As armas de destruição em massa de Saddam estão na Síria
Enviado: 01 Fev 2006, 21:32
por Jeffrey Nyquist em 31 de janeiro de 2006
Resumo: A batalha no Oriente Médio não é contra esta ou aquela ditadura. A batalha é contra uma aliança liderada pela Rússia, que se priva de anunciar sua existência em público.
© 2006 MidiaSemMascara.org
Um general da força aérea iraquiana, que possui informações sobre as armas de destruição em massa de Saddam, está para se encontrar com os senadores Jeff Sessions (R-Alabama) e James Inhofe (R-Oklahoma) na semana que vem. Parece que a controvérsia sobre as armas de destruição em massa iraquianas está prestes a voltar à cena. Num livro chamado Saddam's Secrets, o general Georges Sada afirma que Saddam Husseim transportou armas de destruição em massa para a Síria antes da invasão americana. De acordo com Sada, dois aviões cargueiros fizeram 56 vôos para a Síria. Eles carregavam "tambores amarelos com caveiras e ossos cruzados em cada tambor". Havia também um comboio de caminhões.
Sada não é a primeira pessoa a afirmar coisas desse tipo. Em 23 de dezembro de 2002, o primeiro-ministro Ariel Sharon afirmou em público: "Armas químicas e biológicas, que Saddam está tentando esconder, foram transportadas do Iraque para a Síria". No mês passado, o ex-chefe de Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), Moshe Yaalon, afirmou que Saddam Hussein transportou armas químicas para a Síria seis semanas antes das forças americanas entrarem no Iraque.
Autoridades americanas também têm feito comentários sobre essas informações. Após procurar por armas de destruição em massa no Iraque, o inspetor de armas americano David Kay disse: "Há amplas evidências de movimentos [de armas] para a Síria antes da guerra – fotografias de satélite, relatos de constante fluxo pela fronteira de caminhões, carros, trens". Kay disse também que o governo sírio não estava cooperando "para ajudar-nos a resolver essa questão". Em agosto de 2004, a Conselheira de Segurança Nacional Condoleezza Rice (atual Secretária de Estado) disse: "Não estamos certos sobre o papel que a Síria pode ter desempenhado no transporte de armas, para um lado ou para outro, antes da guerra".
Os sírios, claro, negam ter recebido qualquer arma de destruição em massa iraquiana. Mas essa negativa não é crível. O regime sírio é uma ditadura totalitária que tem relações estreitas com Moscou e Teerã. A exemplo da Rússia e Irã, a Síria está ajudando os insurgentes no Iraque. E até agora, os Estados Unidos estão relutantes em confrontar a conivência de Moscou. De acordo com Bill Gertz, num artigo de 28 de outubro de 2004 do Washington Times, "as forças especiais russas transportaram muitas das armas e assemelhados de Saddam, do Iraque para a Síria, nas semanas anteriores à ocupação americana, em março de 2003...".
A batalha no Oriente Médio não é contra esta ou aquela ditadura. A batalha é contra uma aliança liderada pela Rússia, que se priva de anunciar sua existência em público. A antiga coordenação entre Bagdá, Damasco, Teerã e Moscou deveria ser famosa. Mas quem quer reconhecer a verdade? Quem se atreve a entender? Mesmo o presidente não quer admitir contra o quê os EUA lutam no Iraque. E eis então um general iraquiano que tem informações sobre armas de destruição em massa iraquianas indo parar na Síria. Quais as chances que o pobre homem tem?
O general Sada ficou quieto por três anos, temendo pela vida de sua família. Agora, Sada escreveu um livro, e os inimigos da América observam como as autoridades americanas reagirão. Em outras palavras, o testemunho de Sada é um tipo de indicador. Se for usado pela administração Bush para justificar a invasão no Iraque, logo se conclui que o presidente estará pronto para investir contra Síria e Irã. Mas se o presidente e seus assessores ignorarem o testemunho de Sada, então é sinal que a administração Bush está desgastada pelas críticas e incapaz de destruir os inimigos da América.
© 2006 Jeffrey R. Nyquist
Publicado por Financialsense.com
Tradução: MSM.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4535
Resumo: A batalha no Oriente Médio não é contra esta ou aquela ditadura. A batalha é contra uma aliança liderada pela Rússia, que se priva de anunciar sua existência em público.
© 2006 MidiaSemMascara.org
Um general da força aérea iraquiana, que possui informações sobre as armas de destruição em massa de Saddam, está para se encontrar com os senadores Jeff Sessions (R-Alabama) e James Inhofe (R-Oklahoma) na semana que vem. Parece que a controvérsia sobre as armas de destruição em massa iraquianas está prestes a voltar à cena. Num livro chamado Saddam's Secrets, o general Georges Sada afirma que Saddam Husseim transportou armas de destruição em massa para a Síria antes da invasão americana. De acordo com Sada, dois aviões cargueiros fizeram 56 vôos para a Síria. Eles carregavam "tambores amarelos com caveiras e ossos cruzados em cada tambor". Havia também um comboio de caminhões.
Sada não é a primeira pessoa a afirmar coisas desse tipo. Em 23 de dezembro de 2002, o primeiro-ministro Ariel Sharon afirmou em público: "Armas químicas e biológicas, que Saddam está tentando esconder, foram transportadas do Iraque para a Síria". No mês passado, o ex-chefe de Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), Moshe Yaalon, afirmou que Saddam Hussein transportou armas químicas para a Síria seis semanas antes das forças americanas entrarem no Iraque.
Autoridades americanas também têm feito comentários sobre essas informações. Após procurar por armas de destruição em massa no Iraque, o inspetor de armas americano David Kay disse: "Há amplas evidências de movimentos [de armas] para a Síria antes da guerra – fotografias de satélite, relatos de constante fluxo pela fronteira de caminhões, carros, trens". Kay disse também que o governo sírio não estava cooperando "para ajudar-nos a resolver essa questão". Em agosto de 2004, a Conselheira de Segurança Nacional Condoleezza Rice (atual Secretária de Estado) disse: "Não estamos certos sobre o papel que a Síria pode ter desempenhado no transporte de armas, para um lado ou para outro, antes da guerra".
Os sírios, claro, negam ter recebido qualquer arma de destruição em massa iraquiana. Mas essa negativa não é crível. O regime sírio é uma ditadura totalitária que tem relações estreitas com Moscou e Teerã. A exemplo da Rússia e Irã, a Síria está ajudando os insurgentes no Iraque. E até agora, os Estados Unidos estão relutantes em confrontar a conivência de Moscou. De acordo com Bill Gertz, num artigo de 28 de outubro de 2004 do Washington Times, "as forças especiais russas transportaram muitas das armas e assemelhados de Saddam, do Iraque para a Síria, nas semanas anteriores à ocupação americana, em março de 2003...".
A batalha no Oriente Médio não é contra esta ou aquela ditadura. A batalha é contra uma aliança liderada pela Rússia, que se priva de anunciar sua existência em público. A antiga coordenação entre Bagdá, Damasco, Teerã e Moscou deveria ser famosa. Mas quem quer reconhecer a verdade? Quem se atreve a entender? Mesmo o presidente não quer admitir contra o quê os EUA lutam no Iraque. E eis então um general iraquiano que tem informações sobre armas de destruição em massa iraquianas indo parar na Síria. Quais as chances que o pobre homem tem?
O general Sada ficou quieto por três anos, temendo pela vida de sua família. Agora, Sada escreveu um livro, e os inimigos da América observam como as autoridades americanas reagirão. Em outras palavras, o testemunho de Sada é um tipo de indicador. Se for usado pela administração Bush para justificar a invasão no Iraque, logo se conclui que o presidente estará pronto para investir contra Síria e Irã. Mas se o presidente e seus assessores ignorarem o testemunho de Sada, então é sinal que a administração Bush está desgastada pelas críticas e incapaz de destruir os inimigos da América.
© 2006 Jeffrey R. Nyquist
Publicado por Financialsense.com
Tradução: MSM.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4535