Facções Espíritas

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waldon
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Facções Espíritas

Mensagem por waldon »

Hoje, é fato conhecido por todos os estudiosos de religiões que no espiritismo não existe a tão sonhada unidade predita por Kardec. Os espíritas latinos são os mais fracionados e alguns grupos, como os ingleses,5 por exemplo, chegam a negar doutrinas consideradas fundamentais por Allan Kardec, inclusive a reencarnação.
A seguir, os diferentes grupos espíritas e seus ensinos.

Escolas espíritas
1) Ortodoxos. É o kardecismo, considerado tradicional, que não permite interpretações diferentes do “pentateuco” de Allan Kardec diante daquilo que julga ser o correto. Não tolera a presença de outros espiritismos, antes, considera-os apenas grupos espiritualistas.
2) Roustainguistas. São orientados por João Batista Roustaing, um advogado contemporâneo de Kardec. Diferentemente dos tradicionais, ensinam que o corpo de Jesus não era real, apenas aparente. Existe forte oposição entre ambos os grupos, inclusive na literatura há obras aceitas e rejeitadas.
3) Científicos. Também chamados de Laicos. No século 19, foram liderados pelo professor Angeli Torteroli. Formavam uma frente de oposição aos chamados “místicos”. Entre outras coisas, procuravam desassociar o espiritismo do cristianismo.
4) Místicos. Liderados por Bezerra de Menezes, um dos primeiros presidente da FEB e chamado, por muitos, de o Kardec brasileiro. Supervalorizam o lado religioso da doutrina espírita e se consideravam os cristãos verdadeiros.
5) Ubaldistas. Grupo influenciado pelos livros do famoso médium italiano Pietro Ubaldi. Chamado de “reencarnação de São Pedro”, Ubaldi morou vários anos no Brasil. Apesar de reencarnacionista, era panteísta, e propôs, em suas obras, uma evolução cósmica do kardecismo.
6) Armondistas. Grupo liderados por Edgar Armond, fundador da Aliança Espírita Evangélica. Armond também é um importante colaborador do desenvolvimento do espiritismo no Brasil. Por ter sido esotérico, é acusado, pelos ortodoxos, de “orientalizar” Kardec.
7) Emmanuelistas. Grupo conduzido pelos ensinamentos de Emmanuel, o espírito-guia de Chico Xavier. Entre outras contradições com o kardecismo, crêem na existência de animais no plano de vida espiritual.
8) Ramatisistas. A escola ramanista segue os ensinamentos do espírito-guia Ramatis, por meio do médium Hercílio Mães. Pregam que Jesus é, na verdade, um anjo que serve de médium ao Cristo Planetário. São vegetarianos e esotéricos.
9) Paganizantes. Sob a liderança de Carlos Imbassahy, rejeitam a expressão “espiritismo cristão” e negam qualquer fundamentação bíblica do espiritismo. É de Imbassahy a seguinte afirmação: “Nem a Bíblia prova coisa nenhuma nem temos a Bíblia como probante [...] O espiritismo não é um ramo do cristianismo como as demais seitas cristãs. Mas a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome espiritismo”.
10) Dialéticos. É a escola espírita dialética, cujo mestre latino foi o argentino Manuel S. Porteiro. Entre outras particularidades, a doutrina porteriana busca provar a evolução biológica e espiritual até o homem.
11) Transcomunicadores. Grupo que forma a ANT (Associação Nacional de Transcomunicadores), ou, como se auto-intitulam, “comunicantes”. Diferentes da prática mediúnica, esses neo-espíritas buscam a comunicação com o mortos por meio de equipamentos eletrônicos.
12) Espiritualistas. São os espíritas que crêem não existir no homem apenas matéria, o que, absolutamente, não implica na necessidade de crerem nas manifestações dos espíritos. Há grande confusão no uso desse adjetivo entre os espíritas.
13) Outras correntes e tendências. Conforme os “líderes” ou “espíritos-guia” (como, por exemplo, Yokanam, tia Neiva, André Luiz, entre outros), várias peculiaridades doutrinárias vão-se formando, criando uma identidade própria. Por isso, existem infinidades de “denominações” espíritas no mundo.

Movimento de reforma
1) Grupo Espírita Bezerra de Menezes. Criado em 1992, tem como objetivo, conforme declarado no site que disponibiliza na Internet: www.novavoz.org.br, uma ferrenha manifestação contra as FEB´s e todos os demais grupos espíritas acima mencionados, acusando-os de sincretismo, brigas internas, disputas doutrinárias, etc. O objetivo das instituições espíritas associadas é a formação da União Espírita Reformista em oposição à FEB (Federação Espírita Brasileira). O objetivo é deixar o movimento espírita e formar uma nova seita denominada Renovação Cristã.

Grupos neo-espíritas
1) Umbandistas. É o espiritismo à moda brasileira. Origem: mistura de crenças espiritualistas dos escravos bantos (África), dos indígenas brasileiros e do catolicismo romano. Tudo isso encontrou no Brasil um terreno já fertilizado pelo espiritismo kardecista. Os umbandistas também fazem uso da mediunidade, crêem na reencarnação, praticam a caridade e outras similaridades.
2) Legionários (A Legião da Boa Vontade). O nome completo do fundador é Alziro Elias Davi Abraão Zarur, considerado por eles a reencarnação de Allan Kardec. Para a LBV, Allan Kardec não concluiu sua obra e, por isso, Alziro Zarur veio completá-la.
3) Racionalistas (Racionalismo Cristão). Seita espírita fundada em 1910 pelo português Luiz de Matos, inimigo do kardecismo. Acusam o espiritismo de ter-se tornado mais uma seita cristã entre tantas e propõem um espiritismo regido apenas pelas leis naturais.
4) Outros grupos espíritas esotéricos e/ou sincretistas. Ordem Rosa-Cruz, Cabala, Teosofia, Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, A Esfera, Ordem dos Iluminados, Ordem Esotérica do Mentalismo, Gnosticismo, Logosofia, Cultura Racional Superior, Quimbanda, Candomblé, Xangô, Babaçuê, Pajelança, Catimbó, etc.
Dessa forma, fica demonstrado inequivocamente que, pelo menos por essa argumentação, os espíritas não podem se defender. Melhor dizendo, não podem afirmar que são a verdadeira religião devido à sua evidente unidade. Em verdade, entre os espíritas não há unidade de grupos nem de doutrinas, tal como ocorre nas demais seitas.


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DIG
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por DIG »

3) Científicos. Também chamados de Laicos. No século 19, foram liderados pelo professor Angeli Torteroli. Formavam uma frente de oposição aos chamados “místicos”. Entre outras coisas, procuravam desassociar o espiritismo do cristianismo.




És tu, Botânico?

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Botanico
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Botanico »

DIG escreveu:
3) Científicos. Também chamados de Laicos. No século 19, foram liderados pelo professor Angeli Torteroli. Formavam uma frente de oposição aos chamados “místicos”. Entre outras coisas, procuravam desassociar o espiritismo do cristianismo.




És tu, Botânico?

Não exatamente...
A "classificação" acima não passa de uma balela cristã. Espiritismo é só o que está afinado com o fundamental codificado por Kardec. O resto não passa de outras correntes de pensamento, que podem ter algo em comum com o Espiritismo em alguns pontos, mas não tem nada de fundamental a ver com o Espiritismo.
O que acontece com os cristãos é que, para refutar tudo em bloco, querem considerar Espiritismo qualquer doutrina ou prática que tenha a ver com mediunidade. Portanto essa classificação aí não tem nada a ver com Espiritismo.
A minha posição, seria uma mescla dos "ortodoxos" + científicos + paganizantes...

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Johnny
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Johnny »

Pois é. Tem até classificação para ateus. Ateu forte, ateu fraco, ateu boiola...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Luis Dantas
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Luis Dantas »

Classificações são sempre artificiais. E a diversidade de interpretações é, menos que um problema, uma grande oportunidade.
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Botanico
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Botanico »

Luis Dantas escreveu:Classificações são sempre artificiais. E a diversidade de interpretações é, menos que um problema, uma grande oportunidade.


Acertou e tanto mais serão artificiais as classificações, quanto mais ignorantes forem os classificadores (exatamente como são os apologistas cristãos).

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Luis Dantas
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Luis Dantas »

Não que eu discorde, mas a mensagem que abre o tópico não está pelo menos parcialmente certa?

Entre as influências de Kardec, Ramatis, Roustang e da Umbanda, há pelo menos alguma verdade na idéia básica. Como também é verdade que o Espiritismo dos países de língua inglesa está mais próximo da parapsicologia e não é reencarnacionista.

Há pontos da mensagem original que você considera injustos, parciais ou de outra forma problemáticos? Quais seriam?
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Fernando Silva
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:Não exatamente...
A "classificação" acima não passa de uma balela cristã. Espiritismo é só o que está afinado com o fundamental codificado por Kardec. O resto não passa de outras correntes de pensamento, que podem ter algo em comum com o Espiritismo em alguns pontos, mas não tem nada de fundamental a ver com o Espiritismo.

Há o risco de cada uma das correntes citadas se considerarem a única correta.

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Botanico
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Botanico »

Luis Dantas escreveu:Não que eu discorde, mas a mensagem que abre o tópico não está pelo menos parcialmente certa?

Entre as influências de Kardec, Ramatis, Roustang e da Umbanda, há pelo menos alguma verdade na idéia básica. Como também é verdade que o Espiritismo dos países de língua inglesa está mais próximo da parapsicologia e não é reencarnacionista.

Há pontos da mensagem original que você considera injustos, parciais ou de outra forma problemáticos? Quais seriam?


Dantas, é o seguinte:
Esta lista só tem o propósito de servir de instrumento para os apologistas cristãos terem do que atacar o Espiritismo. Não é para instruí-los que ela serve.

Espiritismo é um neologismo criado por Kardec para nomear a doutrina que ele codificou. A doutrina nem é dele: é dos espíritos. Num de seus livros mesmo ele é taxativo: _ Jamais se poderá falar em Doutrina de Allan Kardec.

Portanto SÓ QUE ESTÁ AFINADO COM A DOUTRINA ESPÍRITA É QUE PODE USAR O QUALIFICATIVO DE SER ESPÍRITA. Vejamos a tal lista.
1) Os tais "ortodoxos" seriam os efetivamente espíritas, lembrando que o Espiritismo é dinâmico. Coisas que já foram superadas pela ciência e/ou história só tem valor histórico para nós.

2) Os rustainguistas. Esses são os quinta coluna dentro do Espiritismo. Na França suponho que já estejam extintos há muito tempo. No Brasil prosperaram graças à carolice católica. Pelo fato de Roustaing defender que Jesus não teria um corpo carnal real e sim um simulacro materializado. Com isso os ex-católicos, porém ainda carolas, que deixaram o Catolicismo e se interessaram pelo Espiritismo puderam ter de volta a sua Nossa Senhora, a Virgem Santíssima... (a gravidez, parto, etc seria tudo simulação e Maria não teria transado com o José, nem tido outros filhos). Por conta disso, aceitaram todas as balelas que o Roustaing disse. E essas balelas NADA TÊM A VER COM O ESPIRITISMO, ainda que os rustenistas insistissem que as obras de Roustaing eram "uma pós-graduação em Espiritismo".

3) Os científicos de fato queriam que o Espiritismo tivesse esse caráter. Mas o problema é que o povo brasileiro não está afinado com isso. Quando a pessoa está satisfeita com os aspectos religiosos e filosóficos de uma doutrina, não precisa de comprovações científicas para validá-la. Os científicos caíram na cilada da Federação Espírita Brasileira (espírita só no nome, pois ela era dominada por rustenistas) e se integraram a ela... para só depois descobrir que não teriam voz ativa, nem poderiam impor seus pontos de vista.

4) Os místicos e rustenistas são a mesma coisa.

5) Ubaldistas... Bem, Pietro Ubaldi tinha suas próprias idéias e fez seu próprio "espiritismo". Se há quem goste delas, é um direito individual o qual não tenho nada que me meter. Contudo, que se apresentem como ubaldistas mesmo. Espíritas não o seriam.

6 e 8) Armondistas e Ramatisianos são a mesma coisa. Edgard Armond foi presidente da Federação Espírita do Estado de São Paulo durante anos e foi um espírita "comum" até que viu as obras de Ramatis e ficou entusiasmado com ela. Começou a divulgá-lo e a adotar um sistema que lembrava mais uma confissão católica, só que anotada numa caderneta. Tal situação levou a uma reação dos espíritas e, para não criar problemas, Armond afastou-se da direção da FEESP e fundou o seu próprio grupo, a Aliança Espírita Evangélica. De espírita basicamente só tem o nome. Embora menos ruim que os rustenistas, ele deu muita trela ao pseudo-sábio Ramatis. Só para ter uma ideia, Ramatis ditou todo um livro, falando de toda uma civilização marciana, etc e tal. Chegaram as sondas lá em Marte e... cadê a civilização? E falou também que no fim do século passado o eixo da Terra estaria verticalizado. Cadê?
Que me perdoem esses "espíritas", mas para mim são só uns pobres coitados.

7) Emanuelistas? O que é isso? É de comer ou de beber? Exceto por uma ou outra falha, induzida pela FEB para dar alusão ao seu ensino rustenista, Emmanuel ensina o que basicamente ensina o Espiritismo.

9) Paganizante? Também não sei o que é isso. Imbassahy, assim como eu, entende que o Espiritismo NÃO TEM ORIGEM na Bíblia. Ele é produto do ensinamento dos espíritos. Podemos usar textos bíblicos quando têm valor moral para nós ou até alguns trechos que sugerem mediunidade ou reencarnacionismo. Mas a bem da verdade, não podemos usá-los para endossar o Espiritismo.

10) Dialéticos? Nunca ouvi falar.

11) Transcomunicadores? É gozação é? Certo pode haver espíritas que investigam essa forma de mediunidade sem médium, mas também há espiritualistas e não espíritas que podem se interessar pela coisa. Ou seja, é só uma questão de método que NÃO TEM implicações doutrinárias.

12) Espiritualistas? Bem, era como os anglo-saxônicos chamaram os tais que eram médiuns ou que acreditavam no que estes diziam. E esse termo permaneceu entre eles, às vezes chamado também new-spiritualism ou modern-spiritualism. Esses espiritualistas podem ter pensamentos doutrinários muitos semelhantes aos espíritas ou até completamente diferentes. Nós espíritas não fazemos confusão nenhuma. Os cristãos sim é que fazem.

13) Outras tendências... Se elas são fundadas por "líderes" místicos e ganham seguidores, então não podem ser espíritas, pois o Espiritismo já tem a sua origem definida. Só que para os apologistas cristãos é muito conveninente misturar tudo num saco só e dizer que é Espiritismo...

Movimento de reforma... Ah Sim! Os rustenistas dominaram a FEB por longos anos, desde a sua fundação. Mas nos tempos modernos aquela carolice que havia tanto no nosso povo perdeu embalo. Apesar de seus esforços, o rustenismo nunca conseguiu ampla penetração. Mesmo tendo obras rustenistas à sua disposição em suas estantes, os centros espíritas eram marcadamente ESPÍRITAS, ou seja, ensinava-se o que disse Kardec em seus livros e as obras rustenistas ficavam lá, cobrindo-se de poeira. Nos membros da diretoria febeana só rustenistas eram admitidos, mas numa cochilada, os espíritas conseguiram maioria nela e aí passou a eliminar o rustenismo de dentro da FEB (tanto que Luciano dos Anjos, um rustenista roxo, acabou tendo de sair de lá e fundou o seu grupo próprio, o Grupo do Oito. O dirigente da FEB só deu um passo maior que a perna quando quis retirar a obrigatoriedade do ensino das obras de Roustaing que figurava como cláusula pétrea da FEB. Isso ele não podia fazer, pois cláusulas pétreas não podem ser removidas. Para isso ele teria de extinguir a FEB e fundar uma outra federação, com outro nome e com novas cláusulas pétreas. Politicamente isso era inviável. Então ficou decidido o seguinte: as obras rustenistas que ainda estão em estoque vão sendo entregues quando solicitadas. Terminado o estoque, não serão mais reimpressas.

Enfim uma boa notícia.

1) Umbandistas? É gozação cristã... A Umbanda foi obra da arte de empulhação dos negros escravizados. Aqui eram obrigados a serem bons católicos, mas eles estavam acostumados com os credos fetchistas lá da África. Entre a obrigação e o costume, ele ficou com os dois. Assim ele se ajoelhava diante da imagem ou quadro de Nossa Senhora, para a alegria do padre e do senhor de engenho ou coronel do café, mas na sua mente, o negro escravo estava rezando para Iemanjá... Com a abolição da escravatura, esse pessoal passou a ter sua religião própria, sincrética. Foi daí que surgiu a Umbanda. NADA A VER COM O ESPIRITISMO, PORTANTO.
O babacão da FEB que quis ver nisso Espiritismo foi o autor do artigo, mas a reação veio logo em seguida e voltou-se à última forma. A FEB nem pensava em tolerar essa tal Umbanda no seu meio, pois eram tudo gente intelectualizada e sorbonizada. E mesmo assim, tomavam pedrada dos intelectualizados e sorbonizados católicos, protestantes e ateus. Imagine quanto mais pedradas tomariam que quisessem fundir Umbanda com Espiritismo...

2) Legionários... É, Alziro Zarur fundou a sua própria seita, onde chupou um monte de coisas da FEB. É só um rustenismo extra-febeano. Mais nada.

3) Racionalista... Se Luiz de Matos era INIMIGO do kardecismo, como a seita por ele fundada seria espírita? Veja só como se perde um apologista cristão.

4) E todo o resto de saco de gato que o cristão colocou aí já foi dito: têm seus próprios fundadores, seus próprios pensamentos e NADA A VER com o Espiritismo.

Bom, o autor cristão simplesmente juntou um monte de coisas que NADA TEM a ver com o Espiritismo e quer vender uma suposta UNIDADE que deveríamos ter obrigação de ter caso o Espiritismo fosse verdadeiro, etc e tal. Bem, eu também não vejo unidade alguma no Cristianismo. Temos a fé católica e umas trocentas fés protestantes e cada uma se dizendo mais cristã que as outras.
Não fosse o fato de o Espiritismo ser uma ÚNICA coisa que o cristão não foi capaz de entender, eu diria que a argumentação dele é só uma mostra de como o sujo pode criticar o mal lavado.

É isso.

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Botanico
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Botanico »

Fernando Silva escreveu:
Botanico escreveu:Não exatamente...
A "classificação" acima não passa de uma balela cristã. Espiritismo é só o que está afinado com o fundamental codificado por Kardec. O resto não passa de outras correntes de pensamento, que podem ter algo em comum com o Espiritismo em alguns pontos, mas não tem nada de fundamental a ver com o Espiritismo.

Há o risco de cada uma das correntes citadas se considerarem a única correta.


E daí?

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Luis Dantas
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Luis Dantas »

Botanico escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Botanico escreveu:Não exatamente...
A "classificação" acima não passa de uma balela cristã. Espiritismo é só o que está afinado com o fundamental codificado por Kardec. O resto não passa de outras correntes de pensamento, que podem ter algo em comum com o Espiritismo em alguns pontos, mas não tem nada de fundamental a ver com o Espiritismo.

Há o risco de cada uma das correntes citadas se considerarem a única correta.


E daí?


Daí que seria preciso ter um critério sólido e convincente para que a "correta" não fosse uma escolha completamente subjetiva. Por que devemos duvidar que, por exemplo, a linha de Pietro Ubaldi seja mais correta do que a que você propõe? Ou que, em vez de quinta-coluna, a linha de Roustaing seja uma renovação legítima e necessária? Ou, por que não, que todas estejam bastante equivocadas?
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Botanico »

Luis Dantas escreveu:
Botanico escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Botanico escreveu:Não exatamente...
A "classificação" acima não passa de uma balela cristã. Espiritismo é só o que está afinado com o fundamental codificado por Kardec. O resto não passa de outras correntes de pensamento, que podem ter algo em comum com o Espiritismo em alguns pontos, mas não tem nada de fundamental a ver com o Espiritismo.

Há o risco de cada uma das correntes citadas se considerarem a única correta.


E daí?


Daí que seria preciso ter um critério sólido e convincente para que a "correta" não fosse uma escolha completamente subjetiva. Por que devemos duvidar que, por exemplo, a linha de Pietro Ubaldi seja mais correta do que a que você propõe? Ou que, em vez de quinta-coluna, a linha de Roustaing seja uma renovação legítima e necessária? Ou, por que não, que todas estejam bastante equivocadas?


Coitado! Dantas, você ainda vai ter de comer muito arroz com feijão para se meter a falar de religião. Veja se te manca: religião é IGUALZINHO A UMA MERCADORIA NA PRATELEIRA DE UM SUPERMERCADO. O freguês compra aquela que ele mais gosta, ou a que está mais acostumado, ou aquela que a mamãe mandou comprar... Eventualmente pode dar uma escapadinha. Experimentar um produto de outra marca e, se de repente gostar, deixa o tradicional pela novidade.

NÃO HÁ CRITÉRIO SÓLIDO E CONVINCENTE para afirmar qual é a "correta". Tudo se resume AO GOSTO PESSOAL. Já mostrei um monte de balelas que a Torre de Vigia impõe aos pobres jeovistas, mas nem por isso convenci uma prima minha, testemunha de jeová a deixar essa seita. Ela acha que estão corretos, que "biblicamente" são os únicos que entendem a Bíblia. Enfim ela gosta apenas. Que posso fazer? Gosto não se discute: lamenta-se.

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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Luis Dantas »

Tsc. Você é que não entende absolutamente NADA de religiões, Botanico.

Continua, nas suas próprias palavras, tratando-as como mercadoria de prateleira, que pode ser convenientemente rotulada para servir ao seu conforto.

E ao que parece nem percebe que ninguém tem a obrigação de preferir a sua interpretação em vez de alguma outra. Ainda mais quando seus argumentos são todos puramente ideológicos.
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Botanico »

Luis Dantas escreveu:Tsc. Você é que não entende absolutamente NADA de religiões, Botanico.

Continua, nas suas próprias palavras, tratando-as como mercadoria de prateleira, que pode ser convenientemente rotulada para servir ao seu conforto.

E ao que parece nem percebe que ninguém tem a obrigação de preferir a sua interpretação em vez de alguma outra. Ainda mais quando seus argumentos são todos puramente ideológicos.


Tanto quanto eu saiba, não estou OBRIGANDO ninguém a aceitar a minha interpretação. Se outro tiver uma interpretação melhor, que me apresente. E religião continua sim sendo mercadoria, cujos consumidores têm lá suas razões para consumir.

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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Luis Dantas »

Nesse caso, guarde expressões como "vê se te manca" para ocasiões mais dignas delas.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Apo »

Luis Dantas escreveu:Classificações são sempre artificiais. E a diversidade de interpretações é, menos que um problema, uma grande oportunidade.


Não entendi. :emoticon28:

Por que são artificiais?
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Apo »

Botanico escreveu:
Luis Dantas escreveu:Tsc. Você é que não entende absolutamente NADA de religiões, Botanico.

Continua, nas suas próprias palavras, tratando-as como mercadoria de prateleira, que pode ser convenientemente rotulada para servir ao seu conforto.

E ao que parece nem percebe que ninguém tem a obrigação de preferir a sua interpretação em vez de alguma outra. Ainda mais quando seus argumentos são todos puramente ideológicos.


Tanto quanto eu saiba, não estou OBRIGANDO ninguém a aceitar a minha interpretação. Se outro tiver uma interpretação melhor, que me apresente.


Se é para alguém apresentar uma interpretação MELHOR, supõe-se que considere mesmo a sua superior a todas. Que falácia escandalosa, Bot...

E religião continua sim sendo mercadoria, cujos consumidores têm lá suas razões para consumir.


É? E todo religioso concorda com esta sua visão? Pensei que religião fosse um meio de se aproximar de deus e compartilhar suas palavras com alguns semelhantes que compactuam e bebem da mesma fonte.
Pelo jeito o dízimo tem uma boa razão de existir.
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Botanico »

Luis Dantas escreveu:Nesse caso, guarde expressões como "vê se te manca" para ocasiões mais dignas delas.


O "vê se te manca" é só para lembrá-lo de que cabe a você apresentar o argumento para refutação do que eu ou outros tenham dito. Não vejo isso como obrigá-lo a aceitar este ou aquele ponto de vista.

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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Botanico »

Botanico escreveu:
Luis Dantas escreveu:Tsc. Você é que não entende absolutamente NADA de religiões, Botanico.

Continua, nas suas próprias palavras, tratando-as como mercadoria de prateleira, que pode ser convenientemente rotulada para servir ao seu conforto.

E ao que parece nem percebe que ninguém tem a obrigação de preferir a sua interpretação em vez de alguma outra. Ainda mais quando seus argumentos são todos puramente ideológicos.


Tanto quanto eu saiba, não estou OBRIGANDO ninguém a aceitar a minha interpretação. Se outro tiver uma interpretação melhor, que me apresente.


Apo escreveu:Se é para alguém apresentar uma interpretação MELHOR, supõe-se que considere mesmo a sua superior a todas. Que falácia escandalosa, Bot...

Bem, tanto quanto eu saiba, Dawkings & Cia Bela acham que considerar religião um mal, um atraso de vida, um monte de falácias, etc e tal, são a MELHOR maneira de se interpretar o significado das ditas religiões. Posso estar enganado, mas o pessoal cético/ateu concorda com tal modo de interpretar, certo?

Considerar algo melhor é um JUÍZO de valor PESSOAL, a menos que tenha parâmetros que escapem a isso. Caso não haja, é no confronto com outras interpretações do tal algo que esse juízo poderia se manter ou se alterar.

Pois bem, você e o Dantas e quem mais de direito que me apresentem suas interpretações. Eu posso gostar delas ou não.


E religião continua sim sendo mercadoria, cujos consumidores têm lá suas razões para consumir.[/color]


Apo escreveu:É? E todo religioso concorda com esta sua visão? Pensei que religião fosse um meio de se aproximar de deus e compartilhar suas palavras com alguns semelhantes que compactuam e bebem da mesma fonte.
Pelo jeito o dízimo tem uma boa razão de existir.

Eu acho gozado certas coisas.
Começa com a ORIGEM das religiões. TODOS os povos antigos, civilizados ou selvagens SEMPRE tinham religião... Sem que ninguém lhes ensinasse. Cada povo tinha a sua. De onde veio essa religião? Dirá que sua origem teria na necessidade de explicar porque Sol nasce e se põe, porque há raios e trovões, ou outras coisas que o homem não entendia o que era qual sua natureza? Se fosse isso, a profecia de Voltaire, que dizia estar farto de ouvir falar que 12 homens fizeram a Bíblia e ele provaria que bastava ele para destruí-la e que a fé cristã não seria mais aceita dali a 100 anos, já teria sido cumprida.

A Ciência já explicou, descreveu e resolveu uma pancada de coisas que antes se pensavam ser manifestações de Deus... Mas por que a religião ainda existe? Por que justamente no país que é a última superpotência há tão grande número de religiosos (e babacas...)? Por que a outra extinta superpotência, que quis eliminar a religião, esse atraso de vida, etc e tal, não prevaleceu sobre a superpotência religiosa? Que deu errado?

Não estou preocupado com o que os religiosos acham da minha opinião sobre o que a religião significa no íntimo de cada um. O ser humano busca respostas religiosas. Agora se uma religião não está lhe trazendo essas respostas, ele a busca em outras. É isso que estou ilustrando como uma "mercadoria num supermercado". Uns preferem mercadorias mais baratas (o barato que estou querendo dizer aqui é que NÃO EXIGEM reforma íntima: basta pagar uns dízimos lá e pronto; o cara vai pro céu não importa o quão ruim tenha sido).

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Fernando Silva
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:Bem, tanto quanto eu saiba, Dawkings & Cia Bela acham que considerar religião um mal, um atraso de vida, um monte de falácias, etc e tal, são a MELHOR maneira de se interpretar o significado das ditas religiões. Posso estar enganado, mas o pessoal cético/ateu concorda com tal modo de interpretar, certo?

Se a atitude da pessoa é "Não entendo, sei que parece absurdo, não tenho nenhuma evidência, mas aceito como verdade absoluta assim mesmo", então a religião é um atraso de vida.
Quem abre a porta para um absurdo, pode acabar abrindo para outros.
Desligar a razão é perigoso.
Felizmente, a maioria das pessoas, mesmo sem perceber, admite um absurdo, mas rejeita o resto. Outras não fazem restrição e se tornam muito perigosas.

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Luis Dantas
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Luis Dantas »

Apo escreveu:
Luis Dantas escreveu:Classificações são sempre artificiais. E a diversidade de interpretações é, menos que um problema, uma grande oportunidade.


Não entendi. :emoticon28:

Por que são artificiais?


Porque são moldadas pelas expectativas e vieses de percepção de quem as faz.

Por isso temos escalas musicais que tem mais do que sete notas, ou cores como "aoi" (usada no Japão) que não são exatamente azul nem exatamente verde, mas se aproximam de ambas.

Ou, para usar outro exemplo clássico, não há um limite nítido entre o que seria uma cadeira e o que seria um banco.

O que existe na realidade nem sempre se ajusta convenientemente às nossas classificações. E essas, sim, são criadas especificamente para criar conveniência a quem as usa.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism


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RCAdeBH
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por RCAdeBH »

Aff...
A doutrina é tão simples, mas mesmo assim fazem questão de distorcer ou criar teorias absurdas criando facções ou linhas de pensamento que certamente evoluirão para o que aconteceu com as religiões protestantes: a absurda "divisão". Batistas, Assembleianos, Luteranos, Adventistas e etc... estes, apesar de terem por base doutrinária a mesma raiz, incluiram dogmas e doutrinas que diferenciam as umas das outras, sendo comum um Assembleiano dizer que um Batista não irá para o céu porque as mulheres "Batistas" usam brincos.
É uma pena isso estar acontecendo com o espiritismo Kardecista.
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Apo »

Luis Dantas escreveu:
Apo escreveu:
Luis Dantas escreveu:Classificações são sempre artificiais. E a diversidade de interpretações é, menos que um problema, uma grande oportunidade.


Não entendi. :emoticon28:

Por que são artificiais?


Porque são moldadas pelas expectativas e vieses de percepção de quem as faz.


Ah, eu estava pensando que "artificiais" seria como "ilegítimas" ou " inválidas". Tem legitimidade dentro da percepção de cada um é verdade. Este é o principal ponto sobre interpretar religiões, palavras de deuses e seus enviados ou interventores terrenos, assim como seus dogmas, adequações etc.
Fé seria algo menos "artificial" SE e somente SE ficasse apenas numa esfera íntima, o que não ocorre. O ser humano tende a institucionalizar e socializar. Como é impossível unificar a crença, uns se juntam para um lado e outros para outros. E daí já se sabe no que dá.

Por isso temos escalas musicais que tem mais do que sete notas, ou cores como "aoi" (usada no Japão) que não são exatamente azul nem exatamente verde, mas se aproximam de ambas.

Ou, para usar outro exemplo clássico, não há um limite nítido entre o que seria uma cadeira e o que seria um banco.

O que existe na realidade nem sempre se ajusta convenientemente às nossas classificações. E essas, sim, são criadas especificamente para criar conveniência a quem as usa.



Sim, sim, é que interpretei o "artificial" como não-natural. É "natural" que a diversidade da mente humana e suas conveniências ideológicas criem diversidades para quase tudo. Sob este prisma, não existe a famigerada e alegada "A Verdade". Cada um tem a sua, o seu deus imaginado, projetado, fantasiado e adaptável.

O que eu continuo sem saber é porque tantos vivem dentro desta "verdade" relativa. É tudo "artificial" mesmo sendo "natural".
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Fernando Silva
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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Fernando Silva »

RCAdeBH escreveu:Aff...
A doutrina é tão simples, mas mesmo assim fazem questão de distorcer ou criar teorias absurdas criando facções ou linhas de pensamento que certamente evoluirão para o que aconteceu com as religiões protestantes: a absurda "divisão".

E cada uma dessas facções dirá "a doutrina é tão simples, mas...".
Estranho seria se alguém dissesse: "Sigo uma facção errada. A certa é a outra".

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Re: Facções Espíritas

Mensagem por Apo »

Fernando Silva escreveu:
RCAdeBH escreveu:Aff...
A doutrina é tão simples, mas mesmo assim fazem questão de distorcer ou criar teorias absurdas criando facções ou linhas de pensamento que certamente evoluirão para o que aconteceu com as religiões protestantes: a absurda "divisão".

E cada uma dessas facções dirá "a doutrina é tão simples, mas...".
Estranho seria se alguém dissesse: "Sigo uma facção errada. A certa é a outra".


Estranho é seguidores de teorias e ideologias negarem que é natural do ser humano ver, sentir e elaborar cada teoria ( abstrata, não cognoscível e documentadamente fracionada) da forma que consegue. As pessoas não são iguais na crença, assim como não são padronizadas no ceticismo. Isto sim é simples de entender.
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Trancado