Apo escreveu:Well, tive uma experiência esquisita nas minhas férias fora do país.
Digo isto porque viagens ao exterior e em excursão nos deixam meio a mercê de culturas variadas e de situações que não podemos evitar totalmente. Contarei:
Havia 2 " mulheres" ( não sei irmãs ou "maridas' uma da outra porque eram ambas obesas, másculas e parecidas fisicamente). Usavam aliança de prata na mão esquerda, embora não vivessem aos afagos. Mas dormiam no mesmo quarto e se chamavam de "minha companheira" em espanhol.
Uma delas, muito gorda e grande andava de bengala o tempo todo.
Determinado ponto da viagem, numa das paradas, ela veio até minha filha de 17 anos e disparou:
- Está viajando sozinha em dois bancos?
- Sim.
- Minha "companheira" está com muita dor nas costas. Posso passar a tarde sentada com você, para que ela espiche as pernas um pouco?
- ...sim...
Olha só. Havia mais uns 4 lugares vagos no ônibus, de outras pessoas que viajavam sozinhas, que falavam a língua dela e que eram homens ou mulheres da idade dela. Por que minha filha, então? Saí dali, contamos ao meu marido e falamos com o guia.
Pensei bem e pensei que não tinha por que expor minha filha a tamanho constrangimento, sendo ela uma menina de 17 anos.
Primeiro porque sei lá se a mulher é sexualmente normal ( mesmo sendo lésbica poderia ser equilibrada). Segundo que era obesa e grande, quase não cabendo na cadeira, o que obrigaria minha filha a entrar em contato físico com ela. Segundo que uma mulher de 55 anos máscula e falando espanhol não é bem uma companhia para atravessar a tarde enfiado dentro de um ônibus entre Barcelona e Madri!
Depois que vi que minha filha estava muito contrariada com a abordagem da outra lá. Tratei de tranquilizá-la e resolvi o assunto com o guia.
Talvez alguns pais sintam esta necessidade de proteger os filhos de algo a que eles não estejam preparados para enfrentar sem um bom motivo.
Havia outras formas de resolver, mas ninguém topou dividir meio banco com a gorda. O guia teve que ceder a cadeira dele.
Apo,
Eu acho que você não deve relacionar este episódio à questão da homossexualidade. Olha só, você não agiria da mesma forma se um homem obeso de 55 anos parecesse estar assediando a sua filha de 17 em um ônibus?
Da mesma forma, na escola, nossos filhos podem ser assediados por professores heterossexuais. Ou eles podem dar mal exemplo, serem viciados em álcool, drogas, ou qualquer coisa. O que exigimos dos homossexuais não deve ser nem mais nem menos do que se exige dos heterossexuais.