Mulher se prostitui para pagar seu doutorado

[Apáte]

16/11/09 - 23h59 - Atualizado em 17/11/09 - 02h04

A história da mulher que pagou o doutorado se prostituindo
Uma respeitada cientista britânica revelou que é também uma famosa prostituta, autora de best-sellers sobre suas experiências íntimas como uma garota de programa.


http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1160813-7823-MEDICA+CONFESSA+QUE+SE+PROSTITUIU+PARA+PAGAR+DOUTORADO,00.html

No Metier, ela era conhecida apenas pelo codinome "Belle De Jour", o mesmo da personagem de Catherine Deneuve no filme de Luis Bunuel.

A Belle De Jour da vida real contava num blog suas experiências como prostituta em Londres. As histórias ficaram tão populares que se tornaram livros
e logo entraram para a lista dos mais vendidos na Inglaterra.

Depois viraram até uma série para a TV. Mesmo com tanto sucesso, a identidade de "Belle De Jour" era um dos maiores mistérios da Inglaterra. Até que ela mesma decidiu revelar a um jornal britânico que é a doutora Brooke Magnanti, respeitada oncologista especializada em câncer infantil.

Ela contou que há seis anos, quando terminava a tese de doutorado, ficou completamente sem dinheiro. Durante 14 meses, trabalhou como prostituta para bancar os estudos até o fim.

Hoje, apesar de continuar com o blog, a doutora Magnati trabalha apenas em um hospital da cidade de Bristol.

FONTE: http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MU ... UINDO.html
JornaldaGlobo

[Johnny]

Em meados de 80, tinha em Campinas uma casa de "massagem" chamada Galo Branco. 90% das garotas eram universitárias.

[Fernando Silva]

Em meados de 80, tinha em Campinas uma casa de "massagem" chamada Galo Branco. 90% das garotas eram universitárias.

No Rio, décadas atrás, havia a lenda do "bordel das normalistas" (aquelas meninas que estudavam para ser professoras e usavam blusa branca e saia azul marinho).

[Botanico]

Em meados de 80, tinha em Campinas uma casa de "massagem" chamada Galo Branco. 90% das garotas eram universitárias.

No Rio, décadas atrás, havia a lenda do "bordel das normalistas" (aquelas meninas que estudavam para ser professoras e usavam blusa branca e saia azul marinho).

Nos meus tempos em que estudava na USP (São Paulo) a avenida que levava à sua entrada era (e deve ser até hoje) chamada extraoficialmente de PutUSP. Várias prostitutas e travecos ficavam fazendo ponto por lá. E segundo um levantamento, entre elas havia sim universitárias.

Mas eu só gostaria de saber uma coisa: tem algum problema? Por que será que moças estudadas devem obrigatoriamente só fazer coisas dignas? Muitos dos nossos paralamentares são gente estudada, mas no entanto...

[Fernando Silva]

Mas eu só gostaria de saber uma coisa: tem algum problema? Por que será que moças estudadas devem obrigatoriamente só fazer coisas dignas? Muitos dos nossos paralamentares são gente estudada, mas no entanto...

Eu também me considero um prostituto: faço o que não gosto, para gente de quem não gosto, por dinheiro.
No fim das contas, todo mundo se vende, de uma forma ou de outra.

Modelos também vendem o corpo, ainda que não haja contacto físico. E daí?

[Johnny]

Mas eu só gostaria de saber uma coisa: tem algum problema? Por que será que moças estudadas devem obrigatoriamente só fazer coisas dignas? Muitos dos nossos paralamentares são gente estudada, mas no entanto...

Eu também me considero um prostituto: faço o que não gosto, para gente de quem não gosto, por dinheiro.
No fim das contas, todo mundo se vende, de uma forma ou de outra.

Modelos também vendem o corpo, ainda que não haja contacto físico. E daí?

Defina "coisa digna"?

Engraçado! Mulher que dá de graça é por que gosta do cara, foi uma transa, foi para desestressar. Se ganha dinheiro é puta. Se assim for, mulher casada é mais puta que todas juntas pois recebe vitalicia.

[Botanico]

Mas eu só gostaria de saber uma coisa: tem algum problema? Por que será que moças estudadas devem obrigatoriamente só fazer coisas dignas? Muitos dos nossos paralamentares são gente estudada, mas no entanto...

Eu também me considero um prostituto: faço o que não gosto, para gente de quem não gosto, por dinheiro.
No fim das contas, todo mundo se vende, de uma forma ou de outra.

Modelos também vendem o corpo, ainda que não haja contacto físico. E daí?

Defina "coisa digna"?

Numa sociedade como a nossa, atrasada, burra, machista, cheia de preconceitos, verdadeiramente cristã, moralizada (no sentido sexual da palavra), moralista (no sentido sexual da palavra - taí a Uniban que não me deixa mentir), com Deus no coração, evangélica (essa gente aí tá preocupando a Santa Madre Igreja Católica, tanto que já estão pensando em canonizar o Padim Ciço...), etc e tal, achei que não precisava definir isso em vista do imaginário popular.

Engraçado! Mulher que dá de graça é por que gosta do cara, foi uma transa, foi para desestressar. Se ganha dinheiro é puta. Se assim for, mulher casada é mais puta que todas juntas pois recebe vitalicia.

No imaginário popular da sociedade descrita acima, a esposa não seria puta pois embora seja sustentada pelo marido (às vezes ocorre o inverso...), ela em teoria dá prum homi só. Seria puta se fosse sustentada por mais de um homi...

[Apo]

Em meados de 80, tinha em Campinas uma casa de "massagem" chamada Galo Branco. 90% das garotas eram universitárias.

No Rio, décadas atrás, havia a lenda do "bordel das normalistas" (aquelas meninas que estudavam para ser professoras e usavam blusa branca e saia azul marinho).

Nos meus tempos em que estudava na USP (São Paulo) a avenida que levava à sua entrada era (e deve ser até hoje) chamada extraoficialmente de PutUSP. Várias prostitutas e travecos ficavam fazendo ponto por lá. E segundo um levantamento, entre elas havia sim universitárias.

Mas eu só gostaria de saber uma coisa: tem algum problema? Por que será que moças estudadas devem obrigatoriamente só fazer coisas dignas? Muitos dos nossos paralamentares são gente estudada, mas no entanto...

Pois é. Mas comparar universitários com parlamentares também não é uma analogia muito justa.

[Apo]

Mas eu só gostaria de saber uma coisa: tem algum problema? Por que será que moças estudadas devem obrigatoriamente só fazer coisas dignas? Muitos dos nossos paralamentares são gente estudada, mas no entanto...

Eu também me considero um prostituto: faço o que não gosto, para gente de quem não gosto, por dinheiro.
No fim das contas, todo mundo se vende, de uma forma ou de outra.

Modelos também vendem o corpo, ainda que não haja contacto físico. E daí?

Podem encerrar o tópico.

Todo mundo se vende. Somos obrigados a fazer isto desde pequenininhos. É isto.

[Apáte]

Mas eu só gostaria de saber uma coisa: tem algum problema? Por que será que moças estudadas devem obrigatoriamente só fazer coisas dignas? Muitos dos nossos paralamentares são gente estudada, mas no entanto...

Eu também me considero um prostituto: faço o que não gosto, para gente de quem não gosto, por dinheiro.
No fim das contas, todo mundo se vende, de uma forma ou de outra.

Modelos também vendem o corpo, ainda que não haja contacto físico. E daí?

Ah, é claro, todos nós nos vendemos, então tanto faz. O mais bizarro é gente que tem filho (ou pior filha) concordando com isso.

Acho que quando a filha de alguns aqui nasceu o pai ou mãe já disse: "Que bebê lindo, vai dar uma linda prostituta quando crescer".

[Apáte]

a(no sentido sexual da palavra - taí a Uniban que não me deixa mentir)

Pára DE DIZER ABOBRINHA, PÁRA!

O Brasil inteiro foi unânime em condenar o que aconteceu na Unibam. Aquele caso nem de longe serve pra mostrar a realidade brasileira atual, é a exceção da exceção da exceção.

[Fernando Silva]

Modelos também vendem o corpo, ainda que não haja contacto físico. E daí?

Ah, é claro, todos nós nos vendemos, então tanto faz. O mais bizarro é gente que tem filho (ou pior filha) concordando com isso.

Acho que quando a filha de alguns aqui nasceu o pai ou mãe já disse: "Que bebê lindo, vai dar uma linda prostituta quando crescer".

Falácia do declive escorregadio.

[Apáte]

Não, não é.

A partir do momento que se iguala duas profissões, não é declive escorregadio dizer que os pais teriam tanto orgulho da filha se tornar tanto um profissional quanto outro.

Falácia é o reductio ad absurdum de se igualar duas profissões completamente distintas apenas por causa de algumas características presentes em ambas.

Não sei o que você faz, Fernando, para odiar tanto o seu trabalho, mas acha mesmo que isto está no nível de dormir com outros machos?

Eu hein...

[Apáte]

Aliás, "Todos nos vendemos, então somos prostitutas" é um ótimo exemplo de declive escorregadio, além de non sequitur, além de um bando de falácias que nem o nome eu sei.

Até prostituas de 5 reais preferem ser chamadas de "profissional do séquissu", daí já dá pra tirar uma idéia.

Só por curiosidade:
Se eu começar a me referir a todos que concordaram que são prostitutas por prostitutas, eu serei banido?

[user f.k.a. Cabeção]

Fernando, eu não conheço seu caso em particular, mas no geral o Apáte está coberto de razão.

É muito comum a simpatia retórica a profissão de prostituta, onde se ve pessoas igualando a prostituição às profissões "dignas"(as aspas são deles), mas que nunca se prostituiram, não desejam que suas filhas e filhos se prostituam, e às vezes nem sequer contrataram esses serviços ou entraram num bordel, dado seu asco profundo àquelas "profissionais" (as aspas são minhas, mesmo).

Todo mundo sabe que existe uma diferença bem grande entre uma caixa de supermercado e uma prostituta. Mesmo que ambas odeiem o que fazem, uma será sempre uma trabalhadora e a outra será sempre uma vagabunda.

E não que me acusem de um moralismo que eles próprios disfarçam numa retórica furada. Quem quer que veja uma diferença entre ser um filho da caixa do supermercado e um filho da puta terá que concordar comigo.

E eu não sou contra a prostituição como direito individual. Cada um tem o direito de botar um preço na sua dignidade, mas uma vez que isso é feito, é quase impossível reverter a transação.

[Fernando Silva]

Não, não é.

A partir do momento que se iguala duas profissões, não é declive escorregadio dizer que os pais teriam tanto orgulho da filha se tornar tanto um profissional quanto outro.

Falácia é o reductio ad absurdum de se igualar duas profissões completamente distintas apenas por causa de algumas características presentes em ambas.

Não sei o que você faz, Fernando, para odiar tanto o seu trabalho, mas acha mesmo que isto está no nível de dormir com outros machos?

Eu hein...

Eu não desejaria que uma filha minha se tornasse prostituta, assim como não desejaria que acabasse em um monte de outras profissões supostamente honestas, mas não condeno aquelas que, por opção ou falta de opção, se tornaram prostitutas.

Sim, a profissão de prostituta é vista de uma forma muito negativa e eu reconheço os meus próprios preconceitos, ainda que o meu lado racional os rejeite, portanto não iria querer isto para uma filha.

Quanto a mim, já gostei do meu trabalho, a ponto de achar que o salário era um benefício extra e não a paga por meu serviço, mas o tempo passa, os interesses mudam, as coisas ruins passam a pesar mais que as boas.

Da mesma forma, uma prostituta pode até gostar do que faz e depois cansar-se da profissão.

[Cabula]

Lembro de uma lenda:
aquele que não tem pecado que atire a primeira pedra. será que isso daria certo?
Tanta mulher por aí dá o que é dela por um pouco de cerveja ou por droga ou só para ficar bem no grupo. Outras dão para o chefe para ganhar uma promoção ou apenas para continuar na empresa. Outras casam apenas para ficar sendo sustentada por alguém pelo resto da vida ou mesmo engravidam de propósito só para garantirem uma pensão...
A prostituição não é tão diferente assim, a grande mudança é a quantidade de parceiros.

[Apáte]

Uma questão que foi colocada em tom de zombaria no Realidade (como tudo que acontece lá) é a mais pertinente ao tópico.

Se fosse fosse proprietário de uma empresa e em uma entrevista admissional a candidata revelasse que se prostituiu para pagar os estudos, você faria uma proposta indecente para ela conseguir a vaga?

Se ela é uma puta, e não há nada de errado em vender seu corpo para conseguir o que quer, também não há nada de errado em exigir que ele dê pra conseguir a vaga ou uma promoção.

Aliás, quem vê a prostituição como uma profissão completamente normal, também deve achar normal que uma secretária durma com o patrão para conseguir um aumento, ou que o patrão exija uma noite cheia de cafunés para ele conseguir o cargo desejado.

Afinal de contas, todos nós nos vendemos, não é isso?

[Apáte]

E não adianta tentar comparar comportamentos libidinosos com prostituição.

Uma mulher que dá prum cara porque o acha interessante não é prostituta. A diferença é tão óbvia que nem vou me dar ao trabalho de explicar.

Dar uma presente caro para uma namorada (que te dá todos os dias) não tem nada a ver com pagar uma prostituta. Qualquer um sabe a distância destas duas ações.

Sobre mulheres que escolhem o marido de acordo com a conta bancarária, bem, já postaram que este comportamento é induzido inclusive por razões biológicas. Independente disso, durante muito tempo as pessoas não podiam progredir social e economicamente (exceto raríssimas exceções) e a única chance de uma mulher ter uma vida minimamente confortável, era arrumando um homem capaz de bancar uma vida minimamente confortável. Uma tradição que durou séculos e mais séculos não vai acabar em menos de uma geração.

[Apáte]

Quem quer que veja uma diferença entre ser um filho da caixa do supermercado e um filho da puta terá que concordar comigo.

Está no Brasil ou comprou um teclado com acentos?

[Cabula]

Ninguém tá dizendo que a prostituição seja a melhor coisa, até porque quem está nela sempre pensa em sair ( mais quem está na pobreza também pensa em sair ) mas isso não significa que devam ser tratadas com preconceito.

[Fernando Silva]

Se fosse fosse proprietário de uma empresa e em uma entrevista admissional a candidata revelasse que se prostituiu para pagar os estudos, você faria uma proposta indecente para ela conseguir a vaga?

Se ela é uma puta, e não há nada de errado em vender seu corpo para conseguir o que quer, também não há nada de errado em exigir que ele dê pra conseguir a vaga ou uma promoção.

É errado porque a decisão tem que ser dela e porque o cargo pretendido não requer que a candidata durma com o chefe.
Exigir que ela faça algo que não está em sua descrição de função é chantagem.

Aliás, quem vê a prostituição como uma profissão completamente normal, também deve achar normal que uma secretária durma com o patrão para conseguir um aumento, ou que o patrão exija uma noite cheia de cafunés para ele conseguir o cargo desejado.

A decisão tem que ser dela, para pular etapas, e não uma imposição do patrão, que deve julgá-la por seu desempenho profissional.

Afinal de contas, todos nós nos vendemos, não é isso?

Todos nós nos vendemos, mas todos nós temos o direito de decidir o que e quando vender.

Não tem essa de "deu uma vez, tem que dar sempre".
Ou "aceitou fazer hora extra uma vez, agora tem que aceitar sempre".

[Fernando Silva]

Sobre mulheres que escolhem o marido de acordo com a conta bancarária, bem, já postaram que este comportamento é induzido inclusive por razões biológicas. Independente disso, durante muito tempo as pessoas não podiam progredir social e economicamente (exceto raríssimas exceções) e a única chance de uma mulher ter uma vida minimamente confortável, era arrumando um homem capaz de bancar uma vida minimamente confortável. Uma tradição que durou séculos e mais séculos não vai acabar em menos de uma geração.

Se a mulher escolheu o marido unicamente com base na conta bancária, então ela é uma prostituta, ainda que de um homem só, ainda que com o aval da sociedade.

E é direito dela, assim como é direito de outras dar para muitos, de graça ou não, com ou sem o aval da sociedade.

[Apáte]

É errado porque a decisão tem que ser dela e porque o cargo pretendido não requer que a candidata durma com o chefe.
Exigir que ela faça algo que não está em sua descrição de função é chantagem.

Está fugindo pela tangente.

Se ela pode exigir que o homem pague para comê-la, o homem pode exigir que a coma para pagar.

Se a prostituição é digna, não existe assédio moral nesses casos. Simples.

E não é chantagem porra nenhuma. Muitos empregos exigem mais do que a descrição. Que diferença faz "boa aparência", um dos pré-requisitos mais exigidos no mercado, na hora de trabalhar? Que diferença faz um gari com ensino médio?

A decisão tem que ser dela, para pular etapas, e não uma imposição do patrão, que deve julgá-la por seu desempenho profissional.

Não existe imposição do patrão. Ela pode negar a oferta e escolher outro emprego. Assim como ela pode negar a oferta de um cliente que não queira pagar o preço que ela normalmente cobra. Ou pode negar um cliente por qualquer motivo que for.

Todos nós nos vendemos, mas todos nós temos o direito de decidir o que e quando vender.

Bingo!

Ela vende a vagina por um preço x como prostituta. É a mesmíssima coisa de vender a vagina por um emprego x, como doutora prostituta.

Não tem essa de "deu uma vez, tem que dar sempre".
Ou "aceitou fazer hora extra uma vez, agora tem que aceitar sempre".

Quando foi que eu disse isso? Ela pode simplesmente não dar e ficar sem o emprego oferecido.

Assim como pode não dar e ficar sem os R$50,00 que ofereceram na zona em que trabalhava.

[Apáte]

Se a mulher escolheu o marido unicamente com base na conta bancária, então ela é uma prostituta, ainda que de um homem só, ainda que com o aval da sociedade.

E é direito dela, assim como é direito de outras dar para muitos, de graça ou não, com ou sem o aval da sociedade.

Como eu disse, hoje nós temos direito a escolher os parceiros com uma visão mais romântica. Durante a maior parte da história não foi assim.

Tentar apagar uma tradição milenar em menos de um geração questionando a moral de quem a mantém viva não cola.