Página 1 de 1

O Hino de Batalha da República

Enviado: 01 Fev 2006, 20:49
por Acauan
O Hino de Batalha da República
Postado originalmente em 2/11/2003 21:59:43

Por Acauan

Aquele hino que todo mundo já ouviu, cujo refrão é “Glória, glória, aleluia”, e que no Brasil ganhou uma letra e um título breguinhas para ser cantado nos cultos crentes, é algo mais do que uma musiquinha de igreja.

Quando virem na TV muitas autoridades públicas americanas cantando este hino junto com o povo é porque, muito possivelmente, os Estados Unidos da América estão se preparando para ir a guerra e avisando seus inimigos disto.

Foi assim logo após o 11 de Setembro.

O canto que por aqui é conhecido como “Glória, glória, aleluia” ou que os evangélicos chamam de “Vencendo, vem Jesus” é na verdade “O Hino de Batalha da República”, o grito de guerra da América.

Só os americanos poderiam ter um hino cristão como canto de guerra oficial da nação. Se é que alguma outra nação tem um canto de guerra oficial, seja de que tipo for.

O Hino de Batalha diz muito sobre a tradição religiosa dos Estados Unidos, sobre como esta religiosidade está intimamente ligada ao patriotismo e sobre como ambos, patriotismo e cristianismo, dão sustentação moral à vocação guerreira do Uncle Sam.

Acho o Hino de Batalha o mais bonito dos hinos patrióticos americanos, mesmo porque os outros são bem chatinhos, incluindo “The Star Spangled Banner”, o Hino Nacional deles.

A história da letra é legalzinha, foi feita na época da Guerra Civil, e a autora, Julia Ward Howe, era ligada a movimentos abolicionistas, tendo escrito o poema sob inspiração dos ideais por eles defendidos.
Seguindo-se àquele monte de citações biblicas, o verso final “let us die to make men free” (deixe-nos morrer para fazer Homens livres) é uma bela tradução do Código do Guerreiro.

http://www.lolfun.com/america/glory.cfm


Battle Hymm of the Republic
by Julia Ward Howe

Mine eyes have seen the glory of the coming of the Lord;
He is trampling out the vintage where the grapes of wrath are stored;
He hath loosed the fateful lightning of his terrible swift sword:
His truth is marching on.

Chorus:
Glory, glory halleluia, Glory, glory halleluia,
Glory, glory halleluia, His truth is marching on.

I have seen him in the watch-fires of a hundred circling camps;
They have builded him an altar in the evening dews and damps;
I can read his righteous sentence by the dim and flaring lamps;
His day is marching on. Chorus:

I have read a fiery gospel, writ in burnished rows of steel:
"As ye deal with my contemners, so with you my grace shall deal;
Let the Hero, born of woman, crush the serpent with his heel,
Since God is marching on." Chorus:

He has sounded forth the trumpet that shall never call retreat;
He is sifting out the hearts of men before his judgment-seat;
Oh, be swift, my soul, to answer him! be jubilant, my feet!
Our God is marching on. Chorus:

In the beauty of the lilies Christ was born across the sea,
With a glory in his bosom that transfigures you and me:
As he died to make men holy, let us die to make men free,
While God is marching on. Chorus:

Re.: O Hino de Batalha da República

Enviado: 01 Fev 2006, 21:59
por Hrrr
isso num devia ser proibido la (que eh teoricamente um Estado laico)?

Re: Re.: O Hino de Batalha da República

Enviado: 01 Fev 2006, 22:48
por Acauan
Hrrr escreveu:isso num devia ser proibido la (que eh teoricamente um Estado laico)?


Este caso se enquadra na mesma situação do "in God we trust" das notas de dólares, que os juízes consideram antes a manifestação de uma tradição cultural histórica do país do que como favorecimento a um determinado culto ou grupo religioso, o que é efetivamente proibido pela constituição.