mistura de diário e manual da guerrilha. Parece até uma versão rural, porém rudimentar, do texto O Manual do Guerrilheiro Urbano, escrito por Carlos Marighella e bússola para os grupos que combateram o regime militar (1964-1985). Os documentos explicam por que as ações criminosas do movimento seguem sempre um mesmo padrão.

O registro mais revelador sobre a face guerrilheira do MST é formado por quatro cadernos apreendidos pela polícia com os invasores da Estância do Céu em maio passado. As 69 páginas, todas manuscritas, revelam uma rotina militarizada – e bandida. "Muita arma no acampamento", escreveu Adriana Cavalheiro, gaúcha de cerca de 40 anos, uma das líderes da invasão, ligada aos dirigentes do MST Mozart Dietrich e Edson Borba. Em outro trecho, em forma de manual, o texto orienta os militantes sobre como agir diante da chegada da polícia. "Mais pedra, ferros nas trincheiras (...) Zinco como escudo (...) Bombas tem um pessoal que é preparado. Manter a linha, o controle de horas e 800 ml", anotou a militante, descrevendo a fórmula das bombas artesanais, produzidas com garrafas de plástico e líquido inflamável. O manual orienta os militantes a consumir o que é roubado para evitar a prisão em flagrante. Também dá instruções (veja trechos) sobre como fraudar o cadastro do governo para receber dinheiro público. Há até dicas sobre políticos que devem ser acionados em caso de emergência. Basta chamar o deputado federal Adão Pretto e o ex-deputado estadual Frei Sérgio. Ganha um barraco de lona preta quem souber o partido da dupla.

Em seus capítulos não contemplados pelo Código Penal, o manual expõe uma organização claramente assentada sobre um tripé leninista, com doutrinação política, centralismo duro e vida clandestina. Além de teorias esquerdistas, repletas de homenagens a Che Guevara e Zumbi dos Palmares, há relatos de espionagem e tribunais de disciplina. Uma militante, que precisou de "licença" de um mês para fazer uma cirurgia, só foi autorizada a realizar o tratamento com a condição de que ele fosse feito num único dia. Brigas, investigações internas e punições também explicitam o rígido e desumano controle exercido sobre suas fileiras. "Assim como nas favelas controladas pelo narcotráfico, o MST atua como polícia e juiz ao impor e fiscalizar seu código de conduta", afirma o filósofo Denis Rosenfield. Exagero? Talvez não. Dos 800 invasores que depredaram a fazenda Estância do Céu, por exemplo, 673 já foram identificados. Nada menos que 168 tinham passagem pela polícia. Havia antecedentes de furto, roubo e até estupro. "O MST é formado por alguns desvalidos, vários aproveitadores e muitos bandidos", diz o promotor Gilberto Thums, do Ministério Público gaúcho. "Eles usam táticas de guerrilha rural para tomar territórios escolhidos pelos líderes."

Embora raramente sejam expostos à luz, manuais de guerrilha são lidos como best-sellers nos acampamentos. Também no Rio Grande do Sul, berço e laboratório do MST, a polícia apreendeu três documentos que registram o lastro teórico de sua configuração de guerra. O mais recente, apreendido em julho passado, orienta os militantes a "se engajar na derrubada de inimigos estratégicos". Os inimigos, claro, não se resumem aos gatinhos das fazendas ocupadas pelo MST. O objetivo é a "derrota da burguesia", o "controle do estado" e a "implantação do socialismo". O documento lista exemplos de como "interromper as comunicações do inimigo" e "incendiar as proximidades para tornar o ambiente irrespirável". Pode não ser obra do acaso. Há dois anos, um membro das Farc foi descoberto pela polícia em meio aos sem-terra gaúchos. A combinação entre teoria e prática deixa poucas dúvidas sobre os propósitos do MST. O movimento, que seduziu a intelectualidade nos anos 80 e caiu nas graças do povão na década seguinte, está marchando para a guerrilha rural. Diz o filósofo Roberto Romano: "O MST está se filiando à tradição leninista de tomada violenta do poder por meio de uma organização centralizada e autoritária".

Fotos Antonio Scorza/AFP e Dida Sampaio/AE
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O CHEFÃO E O PRESIDENTE O comandante-em-chefe do MST, João Pedro Stedile, e o presidente Lula com um boné do movimento: simpatia recíproca, alianças, muitos cargos no Incra para os sem-terra e trégua nos ataques ao governo.



A estratégia da guerrilha é um sucesso recente nos pampas graças a sua eficácia. As invasões e os acampamentos têm funcionado em muitos casos. Em novembro passado, após cinco anos de guerra com o MST, o fazendeiro Alfredo Southall resolveu vender a Estância do Céu ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Cansei da batalha. Joguei a toalha", desabafa. Suas terras serão transformadas em um assentamento para 600 famílias. O fazendeiro gaúcho Paulo Guerra teve sua fazenda invadida seis vezes desde 2004. Os invasores destruíram uma usina hidrelétrica e 300 quilômetros de cercas. Também queimaram dois caminhões, dois tratores e onze casas, além de abaterem 300 bois. "Minha família se dedica à fazenda há 100 anos. Podemos perder tudo, mas não vamos entregar nosso patrimônio ao MST", diz. Nos últimos dois anos, mais de 600 processos já foram abertos contra militantes do movimento. Uma ação judicial pede que o MST seja colocado na ilegalidade. Enquanto ela não é julgada, porém, os promotores têm conseguido impedir seus integrantes de circular em algumas regiões. "Não se trata de remover acampamentos. A intenção é desmontar bases usadas para cometer reiterados atos criminosos", justifica o promotor Luis Felipe Tesheiner.

O MST passa atualmente por uma curiosa transmutação política. Desde a chegada ao poder de Lula e do PT, aliados históricos do movimento, a sigla abrandou os ataques ao governo federal. A trégua, que beneficia a ambos, permitiu que os sem-terra apadrinhassem vinte dos trinta superintendentes regionais do Incra. É um comportamento muito diferente de quando o MST liderou as manifestações "Fora, FHC" e invadiu a fazenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002. O terrorismo agora é praticado preferencialmente no quintal de governadores de oposição a Lula, como a gaúcha Yeda Crusius e o paulista José Serra. A reputação do MST acompanha sua guinada violenta. Dez anos atrás, a maioria dos brasileiros simpatizava com a sigla. Agora, a selvageria, aliada à extraordinária mobilidade que levou 14 milhões de pessoas a ascender socialmente nos últimos anos, mudou a imagem do movimento. Pesquisa do Ibope realizada no ano passado mostra que metade dos entrevistados é contra os sem-terra. O MST, hoje, é visto como sinônimo de violência. "As pessoas descobriram que é possível melhorar de vida sem que para isso seja necessário fazer uma revolução", diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Às vezes é preciso tempo para enxergar o óbvio.

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Acauan »

Acauan, em 26/01/2009 às 21:07, escreveu:A experiência histórica quanto à reforma agrária fornece dois exemplos emblemáticos, Coréia do Sul e México.

Com a derrota do Japão na Segunda Guerra, a Coréia do Sul passou à jurisdição da administração militar americana, que implantou um conjunto de reestruturações visando modernizar o país e viabilizá-lo como nação independente, após longo período de dominação estrangeira.
Uma das medidas de reestruturação foi um amplo programa de reforma agrária, que redistribuiu a propriedade das terras controladas pelos japoneses e desapropriou a antiga aristocracia rural coreana, considerada inepta pelos americanos para responder às necessidades do país em reconstrução.
O resultado da reforma agrária foi um tremendo sucesso, que junto com os programas de educação de massa e, claro, amplo aporte de recursos dos Estados Unidos, transformaram a Coréia do Sul no Tigre Asiática que humilhou seu paradigma comunista ao norte.

Já o México entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX foi território fértil para revoluções que se propunham a derrubar as oligarquias e instituir uma nova ordem social que reduzisse as desigualdades e promovesse uma distribuição mais justa das riquezas.
Uma das ferramentas recorrentes destas revoluções era, obviamente, a reforma agrária, instituída e reinstituída mais de uma vez conforme se sucediam os governos revolucionários – que depois se tornaram revolucionários institucionais, um paradoxo tipicamente mexicano.

Resultado: Só deu merda.
Tudo que as sucessivas reformas agrárias mexicanas conseguiram fazer foi produzir êxodos rurais que tornaram a Cidade do México um depósito de miseráveis amontoados em uma rede de favelas que passaram a concentrar parcela significativa da população do país.

É interessante que propagandistas da reforma agrária nunca citem o caso coreano, absolutamente bem sucedido, por conta deste ser fruto da ação de seus arqui-inimigos ideológicos, os Estados Unidos da América.
Também evitam citar o case mexicano, totalmente afins com o discurso dos apologistas da reforma, mas um indisfarçável fracasso em todos os níveis.

O problema é que a quase totalidade dos militantes radicais pela reforma agrária na América Latina, como o MST no Brasil, não estão interessados nem no modelo coreano e nem no mexicano. Nem no sucesso pragmático de um e nem na inspiração ideológica do outro.

Tanto o MST brasileiro quanto seus similares paraguaios ou qualquer outra organização do mesmo formato na Bolívia, Venezuela ou Equador não querem a reforma agrária, seja de que modelo for, pelo simples fato de reforma agrária significar reforma na distribuição da propriedade da terra.

O que estes vigaristas querem é a abolição da propriedade da terra, conforme suas cartilhas marxistas-leninistas pública e explicitamente declaram.

Se a experiência mexicana, guiada por ideologias românticas de justiça social e blá-blá-blá do gênero foi um fiasco, mesmo assim foi infinitamente melhor sucedida do que as tentativas comunistas de imposição de fazendas estatais de administração comunal, que além de negar aos chamados camponeses qualquer poder sobre as políticas agrárias – totalmente decididas por burocratas do partido que nunca viram uma vaca ao vivo-, suprimiram violentamente toda ordem tradicional do campo, que por gerações garantiu o apego do homem à terra e motivou-o a produzir dentro da rígida disciplina que este tipo de trabalho exige.

Resultado, a única motivação para produzir disciplinadamente passou a ser a coerção pela força bruta, que os comunistas não se furtaram de prover, promovendo entusiasmadamente o massacre de dezenas de milhões, pela fome, execuções sumárias e deportações em massa.

Quem quiser se arriscar com o MST, não será por falta de avisos da História.


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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Amigo, você tem alguma sugestão de onde encarcerar as 500 mil pessoas?

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Acauan »

Josmerindo escreveu:Amigo, você tem alguma sugestão de onde encarcerar as 500 mil pessoas?


Se está falando comigo, e espero que não esteja, não sou teu amigo.
E quem entende de encarcerar (ou matar) centenas de milhares ou milhões de pessoas é gente da laia deste do teu avatar.
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Acauan escreveu:
Josmerindo escreveu:Amigo, você tem alguma sugestão de onde encarcerar as 500 mil pessoas?


Se está falando comigo, e espero que não esteja, não sou teu amigo.
E quem entende de encarcerar (ou matar) centenas de milhares ou milhões de pessoas é gente da laia deste do teu avatar.


Não entendo, se afirma que eles são criminosos mas não contempla punição para os crimes, qual o objetivo de se postar essas mensagens?

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Sobre a reportagem que afirma que o presidente controla o MST:

Se o presidente controla o exército, a polícia federal e o MST. Combater o MST é fazer o jogo dele.

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Apo »

Lema criminoso descarado: Somos 500 mil. Não há cadeia para tantos. Logo, estamos livres. O crime compensa. Avante!

CORJA!
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Apo »

Josmerindo escreveu:Sobre a reportagem que afirma que o presidente controla o MST:

Se o presidente controla o exército, a polícia federal e o MST. Combater o MST é fazer o jogo dele.


Você cometeu um ato falho começando a primeira frase com "SE"?
Controla ou não controla?
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Apo escreveu:Lema criminoso descarado: Somos 500 mil. Não há cadeia para tantos. Logo, estamos livres. O crime compensa. Avante!

CORJA!


Não, não estou afirmando isso só não entendo o motivo de tantas critícas se não há proposta de solução para o problema.

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Apo escreveu:
Josmerindo escreveu:Sobre a reportagem que afirma que o presidente controla o MST:

Se o presidente controla o exército, a polícia federal e o MST. Combater o MST é fazer o jogo dele.


Você cometeu um ato falho começando a primeira frase com "SE"?
Controla ou não controla?


Como?

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Apo »

Josmerindo escreveu:
Apo escreveu:Lema criminoso descarado: Somos 500 mil. Não há cadeia para tantos. Logo, estamos livres. O crime compensa. Avante!

CORJA!


Não, não estou afirmando isso só não entendo o motivo de tantas critícas se não há proposta de solução para o problema.


Está dizendo, não. Você disse claramente que não adianta reclamar das ações do MST ( legalizado e apoiado pelo governo criminoso e revlicionário atual), pois, mesmo que se desejasse punir seus crimes, não há "lugar" para 500 mil. Lugar onde? Nos tribunais?

E proposta para que solução? Proposta de quem? Financiada por quem e com que interesses?
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Apo »

Josmerindo escreveu:
Apo escreveu:
Josmerindo escreveu:Sobre a reportagem que afirma que o presidente controla o MST:

Se o presidente controla o exército, a polícia federal e o MST. Combater o MST é fazer o jogo dele.


Você cometeu um ato falho começando a primeira frase com "SE"?
Controla ou não controla?


Como?


Leia sua frase: SE O PRESIDENTE CONTROLA O EXÉRCITO, A POLICIA FEDERAL E O MST.
Controla ou não controla? O MST é legal ou não?
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Acauan »

Acauan escreveu:REVISTA VEJA, edição 2102 de 4 de março de 2009

Brasil
ELES INVADEM E TAMBÉM MATAM

Integrantes do MST executam quatro homens em Pernambuco. Até quando esse bando de delinquentes terá licença para afrontar a lei?



Laura Diniz, de São Joaquim do Monte, Pernambuco

Rodrigo Lôbo/ JC Imagem

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JAIME AMORIM, líder do MST: "O que matamos não foram pessoas comuns. Eram pistoleiros violentos"


Começou com um bate-boca entre um grupo de sem-terra e cinco homens contratados para evitar que a fazenda Jabuticaba, no agreste pernambucano, reintegrada por ordem judicial, fosse novamente invadida por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. Dos seguranças, apenas João Arnaldo da Silva, de 40 anos, era profissional. Rafael Erasmo da Silva, de 20, e Wagner Luís da Silva, de 25, trabalhavam como mototaxistas em São Joaquim do Monte, a 137 quilômetros do Recife. José Wedson da Silva, de 20, e Donizete Souza, de 24, eram agricultores. Para fazerem bico como guardas, eles recebiam de 20 a 30 reais por dia trabalhado. Naquele sábado, era João quem estava à frente da discussão com os sem-terra, numa fazenda vizinha à Jabuticaba. No meio da briga, um dos invasores acertou-lhe um tiro na perna. João caiu e, imediatamente, recebeu uma bala na cabeça. Rafael, ao seu lado, foi o segundo a ser morto – também com um tiro na cabeça, que trespassou o capacete de motociclista que ele usava. Ao ver os colegas tombarem mortos, Wagner, Wedson e Donizete correram. Donizete conseguiu escapar. Wagner e Wedson, alcançados pelos sem-terra 1 quilômetro adiante, foram igualmente mortos como cães. Wagner levou um tiro na perna e dois na cabeça, um deles na nuca. Wedson recebeu um tiro na perna e dois no rosto – morreu de braços abertos, como quem pede clemência.

Com base nas marcas dos tiros e no depoimento de duas testemunhas oculares, o delegado Luciano Francisco Soares diz que os assassinatos não foram cometidos em legítima defesa, como afirma o MST. "As vítimas foram executadas", resume ele. A polícia prendeu em flagrante e indiciou por homicídio qualificado Aluciano Ferreira dos Santos, líder do MST na região, e Paulo Alves, participante do grupo. Eles são acusados de perseguir e matar Wagner e Wedson. Os dois sem-terra apontados como assassinos de João e Rafael estão foragidos. Depois do crime, o MST teve o desplante de pedir "proteção" policial para seus integrantes. Como se isso não bastasse, o coordenador nacional do movimento, Jaime Amorim, numa declaração que deixa evidente a régua moral pela qual seu grupo se pauta, afirmou: "O que matamos não foram pessoas comuns. Eles foram contratados para matar, eram pistoleiros violentos". É mais uma declaração delinquente de um dos chefões do bando que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, aterroriza o campo brasileiro desde 1990. Naquele ano, durante uma manifestação no centro de Porto Alegre, uma turba de sem-terra cercou um carro de polícia e, a golpes de foice, degolou o cabo Valdeci de Abreu Lopes, de 27 anos. Desde então, ao menos outros quarenta integrantes do MST foram acusados de homicídio (dois deles já foram condenados em primeira instância).

Fotos Titular ag. Fotografica
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SEM FUTURO
A mulher e o filho de Wagner da Silva, que sustentava a família trabalhando como mototaxista. Ele foi morto com tiros na cabeça depois de ser perseguido por 1 quilômetro por um grupo de sem-terra


O recrudescimento das ações dos sem-terra obedece a calendário e motivo bem definidos. Às vésperas de um ano eleitoral, MST e congêneres querem continuar a receber vultosos repasses governamentais – o que implica a permanência do PT no governo federal. "Eles desejam preservar suas fontes de financiamento e também garantir a impunidade da qual vêm sendo beneficiários até agora", diz o filósofo Denis Rosenfield. Não por coincidência, foi o Pontal de Paranapanema, em São Paulo, o lugar escolhido para o "Carnaval Vermelho" dos sem-terra ligados a José Rainha, protegido das cabeças mais coroadas do petismo. Durante o feriado, vinte fazendas foram invadidas no território do tucano e presidenciável José Serra.

Por meio do embrutecimento de seus métodos ou do puro e simples banditismo, os sem-terra tentam influenciar os rumos das eleições em seu favor. É preciso lembrar que, quando assumiu o poder, a cúpula do PT gostava de dizer a empresários, fazendeiros, integrantes da oposição e jornalistas que, como o partido era o único capaz de colocar um freio nos sem-terra, ele representava uma garantia de paz no campo. Ou seja, ao intensificar suas ações, o MST volta a transmitir a mensagem de que os petistas não podem ser desalojados do governo federal, sob pena de os sem-terra se tornarem ainda mais virulentos. É uma chantagem política tácita. Numa semana em que os bandidos de Pernambuco posaram de vítimas, os assassinados viraram culpados e autoridades federais mais uma vez se mostraram complacentes com os criminosos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, veio a público para pôr as coisas nos seus devidos lugares. Para isso, não teve de recorrer a nada além do óbvio. O ministro lembrou que: 1) quem invade terra alheia está afrontando a lei; 2) quem afronta a lei não pode receber dinheiro do governo; e 3) no estado de direito, a lei vale para todos. Simples assim. Complicado assim, em se tratando do Brasil.
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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Acauan »

Revista VEJA, edição 2103, 11 de março de 2009

Brasil
BOLSA-BADERNA

O Ministério Público diz que está investigando desvio de recursos para o MST há oito anos. Enquanto isso, o contribuinte segue financiando as invasões e o vandalismo do bando

Laura Diniz

Fotos Jefferson Bernardes/Preview.Com, Roberto Castro/Ae E Sergio Lima/ Folha Imagem
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SEM LIMITE

Em 2006, mulheres da Via Campesina, ONG ligada ao MST, destruíram plantações da Aracruz (à esq.) e um grupo de sem-terra depredou o Congresso (à dir.). No alto, membros do MST refestelam-se na sala da fazenda do então presidente Fernando Henrique, depois de invadir a propriedade em 2002


Foi em tom ofendido que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, respondeu na semana passada à justa cobrança feita pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Disse o ministro, ao comentar a mais recente onda de crimes perpetrada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que o Ministério Público, chefiado pelo procurador-geral, deveria tomar providências para evitar que o dinheiro público servisse (como há tempos vem servindo – veja quadro) para financiar as ilegalidades cometidas pelo MST. Antonio Fernando de Souza respondeu que o MP "não está dormindo" e que já investiga o assunto "há muito tempo, sem estardalhaço". O procurador-geral da República já teve diversas oportunidades de provar sua independência e capacidade de trabalho, e o fez muito bem. Desta vez, no entanto, saiu-se mal. Se é fato que o MP investiga o assunto pelo menos desde 2001, é também incompreensível que até agora não tenha chegado a nenhuma conclusão. Mesmo porque a irregularidade já foi sobejamente comprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – e de forma bem mais célere.

A pedido do Senado Federal, em 2005 o TCU analisou 109 convênios firmados de 1998 a 2004, entre quinze órgãos do governo federal e cinco associações suspeitas de repassar dinheiro ao MST (para não ter de responder na Justiça por seus crimes, a organização recusa-se a ter personalidade jurídica e, por isso, não pode receber dinheiro diretamente do governo). Dessas cinco ONGs, a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) foi a que arrecadou mais: 53% dos 42 milhões de reais auditados. Sua natureza de "entidade-laranja" dos sem-terra ficou cristalina a partir das seguintes descobertas do tribunal:

• É sob o CNPJ da Anca que está registrado o domínio do site do MST (mst.org.br).

• Quase toda a verba de mais de 8 milhões de reais, liberada para supostamente financiar um projeto de educação a ser executado pela associação, foi transferida para as contas bancárias de 23 secretarias regionais do MST.

• Da verba de outro "projeto educacional", no valor de 554 000 reais, a Anca despejou 280 000 reais nos cofres do MST, a pretexto de adquirir da organização 20 000 exemplares do livro A História da Luta pela Terra e o MST.

• O MST foi designado gestor de um projeto chamado Rede Cultural da Terra, para o qual a Anca captou recursos.

Diante de provas tão incisivas, era de esperar que governo e MP agissem de pronto: o primeiro suspendendo os repasses para as entidades-laranja do MST e o segundo investigando a conivência de autoridades do governo com o desvio de recursos públicos para uma organização que afronta a lei. Pois nada disso ocorreu: o governo não deixou de enviar dinheiro para a Anca (o fluxo de verbas para a associação apenas diminuiu) e o MP nada fez para responsabilizar as autoridades federais pelo delito. O resultado disso é que, durante os oito anos de "investigação sem estardalhaço" do MP, dezenas de milhões de reais do contribuinte continuaram servindo para irrigar as finanças de um bando especializado em invadir terra alheia, vandalizar propriedades públicas e privadas e assassinar.

Titular Ag. Fotográfica e Wilton Junior/AE
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¿POR QUÉ NO TE CALLAS?

Para o ministro da Justiça, Tarso Genro, o assassinato do mototaxista Wagner da Silva (à dir.), cometido por integrantes do MST em Pernambuco, não passou de uma ação "arrojada". É a linha injusta do esquerdista


No Rio Grande do Sul, os contribuintes, além de sustentar o "Bolsa-baderna", conviveram com um encargo adicional por treze anos. Até a semana retrasada, eles financiavam as chamadas "escolas itinerantes do MST", versão sem-terra dos madraçais – as escolas islâmicas que pregam o ódio ao Ocidente. Agora, ao menos desse subsídio compulsório os gaúchos se livraram. Por meio de acordo entre o MP do Rio Grande do Sul e o governo do estado, as escolas foram fechadas e os filhos dos sem-terra, encaminhados a colégios estaduais nas proximidades dos acampamentos. "Além de distribuírem cartilhas sobre como realizar uma invasão, as escolas do MST não respeitavam os princípios do Ministério da Educação nem a grade curricular do estado", disse o promotor Gilberto Thums, responsável pela iniciativa.

Em Pernambuco, dois sem-terra que, segundo testemunhas, participaram há duas semanas da execução de quatro homens – um segurança, dois mototaxistas e um agricultor – continuam foragidos. O crime ocorreu na cidade de São Joaquim do Monte no último dia 21 e, por sua brutalidade, conseguiu arrancar palavras de reprovação até do presidente Lula, cuja tolerância para com os sem-terra sempre foi notória. Lula qualificou de "inaceitável" o assassinato dos quatro homens, todos executados com tiros na cabeça (dois deles mortos depois de ser perseguidos por quase 1 quilômetro). Já o ministro da Justiça, Tarso Genro, não se desviou nem um milímetro da sua linha injusta de esquerdista empedernido. O ministro referiu-se aos crimes em Pernambuco como exemplo de mobilizações "mais arrojadas" por parte dos sem-terra. Seria mesmo surpreendente que o governo cujo ministro da Justiça classifica assassinatos como atos de destemor deixasse de ser leniente com a organização facinorosa conhecida pela sigla MST.

Com reportagem de Igor Paulin
Nós, Índios.

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

Apo escreveu:
Josmerindo escreveu:
Apo escreveu:Lema criminoso descarado: Somos 500 mil. Não há cadeia para tantos. Logo, estamos livres. O crime compensa. Avante!

CORJA!


Não, não estou afirmando isso só não entendo o motivo de tantas critícas se não há proposta de solução para o problema.


Está dizendo, não. Você disse claramente que não adianta reclamar das ações do MST ( legalizado e apoiado pelo governo criminoso e revlicionário atual), pois, mesmo que se desejasse punir seus crimes, não há "lugar" para 500 mil. Lugar onde? Nos tribunais?

E proposta para que solução? Proposta de quem? Financiada por quem e com que interesses?

Reclamar é exigir algo. A questão é sobre a exigência subtendida na reclamação.

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Re: Entenda o que é o MST e a legalidade de suas ações

Mensagem por Josmerindo »

As fontes citadas aqui reportam alguma solução para neutralizar a estrutura que denunciam ser criminosa?

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