Europeus se alinham em crítica à repressão cubana
Enviado: 13 Mar 2010, 15:06
Europeus se alinham em crítica à repressão cubana
UE volta a denunciar prisão de dissidentes; Parlamento do bloco ameaça culpar regime por morte de Zapata
A Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e os governos da França e da Espanha dividiram-se ontem entre condenações explícitas a Cuba e a defesa veemente da libertação de dissidentes políticos cubanos. As manifestações políticas multiplicaram-se ontem na Europa com a continuidade da greve de fome do jornalista opositor Guillermo Fariñas, pela libertação de presos políticos cubanos doentes, cuja situação foi comparada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à de presidiários comuns.
A manifestação mais contundente em favor dos dissidentes foi feita pelo Parlamento Europeu. Reunidos em Estrasburgo, na França, deputados de todos os grupos políticos - de liberais a socialistas - condenaram a morte de Orlando Zapata, que em 23 de fevereiro não resistiu aos 85 dias de greve de fome. Hoje, uma resolução será votada no Parlamento definindo a morte de Zapata como "cruel e evitável" e questionando a responsabilidade da ditadura castrista na morte de dissidentes.
Outra instituição a expressar sua insatisfação com o governo cubano foi o Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado e de governo dos 27 países. Falando em nome da presidência rotativa do bloco, o secretário de Assuntos Europeus da Espanha, Diego López Garrido, afirmou que a Europa "seguirá lutando pela libertação de todos os presos políticos" de Cuba. Mas o bloco descartou por ora possibilidade de adotar sanções contra o regime, como as impostas entre 2003 e 2008, quando o governo cubano realizou uma série de prisões de opositores.
Ainda ontem, o governo da França pediu solenemente a libertação de Fariñas. "Nós estamos cada vez mais preocupados com o estado de saúde do dissidente cubano Guillermo Fariñas", afirmou Bernard Valero, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França.
Valero prosseguiu no apelo: "As autoridades cubanas devem liberar com urgência todos os prisioneiros políticos, em particular os que estão em estado de saúde seriamente degradado."
Organizações não-governamentais como a Anistia Internacional também voltaram a protestar contra o governo cubano.
UE volta a denunciar prisão de dissidentes; Parlamento do bloco ameaça culpar regime por morte de Zapata
A Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e os governos da França e da Espanha dividiram-se ontem entre condenações explícitas a Cuba e a defesa veemente da libertação de dissidentes políticos cubanos. As manifestações políticas multiplicaram-se ontem na Europa com a continuidade da greve de fome do jornalista opositor Guillermo Fariñas, pela libertação de presos políticos cubanos doentes, cuja situação foi comparada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à de presidiários comuns.
A manifestação mais contundente em favor dos dissidentes foi feita pelo Parlamento Europeu. Reunidos em Estrasburgo, na França, deputados de todos os grupos políticos - de liberais a socialistas - condenaram a morte de Orlando Zapata, que em 23 de fevereiro não resistiu aos 85 dias de greve de fome. Hoje, uma resolução será votada no Parlamento definindo a morte de Zapata como "cruel e evitável" e questionando a responsabilidade da ditadura castrista na morte de dissidentes.
Outra instituição a expressar sua insatisfação com o governo cubano foi o Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado e de governo dos 27 países. Falando em nome da presidência rotativa do bloco, o secretário de Assuntos Europeus da Espanha, Diego López Garrido, afirmou que a Europa "seguirá lutando pela libertação de todos os presos políticos" de Cuba. Mas o bloco descartou por ora possibilidade de adotar sanções contra o regime, como as impostas entre 2003 e 2008, quando o governo cubano realizou uma série de prisões de opositores.
Ainda ontem, o governo da França pediu solenemente a libertação de Fariñas. "Nós estamos cada vez mais preocupados com o estado de saúde do dissidente cubano Guillermo Fariñas", afirmou Bernard Valero, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França.
Valero prosseguiu no apelo: "As autoridades cubanas devem liberar com urgência todos os prisioneiros políticos, em particular os que estão em estado de saúde seriamente degradado."
Organizações não-governamentais como a Anistia Internacional também voltaram a protestar contra o governo cubano.