Religião é Veneno

O casal mais ateu da moda.

Mas eu acho até bacana a atitude deles de casarem assim...

Apáte escreveu:
O casal mais ateu da moda.

Mas eu acho até bacana a atitude deles de casarem assim...

Pois é...E seria "bacana" por quê?

Também imagino porque eles resolveram armar este cirquinho - coisa que eu também já fiz - e até hpje só encontro uma explicação: imaturidade, preguiça de dizer "não" ou medo de magoar algumas pessoas ( sei lá por quê).

Mas eles são muito mais "velhos" do que eu era, têm filhos, posições políticas publicamente conhecidas. Não entendo. É como dar munição de graça.

Apo escreveu:...eles são muito mais "velhos" do que eu era, têm filhos, posições políticas publicamente conhecidas. Não entendo. É como dar munição de graça.

À luz de familiares e amigos, não vejo problema no "circo", Apo... afinal, independentemente do ritual escolhido (até mesmo nas formalidades civis), sempre há uma convenção cultural subjetiva que prescinde de uma profunda crença no ritual em questão, ainda que para muitas pessoas certamente este seja o caso. Ainda, parece-me que muitos ateus por aqui, por mais fervorosos que sejam em diversas situações, acabam não contrariando o comentário de sua avó sobre alguma graça de deus ou coisa do tipo... eu, particularmente, já fui até a uma igreja com minha avó em um determinado local previamente escolhido a muito tempo devido a uma promessa dela, quando em um momento onde eu estive hospitalizado. Por mim tudo bem, uma vez que sei perfeitamente que tudo o que uma crente beirando um século de vida não precisa é de um neto confrontando-lhe em relação às suas crenças. Nem por isso deixo de amá-la, e nem por isso me sinto cometendo uma selvageria contra meus princípios ímpios. Sabemos muito bem que a crença ou a falta dela não advém do resultado de uma simples conversa. No caso de um casamento, parece-me que o ritual tem antes uma conotação de tradição que um ato religioso, assim como o natal. Mas, a propósito do vídeo, acho legal que pessoas conhecidas do grande público tenham coragem de deixar claro, nos espaços adequados, como foi o caso, como não compactuam com as mitologias que tantos acham ser o fio condutor de sua ética.

Dick escreveu:

Apo escreveu:...eles são muito mais "velhos" do que eu era, têm filhos, posições políticas publicamente conhecidas. Não entendo. É como dar munição de graça.

À luz de familiares e amigos, não vejo problema no "circo", Apo... afinal, independentemente do ritual escolhido (até mesmo nas formalidades civis), sempre há uma convenção cultural subjetiva que prescinde de uma profunda crença no ritual em questão, ainda que para muitas pessoas certamente este seja o caso. Ainda, parece-me que muitos ateus por aqui, por mais fervorosos que sejam em diversas situações, acabam não contrariando o comentário de sua avó sobre alguma graça de deus ou coisa do tipo... eu, particularmente, já fui até a uma igreja com minha avó em um determinado local previamente escolhido a muito tempo devido a uma promessa dela, quando em um momento onde eu estive hospitalizado. Por mim tudo bem, uma vez que sei perfeitamente que tudo o que uma crente beirando um século de vida não precisa é de um neto confrontando-lhe em relação às suas crenças. Nem por isso deixo de amá-la, e nem por isso me sinto cometendo uma selvageria contra meus princípios ímpios. Sabemos muito bem que a crença ou a falta dela não advém do resultado de uma simples conversa. No caso de um casamento, parece-me que o ritual tem antes uma conotação de tradição que um ato religioso, assim como o natal. Mas, a propósito do vídeo, acho legal que pessoas conhecidas do grande público tenham coragem de deixar claro, nos espaços adequados, como foi o caso, como não compactuam com as mitologias que tantos acham ser o fio condutor de sua ética.

Meu erro de comentar foi que fiquei sabendo da notícia, MAS não vi o vídeo.

Quanto à familiares, taí uma coisa que me desprendi faz tempo. Sou adulta e espero que familiares respeitem a minha forma de ver, pensar e agir. Até porque não há familiar com história de vida irretocável e se formos fazer o que os familiares esperam de nós, veremos que é capaz de transformarem nossa vida numa colcha de retalhos morais.

E sim, tem a coisa da tradição, pra quem acha importante. Independente de ser ateu ou teísta ( nem estou falando de seguir dogmas religiosos quaisquer que sejam), todos nós acabamos por nos enquadrar de alguma forma numa relação que contempla nossa aceitação em grupo/sociedade à quem nos "reportamos" e algumas fantasias ou necessidades íntimas. Pessoalmente falando, acabei me separando e "casando" pela segunda vez, sem véu e nem papel. MAS... uso aliança comprada e colocada sem ritual público algum, assim como se bota um anel especial no dedo. Faz 20 anos e não sei se conseguiria renovar estes votos sem um anel qualquer. Então, a aliança pode tanto ser vista como uma vontade minha ( absolutamente íntima) e também como uma exibição social de que estou ligada a alguém. Interessante que os valores morais de cada um podem deduzir o que quiserem: podem imaginar que uso uma aliança, logo...obviamente devo assinar o nome do marido ( o que costuma ocorrer ), por exemplo.