STALINISTA: UM HITLERISTA COM O DIREITO A SENTAR-SE À MESA
Enviado: 29 Dez 2009, 12:05
STALINISTA: UM HITLERISTA COM O DIREITO A SENTAR-SE À MESA (AO MENOS NO BRASIL)
É tudo muito simples, óbvio e objetivo: um hitlerista, declarado como tal, imediatamente vai preso por conta das teses obrigatoriamente atreladas ao ícone que dá origem ao sufixo "ista". Ninguém é "hitlerista" sem endossar Adolf Hitler e, dessa forma, não é possível que o seja sem glorificar o genocídio dos judeus, a loucura da eugenia, a ditadura e toda forma de supressão democrática etc.
Isso também no Brasil. Não há qualquer debate, seminário, palestra, evento, artigo ou até programa de rádio ou TV com mínima possibilidade de respaldo e seriedade do qual participe um "hitlerista".
Tal fato merece aplauso e faz todo o sentido.
A "liberdade de expressão" pode e deve ser ampla, mas sua circunscrição jamais atinge aqueles que têm como finalidade eliminá-la do universo do direito. Para ilustrar: é como "votar num ditador" ou "eleger um monarca absolutista".
Esses são alguns dos casos em que a liberdade se torna relativa, exatamente para que ela própria seja mantida. Quem pretende acabar com os direitos e garantias de uma sociedade democrática não tem a prerrogativa de exercer esses mesmos "direitos e garantias". Simples assim.
Falemos, pois, do stalinista.
Inapelável e inequivocamente, ele endossa Joseph Stalin, senão seria "qualqueroutracoisaista". Mas, no Brasil, ao contrário do hitlerista, o fanático seguidor do ditador soviético é tratado como uma espécie de seguidor meramente metodológico, teórico e administrativo. Quase como um gestor público com pendores para a sociologia.
Enquanto — por questão lógica, clara e óbvia — ninguém permite a um demente que defenda Hitler sem tirar de suas costas o peso dos genocídios e demais crimes, qualquer maluco defende o stalinismo sem precisar responder pelos milhões de crimes e mortes do facínora da extinta URSS.
Num debate, simpósio ou plenária, é absolutamente "normal" haver na bancada, entre um trotskista e um leninista, também um stalinista, acenando para as pessoas como se estivesse na condição de defensor de teoria meramente acadêmica. E ainda ganha aplausos em razão da "pluralidade" — os trotskistas já perdoaram aquele incidente com a picareta.
Stalin, para começo de conversa, não era contra o nazismo. Viu-se na obrigação de guerrear com a Alemanha quando Hitler traiu o "Pacto Ribbentrop-Molotov" (de não-agressão), assinado em 1939. Ribbentrop e Molotov eram os ministros do exterior, respectivamente, da Alemanha e URSS. Mas aí os nazistas resolvem pisar na bola em 1941 e, SOMENTE APÓS ISSO, Stalin vai pras cabeças.
Mas stalinismo e hitlerismo, em termos "administrativos", nunca foram muito diferentes. Em termos de vítima, é verdade, Hitler perde, pois Stalin matou cerca de 20 milhões com sua ditadura.
Antes mesmo da Segunda Guerra Mundial, Stalin foi responsável pelo episódio denominado Holodomor, a "fome genocídio", que assolou a Ucrânia e parte do Cazaquistão. As vítimas chegaram a quase 3 milhões de pessoas. O método consistia basicamente em cortar o abastecimento de comida desses países. Uma crueldade talvez sem precedentes na história do mundo. Enfim, é preciso (como de fato ocorre) livros e livros para relatar tudo que foi feito de abominável pelo ditador em comento.
Mas, por incrível que pareça, muita gente ainda aceita que alguém se considere stalinista, sente-se à mesa e debata "de igual para igual".
Não, meus caros, isso não é ser de esquerda, nem progressista, nem nada do tipo. Isso é ser criminoso, isso é compactuar com genocídio, e não difere em nada daquele que compactua com Hitler. Só mesmo no Brasil — ou em lugares atrasados e idiotas — para darem assento e respaldo para esse tipo de gente.
E ainda há quem ria dos defensores do criacionismo, de quem seja contrário ao aborto ou algo assim. Discordo de todos eles e muitas vezes discuto de quase brigar, mas sempre no campo das ideias. De todo modo, não conheço nenhum desses que respalde genocídio.
http://www.interney.net/blogs/imprensam ... direito_a/
É tudo muito simples, óbvio e objetivo: um hitlerista, declarado como tal, imediatamente vai preso por conta das teses obrigatoriamente atreladas ao ícone que dá origem ao sufixo "ista". Ninguém é "hitlerista" sem endossar Adolf Hitler e, dessa forma, não é possível que o seja sem glorificar o genocídio dos judeus, a loucura da eugenia, a ditadura e toda forma de supressão democrática etc.
Isso também no Brasil. Não há qualquer debate, seminário, palestra, evento, artigo ou até programa de rádio ou TV com mínima possibilidade de respaldo e seriedade do qual participe um "hitlerista".
Tal fato merece aplauso e faz todo o sentido.
A "liberdade de expressão" pode e deve ser ampla, mas sua circunscrição jamais atinge aqueles que têm como finalidade eliminá-la do universo do direito. Para ilustrar: é como "votar num ditador" ou "eleger um monarca absolutista".
Esses são alguns dos casos em que a liberdade se torna relativa, exatamente para que ela própria seja mantida. Quem pretende acabar com os direitos e garantias de uma sociedade democrática não tem a prerrogativa de exercer esses mesmos "direitos e garantias". Simples assim.
Falemos, pois, do stalinista.
Inapelável e inequivocamente, ele endossa Joseph Stalin, senão seria "qualqueroutracoisaista". Mas, no Brasil, ao contrário do hitlerista, o fanático seguidor do ditador soviético é tratado como uma espécie de seguidor meramente metodológico, teórico e administrativo. Quase como um gestor público com pendores para a sociologia.
Enquanto — por questão lógica, clara e óbvia — ninguém permite a um demente que defenda Hitler sem tirar de suas costas o peso dos genocídios e demais crimes, qualquer maluco defende o stalinismo sem precisar responder pelos milhões de crimes e mortes do facínora da extinta URSS.
Num debate, simpósio ou plenária, é absolutamente "normal" haver na bancada, entre um trotskista e um leninista, também um stalinista, acenando para as pessoas como se estivesse na condição de defensor de teoria meramente acadêmica. E ainda ganha aplausos em razão da "pluralidade" — os trotskistas já perdoaram aquele incidente com a picareta.
Stalin, para começo de conversa, não era contra o nazismo. Viu-se na obrigação de guerrear com a Alemanha quando Hitler traiu o "Pacto Ribbentrop-Molotov" (de não-agressão), assinado em 1939. Ribbentrop e Molotov eram os ministros do exterior, respectivamente, da Alemanha e URSS. Mas aí os nazistas resolvem pisar na bola em 1941 e, SOMENTE APÓS ISSO, Stalin vai pras cabeças.
Mas stalinismo e hitlerismo, em termos "administrativos", nunca foram muito diferentes. Em termos de vítima, é verdade, Hitler perde, pois Stalin matou cerca de 20 milhões com sua ditadura.
Antes mesmo da Segunda Guerra Mundial, Stalin foi responsável pelo episódio denominado Holodomor, a "fome genocídio", que assolou a Ucrânia e parte do Cazaquistão. As vítimas chegaram a quase 3 milhões de pessoas. O método consistia basicamente em cortar o abastecimento de comida desses países. Uma crueldade talvez sem precedentes na história do mundo. Enfim, é preciso (como de fato ocorre) livros e livros para relatar tudo que foi feito de abominável pelo ditador em comento.
Mas, por incrível que pareça, muita gente ainda aceita que alguém se considere stalinista, sente-se à mesa e debata "de igual para igual".
Não, meus caros, isso não é ser de esquerda, nem progressista, nem nada do tipo. Isso é ser criminoso, isso é compactuar com genocídio, e não difere em nada daquele que compactua com Hitler. Só mesmo no Brasil — ou em lugares atrasados e idiotas — para darem assento e respaldo para esse tipo de gente.
E ainda há quem ria dos defensores do criacionismo, de quem seja contrário ao aborto ou algo assim. Discordo de todos eles e muitas vezes discuto de quase brigar, mas sempre no campo das ideias. De todo modo, não conheço nenhum desses que respalde genocídio.
http://www.interney.net/blogs/imprensam ... direito_a/